Chereads / Acordei Como Meu Protagonista no Universo de Runeterra!? / Chapter 11 - Capítulo 11.Aliadas Em Meio ao Inesperado.

Chapter 11 - Capítulo 11.Aliadas Em Meio ao Inesperado.

Observando os destroços do vilarejo, onde os corpos dos Vastayas pendem de forma macabra, uma sensação perturbadora se instala em meu peito. A noite, sombria e ameaçadora, acentua a atmosfera sinistra.

Não consigo compreender que tipo de arte Jhin enxerga nisso tudo; tentar entender um assassino psicopata é um esforço fútil. Varro o horizonte com meu olhar, mas não há sinal de vida inteligente além dos destroços. Era um vilarejo isolado, ou Jhin já havia ceifado mais vidas Vastayas?

— No entanto, parece improvável... — murmuro, contando quatro corpos dos Vastayas, cada um marcado por quatro perfurações de disparo.

Jhin parece obcecado pelo número quatro, o que sugere que não matará mais Vastayas por enquanto, até que quatro dias se passem, ou talvez até quatro anos, dependendo da situação.

— Huh? O fluxo de mana aumentou subitamente... — comento, sentindo uma energia pulsante atrás de mim.

Um círculo mágico semelhante ao meu surge no chão; seria Karma? Um brilho esverdeado irrompe do centro do círculo, forçando-me a cobrir os olhos por um instante, até que vozes familiares rompem o ar com um grito de surpresa.

Ao abrir os olhos, deparo-me com uma cena confusa: Ahri e Akali caídas, enquanto Irelia permanece de pé, onde antes estava o círculo mágico. Karma deve tê-las enviado.

Cruzando os braços, encaro as três. — Vocês me seguiram? — pergunto, frustrado. — Pensei que fosse resolver isso sozinho.

— Desculpe, elas insistiram em vir. Estavam preocupadas... — explica Irelia.

— A culpa é sua, Renier! — acusa Akali, levantando-se e ajustando o traje. — Você saiu sem avisar, e ainda por cima para caçar um assassino.

— É adorável ver sua preocupação, hehe. — sorrio, um tanto convencido.

— Estávamos preocupadas, é claro. — intercede Ahri, séria. — Não importa quão forte e confiante você seja, pelo menos nos avise quando for atrás de Jhin. — Sua voz carrega um tom de autoridade.

Que incômodo... Por que preciso pedir permissão a elas? — Tudo bem, como queiram... Irelia, você também vai ajudar? — Se ela estiver por perto, será um grande suporte.

— Sim, foi minha sugestão. Darei apoio com os recursos necessários. Você pode contar comigo para capturar o assassino. — Ela responde, com determinação.

— Perfeito... — comento, satisfeito. Ahri, Akali e Irelia formam um bom time para enfrentar Jhin.

Enquanto observo as três, percebo que Ahri parece especialmente afetada pelos corpos dos Vastayas. Elas parecem mais acostumadas a cenas assim do que eu.

Volto minha atenção para os quatro corpos inertes. — As características... Eles têm plumas e asas, — confirmo, examinando-os. — Serão membros da tribo dos Lhotlan? — pergunto, preocupado.

Irelia acena com a cabeça. — Boa dedução. Devem ser parte da tribo que ficou para trás. — Ela cruza os braços.

Os Lhotlan são uma das tribos Vastaya dentro do universo de Runeterra, um grupo que compartilha características de aves, como plumas e asas. Eles são conhecidos por sua habilidade de voar e por viverem em harmonia com a natureza, especialmente nas florestas densas de Ionia. Xayah é uma das líderes rebeldes dos Lhotlan, lutando para proteger seu povo da opressão e exploração.

— Então continuamos nossa busca pela noite, — decido, olhando para as três. — Ainda não usarei minha habilidade de Clarividência. Vamos até a próxima tribo para localizá-lo. — Informo, olhando sério para elas.

Se eu usar a Clarividência agora, mesmo que encontre Jhin em sua próxima localização, essas três só vão me atrasar. Parece que Ahri e Akali não me deixarão seguir sozinho. Não há muito o que fazer.

— Ele parece bem sério… — sussurra Ahri pelas minhas costas, tentando ser discreta, mas acabo ouvindo.

Akali responde em um sussurro. — Provavelmente porque você veio atrás dele; isso deve ter irritado...

Não estou irritado, só um pouco aborrecido, afinal, queria que essa missão fosse solo. Solto um suspiro involuntário enquanto caminhamos.

Se bem me lembro, Akali é do tipo rebelde, uma ex-Kinkou que agora age apenas por dinheiro; uma assassina em sua classe de jogo. Talvez minha interação tenha mostrado reações diferentes das pré-escritas no jogo.

Sentindo algo anormal, trago a foice de volta para minha mão, fazendo-a surgir com minha energia novamente. Uso-a para cortar o vento, criando um pulso que projeta vários projéteis em nossa direção.

