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Acordei Como Meu Protagonista no Universo de Runeterra!?

🇧🇷Arthur_Ygg
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Synopsis

Chapter 1 - Capítulo 1.Despertar em Ionia.

Sentindo a brisa suave, a sensação de quietude se misturava ao farfalhar das folhas das árvores, balançando gentilmente sob um vento ameno que acariciava meu rosto.

Desejando descobrir a origem de tanta paz e tranquilidade, decidi abrir os olhos.

— Uh? — Uma onda de desorientação me envolveu. — Que lugar é esse?

Onde quer que eu olhasse, tudo parecia estranhamente distante do conforto do meu quarto.

A luz do sol filtrava-se suavemente pelas folhas verdes, lançando padrões de sombras dançantes sobre o chão coberto de musgo. O ar, de fato, era mais fresco do que o que eu costumava respirar em meu quarto com ar-condicionado.

O aroma da vegetação exuberante impregnava o local, um perfume doce e terroso que me fazia sentir revigorado, mas também em estado de alerta.

Levantando-me do chão, observei os arredores com curiosidade. — Isso seria incrível se fosse um sonho, mas… tudo parece tão real, — murmurei intrigado.

Onde eu vim parar? Só me lembro de ter ido dormir na noite anterior, então como terminei em uma floresta!?

As árvores eram imensas e majestosas, dificultando a visualização do lugar onde eu havia estado. Uma abundância de vegetação desconhecida cercava-me, e então…

Levantei o dedo, notando uma borboleta que se aproximava, pousando suavemente enquanto deixava um rastro luminoso como um arco-íris pelo ar.

Acho que estou em um mundo mágico, já que nada me é familiar e tudo apareceu do nada. Fui enviado por alguém?

Enquanto sons de seres desconhecidos e ruídos distantes chegavam até mim, percebi que minha audição estava extraordinariamente aguçada. Assim como minha visão, que permanecia clara mesmo nas profundezas dessa floresta densa. Ao respirar, senti cheiros intensos de terra, água e uma variedade de aromas. Meu olfato também estava mais apurado.

Observei minha roupa. — Eh? Este traje!? — Surpreendi-me ao perceber que não estava vestindo o que tinha usado para dormir.

Estava vestido exatamente como Renier Kanemoto, o Guardião Negro, o protagonista da história que estava escrevendo. A combinação de preto com detalhes em azul e um grande capuz eram a imagem perfeita que eu havia concebido para ele.

— Mas por que estou usando esta roupa…? — Pensando sobre isso, fiquei em silêncio, levando a mão ao queixo, intrigado com um pensamento que me surgiu, e então comecei a correr rapidamente.

Dentro de alguns minutos, cheguei a um lago de águas cristalinas, onde peixes de cores vibrantes nadavam, parecendo quase mágicos. Isso definitivamente não deveria ser normal… pelo menos para mim.

Ajoelhei-me à beira do lago, observando meu reflexo na água. — Esse rosto, cabelo e olhos azuis… não sou eu… É o Renier!? — afirmei alarmado. — Ou melhor, estou no corpo do meu protagonista…

Agora entendo por que vejo magia, ou melhor, mana no ar. Esses olhos azuis são os Olhos Demoníacos herdados pelo Clã Kanemoto na minha história; eles permitem que eu enxergue a verdade, descubra mentiras e entenda as intenções reais dos seres vivos.

— Isso é… incrível! — exclamei para mim mesmo, tomado pela animação. Levantei-me novamente, decidido a testar algumas coisas.

Se isso realmente for verdade, não sei como, mas talvez eu tenha reencarnado no corpo de Renier Kanemoto, o que seria absolutamente extraordinário!

Puxando meu capuz para cobrir a cabeça, uma luz como néon azul destacou as linhas em azul do traje escuro, enquanto uma máscara em forma de raposa japonesa cobria meu rosto.

O traje parecia se moldar aos meus pensamentos; olhei para o reflexo e vi meus olhos azuis brilhando intensamente. A máscara, agora cobrindo meu rosto, trazia uma sensação de mistério.

Se meu traje funciona assim, então as habilidades de Renier também podem estar ativas.

