Chapter 14 - Sorrateiro!

"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota, que quer bancar o inteligente"

–Confúcio

Enquanto, Hanasaki esperava para ser praticamente jogada na pré cerimônia, Itsumo estava ainda nas profundezas da casa dos Irashi.

Ele estava sentado no chão da prisão com os olhos fechados, meditando para acalmar e libertar os seus instintos mais afiados.

Foi ensinado deste de pequeno que a meditação, é o primeiro passo para se tornar um verdadeiro guerreiro e que a força não vem somente do corpo, mas também da mente.

Ele expirava e inspirava várias vezes, para se concentrar. Logo, que poucos minutos depois ele só via o preto em sua mente e sons que via de cima. Ele podia ouvir até mesmo o que as pessoas estavam conversando, mas que por seu azar ele não conseguiu achar nada de útil ou até mesmo onde era que estava Hanasaki.

Itsumo, abriu os olhos lentamente e suspirou decepcionado. Ele apoiou, o braço sobre a perna e se levantou indo direto para as grades e ficou as observando com muito cuidado.

—Estas grades, não são nada fácies de quebrar, mesmo com uma lâmina especial seria um desafio! —suspira derrotado.

O homem, que até agora estava cochilando aproveitando o belo assento que a aquele lugar lhe podia oferecer. Abriu, somente um olho e ficou observando cada movimento que o garoto fazia, e tudo o que escapava de seus lábios e mais outras coisas que não foi dita.

—Você, meu jovem, veio de onde? Nem menos as pessoas das terras do Sul tem tanto conhecimento. —o homem se manifestou.

Itsumo, tirou os seus pensamentos de como iria fazer para sair dali para prestar atenção no homem que lhe incomodava de certo modo. Mas ele, não sabia que tipo de desconforto ele oferecia a ele, apenas alguma em sua aura fazia Itsumo ter uma certa raiva.

Sem saber como responder a pergunta, ele novamente foi procurar uma resposta em sua razão.

Não posso contar a ele que no ligar onde trabalho possuímos muitas informações. Desse modo, nós podemos nos infiltrar nós lugares sem que as pessoas locais derem fé que nós éramos estrangeiros, em sua vila.

Pensa.

Sem ver muita escolha, ele decidiu mentir para o homem. Já que mesmo ele achava muito errado a ação de mentir. Ele suspirou, e respondeu sem mostrar muito um comportamento duvidoso ou que deixasse muito na cara que a resposta era um pouco sem sentindo ou absurda demais.

—Eu fui criado em um lugar muito distante. Nas regiões do oeste, então provavelmente você nunca deve ter ouvido falar.

O homem, olhou bem para os olhos de Itsumo para ver que ele escondia outras intenções ou emoções que dizia gritando que ele estava mentindo. Mas Itsumo, não revelou nada em seu olhar estava a firmeza e a certeza. Coisa que guerreiro nenhum tem o direito de questionar ou de duvidar.

—Já pensou que pode usar os guardas de vigilância como uma isca? Pode usar do jeito que você quiser, basta agora um plano de como você irá quebrar está cela e fugir daqui sem ser percebido por certas pessoas. —o homem fala com os olhos fechados.

Quando o homem sugeriu usar os guardas de alguma forma, a lâmpada da ideia se acendeu na cabeça de Itsumo.

—Primeiro: Eu posso fingir que estou doente e assim poderei achar atenção dos guardas. Segundo: No momento em que eles pisar os pé no chão dessa cela, posso me concentrar em prender a minha respiração e desacelerar os meus batimentos cardíacos, e assim eles pensaram que eu estou a beira do morte ou morto. Terceiro: Eu tenho quase certeza que eles jogaram o meu corpo fora ou no fim da propriedade dos Irashi, sendo assim pode aproveitar para me infiltrar entre os guardas e achar informações sobre Hanasaki. —Após, pensar em seu plano Itsumo o colocou em prática rapidamente.

Ele olhou para os lados procurando algo e a sua esquerda ele encontrou uma espécie de copo ou algo do tipo, cheio de água, que parecia está dias sem trocar. 

Ele, foi até a direção dessa água l, abaixou-se e levou o recipiente para perto de sua boca. Sentindo um mal cheiro e vendo uma cor nada agradável, ele sentiu uma certa repulsão. Mas vendo que não havia outra escolha a não ser tomar, ele respirou fundo e tomou tudo e uma vez só.

Não precisou, de muito esforço para engolir e após tomar tal coisa, ele jogou o copo contra a parede, fazendo ele se quebrar.