Ao notar algumas penas cravadas em uma árvore, percebo que têm traços de magia espiritual; são dos Vastayas, essa coloração…

— Ahri, que desprazer inesperado vê-la aqui — disse uma voz vinda de cima de uma árvore.

Olhando para cima, avistei Xayah, uma Vastaya conhecida, com características avícolas, suas penas afiadas entre os dedos, prontas para serem utilizadas.

— Xayah, eu deveria imaginar que você estaria por perto, considerando que sua tribo foi dizimada na aldeia — comentou Ahri com um sorriso.

A rebelde dos Lhotlan, Xayah, lutava pela liberdade de seu povo contra os inimigos de Ionia, utilizando métodos próprios. Ela era ainda mais estilosa do que eu imaginara.

— O que você está fazendo aqui? Nunca a vi cercada de tantos humanos, além de usá-los para se alimentar — questionou ela, com um tom hostil.

— Ela está comigo, então relaxe, garota — respondi, abaixando a foice.

Xayah levantou uma sobrancelha, um leve brilho de interesse surgindo em seu olhar. — Como assim "comigo"? E quem é você?

— Renier, um jovem encantador e charmoso que tem a sorte de estar na companhia de três belas damas — disse, exibindo um sorriso galanteador.

— Convencido — murmurou Akali, puxando a máscara, embora eu pudesse notar um leve rubor em seu rosto após meu elogio.

Ahri, por outro lado, parecia se alegrar com o reconhecimento de sua beleza, enquanto Akali permanecia um tanto neutra.

Xayah revirou os olhos, mas um sorriso divertido surgiu em seu rosto. — Você é exatamente como meu namorado — afirmou, descendo da árvore.

— Vou levar isso como um elogio — respondi. Ser comparado a Rakan, que conquistou uma mulher tão intensa e carismática, era algo que me intrigava.

— Se Ahri está com você, o que vocês estão fazendo aqui? — perguntou ela, aproximando-se um pouco mais.

Sabia que lidar com mulheres intimidadoras como Xayah não seria um problema. — O mesmo que você: caçando um assassino — comentei, mantendo um sorriso no rosto.

Os olhos de Xayah se estreitaram, analisando-me, como se buscasse qualquer sinal de desonestidade.

— Você realmente é ousado, pirralho. Se tem tanta confiança nas suas palavras, talvez esteja se garantindo o suficiente — comentou, antes de estender a mão em um gesto de camaradagem. — Estou à caça do assassino que invadiu minha tribo algumas horas atrás, deixando aquela cena horrenda. Se você está fazendo o mesmo, não serei sua inimiga.

Apertei sua mão firmemente. — Sou Renier Kanemoto. É uma grande honra receber sua confiança; acredite, nada quebrará isso, mesmo que o mundo se vire contra você.

Eu prezava pela confiança e promessas feitas, e, enquanto Ahri ou qualquer outra pessoa confiasse em mim, faria o possível para honrar essa fé.

— Bem, já que estamos no mesmo barco, que tal começarmos a caçar Jhin? — sugeriu Akali.

— Diferente da Senhorita Karma, tenho certeza de que vocês quatro pretendem matá-lo — comentei. Nenhuma delas parecia do tipo que poupasse alguém que manchasse as terras de Ionia com sangue.

— Óbvio. Ele pagará pelo que fez — confirmou Xayah, com determinação.

— Estou com você, Renier. Não me importo se ele morre ou não — disse Ahri, dando de ombros, o que eu já esperava.

— Eu não sou do tipo que usa uma foice e palavras doces. Ele pagará por cada vida que tirou, e Jhin vai morrer — afirmei, notando o brilho ameaçador nas lâminas de Akali, que refletia seu olhar frio de assassina.

Porém, minha atenção se voltou para Irelia, que parecia ponderar seriamente sobre a situação.

— Karma me encarregou de ajudá-lo, Renier, para que Jhin enfrentasse a justiça. Obviamente, ela não desejaria que ele fosse morto — refletiu. — Contudo, como alguém que lutou na linha de frente contra Noxus e como cidadã de Ionia, peço desculpas ao Espírito de Ionia, mas Jhin é um psicopata que não encontrará salvação. Vamos encerrar suas atrocidades de uma vez por todas! — confirmou Irelia, com um tom sério e autoritário, como um soldado em foco.

Deixei escapar uma risada leve, deixando-me levar pela determinação das quatro presentes. — Adoro mulheres decididas — afirmei, sorrindo. — Então, como desejarem. Já conheço a localização de Jhin. Vamos formar um plano e encerrar sua vida como uma bela obra de arte — declarei, lembrando dos Vastayas mortos. Para mim, Jhin já estava morto muito antes de elas confirmarem; acabar com suas vidas era um passo necessário.

Continua…