Estendi a mão e, concentrando-me, observei um brilho azul se formando em algo sólido nas minhas mãos: uma grande foice, semelhante àquela da morte, com uma lâmina azul brilhante.

— A Ceifadora de Sombras… — Lembrei-me de tê-la criado para derrotar monstros, mas, após ser quebrada no primeiro volume, Renier havia forjado uma nova, capaz de matar também humanos e outras criaturas.

É impressionante! Parece que não enfrento nenhum problema com meus poderes e habilidades; Manifestação Criativa e Moldar devem estar funcionando, assim como Controle Avançado de Mana.

— Alguém, por favor!? Precisamos de ajuda!!! — gritos distantes ecoaram, e, espreitando por detrás da máscara, avistei um mapa tridimensional, com uma interface pulsante.

Localizei uma vila à frente, perto da costa. Pelos gritos e a fumaça que se erguia na direção, talvez estivesse ocorrendo um ataque.

De qualquer forma, são pessoas. Eu poderia conseguir informações sobre onde estou.

Rapidamente, avancei, correndo pela floresta. Notei que minha velocidade e agilidade eram muito superiores às do meu eu humano na Terra. Renier não era humano, mas um híbrido; fazia sentido que houvesse essa diferença esmagadora. Se fosse classificar, suas habilidades seriam de Classe SSS.

Com o mapa, cheguei a alguns minutos… Esperei por mim mesmo; então, aguentem-se, povo desconhecido!

Parei, travando os pés no chão ao ver uma trilha com uma placa que indicava o caminho a seguir. Limpando as plantas para observar o que estava escrito, vi:

— Fae'lor, situado em Navori, — Ionia. Ionia? Não seria um dos reinos de Runeterra, do jogo League of Legends?

Seria impossível… Mas Renier, dentro da história, tem a capacidade de atravessar mundos. Será que vim parar no mundo do jogo?

Isso me traz à memória. Essas árvores e essa vegetação exuberante, mas desconhecida, têm um nome em Ionia… Flores e Árvores Jônicas. Se for realmente o mundo de Runeterra, então acordei na nação mágica de Ionia. Talvez a concentração de mana seja tão pura e forte; isso faria sentido.

Bem, deixemos isso de lado; agora tenho uma noção da minha situação. Depois, resolverei tudo! Há pessoas precisando de ajuda!

✦—✵☽✧☾✵—✦

Durante a corrida, avistei o cume de uma montanha à distância, mas isso não deveria me deter. Saltei do penhasco em direção à cidade abaixo, caindo sobre os telhados de cerâmica vermelha de uma casa. O impacto foi forçado, mas consegui aterrissar em pé, sem qualquer ferimento, o que me sugere que minha resistência física se iguala à da história.

A fumaça subia de alguns pontos à frente, e consegui ver o oceano ao longe. Se fosse chutar pelo histórico do jogo, diria que a situação não era boa.

— Noxus! Noxus está invadindo! — A magia cortava o céu, enquanto um homem gritava pela cidade outrora harmoniosa, agora interrompida pela invasão violenta, sinalizando a presença sinistra dos Noxianos.

Caminhando pelos telhados, observava os Ionianos tentando fugir, civis inocentes pegos no fogo cruzado.

Ao chegar atrás de uma casa de dois andares, consegui observar o centro da cidade.

— Geh… aquelas armaduras negras… — murmurei em descontentamento ao ver os soldados de Noxus.

Eles marchavam pela praia rumo à cidade, vestidos com armaduras escuras adornadas por espinhos e emblemas de águias negras, uma visão que exalava crueldade.

Os Ionianos, por sua vez, usavam roupas leves e coloridas, refletindo a natureza pacífica de sua cultura em harmonia com a magia e a natureza. Reunidos nas praças e becos, trocavam olhares preocupados e sussurros ansiosos enquanto os invasores se aproximavam.

Os Olhos Demoníacos percebiam que aqueles não eram soldados de Ionia; Noxus viera para matar e expandir seu território.

Se bem me lembro, essa região faz fronteira com Noxus, e se eles estabelecessem uma base aqui, a situação para Ionia se tornaria ainda mais complicada.

— Desculpem, Noxus, mas Ionia não pode ser manchada por um banho de sangue tão cruel. Então… — murmurei inconformado, sentindo meus olhos azuis brilharem por trás da máscara de raposa.