O homem, vendo a besteira que Itsumo acabava de fazer, rapidamente se levantou com pressa e assustado com o estado de Itsumo.

—O que você acha que está fazendo, seu idiota!? Saiba que nestas águas possui uma espécie de droga, usada para matar os prisioneiros silenciosamente. —ele depositou a sua destra sobre o ombro se Itsumo e puxou o seu corpo com agressividade, fazendo assim Itsumo olhar para ele.

O homem, olhou Itsumo desesperado e vendo que Itsumo estava abrindo mais e mais abertura de sua parte superior. Ele já respirando pesado, e dava para sentir também o seu ar quente.

A visão de Itsumo já estava ficando turva e embaçada. Já com o equilíbrio afetado, ele começou a cambalear e quase caindo no chão o homem o segurou e o deitou no chão. Ficando um pouco mais calmo.

—Você, deve aquentar firme. A droga, está fazendo um efeito muito rápido em seu corpo. Dependendo de sua resistência você perderá a consciência daqui á trinta minutos. —o homem fala, e Itsumo olha para o ele.

—Eu...estou...bem..não..precisa...se...preocupar... —Itsumo fala quase sem fôlego. A droga, era mais torturante do que ele pensava.

O homem, olhou para Itsumo que estava com o rosto vermelho e seus olhos também.

—Dá para ver de longe que você esta, mais do que bem. —o homem fala com ironia.

O corpo de Itsumo, estava queimando de dentro para fora, a agonia o preenchia por dentro e a sensação que lhe cobria não era nada boa. Mas não se entregava a dor!  Respirou fundo, normalizou a sua respiração e deixou a sua mente vazia.  Apenas se concentrando em seus batimentos e logo depois de dez minutos o calor aos poucos ia desaparecendo, mas ele não se livrou totalmente do efeito da droga. Itsumo, não viu isso como uma desvantagem, mas sim como uma vantagem. Pois agora podia achar uma boa desculpa para atrair a atenção dos guardas. Ele abriu, os olhos e dirigiu a sua atenção para o homem ao seu lado, fez um sinal com a mão, pedindo que se aproximasse.

—Chame os guardas, e diga a eles que eu estou a beira da morte! —sussurra nos ouvidos do homem.

O homem ficou surpreso, não podia imaginar que ele tomou aquilo de propósito. Pensava que ele era de verdade um grande idiota, mas era mais esperto que ele pensava e mais louco também! Sentiu que o jovem a frente de sua visão, faria de tudo para conseguir cumprir uma missão e o mais importante, a grande capacidade de proteger aqueles que são importantes.

Para fazer uma cena mais verdadeira que estava, o homem soltou a fita vermelha sangue que prendia os longos cabelos pretos de Itsumo, colocou as duas mãos mais afastadas do corpo e disse que Itsumo mantivesse a boca um pouco aberta, para que eles vissem que a situação era mais grave que eles pensavam. Pegou as espadas que ele carregava, bem isto antes de Itsumo impedi-lo de fazer qualquer coisa.

—O que você irá fazer com as minhas espadas? Acha mesmo que pode ficar colocando as mãos nos pertence dos outros? —ele segura o pulso do homem, e pergunta em tom de raiva.

Não obtendo resposta, Itsumo apertou mais ainda o pulso do homem. O homem, suspirou e respondeu antes que Itsumo quebrasse o seu pulso.

—Presta atenção moleque! Eu já, saquei o que você quer fazer. Então fica quieto e observa, quando chegar a hora certa você irá ver como eu nunca erro em meus cálculos.

Itsumo, ficou meio incomodado por o homem ter o chamado de moleque, mas liberou o homem mesmo assim. Acabando de ser liberado, ele pegou as espadas e as jogou em uma pequena fenda que havia naquela prisão.

Itsumo, olhou o homem jogando as espadas e mesmo sabendo que iria reencontra-las, ele sentiu um aperto em seu coração. Ele é muito apegado a suas companheiras.

O homem, foi em direção as grades e as apertou forte, respirou fundo e com coragem.

—Uns dos prisioneiros está com a vida por um triz! Ele está muito mal! —grita.

O seu grito se expandiu por todo aquele lugar apertado e mal cheiroso. Os guardas, que devia está de olho nos prisioneiros, estavam dormindo. Mas o grito do homem fez eles acordarem assustados. O que estava em pé ficou em posição de defesa, e o outro que estava na cadeira se pendurando acordou com uma bela queda e uma horrível dor nas costas.

