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Chapter 14 - Capítulo 14: Tutorial

2 - teste de salto

O trio agora estava em uma sala diferente da anterior. Maior, mais espaçosa e melhor iluminada. Zeke, no entanto, se perguntava que tipo de teste ele faria ali.

- Certo! É aqui que vamos fazer o próximo teste! - Anunciou Mônica.

- Beleza, o que eu tenho que fazer? - Perguntou Zeke.

- É fácil! É só você pular o mais alto que puder do lado daquela marcação ali! - Explicou Shion, enquanto apontava para parede com uma marcação vermelha no rodapé.

- Ok, parece simples! - Disse Zeke enquanto caminhava em direção a marcação.

- O teste é pra determinar o quão alto você pode pular! Pelo que me disse, você é capaz de saltar bem longe! Então, agora, saberemos o quanto! - Explicou Mônica.

- Tá, tendi! - Respondeu Zeke.

O garoto se podiciona do lado da marcação vermelha, se preparando para dar o salto. Mônica e Shion já estavam à postos,apenas aguardando a ação de Zeke.

E em um piscar de olhos, o garoto salta o mais alto que pôde, alcançado uma altura considerável.

- Beleza, consegui! - Afirmou Shion.

- Qual foi a altura? - Perguntou Zeke, enquanto pousava no chão.

- 2 metros de altura! Cravado! - Respondeu Shion.

- Caramba! Será que eu sou parte grilo, ou qualquer coisa do tipo, tá ligado? - Perguntou Zeke, em um misto de curiosidade e ansiedade.

- Calma! Lembra o que eu falei sobre não tirar conclusões precipitadas? Ainda temos alguns testes pra fazer, antes de determinar algo! - Respondeu Mônica, tentando tranquilizar Zeke.

- Ah, é! Cê tá certa! - Disse Zeke, um pouco mais tranquilo.

- Entãoooo.... vamos continuar? - Perguntou Shion. 

***

3 - Teste de escalagem

- Certo, agora ao teste de escalagem! O nome já é alto-explicativo! - Disse Mônica.

- É, é! Já deu pra entender, vocês querem que eu escale a parede! - Disse Zeke, em um tom irônico.

- É... que garoto espertinho! - Disse Shion, no mesmo tom de Zeke.

- É, as vezes eu sou! - Respondeu Zeke, devolvendo no mesmo tom.

O garoto caminhou em direção á parede, colocou suas mãos na mesma e se preparou para começar a escalar. Mas, de repente um pensamento o impediu.

- Ah, é verdade! Eu quase me esqueci! - Disse Zeke, repentinamente.

- O que foi ? - Perguntou Mônica  preocupada.

- É que... acho melhor tirar os tênis  antes? - Respondeu Zeke.

- Aff, garoto! Que susto! E eu achando que era algo sério! - Disse Shion, um pouco irritada.

- Foi mal! Acabei soando mais sério  do que eu queria! - Disse Zeke, um pouco envergonhado.

Após tirar os tênis, o garoto volta para perto da parede para começar o próximo teste.

- Certo! Vamo nessa! - Disse Zeke.

E então o garoto começou a escalar a parede, e por um momento tudo parecia estar indo bem. Mas, de repente, suas mãos e pés começaram a desgrudar e fazendo o garoto cair.

- MEEEERDA! - Gritou Zeke com o susto, enquanto caía de costas no chão.

- Zeke, você tá bem? - Perguntou Mônica, preocupada.

- É, cê levou um baita tombo! - Ressalta Shion.

- Ahh... Tô bem! Tô bem! Foi mais pelo susto mesmo! - Disse Zeke.

- O que aconteceu? Num minuto cê tava subindo de boa, e no outro cai que nem um enfeite de natal! - Perguntou Shion.

- Eu não sei! Isso acontece as vezes! - Respondeu Zeke.

- Hum... isso é curioso! Quando isso acontece, o que você sente? - Perguntou Mônica.

