Chapter 18 - Escuridão

"O passado é história, o futuro é mistério, e hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de presente!"

– Provérbio Chinês.

Enquanto Hanasaki tentava achar ou até mesmo fazer uma saída; Itsumo perdeu a consciência em meio a chamas. Sua respiração ficou mais violenta e o sangramento no abdômen não parava.

"Minha criança, não irá adiantar nada você sair brandido sua espada sem um objetivo claro."

Chimamire, alerta Hanasaki. Já que ela estava a cortar o espaço onde se encontrava.

— Então, o que você quer que eu faça? Você disse achar ou fazer uma saída desse lugar. E é isso que eu estou fazendo! — ela grita impaciente. Queria sair do lugar imediatamente.

"Eu lhe darei uma dica. Preste atenção. Tudo ao redor é real, mas ao mesmo irreal. Não se pode tocar, apenas imaginar. Quando se menos espera a resposta estará a sua frente. Tudo está na sua mente."

— Isso não faz o menor sentindo. — Hanasaki murmura tentado entender o significado das palavras. Passou alguns minutos de raciocínio e logo um enorme sorriso se formou o rosto de Hanasaki. — Ah, entendi. "Não se pode tocar, apenas imaginar." Essa simples frase fiz tudo.

A garota dos cabelos castanhos, determinada virou de frente para uma parede de pedras. Fechou os olhos e imaginou uma porta de madeira escura. Segundos depois, a parede de pedras tremeu e se formou a mesma porta que havia na mente de Hanasaki.

A garota lentamente abriu os olhos, torcendo para que tivesse dado certo. Viu a porta e pulou de alegria. Entretanto, quando foi para tocá-la sua mão passou como se estivesse ali. A jovem juntou as sobrancelhas e achou um saco.

— Como é possível a porta está aqui, mas ao mesmo tempo não está aqui? — se pergunta. — Será que eu deixei passar outro detalhe? — ela faz um movimento de vai e vem com a mão. E todas as vezes a mão passava como se a porta não estivesse lá.

"Lembre -se dos mínimos detalhes. Às vezes, achamos que entendemos, mas na verdade não entendemos nada. Podemos enxergar, mas ainda sim não enxergamos nada. Não se pode ver apenas com os olhos."

Chimamire aconselha mais um vez Hanasaki.

— Se você sabe como sair daqui, por que então não me diz? — fiz Hanasaki sem paciência para a espada.

"Não será um desafio se você mesma não passar por ele. Nada na vida é fácil."

Hanasaki abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu no meio do caminho. Suspirou e voltou a se concentrar no problema real.

Na consciência de Itsumo:

Tudo estava tão claro e quente. Deve ser por causa das chamas que dançavam ao redor do pequeno que chorava sem parar. Estava perdido. Mesmo com as chamas, estava sentindo sinto. Queria encontrar algo que o consolasse. Que mostrasse o caminho. Para onde devia ir?

Limpava sem parar as lágrimas, que caía teimosamente. Chorava tanto que podia vê que os olhos estavam em péssimo estado. Inchados e vermelhos.

Ouviu gritos desesperados da direção contrária. O pequeno se assustou e correu. Mas depois de tempo, se deparou em uma barreira de fogo. Colocou cautelosamente o pé entre o fogo, e tão rápido que colocou tirou. Era quente e não podia suportar por tanto tempo.

Então, apenas se sentou e levou os seus joelhos até o peito e apoiou a cabeça sobre os braços.

— Pai... Pai, aonde você está? Por que, me deixou sozinho? Sinto a sua falta.... — o garoto murmura baixinho as palavras com a voz embargada.

Fechou os olhos, e dormiu. Estava cansado demais. E essa era a única forma para quê esquecesse um pouco de tudo.

Abriu os olhos preguiçosamente, os piscou algumas vezes e viu que estava em uma lugar com o ar fresco, com casas, o céu azul. Surpreso se levantou imediatamente. Reconhecia aquele lugar melhor do que ninguém. Queria mais que tudo voltar a ele. Abriu os braços e deu um largo sorriso. Absorvendo para coisa boa daquele belíssimo lugar podia lhe oferecer.

Para o azar do garoto, logo a felicidade se esvaiu. Quando viu uma sombra negra o observando com um sorriso psicopata.

— Es... Estava com saudades de você... — a sombra com a voz distorcida e com vibrações sinistra fala para o garoto. O menino de cabelos pretos, engoliu a seco e abaixou os braços.

— Quem é você? — hesitou por milésimos de segundos, mas ainda sim a pergunta que queria fazer saiu sem problema.

— Eu sou você e você é eu. Somos um. — a voz responde mudando de posição várias vezes. A primeira foi encima do pequeno, outra no lado esquerdo e outra no lado direito. E completou. — Como pode ter esquecido de mim, Itsumo? — pergunta para na frente do garoto mais uma vez e deslizando gentilmente a mão sobre o rosto do garoto.

