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Chapter 9 - Capítulo 9: Jefferson, o assassino

Apenas alguns segundos tinham passado, mas parecia uma eternidade. Zeke estava imóvel, sem conseguir acreditar no que estava vendo. Outra pessoa que tinha partes de inseto em seu corpo? Como era possível? O que aquilo significava? Muitas perguntas e nenhuma resposta.

- Hein? Eu sou como você? Do que está falando? - Perguntou o assassino, confuso.

O maníaco não percebeu as antenas de Zeke pois estava escuro e a luz vinda da lanterna do celular atrapalhava sua visão. A única coisa que conseguiu perceber, é que Zeke usava um moletom com capuz que escondia seu rosto.

Zeke, ainda em choque, não responde a pergunta dele.

- O que foi? O gato comeu sua língua? - Perguntou o assassino, em um tom irônico.

Ainda nenhuma resposta vinda do garoto.

-Hum, então talvez eu deva abrir a sua boca e ver se sua língua está aí! - Disse o assassino, quase babando.

E então, em uma fração de segundo, o assassino avança em cima de Zeke. Ao mesmo tempo suas antenas vibram novamente, o fazendo despertar de seus devaneios. Conseguindo assim, se esquivar, dando um pulo para trás, que o faz sair do banheiro e aterrissar nos trilhos da estação.

O assassino corre atrás dele e desce até a estação para continuar a sua caça. E Zeke, por sua vez, não estava mais interessado em uma luta contra o maníaco (não que estivesse antes). Estava em busca de algo que procurava desde o dia que ganhou suas antenas: respostas.

O assassino se prepara para mais uma investida, mas Zeke, o impede, dizendo:

- Peraí, peraí! Tempo! Eu sou como você! Olha pra mim! - Disse Zeke (Ele fala isso equanto estende seus braços pra frente com as mãos abertas, sinalizando para que ele não avançasse mais).

O assassino para e olha o garoto dos pés, a cabeça. E agora com a luz do luar iluminando o local,conseguia ver as antenas saindo do capuz de Zeke. Além de notar sua máscara, mas decidiu não comentar sobre isso.

-Oh, então era isso que você queria dizer com: "Você é como eu"! - Disse o assassino, intrigado.

-I..isso! Aconteceu n...na última sexta-feira! Eu "tava" com muita dor na cabeça, e quando dei por mim, elas estavam aqui! Daí, eu acabei ganhando poderes de inseto,q..que nem você! E é só isso que eu sei! - Disse Zeke, nervoso, tentando gesticular uma frase, enquanto se preocupava se o assassino iria atacá-lo ou não.

- Hum.... - Disse o assassino, ouvindo o relato de Zeke.

- Quando foi que você ficou assim? - Perguntou Zeke, mais calmo. (Agora, só com um braço estendido)

Houve um momento de silêncio. Um momento que pareceu demorar uma eternidade. Então, o assassino diz de forma séria:

- Foi a 2 anos atrás!

- 2 ANOS?! - Perguntou Zeke, incrédulo.

- Isso! - Respondeu o assassino.

- Peraí, quantos anos você têm? - Perguntou Zeke.

- Eu tenho 16! Por que a pergunta? - Disse o assassino.

- É.. que eu tenho... 14... - Disse Zeke, perplexo com a estranha coincidência (abaixando o outro braço).

- Entendi, bem a idade que eu tinha quando aconteceu. - Disse o assassino, enquanto olhava para os seus braços, com um olhar estranhamente nostálgico.

- Mas como você passou despercebido por tanto tempo? Por onde tu andou?? - Perguntou Zeke.

- Dei meu jeito! Andei por aí! Acho que você entende, não é ? - Disse o assassino, de forma casual.

- É... - Respondeu Zeke, sentindo-se um pouco melancólico.

Após uma breve pausa, Zeke se pronuncia novamente:

- Qual o seu nome?

