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Chapter 10 - Capítulo 10: Olhos das Revelações.

Pelo menos assim, posso contribuir de alguma forma para aliviar um pouco desse peso que carregam. As duas trocam olhares, e uma pequena esperança brilha na expressão de ambas ao ouvir minha oferta.

— Qualquer coisa? — perguntou Karma, sua voz carregada de expectativa.

Com um aceno de cabeça, reafirmo meu compromisso. — Qualquer coisa dentro dos meus limites. Então, qualquer ordem é possível. — Sorri de forma calma, a determinação pulsando em minhas palavras. — Posso sugerir algo?

— Muito bem, pode dizer. Se for algo que possa nos ajudar, sua sugestão será muito bem-vinda. — Irelia afirma, seu sorriso suave sugere uma abertura para minhas ideias.

— Jhin. Posso capturá-lo para vocês. — a confiança transparece em minha voz. — **Sei que ambos têm muitos problemas, com Noxus atacando e um assassino em série à solta. Posso garantir que tenho poder mais que suficiente para levá-lo à justiça.

O choque é evidente em seus rostos ao considerar a ideia de enfrentar um assassino. Para mim, é um desafio novo, mas sinto que estou pronto para isso.

— De fato, capturar Jhin seria um grande alívio, não só para mim, mas para todos em Ionia. — pondera Karma, a tentação em sua voz misturada com uma relutância perceptível.

— Não quero duvidar de suas capacidades, mas enviar um jovem para caçar um assassino... — sua preocupação é palpável, e eu a compreendo perfeitamente.

— Entendo sua preocupação, Karma. Mas essa é uma oportunidade que não podemos deixar passar. Se Renier está disposto a enfrentar esse desafio, podemos fornecer todo o suporte necessário para garantir sua segurança. — Irelia intervém, sua voz firme e decidida.

— Concordo com Irelia. Se Renier está disposto a ajudar, devemos confiar em sua habilidade e determinação para lidar com essa ameaça. Além disso, podemos fornecer informações e recursos para auxiliá-lo em sua missão. — Karma completa, sua confiança em mim evidente.

Sinto um misto de emoções ao ver a determinação em seus olhares, entrelaçada com uma preocupação genuína pela minha segurança. Mas sei que esta é uma oportunidade única de provar meu valor e contribuir para a segurança de Ionia.

— Estou ciente dos riscos, mas estou disposto a enfrentá-los. Jhin é uma ameaça que precisa ser detida, e se eu puder ajudar de alguma forma, estarei pronto para esse desafio. — afirmo, aceitando a responsabilidade que assumi ao propor essa missão.

Karma e Irelia trocam um olhar de entendimento, suas expressões agora radiantes com gratidão e esperança.

— Agradecemos sua coragem e dedicação, Renier. Com sua ajuda, esperamos finalmente pôr fim aos crimes de Jhin e garantir a segurança de nosso povo. Estaremos torcendo por você. — declara Irelia, sua voz ecoando com uma determinação renovada.

— Me pergunto como você pretende encontrá-lo... Jhin só aparece a cada quatro anos, e não temos muitas informações sobre ele além dos atos hediondos que comete por Ionia. — observa Karma, seu tom denunciando o repúdio que sente pelo infame demônio dourado.

Colocando minha palma sobre o meu olho esquerdo, sinto-o brilhar intensamente.

— Ah, tenho uma forma de descobrir sua futura localização... — afirmo com um sorriso confiante. — Acho que Shen já deve ter mencionado meus Olhos das Revelações, não é mesmo? — pergunto, a curiosidade brotando.

— Seus poderes oculares foram muito bem avaliados por ele, mas qual é o motivo para mencioná-los agora? — questiona Karma, visivelmente intrigada.

— Meus olhos possuem algumas habilidades especiais; duas delas são especialmente úteis. Se eu tiver uma visão clara do rosto de uma pessoa ou de sua presença espiritual, posso literalmente vê-la através dos meus olhos. Mesmo que o indivíduo esteja do outro lado do mundo, se já o vi uma vez na vida, posso rastreá-lo para sempre. — informo, a confiança ressoando em minha voz.

— Isso é uma habilidade bastante incrível... — afirma Karma, com um pequeno sorriso. — Espero que você não esteja usando nada imoral… — ela ri levemente, mas seu olhar é penetrante.

Percebo que é um pequeno aviso, e o recebo com a seriedade que merece. Karma tem um jeito intimidante quando deseja. — P-Prometo que só a uso para o bem... — respondo, buscando ser o mais sincero possível.

Irelia levanta uma sobrancelha, confusa com a conversa. — Não entendi o que vocês dois estão insinuando, mas qual é a outra habilidade que você mencionou? — pergunta, voltando ao cerne da questão.

— Ah, sim... Clarividência. — afirmo, direto ao ponto, já que não é algo tão difícil de entender.

— Clarividência? — repete Karma, incrédula. — Você pode ver o futuro?

— Sim, eu posso... Por que tanta surpresa? — questiono, lembrando-me de que até LeBlanc possui a habilidade de prever o futuro. Para mim, não é nada extraordinário.