O garoto retrocedeu um passo, e a sombra nervosa com o movimento marcou o rosto do garoto com as suas unhas. Logo uma risca vermelha apareceu sobre o rosto do pequeno. Ele não se importou ou disse ao menos um "ai". Apenas passou levemente as pontas dos dedos sobre a ferida recente, e os observou. E em seguida, olhou para a sombra.

— Sim, isso mesmo. Eu esqueci de você, porque eu não preciso mais de você. — o menino fala com a voz carregada de indiferença. A sombra arregalou os olhos e empurrou o garoto. O pequeno tropeçou uns passos, mas ainda se manteve em pé. Vendo isso, a sombra mais uma vez o empurrou. Mas foi da mesma forma.

A sombra soltou um grito de dor, e começou a chorar sangue.

— Você necessita de mim. Você não pode me quebrar. Não quero desaparecer. — a voz fala engasgando.

O garoto se aproximou da sombra e a abraçou.

— Não disse que iria se livrar de você. — o menino fala sussurrando. Falou para acalmar a sombra que. — Você faz parte de mim. Não serei eu, se me livrar de você.

— Mas.. Mas.. você disse que.. já não necessitava de mim. — a sombra fala entre soluços.

— Eu falei no sentido, que não precisaria mais de você escondida. — o garoto explica. Soltou a sombra, mas suas permaneciam em seus ombros. — Ei, quer ser meu amigo? — pergunta firme.

— Seu amigo? — a sombra pergunta confusa.

— Sim. O meu amigo. — o garoto finalmente soltou um sorriso sincero.

— Sim, quero. Mas terá que me prometer que nunca irá me deixar sozinho. — a sombra se aproxima mais do garoto.

— Claro! Nunca irei te deixar sozinho de novo. — o menino fala confiante.

Após isso, os dois entrelaçam as mãos e trocam sorrisos. A sombra aos poucos vai desaparecendo. Percebendo isso, o garoto fica assustado. Achando que fez alguma de errado.

— Ei! Para onde está indo? — o menino pergunta angustiado.

— Agora que você se aceitou, eu não preciso mais dessa forma física. A partir de agora, estarei sempre com você. Não se preocupe. Nunca mais vamos nos separar. — a sombra explica e o garoto fica mais confuso. A sombra já estava desaparecendo por completo. — Lembre-se de quem você realmente é. Suas origens são as respostas para tudo. Tome cuidado..... — estás foram as últimas palavras sombra.

O garoto não entendeu muito bem o que ele quis dizer, mas olhou em volta e se deu que algo estava diferente. As casas estavam em posições diferentes. Correu até um campo, onde tinha vários homens treinando. Brandido espadas de madeira.

— Isso pode ser possível? — ele fala sem fôlego e limpando o suar que caia de sua testa.

Menos tendo falado baixo, o garoto foi percebido pelo um homem alto, olhos vermelhos e que se vestia de uma forma um pouco mais extravagante que o resto.

— Itsumo? O que está fazendo aqui? Pensei que disse que nunca mais pisaria os pés neste dôjo. — o homem vai até o garoto curioso sobre a sua presença no local.

Itsumo ficou boquiaberto com o que estava vendo a sua frente. Era o seu pai que havia morrido há dez anos atrás. Lágrimas Involuntárias caíram de seu rosto e a expressão de confusão do homem fica mais densa. Se aproximou rapidamente do pequeno e se agachou.

— O que aconteceu, Itsumo? — ele pergunta sério, mas podia ver preocupação. O garoto não respondeu nada, apenas abraçou o pai. O homem sem entender nada do que estava ocorrendo com o seu filho, retribuiu o abraço. — Então, não vai me contar agora o que houve para você ficar desse jeito? — insiste. — Você nunca é tão sensível.

"Lembre-se de quem você realmente é."

Essas palavras voltaram para os pensamentos do garoto, e compreendeu um pouco o significado dela. Soltou o pai e limpou as lágrimas.

— Pai, pode me dá por favor, a Kuroishi? — pediu sério. Queria testar uma coisa e só poderia ser possível com a sua espada.

— Você mudou de ideia?! — o pai do garoto não podia conter a sua tamanha surpresa em vê o filho pedindo a espada. Pigarreou, tentando disfarçar a surpresa e respondeu o garoto em tom sério: — Sim, claro. Fico feliz em você ter a aceitado. — o pai se levantou e abriu a porta de madeira, e quando saiu estava com uma katana. A bainha era preta, o cabo era vermelho com preto. E tinha também uma fita vermelha amarrada no topo da bainha.

O homem deu a espada nas mãos do pequeno, e o garoto desembainhou. A lâmina era preta, mas ainda brilhava. O fio em perfeita condições. Como se nunca usada. Mas não era verdade. O histórico de mortos, pela aquela espada era enorme. Bem, era o que seu pai dizia. Mas o garoto que em sua atualidade também a usou para tirar vidas, sabe que sim. Ela tem um histórico enorme de mortos.

— Pois bem. Começamos. Kuroishi, por favor, me ajude como das outras vezes. — ele sussurra sobre a lâmina da espada. E em seguida a ergue para o alto. — Espero descobrir o que realmente eu sou. — cortou o vento no meio brandido a espada.