- Meu nome? Hum... faz tempo! - Disse o assassino.

- O que faz tempo? - Pergunta Zeke, confuso.

- Que eu não digo! Parece até uma eternidade... meu nome é Jefferson! - Respondeu Jefferson.

- Olha, Jefferson, eu acho que é muita coincidência que a gente tenha ganhado partes de inseto na mesma idade, tá ligado? Tem alguma parada errada acontecendo aqui! Ou nós dois somos simplesmente mutantes, sei lá! Mas eu acho que a gente pode descobrir o que aconteceu! T... talvez essa vontade de...comer c...arne humana seja por causa da mutação! Talvez a gente possa reverter isso e... - Tentou dizer Zeke, realmente simpatizando com uma situação semelhante a sua. Porém, foi subitamente interrompido por Jefferson.

- REVERTER?! - Pergunta Jefferson, visivelmente alterado

Zeke, um pouco espantado, responde:

-E..é! Talvez...a gente possa reverter essa mutação e...aí você pode... parar de machucar as pessoas! Depois de dois anos, essa parte inseto em você deve "tá" afetando a sua cabeça! Você não tá pensando direito! - Disse Zeke.

- Ah, não! Não, não, não, não, não.... (Suspiro) Minha mente nunca esteve tão clara quanto agora! Finalmente eu estou livre pra ser quem eu quiser! - Disse Jefferson, em um tom alterado, quase como se estivesse em êxtase.

Zeke engole seco ao ouvir isso. Será que era realmente tarde demais para Jefferson? Será que... era assim que Zeke ficaria?

- Jefferson, por favor! Eu posso conseguir ajuda pra você! - Disse Zeke, desesperadamente. Querendo apelar para o lado humano do outro adolescente.

- Ajudar? É, eu já ouvi isso antes! A mesma coisa que me disseram na clínica de reabilitação! - Disse Jefferson, com rancor em sua voz.

"Clínica?" - Pensou Zeke.

- Você já ficou em uma clínica assim? Pois eu fiquei! Fiquei por anos lá, com pessoas dizendo que iriam me ajudar! Mas tudo o que faziam, era me repreender, me dizer que meu comportamento era perigoso, me encher de remédios, me trancafiar... Até que eu percebi um dia que eles não queriam me ajudar! SÓ QUERIAM ESCONDER A MINHA EXISTÊNCIA! PORQUE É MAIS FÁCIL PRA SOCIEDADE FINGIR QUE NÃO EXISTEM PESSOAS COMO EU! ELES FICAM FELIZES DE NÃO TEREM QUE LIDAR CONOSCO! DE FINGIR QUE ABERRAÇÕE NÃO EXISTEM! NADA QUE POSSA MANCHAR O MUNDO PERFEITO DELES! - Disse Jefferson, cheio de ódio.

Os olhos de Zeke se arregalam, e sua máscara reproduzia perfeitamente o seu olhar de espanto com olhos da máscara crescendo também.

- E... no dia que descobri isso, sabia que precisava me libertar! Mas eu não tinha poder para tal! Não! Não, muito longe disso! Eu estava a mercê deles! Até que um dia, eu fui presenteado com as minhas novas " mãos". E com elas... EU PUDE ESCAPAR DAQUELE INFERNO E FINALMENTE DAR Á AQUELES DESGRAÇADOS, O QUE ELES MERECIAM! - Disse Jefferson, com uma voz alegramente perturbadora.

Zeke não dizia nada. Apenas escutava com atenção, o relato macabro do outro jovem.

- Aquela foi a primeira vez que eu provei o doce néctar, QUE É O "SANGUE" E A SABOROSA CARNE QUE VÊM DOS HUMANOS! Você disse que eu estou machucado as pessoas! Que eu não estou pensando direito! Você deve achar que eu estou errado por ter feito tudo isso! BOM, NADA DISSO ME INTERESSA! PARA MIM, TODAS PESSOAS QUE EU MATEI FORAM APENAS BOAS REFEIÇÕES OU "PEDRAS NO MEU CAMINHO"! É quem eu sou e estou feliz com isso! - Disse Jefferson, com um sorriso diabólico em sua face.

