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Chapter 4 - Capítulo 4 - Ecos do Passado

O sol nasceu, e Dario partiu com os outros caçadores. Arthur observou tudo do colo de sua mãe, gravando cada detalhe na memória. Ele ainda era um bebê, mas sua mente afiada sabia que cada pedaço de informação poderia ser útil no futuro.

Lina passou a manhã ocupada, verificando armas e inspecionando as armadilhas ao redor da casa. Arthur percebeu que ela estava inquieta. Seu pai não era um homem descuidado, mas algo naquela missão parecia diferente.

"Se os monstros ainda existem, então os perigos desse mundo vão muito além do que eu imaginei."

Arthur tentou novamente sentir aquela energia dentro de si. Ele fechou os olhos e se concentrou. Dessa vez, em vez de apenas perceber a energia, ele tentou movê-la.

Uma sensação quente percorreu seu corpo, e por um breve momento, ele sentiu um fluxo de poder percorrendo suas veias. Mas, assim como antes, seu corpo não resistiu e ele se sentiu exausto.

Lina percebeu sua expressão cansada e o pegou no colo.

— Você está bem, meu pequeno?

Arthur apenas balbuciou, fingindo ser um bebê normal. Mas por dentro, ele entendia.

"Eu tenho um talento especial, mas meu corpo ainda não está pronto. Preciso de tempo."

Os dias se passaram, e a ausência de Dario começou a pesar. Normalmente, ele voltaria em dois ou três dias, mas agora já se passava quase uma semana.

Na noite do sexto dia, Lina estava sentada perto da porta, segurando uma pistola. Seu olhar estava fixo na estrada. Arthur sentiu a tensão no ar.

Foi então que ele ouviu passos pesados.

Alguém se aproximava.

O coração de Lina acelerou. Arthur, mesmo pequeno, sentiu o instinto de sobrevivência se ativar.

A porta rangeu levemente quando uma figura alta e ferida surgiu na entrada.

Era Dario. Seu corpo estava coberto de cortes e seu braço esquerdo parecia estar deslocado.

— Dario! — Lina correu até ele, ajudando-o a entrar.

Ele respirava pesadamente, sua expressão era sombria.

— Nós encontramos a fera... — ele disse, com a voz rouca. — Mas havia algo mais.

Arthur observou em silêncio, seu pequeno coração batendo forte.

"O que poderia ter sido tão perigoso a ponto de deixar um caçador experiente nesse estado?"

Naquela noite, pela primeira vez, Arthur sentiu um calafrio de medo.