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Chapter 10 - Capítulo 6 (p1 e p2) – A Força nas Pequenas Escolhas

O nascer do sol na Vila das Pedras trazia uma luz dourada que iluminava cada canto da casa de Perséfone. Era como se a própria natureza a estivesse encorajando a seguir em frente. Ela havia dormido pouco na noite anterior, presa entre a leitura do diário de Helena e as memórias que inundaram seu coração ao organizar as caixas de sua antiga vida.

Sentada à mesa da cozinha, com uma xícara de chá entre as mãos, Perséfone encarava o diário de Helena como se ele fosse um enigma que precisasse ser resolvido. Mas, por mais que quisesse mergulhar de novo na história, sabia que não podia viver apenas através das palavras de outra pessoa.

Depois do café, decidiu caminhar pela vila. Precisava ocupar a mente, mas, acima de tudo, precisava se reconectar com a vida ao seu redor.

A Visita à Feira da Vila

O centro da Vila das Pedras estava movimentado naquela manhã. Uma feira local tomava conta da praça principal, com barracas cheias de frutas frescas, artesanatos e cheiros deliciosos de pão recém-assado. Perséfone sentiu-se imediatamente acolhida pelo calor das pessoas e pela simplicidade daquele lugar.

– Você deve ser a moça nova da casa de Helena! – disse uma senhora de cabelos grisalhos enquanto organizava cestos de frutas.

Perséfone sorriu, surpresa com a familiaridade. – Sim, sou eu. Parece que todos aqui conhecem essa casa.

– Como não conheceríamos? – a mulher respondeu, rindo. – Aquela casa tem história, minha querida. Helena era... especial. E acho que você também é, se decidiu morar lá.

Essas palavras ecoaram no coração de Perséfone. O que fazia dela especial? Ela nunca se sentira assim antes, especialmente depois de tudo o que havia passado com Eduardo.

Enquanto passeava pela feira, encontrou Dona Cecília novamente, que parecia feliz em vê-la tão animada.

– Gostando da vila? – perguntou a bibliotecária, oferecendo um saco de biscoitos caseiros.

– Muito – respondeu Perséfone, aceitando o presente com gratidão. – É engraçado... sinto como se estivesse aqui há mais tempo do que realmente estou.

Cecília sorriu. – Talvez porque você esteja exatamente onde deveria estar.