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Chapter 5 - 5 PAUSA

A pausa convém quando é preciso se render a solidão

e silenciar os sentimentos para viver a reclusão...

Ao raiar do dia, Vladminsk tomou seu desjejum na companhia de seu tio Ronald. Apesar do delicioso café da manhã, após isso, não fora nada agradável para digestão ouvir um relatório lamentável dos fatos ocorridos nas noites de Londres.

- O que meu tio quer que eu faça a respeito? - disse pausando os olhos no tio.

- Preciso de sua ajuda. Eu sei o que você é. Eu sei que há uma nova força surreal que se plantou em você depois do que passou. As pessoas estão sofrendo Vladminsk. Estão com medo de sair as ruas. Já quebrei a cabeça investigando por cada lugar dessa cidade em busca de uma solução.

- O senhor quer que eu julgue os culpados utilizando o que sou agora?

- Sim, por isso o chamei.

- Eu estou disposto a cooperar. É melhor estar do lado da justiça do que agir por conta própria sem orientação.

- Eu já tenho uns suspeitos, nesta dias nos encontraremos.

- Sim tio – disse ao se despedir do tio.

Vozes femininas invadiram cantos do jardim. Marienny exultava com a encomenda que chegara. Entrou na casa saltitante, pedindo que a entregadora não se envergonhasse em adentrar os compartimentos. Vladminsk pode ver as costas da moça e notar sua refinada cintura e o cabelo penteado, que formava buque de cachos dourados. Ela subia as escadas. Ele instintivamente as seguiu.

Marienny nem se incomodou em trancar a porta que ficara entre aberta, dando liberdade a visão do conde que espionava ao lado da porta do aposento da irmã.

Mal chegou e Marienny já encomendara vestidos novos.

- Eu fiz o acabamento desse - disse a moça com orgulho, mas com suave humildade. Não parecera esnobe, nem fatídica.

- Que primor. Você tem mãos magicas. Seu pai é um mestre - elogiou Marienny segurando o vestido.

- As cores que escolheu são fortes e chamativas - sua voz suave não provocava invasão. Ao se inclinar para recolher um lenço de renda que caíra, ele pode ver de relance sua face e seu busto modesto prensado pelo corset. Sem dificuldade apanhou o lenço, sua delicadeza foi ilustre despertando fascínio aos olhos do conde.

- Foi difícil obter os tecidos? - Marienny referiu.

- Oh, isso é o de menos, nossos fornecedores são pontuais. Franceses.

- Franceses? Estes tecidos vieram da França, mondier?

- Sim. Antes região asiática passando por Roma e enfim França à Inglaterra.

- Você é muito qualificada e entende o que diz.

- Obrigada senhorita.

- Quero convida-la para um chá da tarde, sua sapiência me conquistou.

- É minha obrigação manter a honra e autencidade da tradição dos Holths senhora.

- Quero que sejamos amigas.

- Será um prazer ser sua companhia senhora Marienny.

- As moças que vi na festa não me inspiraram sapiência como você Emália.

O nome dela sonou como uma poesia cantada aos seus ouvidos. Então essa era a filha do senhor Holth que não pudera comparecer a sua festa de chegada. Bom saber que Marienny pretendia ser sua amiga, significava a presença da bela moça constante no casarão. Ele sorriu por isso, um sorriso de desejo. Desejo de fascínio gotejado com possessão.