Zeke estava aterrorizado e ao mesmo tempo, triste com o que acabou de ouvir. Jefferson com certeza, era alguém perigoso e sua visão distorcida da realidade, o deixava instável. Ele sabia que não podia mais salvar a humanidade de Jefferson, já estava além do seu alcance. Já era tarde demais.

- Jeff... - Tentou dizer Zeke, até ser bruscamente interrompido.

Jefferson desfere um ataque no rosto de Zeke, que por muito pouco consegue desviar, dando um passo pra trás. Porém, não saiu totalmente ileso. Sua máscara foi rasgada na metade do nariz, deixando uma grande fenda que ficou pendurada. Se tivesse sido 1 mm mais perto, sua face teria sido atingida.

- Não diga mais esse nome! Ele não tem mais nenhum significado pra mim! - Disse o assassino, de forma séria.

-Arf, arf! - Zeke só conseguia arfar com o susto repentino.

- Eu decidi te ouvir e responder suas perguntas estúpidas porque fiquei intrigado com outra pessoa com partes de inseto como eu! Admito que isso me fez baixar um pouco a guarda e falar mais do que deveria! Mas isso já passou! Ah, é verdade, você disse que era como eu. Mas você está errado! Não somos iguais! Você é só mais uma presa que eu devo caçar e, sinceramente, estou muito curioso pra saber qual tipo de gosto você têm! - Disse o assassino, lambendo os beiços.

Terminando o seu monólogo, o assassino parte para cima de Zeke, desferindo uma sequência de ataques. Muito semelhante aos ataques de faca que aquele bandido usou no dia que Zeke ganhou seus poderes, mas muito mais rápidos. O garoto mal conseguia acompanhar e desviar dos golpes desferidos, eles estavam em um nível completamente diferente.

Zeke não sabia se os ataques poderiam lhe causar um grande dano, mas com certeza, não queria descobrir. Ele estava em clara desvantagem ali, não só pelas vantagens do inimigo, mas também porque Zeke nunca esteve em uma briga de verdade antes. Quando estava enfrentando aquele bandido do beco, era diferente, ele estava no controle da situação. Mas e agora, com alguém com poderes semelhantes aos dele? O que poderia fazer?

- Há, há, há, há, há! Qual o problema, porquinho? Achei que ia me levar pra polícia? - Disse o assassino, enquanto continuava com sua rajadas de golpes.

"Droga, como eu vou enfrentar esse maluco? Ele não me dá nenhuma brecha!" - Pensou Zeke, enquanto desviava com dificuldade.

Na tentativa de escapar dos múltiplos ataques, Zeke da um grande salto para trás, ficando há uma distância segura do seu inimigo. E ao pousar, ele gira o seu pé esquerdo na direção contrária, dando as costas para o assassino e começa a correr para longe dali. Um ato covarde, talvez, mas naquele momento, tudo que Zeke conseguia pensar, era na sua própria sobrevivência.

-Ei, pra que a pressa, porquinho? Eu ainda tenho que te provar! - Disse o assassino, indo atrás de Zeke. Embora, não fosse tão veloz quanto o garoto mais novo.

Zeke não olhou pra trás enquanto corria. Ele só correu, correu o mais rápido que pôde. Até que chegou no muro que cercava a estação e deu um grande salto, parando em cima do muro, e descendo logo em seguida, pousando do outro lado.

E mesmo já estando do outro lado, ele voltou a correr. Correu por uma rua que ficava de frente para estação, rua essa, que cruzava com a trilha paralela á estação. Era uma rua residencial curta com casas mais modestas, cuja a tinta das paredes já estavam descascando. Estava deserta e mal iluminada, pois os postes de luz estavam com defeito.