Os soldados de Noxus marchavam pelas ruas, emboscando os moradores. Faziam uma roda, jogando-os brutalmente ao chão. Crianças, mulheres e idosos eram mortos facilmente, despreparados para tal situação.

O caminho desde a maresia até a entrada da cidade estava repleto de corpos, os soldados de armaduras negras não hesitando em passar por cima deles, sem qualquer empatia.

— Coloque todos em uma roda como escudo! — ordenou um soldado, possivelmente o capitão, fazendo com que aqueles capturados fossem usados como reféns.

Os soldados de Ionia, que prezavam pela vida de seus compatriotas, seriam forçados a recuar e não se aproximar da cidade. Uma tática covarde, porém inteligente, típica de Noxus. Eles valorizam a força e a determinação, mas seus líderes muitas vezes adotam táticas implacáveis para alcançar seus objetivos.

Noxus lutava e lutará por Noxus e seu povo. Mesmo os soldados questionavam suas ações, mas se eram para beneficiar sua nação, estavam dispostos a tudo.

Com os civis reunidos no centro da cidade, os soldados ficavam de prontidão, prontos para qualquer tentativa de fuga.

— M-mamãe, estou com medo… — choramingou uma garotinha, agarrada nos braços de sua mãe, uma mulher de cabelos castanhos e olhos escuros, vestindo roupas simples, mas que mostravam a cultura de Ionia.

— Oi! Os Kinkou e a Capitã Irelia vão acabar com vocês, seus lixos… ghuh… — gritou um garotinho, sendo sua boca tapada pela mãe.

O soldado que ouviu isso riu cruelmente. — Ah, e você acha que alguém vai ouvir seus gritos!

Ele tentou acertar o peito da criança com sua lança, mas a mulher fechou os olhos, colocando-se à frente do filho como um escudo.

— Ghaaa! — gritou o soldado, desesperado.

A mulher abriu os olhos ao perceber que o ataque não a alcançara, assim como os outros civis que observavam a cena.

O soldado de armadura escura recuava, segurando o local onde deveria estar seu braço, mas apenas o sangue escorria, junto com a mão segurando a lança que agora estava ao chão.

— Parece que cheguei bem na hora, — afirmei, com a foice apontada para o chão, respingando sangue pela lâmina azul.

Alguns soldados estavam surpresos e assustados com minha súbita aparição.

— De onde você surgiu!? — gritou um deles, irritado.

O soldado que cortei o braço caiu no chão, pela perda de sangue.

— Q-quem é você? — perguntou a mulher, ainda em choque, abraçando as crianças.

Virei-me para ela, mantendo um tom calmo e amigável. — Não se preocupe, não sou inimigo. Fiquem tranquilos.

O soldado de Noxus, duas vezes meu tamanho e com uma bandana na cabeça, olhava irritado. Sua aura exibia força bruta e inteligência média, mas era o líder daquele grupo.

— Hmph, um pirralho querendo bancar o heroi? Não sabe com quem está lidando?

— Olha só, não sou do tipo que perde tempo em discussões, então vamos fazer o seguinte… — apontei a foice para ele, desafiador. — Vou ser bem gentil: matarei metade e a outra metade mandarei de volta para Noxus.

— Não nos subestime, pirralho arrogante! — gritou um dos soldados, irritado pela minha ousadia.

Sacou uma grande espada e avançou rapidamente na minha direção. Com uma armadura pesada, não era exatamente ágil.

Seu ataque foi desferido contra mim, e meu corpo reagiu por instinto, minha foice desferindo um golpe que estilhaçou sua espada e o atingiu no peito.

— Guh… — ele cuspiu sangue, a armadura sendo facilmente atravessada pela lâmina, fazendo-o ser arremessado longe.

Ele voou por cima dos outros soldados, batendo forte no chão de pedra e abrindo uma cratera com seu corpo.

Senti que sabia como lutar; era o corpo do Renier, e, mesmo que o meu verdadeiro eu não tivesse experiência em combate, parecia que meu corpo se lembrava, agindo por instinto.

Era, afinal, o meu protagonista, e eu sentia que podia fazer isso!