- Nada... eu acho! Quer dizer,quando eu tô escalando, eu sinto como se a parede tivesse sugando as minhas mãos e os meus pés! E de repente, eu desgrudo e caio! - Disse Zeke.

- Bom, a aderência de boa parte dos insetos, como formigas e baratas, se deve à presença de "almofadinhas" adesivas na extremidade das patas, chamada de ariolium! Que consiste em centenas de milhares de pelinhos e cerdas presentes por toda a pata dos insetos! Isso cria um mecanismo de sucção a vácuo que permite que os nossos "amiguinhos" desafiem a gravidade! - Explicou Mônica.

- Entãooo... é como se eu tivesse ventosas nas minhas mãos e pés, né? - Perguntou Zeke, tentando simplificar a explicação da mulher mais velha.

- É, em resumo, é isso mesmo! - Assentiu Mônica.

- Se é assim, então por que eu desgrudo da parede quando não deveria? - Perguntou Zeke.

- Ainda não sei dizer, mas veremos isso depois! - Disse Mônica.

- Beleza! Próximo teste! - Disse Shion, animada.

***

4 - Teste de velocidade

16:15

O trio agora se encontrava em um local diferente. Um terreno baldio, que era bastante espaçoso e mais afastado da cidade. O único inconveniente é que era muito distante, e por consequência teriam que fazer todo o trajeto de carro. Algo que foi muito incômodo para Mônica, pois ela tinha que dirigir e tentar explicar como seria feito o teste, enquanto ouvia as provocações de Shion para com Zeke, e embora a ignorasse na maior parte do tempo, vez ou outra o garoto deixava sair uma resposta mais ácida.

Mônica não sabia dizer qual dos dois era mais infantil, mas de uma coisa ela sabia: aquilo era o universo cobrando pelos seus pecados, e parecia estar cobrando com juros.

- Chegamos! - Anunciou Mônica.

- Até que enfim! - Disse Shion.

Zeke não falou nada. Apenas saiu do carro e andou pelo terreno, querendo explora-lo. Era um terreno com o gramado grande e lixo espalhado por todo lado.

O garoto estava usando as mesmas roupas de antes e o seu gorro, apesar das tentativas de Mônica para tranquiliza-lo. Ele se lembrava bem da sensação de quando aquela multidão o viu com suas antenas, e afastado ou não, o garoto não iria ariscar. A única diferença, é que agora usava uma bermuda esportiva.

- Zeke, vêm cá! Vamos começar o teste agora! - Disse Mônica.

- Beleza! Não quero ficar muito tempo aqui mesmo! - Disse Zeke.

- Ok, é só ficar lá no final do campo, e quando eu disser "já",você vai correr o mais rápido que puder passando pela Shion. - Explicou Mônica.

- Tá, mas como ela vai medir a minha velocidade mesmo? - Perguntou Zeke, curioso.

- Como o meu amiguinho aqui! Disse Shion, enquanto mostrava o aparelho de medição.

- Peraí, não é esse o treco que a polícia usa? - Perguntou Zeke.

- É sim! Eu trabalhei um tempo no "Detran" na época da faculdade! E ajudei a projetar um modelo mais preciso! Esse aqui! - Explicou Shion.

- Ah... - Disse Zeke.

"Claro! Por que não? Eu sou um garoto inseto! Acho que nada deveria me espantar agora, tá ligado?" - Pensou Zeke.

- Espera! Coloca isso no braço! - Disse Shion, enquanto entregava uma espécie de braçadeira.

- O que é isso? - Perguntou Zeke.

- É um medidor! Vai medir sua velocidade, batimentos cardíacos e o tempo que você demora para correr! - Explicou Shion.

- Peraí, se a gente já têm isso, então por que cê tá usando esse medidor de carro? - Perguntou Zeke.

