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Chapter 7 - Capítulo 7 - A Sombra na Porta

O som na porta ecoou pela casa. Toc. Toc. Toc.

Lina segurou firme sua pistola, seus olhos fixos na entrada. Arthur, mesmo pequeno, sentia o peso da tensão no ar. O instinto lhe dizia que algo estava errado.

— Quem está aí? — Lina perguntou, sua voz firme.

Silêncio.

Então, um arranhão longo percorreu a madeira da porta, seguido por uma respiração pesada.

Arthur sentiu um calafrio. "Isso não é humano."

Lina se afastou lentamente, pegando uma segunda arma. Seu olhar era afiado, como o de uma caçadora pronta para lutar.

De repente, um grito veio do lado de fora.

— CORRAM!

O som de tiros e espadas se chocando ecoou pela vila. Algo estava atacando, e os caçadores estavam lutando para contê-lo.

A porta tremeu violentamente, como se algo quisesse arrombá-la. Lina apontou a arma.

— Se você entrar, não sairá vivo.

Arthur observava tudo, sua mente analisando a situação. Ele não podia lutar, mas podia aprender.

"O que quer que esteja lá fora... não é um monstro comum."

Foi então que um cheiro forte de sangue invadiu a casa. Arthur percebeu:

Alguém já havia sido morto.

A noite estava apenas começando.

O cheiro de sangue ficou mais forte. Arthur, mesmo sendo apenas um bebê, sentiu seus instintos gritarem. O que quer que estivesse do outro lado da porta... não era algo comum.

Lina manteve sua pistola apontada, os olhos frios e calculistas.

— Se passar por essa porta, eu atiro — ela avisou.

Toc. Toc. Toc.

A madeira rangeu. Algo afiou suas garras contra a superfície, arranhando lentamente, como se estivesse provocando.

Então, tudo ficou em silêncio.

Arthur prendeu a respiração. "Foi embora?"

Lina não baixou a arma. Ela sabia que aquilo era um truque.

Foi então que um som abafado veio de fora. Passos rápidos, um corpo caindo.

— N-NÃO!

Um grito desesperado ecoou na vila. Lina se moveu instintivamente, correndo até a janela para olhar.

Arthur tentou ver também, mas seus olhos só captaram sombras se movendo na névoa.

CRACK!

O som de ossos se partindo. Outro grito.

Lina mordeu o lábio.

— Merda... Dario...

Ela sabia que precisava ajudar, mas não podia deixar Arthur sozinho.

A decisão veio rápido. Lina correu até o berço e o pegou nos braços.

— Pequeno, vamos sair daqui.

Arthur não protestou. Ele sabia que a situação era grave.

Lina abriu a porta lentamente. O corredor estava vazio, apenas a névoa rastejando pelo chão.

Então, ela viu.

No centro da vila, iluminado pelo fogo das tochas...

Um corpo caído.

E ao lado dele, uma silhueta sombria, de olhos vermelhos brilhantes, encarando diretamente a casa de Arthur.

O monstro havia finalmente revelado sua presença.