Os soldados estavam assustados com a reviravolta.

— Ele derrotou o capitão com um ataque!? — um dos soldados exclamou, e a preocupação se espalhou entre eles ao perceberem que seu líder não estava se levantando.

Os civis da cidade também pareciam surpresos, mas vi em seus olhos uma centelha de alívio e esperança.

— O grandalhão já foi, querem continuar? — perguntei, debochando.

— Maldito! Não se desesperem! Vamos mostrar a força de Noxus! — gritou um dos soldados.

— Pelo menos vocês têm determinação, mas não vale de nada se não estiverem vivos, — afirmei, confiante.

"Controle de Mana: habilidade, vocês estão ferrados…" ponderei enquanto usava uma das habilidades de Renier. Agora minhas habilidades.

Usar nomes para habilidades era chato, então que se dane!

Levantei a foice para o alto, e uma tromba d'água surgiu do mar. Em vez de ser direcionada, atingi os soldados com força, a pressão jogando-os brutalmente ao chão.

Controle de Mana: Ionia era uma terra mágica, e como na minha história, Renier podia controlar a mana da natureza com destreza. Aqui, minha habilidade funcionou.

— D-droga… de onde surgiu esse monstro… — afirmou o único soldado consciente, tentando se levantar.

Mas, ao olhar para seu elmo escuro, viu a lâmina da foice apontada para seu pescoço, fazendo-o estremecer.

— Renda-se… Se sua vida vale algo, sugiro que fique no chão, para seu próprio bem, — ordenei, com um tom frio e sério.

— Sim… Tudo bem, eu me rendo, — ele respondeu assustado, afastando sua espada.

Logo, seu corpo cedeu ao peso do ataque anterior e caiu no chão.

Voltei minha atenção para o povo de Ionia e caminhei até eles. — Vocês estão bem?

Olhando nos olhos deles, admirei a expressão de alívio.

O garoto que havia gritado mais cedo correu até mim, empolgado. — Oh! Você foi muito legal! Parecia um heroi, senhor mascarado!

Ele gritou, eufórico.

— Haha, heroi… Você também foi corajoso ao enfrentar aquele soldado, — me agachei para acariciar sua cabeça. — Você foi incrível aos meus olhos.

Um sorriso iluminou o rosto do garoto, que parecia feliz por ser reconhecido por alguém mais forte.

Assim nascem as pessoas boas e os heróis, como meu protagonista gosta de agir na história. Sua personalidade, de algum modo, ressoa dentro de mim, não se limitando apenas ao meu corpo.

A mulher que acompanhava as crianças aproximou-se, segurando minha mão. — Obrigado por nos salvar. Se não fosse por você, não sei o que teria acontecido… — disse ela, as mãos tremendo, mas aliviada.

Tirei o capuz e a máscara, que desapareceram em um feixe de magia, revelando meu rosto.

Sorrindo de maneira amigável, busquei transmitir confiança àqueles ao meu redor. — Não há de quê. Eu apenas fiz o que qualquer um faria no meu lugar.

Os murmúrios e sussurros da multidão começaram a se intensificar. Alguns elogios sobre minha aparência chegaram até mim, e não pude evitar um leve rubor. Afinal, Renier é um protagonista bastante atraente.

— Atenção! Os Kinkou chegaram! — gritou um homem entre a multidão.

As pessoas abriram caminho na rua para a passagem. A Ordem Kinkou, conhecida por sua serenidade, se dedica à preservação do equilíbrio entre o mundo físico e o reino dos espíritos, sem priorizar nenhum deles.

Espera… isso significa que… Ela está aqui!

Olhei para a multidão e avistei dois ninjas vestidos com trajes azuis tradicionais, com apenas os olhos visíveis.

Ao lado deles, uma figura feminina vestida de verde, com longos cabelos amarrados em um rabo de cavalo. Sua silhueta era perfeita, um corpo esculpido e sensual, emanando força.

Ela segurava uma adaga e uma foice, menores que a minha, e seu olhar era afiado como lâmina.

— A ninja que abandonou a Ordem Kinkou… Akali. E ao seu lado, Shen, um dos guerreiros da sombra… — murmurei para mim mesmo, surpreso com a revelação.

Continua…