- Então... é bom ter uma segunda opinião! Além do mais, eu quero usar o meu medidor! - Disse Shion, com um voz meio manhosa no final.

- Ah, tá! - Disse Zeke, em um tom irônico.

O garoto então se dirige até o final do campo para começar o teste. Ao chegar lá, ele tira do bolso um bombom. Já estava à um tempo sem comer qualquer doce, e aquele parecia um bom momento para desfrutar de um pequeno prazer.

- Ô FORMIGUINHA, PODE SER OU TÁ DIFÍCIL? - Perguntou Shion.

- TÔ INDO! TÔ INDO! - Disse Zeke, enquanto colocava a braçadeira em seu braço e colocava a embalagem do bombom no bolso.

O garoto então se posiciona para começar a correr, Shion prepara o seu medidor, e Mônica configurava o "tablet" para se conectar com as informações da braçadeira.

- ZEKE, QUANDO EU DISSER "JÁ", COMECE A CORRER EM VOLTA DO CAMPO O MAIS RÁPIDO QUE PUDER! ENTENDEU? - Disse Mônica.

- BELEZA! - Respondeu Zeke, enquanto levantava o braço e dava um "joinha".

- Ok! Pronta, Shion? - Perguntou Mônica.

- Prontissíma, chefa! - Respondeu Shion.

- Então, podemos começar! JÁ! - Disse Mônica.

E então, Zeke começa a correr em volta do terreno o mais rápido que pôde. Ao longe, só era possível ver um vulto em alta velocidade e uma nuvem de poeira que o seguia. Tanto que Shion e Mônica precisaram proteger os seus olhos.

- Ok! Ele tá numa velocidade constante de 60 km/h! Acho que já podemos dizer pra ele pa... Não, péra! A velocidade dele tá aumentando! - Disse Shion, surpresa.

Zeke estava correndo cada vez mais rápido. Mais rápido que correrá em toda a sua vida. Mais rápido do que jamais imaginou.

- 70! 75! 80! 85! 90! 98! 99! 100 km/h !!! - Disse Shion, ainda mais surpresa.

O garoto continuou correndo por mais 5 minutos, até que, finalmente  Mônica disse que ele podia parar. O garoto estava suado e exausto, parecia que tinha corrido uma maratona.

- E...arf...aí? Qual...arf...foi o... resultado? - Perguntou Zeke, esbaforido.

- Antes de  eu responder, eu tenho que saber uma coisa! Zeke, você correu o mais rápido que pôde? - Perguntou Mônica.

- Arf...arf... Sim! - Respondeu Zeke.

- Bom, sua velocidade máxima é de nada mais, nada menos que 321,5 km/h! - Explicou Shion.

- Ca... arf...ramba! - Disse Zeke, surpreso.

- Poi zé! - Disse Shion.

- Já temos dados o suficiente! Vamos voltar pro laboratório! - Disse Mônica.

- Peraí! - Disse Zeke.

- O que foi? - Perguntou Mônica.

- Eu quero...arf...água! E um doce! - Respondeu Zeke.

- Ah... é claro! Há,há,há! - Disse Mônica.

- Ele é mesmo uma formiguinha! Há, há, há! - Disse Shion.

***

5 - Teste de antenas

18:30

Os três tinham acabado de jantar, uma cortesia da cantina do centro de pesquisa. Mônica e Shion aproveitaram mais suas refeições, mas Zeke não tinha comido tanto. Além da comida, ele tinha muito o que digerir. As experiências que sofreu, seus novos poderes, e ainda estava pensando em Jefferson.

Para onde ele foi? O que estaria fazendo? Nada de bom, sem dúvida alguma. E se voltasse a atacar? O que Zeke poderia fazer? Da última vez que se enfrentaram, o garoto não teve nenhuma chance.

"Onde será que ele tá? Será que voltou pra velha estação de trem? E se ele..." - Pensou Zeke, antes de ser subitamente interrompido.