Os guardas, trocaram olhares e se dirigiram imediatamente para onde o grito estava vindo. Chegando no local, os prisioneiros começam a se agitar. Os guardas, acostumado com aquele comportamento passavam reto até chegar no fim do escuro e úmido corredor.

Eles pararam, em frente da cela onde estava Itsumo e o homem misterioso.

—O que está acontecendo nesta cela? Você por acaso não quer a luz do sol amanhã? —uns dos guardas pergunta firme e objetivo. Direcionado ameaça, ao homem misterioso.

O homem ao ouvir aquela ameaça, um pensamento cruza sua cabeça:

Fala sério! Não acredito, que estes vagabundos tem a coragem de fazerem piadas tão sem graça nestas horas! Eu aguento, viu!

O homem, responde a pergunta do guardas no mesmo tom em que ele falou para ele:

—O novo prisioneiro, está enfrentando um grave problema aqui. Ele tomou a água, que não era trocada a dias e parece que por ação o corpo dele está passando por momentos bem difíceis.

Neste instante o homem direcionou o seu olhar para Itsumo que estava deitado no chão, com a respiração pesada, bastante suor descendo de sua testa e com uma expressão nada bonita em sua cara.

Ele olhou, para o prisioneiro e fechou os olhos por um segundo e se sentindo rendido.

—Se afaste. Eu irei, abrir a cela para ver como está o estado do prisioneiro. Não podemos, deixar ele neste estado. Até porque, o senhor Irashi nos ordenou cuidar bem desse daí.

O homem misterioso ficou muito feliz com o que acabava de ouvir, mas logo sua alegria foi tirada quando o guarda apontou o dedo para ele.

—E você, não tente nenhuma gracinha, entendeu? —uns dos guardas fala.

Ele revirou os olhos com aquele aviso desnecessário da parte do guarda, pois bem sabia que sua intenção não era fugir, mas sim fazer possível Itsumo escapar!

Ele respondeu sério e com um sorriso :

—Não se preocupe, com este detalhe. Eu prometo não fazer nada. —levanta as mãos, e fala com um sorriso cínico no rosto.  

Ele se afastou das grades, e deu espaço para os homens abrirem e sem seguida adentrarem na cela. Eles se aproximaram para perto de Itsumo, e o mesmo se agacha e chega os batimentos de Itsumo pelo pescoço.

Não obtendo um bom resultado, o homem se afasta e com uma expressão de perda.

—Ele não vai durar muito. Se eu estou certo, ele vai morrer daqui a duas horas. —fala desviando o olhar e coçando a nuca.

O homem ficou muito feliz em saber que o plano de Itsumo estava dando certo, mas ele não podia sorrir, pelo menos não agora.

O guarda, em um sinal mandou o outro buscar um tatami para encobrir o corpo de Itsumo. O homem, para entrar no papel certo fingi preocupação.

—O que vocês iram fazer com o prisioneiro? —pergunta apressado e um pouco eufórico.

—Nós iremos cobrir o corpo dele e vamos jogá-lo entre os outros corpos. De qualquer jeito ele irá morrer mesmo. — o guarda olha, e reponde naturalmente.

—É uma pena. O garoto ainda é tão jovem. —o homem misterioso abaixa a cabeça, e fala em tom triste.

O guarda vendo que o seu companheiro já estava vindo com o que havia pedido, pega Itsumo ofegante e o cobre e amarra o saco na parte das pernas e da cabeça.

Em seguida, eles o levanta na contagem de três e saíram os dois guardas carregando ele. E quando os guardas passavam os prisioneiros tiraram sarro de Itsumo.

—O novato já morreu? Assim não tem a menor graça! —uns dos prisioneiros fala, em seguida dar gargalhadas.

Os guardas ignoravam como sempre fazia. Mas qual pessoa de sã juízo iria ligar para as coisas daqueles homens, em que a loucura prevaleceu? Bom ninguém se sabe, mas sempre há pessoas com diferentes opiniões.

—Eu já fiz a minha parte. Agora é com você meu jovem! —o homem solta um suspiro de alívio e sorri.

Já saindo um pouco da residência dos Irashi, os guardas levavam o corpo de Itsumo e caminhando mais um pouco, pode já ver uma espécie de casebre desgastado, que claramente precisava de uma bela reforma.

Eles passaram, pela a tela que havia na casa e em seguida eles jogam o corpo de Itsumo como se fosse nada e se retiram.

—Temos que informar o Senhor Irashi sobre este assunto. —um fala, enquanto remove a poeira das mãos se retirando do local. 

Continua...