Zeke para para descansar, virando-se na direção da estação abandonada, para assim, ver quando o assassino estivesse chegando. O único problema é que o caminho há sua frente estava imerso em trevas.

A única iluminação presente vinha de trás de Zeke, mais precisamente, os postes de luz da rua que fazia cruzamento com a que ele estava. Sendo a saída mais segura para o garoto inseto.

Estava quieto, quieto até demais, como a calmaria antes da tempestade. O único som perceptível era a sua respiração, que estava um pouco irregular devido a situação. Zeke não conseguia ver ninguém se aproximando, mesmo tentando verificar cada canto possível mesmo com pouca luz.

A máscara rasgada estava começando a incomodar o garoto, então ele puxa a parte de baixo, a rasgando e deixando apenas 2 pedacinhos pendurados em ambos os lados da parte de cima. Então de repente, ele começa farejar um cheiro, um cheiro podre misturado com sangue, um cheiro de morte. O assassino estava se aproximando lentamente e logo, atacaria Zeke. Mas de que direção?

Zeke levanta seus punhos e se prepara para o ataque que viria sem demora. A tensão era tão forte que se poderia cortar com uma faca, isso somado com o vento gélido que vinha da noite batendo em seu rosto.

Alguns segundos se passam, o cheiro vai ficando mais forte e o coração de Zeke começa a disparar. Até que uma gota de suor se forma em sua testa, escorre pela sua bochecha até parar em seu queixo. A gota fica pendurada por 3 segundos antes de cair, e quando ela chega ao chão, o garoto já tinha sofrido o ataque.

-AAHHH!!! - Grita Zeke de dor.

O assassino surgiu das sombras e corta o braço esquerdo de zeke, que acaba rolando no chão e caindo, derrubando a sua mochila no processo. Ele se levanta, um pouco atordoado e segurando o seu braço, que estava sangrando. Por sorte, o corte não tinha sido muito profundo, mas com certeza, doía.

Aquilo era uma situação inédita para o garoto inseto. Era a primeira vez desde que ganhou seus poderes, que tinha recebido esse tipo de dano, mesmo quando tinha sido acertado em cheio por um carro em alta velocidade. O assassino era, de fato, um oponente perigoso.

- Ora, você é mesmo resistente! Quando eu ataco um porquinho normal nessa velocidade, eu acabo arracando o braço dele fora! Por isso eu costumo "pegar leve", mas com você, eu posso finalmente, me soltar! HAHAHAHA! Obrigado! - Disse o assassino, enquanto o sangue de Zeke pingava de sua garra.

As chances do garoto inseto tinham diminuído muito, principalmente, agora que não poderia usar um dos seus braços.

- Ah, mais uma coisa, não tente fugir de novo! Eu tenho bons olhos e nunca perco as minhas presas de vista! Então, mesmo que você corresse, seria inútil! - Disse o assassino, didaticamente.

Zeke não disse nada, pois estava muito assustado e com dor.

- MUITO BEM, VAMOS RECOMEÇAR! - Grita o assassino, de empolgação.

E então ele tenta desferir um golpe em Zeke, que devia para trás e encosta na parte da frente de um carro que estava estacionado na rua. Mas, o assassino não desiste e ataca novamente Zeke, que desvia para a esquerda (com um pouco de dificuldade por conta da dor em seu braço), e acaba tropeçando e caindo.

- Ai, ai! - Reclama Zeke, de dor.

O assassino erra Zeke por pouco e acerta o carro em que ele estava encostado. Sua garra corta a lataria do carro como se fosse feita de papel, algo que espanta Zeke. O assassino tira sua garra da lataria, mas assim, acaba acionando o alarme do veículo.

