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Chapter 15 - O gostinho da liberdade

BERENICE VOLUME 01 - O gosto da Liberdade

O velho parou de falar abruptamente e levou a mão ao peito, seu rosto contorcido de dor. Ele tentou respirar fundo, mas só conseguiu emitir um gemido de agonia, sia expressão de estrema dor, o suor aparecendo no seu rosto, o seu respirar descontrolado que chiava, nem se quer me trouxe dor ou agonia, eu o observava passivamente.

Logo ele caiu no chão, estava a sofrer de um leve ataque cardíaco (angina).

Naquele momento eu olhei pela janela, a luz amarela que brilhava como uma vela, os gritos caóticos que aumentava pela cidade, a cavalaria agitada, enquanto alí dentro daquele quarto o velho se debatia no chão.

.A mulher desesperada, saiu procurando no armário algumas poções, foi quando uma empregada chegou, que era mais velha, ela era a feiticeira/curandeira da mansão.

Pela calma e direcionamento ela sabia do que se tratava, a mulher trouxe água para o velho porém foi repreendida pela feiticeira, que já havia começado a curar ele.

Porém a empregada parecia não saber do que ocorria alí na casa durante a noite, geralmente ela ficava do lado de fora da mansão, mas devido a pressa pela mudança de local ela estava fazendo trabalhos extras fora do expediente.

Ela me olhou hipnotizada observando o caos pela janela, e logo me repreendeu por eu estar sem uma roupa de cima, mas ao fazer isso e observar o velho que se acalmava e a mulher também seminua, ela teve uma leve suspeita e seu semblante saiu de leve para preocupada e assustada. Seus pensamentos negavam suas ideias, mas não adiantaria nada.

O velho se acalmou e sentou, ao perceber o caos la fora resmungou: "Merda! Os bárbaros invadiram a cidade! Recebi informações errôneas, não era para isto ocorrer, não menos de uma semana."

A Feiticeira era uma mulher velha e negra, estava acima do peso, não não aparentava ter uma idade avançada. Nessa época a espectativa de vida de alguém era de 37 a 42 anos. Porém ela assim como o velho já haviam quebrado o senso comum.

Foi então que ele voltou ao normal, levantando-se e observando o caos lá fora, eu estava olhando o desespero, porém parecia distante, ele passou a mão na minha cabeça acariciando, aquilo me gerava uma repulsa enorme, eu queria sair correndo dali, mas ao mesmo tempo não tinha um controle sob meu próprio corpo, eu não conseguia reagir diante daquela situação, estava apenas observando passivamente, e por um outro lado, era como se eu estivesse aceitando tudo de bom grado.

Velho: (voz autoritária e calma) "Amor! Pegue as coisas e leve Berenice ao porão, teremos que sair da cidade pela rota de fuga!"

Ela segurou minha mão, acenou a cabeça para ele, parecia desesperada ao ver o horror lá fora, então saiu me arrastando para o andar de baixo, naquela mansão era três andares, estavamos no segundo andar.

Ele orientou a empregada para ajudar ele a pegar alguns bens valiosos como um baú de ouro e caixa de jóias.

A mulher, puxou de uma lareira uma tábua que faziam fundo falso, para a porta direta do porão, esse fundo era onde jogava carvão e acendia a lareira, até funcionava, eu jamais imaginava que aquela lareira tinha uma entrada para um porão.

A mulher (falsa mãe) Parecia desesperada me puxando, toda descuidada, seus seios estavam expostos, e ela parecia nem notar, ela acendeu a lamparina, e me colocou para descer s escada do porão, apesar de tudo não era um local empoeirado e abandonado, porém era úmido, ela com um selo mágico acionou várias lamparinas mágicas iluminando o lugar, havia ferramentas e documentos, não parecia ser um banker, no fundo havia uma rota de fuga para fora da cidade.

Eu fiquei parada na ponta da escada, a empregada jogou algumas malas de roupa perto de mim, e naquele momento a mulher retornou Para cima, de u estava com medo, não dos invasores mais deles. Cedo ou tarde eu satisfaria seu desejo me abusando, junto com aquela mulher, por um lado eu desejava que eles morressem logo.

Eu fiquei sozinha, com turbilhões de pensamentos, até que então subi a escada do porão para observar o que ocorria, os gritos lá fora e os incêndios pareciam mais próximos da mansão, então o velho resmungava.

Velho: "Merda! Aonde coloquei aquele baú!"

Mulher: "Vamos logo! Você já tem tudo, o ouro e jóias para que quer documentos?"

Velho (revirando a casa) "Aquilo é importante! São documentos de propriedades!"

Eu via ele indo de um lado a outro derrubando as coisas fazendo uma bagunça maior do que antes, atrás de armários e livros. A mulher parecia mais preocupada em pegar jóias e ouro, tão preocupada com o dinheiro que ainda mantinha os seios de fora.

Eu era criança, não me lembro direito do rosto daquela mulher, mas lembro dos seios dela, eram diferenciados, firmes e de tamanho médio, quase não se mexiam mesmo com ela andando de uma lado a outro e agachando caçando as coisas.

Naquele momento, eu vi que a minha porta trancava pelo lado de dentro, eu encarei a tranca, e fiquei fiçurada, aquilo era o gosto da Liberdade e salvação, eu precisava de um único impulso, era so tirar o apoio, deixar a porta cair, e depois trancar.

Minha respiração ficou mais ofegante, meu coração disparou, meus olhos estavam focados, eu estava com grande adrenalina, minhas mãos suavam friamente, eu sentia meu estômago revirar fazendo cócegas, um sorriso surgiu em meu rosto.

Foi quando eu escutei.

Empregada: "Senhor, eu encontrei é este baú?"

Eu observei o velho ficando feliz, e indo verificar. Foi quando a mulher me reparou e viu o sorriso estampado em meu rosto.

Mulher: (cara de preocupação) "Por que tá rindo sua pestinha? Foi você que escondeu o baú?"

O velho me olhou junto com a empregada, ele parecia calmo e tentou falar, mas no mesmo momento por um impulso rápido eu acertei a alavanca que segurava a porta do porão selando o meu destino longe deles.