BERENICE VOLUME 01 - Imprevisto
Aquele era o quinto dia.
Tudo parecia normal, porém o velho estava agindo de forma preocupada, o movimento na casa era incomum, ele estava sempre conversando com alguém, e agindo de maneira mais acelerada.
Pareciam que queriam mudar novamente da cidade, sentia uma aura de perigo.
Naquela dia, pareciam arrumar as coisas para sair da cidade e pegaram algumas das minhas roupas colocando na mala.
"Vamos sair de férias, para um local longe, pacífico é ensolarado." Disse ele enquanto eu observava tudo acontecendo.
Alguns questionaram se ele não estava muito preciptado, porém ele argumentava que a cautela nunca era demais.
Naquela noite estava tudo silencioso, eu, por algum motivo não conseguia dormir.
Foi quando escutei os passos dele vindo pelo corredor, aquilo fez meu coração bater mais forte de medo. Eu tentei me esconder debaixo do lençol, quão tola eu era, aquilo era inútil.
Então ele abriu a porta, a falsa mãe tentava falar com ele: "Você nunca fez isso antecipado, não vai esperar mais dois dias?"
Velho: "Não dá, eu preciso disso! Aliás vamos ter que sair da cidade amanhã! Acha que vai dar para fazer algo nós próximos dias?"
Ela ficou quieta, foi um silêncio de concordância: "Então eu quero sentar e observar, sabe que gosto disto!"
Ei escutei o estralar dos beijos entre os dois, e a respiração ficando ofegante, eu comecei a tremer de medo.
Velho: (voz autoritária) "Hey, garota. Está na hora de satisfazer o teu pai! Vamos levante-se."
Aquela mulher puxou meus lençóis, eu não conseguia reagir direito, ela pediu para que me assentasse na cama, a luz da lamparina apagou, e logo meus olhos foram se acostumando com a luz da lua que entrava pela cortina, ele fechou a porta do quarto, estava muito escuro. Eu não via ele direto o nem ela, apenas suas silhuetas.
Eu o olhei com medo, a mulher disse que eu era uma boa garota e pediu para fazer o que ela mandasse, que pela manhã meu chá matinal séria a minha comida favorita.
apesar de não ver ele, ouvi um barulho estranho, sua mão parecia bater algo, sua respiração ofegante, ele pareceu tirar a roupa e vir para perto de mim.
A mulher me mandou ficar em pé e retirar a roupa, naquele momento eu já não tinha força para me mexer, meu coração batia forte, eu estava com medo.
Mulher: "Vai ser bom, de início você pode achar estranho, mas com o tempo vai gostar, será a nossa amada putinha e filhinha!"
Ela ao perceber que não estava tirando as roupas, levantou e me tirou da cama me fazendo ficar em pé, e começou erguer minha camisola de dormir, foi então que senti algo frio no meu peito, era o colar da santa de Heaslynglow.
Muitas coisas se passaram na minha cabeça, e naquele exato momento lembrei da sacerdotisa e sobre quando me deu o colar.
Eu segurei o colar com uma fé forte, e naquele momento, mesmo sendo algo tolo, eu pela primeira vez orei a Deusa.
"Heaslynglow, por favor, se você tem poder me proteja!"
Aquilo era tudo que eu podia fazer. Foi muita coincidência ou um milagre, apesar de entender o que ocorreu, naquele momento o velho caiu no chão com dificuldade de respirar, ele estava tendo uma Angina. Porém como se não bastasse gritos lá fora começou a surgir.
Eu paralisada olhando aquilo, o VELHO sendo acudindo pela mulher, que o tentava salvar ele, começou a gritar por ajuda, os gritos lá fora começou a me incomodar, foi quando eu me virei, e pela cortina da janela, vi uma luz amarela.
Naquele exato momento, a cidade estava sendo invadida por bárbaros, e ateando fogos nas casas, o caos lá fora, e o desespero, me fizeram esquecer de tudo que ocorria ali, eu me movi e abri a cortina observando o caos lá fora.
Enquanto a mulher pedia por ajuda para o velho.