Isso acaba distraindo o assassino, e Zeke aproveita essa brecha para escapar, saindo rapidamente de perto do maníaco, dando a volta no carro e indo em direção à calçada. Mas sua fuga não durou muito, pois o assassino foi logo ao seu encalço, deixando-o encurralado.

Zeke encosta na parede,que parecia ser a fachada de uma oficina, e se vira, só para ser surpreendido pelo ataque da garra do assassino vindo do seu lado esquerdo. Ele consegue sair da frente e não receber o golpe, que perfura a fachada. Porém, continuava contra a parede e o assassino estava há centímetros dele.

- O que foi? Cadê aquela coragem que você me mostrou na estação? - Disse o assassino, debochando de Zeke.

Não vendo outra opção, Zeke, usando o seu braço bom e aproveitando que um dos braços do seu inimigo estava preso, desfere um soco no rosto do assassino, que vira o rosto para o lado com a força do golpe. Porém, ele se recupera rapidamente, tira sua garra da parede, encara Zeke no olhos, e diz:

- É tudo que você tem? Estou um pouco decepcionado, achei mesmo que você me daria um desafio! Mas no fim das contas, é só um porquinho assustado como os outros!

Zeke entra em choque e lentamente vai abaixando seu braço, e posteriormente, ele desliza seu corpo para baixo, sentando-se no chão. Tinha aceitando o seu destino, não havia forma de escapar dali com vida. Esse era o fim. Nunca mais veria sua mãe, seus avós e seus amigos. E nunca saberia a razão por trás de seus poderes. Seria só mais uma das vítimas do assassino.

-Tô vendo que já aceitou a realidade! Sinceramente, o que você achou que ia acontecer? Que bastava colocar uma fantasia ridícula e você poderia bancar o herói? Que alguém iria querer nos ajudar? Acorda! Tal coisa não existe! Não existem heróis! E ninguém vai querer te ajudar! Ninguém virá te salvar!!! - Disse o assassino, colocando bastante ênfase na última parte.

-Mas não se preocupe, vou degustar você com bastante cuidado. Enfim, obrigado pela refeição! - Disse o assassino, lambendo os beiços.

Ele ergue sua garra para o alto, se preparando para dar o golpe, e...

Policiais em uma viatura da polícia que estava próxima dali, acabaram ouvindo o som do alarme do carro e foram investigar, achando se tratar de um ladrão.

- Ah... um momento tão belo não pode ser apressado! Vamos ter que terminar o banquete outro dia! - Disse o assassino, desapontado.

O assassino poderia muito bem dar conta daqueles policiais, mas isso acabaria trazendo atenção desnecessária para si. Ele era louco, mas não era estúpido.

Então, ele sai andando dali, mas para e de costas, fala para Zeke:

- Você escapou dessa vez, porquinho! Mas eu te encontrarei novamente! Até lá, não morra, sim? Ainda que provar a sua carne!

O assassino, então sai dali correndo, de volta para o seu esconderijo. Deixando o garoto ali sentado na escuridão.

Era um milagre? Talvez,mas o fato é que Zeke estava salvo. Aquilo, sem dúvida, foi uma das piores experiências que já passou. Em um momento, estava pronto para dar adeus a esse mundo,e no outro, estava fora de perigo. Ainda estava tremendo um pouco e seus olhos estavam marejados.

Se levantou com um pouco de dificuldade, e devagar, foi indo em direção a rua.

A viatura vinha seguindo a rua e para próximo a Zeke. Mantendo os faróis acessos e desligando a sirene.

Zeke foi caminhando até sua mochila, ainda com sua mão em seu braço machucado. Embora estivesse com dor, Zeke estava mais calmo, pois sabia que o pior já tinha passado e o fato de ainda sentir dor, era sinal que estava vivo. Aquela era uma ótima sensação e nada poderia estragar isso.

-POLÍCIA! MÃOS NA CABEÇA!!! - Ordenou, um dos policiais.

"Aí, merda!" - Pensou Zeke.

Continua...

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