— Você simplesmente pode ver o futuro com seus olhos? E você não acha isso nada demais? — exclama Irelia, surpresa. — Me pergunto de onde você veio, Renier, para achar que uma habilidade dessas é algo normal… — ela solta um suspiro involuntário.

Percebo que não é tão comum assim; talvez eu esteja começando a pensar que estou vivendo em uma história, como se fosse o protagonista dela. É curioso como isso pode me afetar...

— Bem, tanto faz... — respondo, limpando a garganta para voltar ao assunto relevante. — A habilidade de Clarividência que mencionei pode rastrear pessoas, que particularmente gosto de chamar de Olhos de Falcão. Eles podem localizar Jhin e prever sua futura localização. — informo, destacando os pontos positivos dessa habilidade.

Normalmente, meus Olhos de Falcão precisam ter visto o indivíduo pelo menos uma vez na vida, mas como tenho memória fotográfica, isso é perfeito, já que nunca esqueço o rosto das pessoas que são importantes para mim.

Jhin, eu o conheço do jogo; então, mesmo que eu não o tenha visto pessoalmente ainda, posso rastreá-lo. Assim que eu tiver sua localização atual, poderei usar minha habilidade de Clarividência e descobrir onde ele estará em seguida, permitindo-me pegá-lo de surpresa. Este é o meu plano por enquanto…

— Bem, vou tentar usar essas habilidades agora... — murmurei, fechando os olhos para me concentrar.

À medida que minha consciência se afasta do meu corpo, uma imagem vívida começa a se formar: um vilarejo outrora próspero, agora reduzido a ruínas.

Vejo uma aldeia isolada e abandonada, o cenário perfeito para alguém como Jhin se inspirar em suas macabras artes.

Um homem enigmático, com uma máscara sobre o rosto, aplaudindo e se vangloriando como se estivesse em uma peça de teatro, cercado por corpos de criaturas místicas pendurados e mortos ao seu redor.

Ele invadiu um vilarejo da tribo dos Vastayas... É preocupante e repugnante até para os padrões Ionianos. Pela localização, ele está ao sudoeste daqui, nos Redemoinhos de Rochas, em um vilarejo mais interior, provavelmente habitado por Vastayas, dado o número de corpos.

Ele matou quatro Vastayas, cada um com uma perfuração característica, sua marca registrada… Perto do mar, em Tuula, mas provavelmente fugirá em breve. Não adianta me alarmar, estou a uma grande distância.

Sinto algo puxando meus ombros e alguém cutucando minha bochecha… Tento abrir os olhos lentamente, readaptando-me à realidade. Karma e Irelia estão agindo como duas crianças travessas brincando comigo...

— O que vocês estão fazendo? — pergunto, meu corpo relaxado, bocejando levemente, embora sinta um cansaço inexplicável, talvez um reflexo da experiência.

— Hehe, foi mal, você parecia tão fofo dormindo que não consegui resistir… — diz Karma, parando de mexer em meu rosto e voltando para sua cadeira.

Irelia se afasta, um sorriso tímido no rosto, revelando que ela também estava envolvida na travessura. — Peço desculpas, por algum motivo você tem um charme irresistível… — diz ela, sinceramente.

Será que minha habilidade de charme está ativada? — Gosto de ser mimado por mulheres bonitas, então tudo bem. — respondo, soltando um sorriso encantador, tentando cativá-las.

Afinal, percebo que estou com uma aparência agradável agora, especialmente depois do elogio da Ahri. Acho que posso confiar na minha aparência. Melhor aproveitar isso.

— Você tem um jeito encantador com as mulheres, isso eu admito. — afirma Karma, sorrindo.

Observo Irelia, notando que ela parece um tanto constrangida. É evidente que não está habituada a esse tipo de interação na história. Pode ser que eu seja um dos primeiros homens a flertar com ela; talvez até mesmo Karma, que, embora seja atraente, esteja tão focada na sua imortalidade que não se importe com questões românticas.

Levanto do banco e dou um passo para trás. — Bem, vou cumprir minha palavra e capturar Jhin, mas irei sozinho. Esperem por notícias minhas em um ou dois dias — afirmo, determinado a não arrastar Ahri para o confronto com um assassino. Depois de testemunhar aquelas cenas, não desejo que ela se aproxime de um psicopata como ele.

— Espere, você tem certeza disso? — pergunta Irelia, a preocupação evidente em seu tom.

— Sim, não se preocupe. O máximo que pode acontecer é eu morrer, hehe — respondo, tentando transmitir um ar despreocupado, enquanto um círculo mágico repleto de runas azuis surge sob meus pés.

— Não diga isso nem em tom de brincadeira. Volte em segurança — diz Karma, aceitando que não conseguirá dissuadir minha decisão de seguir essa missão sozinho.

Com um leve aceno de cabeça, preparo-me para partir. Em um instante, sou teletransportado para a frente do vilarejo abandonado onde Jhin costumava estar, mas não há sinal dele, como era de se esperar. Sua "obra de arte", no entanto, permanece como um lembrete sombrio para o público…

Continua…