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Chapter 12 - Capítulo 12.Confronto com Elegância.

Em um coliseu abandonado e em ruínas, situado no coração da floresta, Jhin caminhava lentamente até o centro da arena de mármore desgastado pelo tempo. A pálida luz da lua refletia sob sua máscara branca, criando um contraste intrigante com o cenário em volta.

A paisagem ao redor era deslumbrante, iluminada pela lua que reinava no céu estrelado. Onde outrora as arquibancadas vibravam com vida, agora gigantescas árvores se erguiam, tomando o espaço e transformando a cena em um espetáculo natural da beleza selvagem de Ionia, como se a floresta observasse a figura solene no palco da arena.

Os passos de Jhin ressoavam em uma melodia silenciosa em sua mente, enquanto ele movia os pés com a graça de um dançarino, girando até parar em frente à entrada do coliseu ao notar minha presença.

— Um jovem rapaz em um local tão remoto como este — comentou Jhin, seus olhos fixados em mim através da máscara.

— Estava à sua procura — respondi, avançando casualmente para dentro da arena.

— Sinto-me honrado por ser procurado; isso indica que meu nome e minha arte chegaram até você, rapaz de olhar perspicaz — ele disse, sua voz soando como uma peça de teatro.

Não posso negar que seu estilo era refinado e cativante.

— Então, como estou diante de um artista, devo me comportar como tal também — declarei, fazendo uma leve reverência. — Sou Renier Kanemoto, também conhecido como o Guardião Negro. É um prazer finalmente conhecê-lo, Demônio Dourado — disse, apresentando-me de maneira elegante.

Levantei a cabeça para encontrar Jhin aplaudindo, soltando uma leve risada. — Vejo que temos um jovem promissor com classe. Sua elegância e comportamento educado, senhor Kanemoto, tornam este encontro ainda mais especial — comentou ele, admirado pela minha educação.

Embora quisesse permanecer modesto e ciente de que não poderia usar meu poder naquele momento, decidi que uma brincadeira poderia ser divertida. Vamos colocar o plano em prática antes de resolver isso.

— Como Guardião Negro, meu dever aqui será pintar o chão com seu sangue. O que acha de uma bela dança sob a luz da lua, Demônio Dourado? — perguntei, trazendo à tona minha foice azul, que começava a brilhar intensamente sob a iluminação serena.

— Isso seria um espetáculo magnífico, meu caro Guardião Negro. Como um apreciador de arte, espero ansiosamente por esse momento glamuroso — respondeu ele, puxando uma arma do quadril.

O "Sussurro", seu canhão de mão, era projetado para causar danos significativos. Ele disparava com frequência fixa e carregava apenas quatro projéteis. Jhin encantava o último projétil com magia sombria, aumentando seu poder e potencial de execução.

Essa era a descrição de sua arma, mas eu não me preocupava com os danos que poderia causar. Queria entrar no teatro por enquanto; os ingressos deveriam valer a pena antes do show final.

A foice em minhas mãos se transformou em uma espada com lâmina azul e cabo escuro.

Em um movimento rápido, várias penas foram arremessadas contra Jhin, que desviou habilidosamente, recuando para as arquibancadas.

— Parece que você trouxe mais amigos — comentou Jhin, enquanto minha atenção se voltava para Xayah, que observava de um pilar, olhando para o assassino com hostilidade.

— Você é o responsável pelas mortes do meu povo na vila próxima, não é, Jhin!? — gritou ela, seu ódio irradiando.

— Uma bela obra de arte exige sangue frio e olhos que a apreciem. Nesse caso, possuo ambos — respondeu Jhin, indiferente às suas palavras.

Irritada, Xayah disparou novamente, enquanto Jhin desviava com a elegância de um dançarino, cada movimento tinha uma performance. Atrás dele, Akali tentava um ataque furtivo, mirando em sua cabeça.

— Mais uma dama agressiva, meu caro Renier. Seu gosto por mulheres é bastante questionável — comentou Jhin, disparando uma de suas balas com precisão, atingindo uma das penas nas mãos de Xayah.

— Tsk — estalou os lábios Xayah, frustrada por ter seu ataque frustrado. Ela se lançou para um combate mais próximo.

Xayah e Akali tomaram conta da luta, enquanto eu acreditava que Jhin ficaria encurralado. Porém, sua agilidade era surpreendente. As garotas tentavam sincronizar os ataques: três penas afiadas de Xayah se uniam a adagas afiadas, enquanto Akali, com suas foices, atacava ferozmente. A cada movimento, Jhin deslizava como se dançasse, esquivando-se habilidosamente dos golpes.

As únicas que podiam lutar de perto eram Xayah e Akali; Irelia e Ahri permaneciam à distância, aguardando a oportunidade perfeita para que as duas desferissem o golpe final contra Jhin.

Avançando em direção ao Demônio Dourado, ataquei com a espada, forçando-o a bloquear com a base de sua arma. — Posso me juntar à dança? — perguntei, com um tom provocativo.

— Seria uma grande honra, — respondeu Jhin, enquanto retirava duas esferas de sua cintura, atirando-as contra Akali e Xayah. As duas recuaram no instante em que uma explosão estourou, arremessando-as para trás.

Recuperando-me do impacto, percebi que Jhin havia usado uma bala, o que significava que restavam apenas três. A curiosidade me invadiu: como ele pretendia usá-las?

— A peça só está começando, caro Renier, — comentou Jhin, avançando em minha direção com uma adaga em mãos.

Enquanto Jhin tomava distância, eu corri atrás dele, notando que Akali e Xayah, embora não atingidas diretamente pela explosão, pareciam desorientadas após o ataque.

Acelerando, cheguei perto de Jhin e acertei um chute em seu antebraço, jogando-o para fora das arquibancadas, com um pequeno estrondo que ecoou na arena.

— Ah, você, pelo visto, tem alguns truques na manga, — disse ele, levantando-se rapidamente. — Uh?

Seu corpo havia parado de se mover, uma confusão evidente em seu olhar. Ele me encarou, perplexo.

— Parece que já perdi no momento em que te conheci, — admitiu Jhin. — Seus olhos são verdadeiramente pintados pelo cosmos… Uma bela arte, a meu ver, — disse, admirando a profundidade de meu olhar.

Eu percebia que meus olhos revelavam minha verdadeira natureza. A aura ao meu redor começou a se intensificar, projetando um espetáculo de estrelas e galáxias.

— Como um verdadeiro apreciador da arte, Jhin, você está prestes a ver a verdadeira recompensa: o universo dentro de mim. Eu sou Renier Kanemoto, filho da Criação e a próxima existência que caminha entre os mortais. Meu corpo é, na verdade, um Multiverso, e este é o Guardião Negro, o Deus da Criação.

O olhar de Jhin, surpreso, era admirável. — Isso, de fato, é a coisa mais bela que já vi. Eu desejaria abrir você e descobrir que obra-prima emergiria… — ele afirmou, extasiado com o cenário cósmico que o cercava.

Estendi a mão em sua direção, concentrando energia cósmica que se formou em uma grande esfera escura. Atrás de Jhin, notei que Ahri e Irelia se aproximavam, preparadas para intervir caso algo saísse do controle.

— Estou sentindo algo me impedindo… — murmurei, surpreso. Algo estava acontecendo… Seria o Espírito de Ionia?

Olhei para baixo e vi um grande círculo mágico se formando sob meus pés, com runas e símbolos antigos em uma tonalidade esverdeada. A preocupação cresceu em mim, pois já sabia o que significava.

— Irelia, Ahri, o resto é com vocês. Façam o que quiserem com Jhin, — afirmei, dirigindo-me a elas.

— Ok, mas o que está acontecendo com seu corpo? — perguntou Irelia, visivelmente preocupada.

O Espírito de Ionia me considerava uma ameaça, e a verdade se tornava clara. — Estou sendo selado… — confirmei.

— Selado!? — exclamou Ahri, alarmada.

— Desculpe, mas Ahri, nos vemos em breve, — disse, esboçando um sorriso. Pelo menos agora o povo de Ionia ficaria mais amigável com ela, uma vez que havia capturado Jhin.

Eu estava ajudando, mas talvez minha presença tenha se tornado perigosa.

Decidi forçar um salto para fora de Ionia. Comecei a aumentar meu poder, tentando dificultar ainda mais o processo de selamento do Espírito.

Uma luz dourada envolveu todo o meu corpo. Eu estava utilizando poder divino, planejando nos enviar para outro local. Seria um salto no escuro, pois não tinha pontos de ancoragem salvos, a não ser em Ionia.

No mesmo instante, Jhin foi solto de sua prisão, mas Irelia rapidamente o deteve, pressionando-o contra o chão, enquanto Ahri usou sua magia espiritual para deixá-lo inconsciente. Tudo estava se encaminhando para um desfecho favorável.

— Nos vemos por aí — comentei para Ahri, enquanto uma luz brilhante me envolvia como uma granada de luz, apagando minha consciência gradualmente até que tudo se tornasse escuridão. Perguntava-me para onde iria agora…

Fim da Primeira Parte: Arco Ionia…