- Aí, Zeke! Não vai terminar o seu sanduíche? - Perguntou Shion.

- Hã?! Ah,não! Pode ficar! - Disse, Zeke, enquanto entregava o resto do sanduíche para a garota mais velha.

- Hum... valeu! - Disse Shion.

- O que foi? Tem algo te incomodando? - Perguntou Mônica.

- Não, tudo bem! Eu... quero fazer o próximo teste! - Disse Zeke, tentando disfarçar.

- Ok! Ok! Tudo bem! É... para o próximo teste, você nem vai precisar sair da cadeira! Vamos ter que dar uma olhada nas suas antenas! - Disse Mônica.

- Ahh... é que... - Disse Zeke, meio sem jeito.

- Tá tudo bem! Nós somos da área da ciência! Ninguém aqui vai te julgar! Vou fazer o mais rápido possível! - Disse Mônica.

- Eu... ok! - Disse Zeke, consentindo.

- Certo! Com licença! - Disse Mônica, caminhando em direção ao garoto.

 

Mônica fica de frente para ele, e coloca cuidadosamente suas mãos nas antenas de Zeke. Mas para o garoto inseto, não foi cuidado suficiente.

- Ai! Devagar, elas são sensíveis! - Reclamou Zeke, em um misto de desconforto e vergonha.

- Desculpa! Desculpa! Melhor fazer o teste sem encostar! - Disse Mônica.

- Melhor! - Disse Zeke.

- Ok! Me diga, você sente algo de diferente com essas antenas? Claro, fora elas estarem na sua cabeça! - Disse Mônica.

- Então... eu senti algumas vezes elas vibrando! - Respondeu Zeke.

- Vibrando? Tipo, celular? - Perguntou Shion.

- Não! É... como se.... Ah, eu não sei como explicar direito! Pronto, é como se fosse um bambu balançando com o vento, tá ligado? - Disse Zeke.

- Bambu... ao vento? - Perguntou Shion, estranhando a comparação de Zeke.

- Acho eu entendi! E quando essas vibrações aconteceram? - Perguntou Mônica.

- Hum... na primeira vez, foi quando eu fui ajudar um menininho que ia ser atropelado! Eu senti elas vibrando antes do carro me acertar! E a segunda, foi quando um nóia tava tentando me acertar com uma faca! E a terceira foi quando eu recebi um golpe daquele doido do Jefferson! - Disse Zeke.

- Entendi! - Disse Mônica.

- Cê sabe o que é, Mônica? - Perguntou Zeke.

- Sim! É uma habilidade bem comum entre alguns insetos! Eles usam as antenas para captar as vibrações do ar, e, assim, evitar inimigos ou obstáculos! Pense nelas como se fosse um super radar! - Explicou Mônica.

- Ahhh! - Disse Zeke, impressionado.

- Pensa bem! Cê não percebe o padrão? O carro, o bandido com a faca, o assassino! Em todos esses momentos, você seria atacado ou atingido, e suas antenas avisaram do perigo antes que chegasse em você! - Disse Shion.

- Sem dúvida! - Disse Mônica. Agora mais afastada de Zeke, mas ainda de frente para ele.

- É, faz sentido! - Disse Zeke, ainda surpreso.

Nesse meio tempo, sem ninguém perceber, Shion fazia uma bolinha de papel.

- Bom, mas se pudéssemos testar isso na prática teríamos algumas res... - Tentou dizer Mônica, antes de ser interrompida por uma bolinha de papel voadora passando pela sua orelha.

A bolinha ia em direção da cabeça de Zeke. Mas como das outras vezes, suas antenas vibram, e em um rápido reflexo, Zeke pega a bolinha antes que o atingisse.

Ambos, Mônica e Zeke se surpreendem com o ocorrido. Shion também estava surpresa, apesar de já esperar aquele resultado.

- É, agora você têm provas! - Disse Shion.

- É... - Disse Mônica.

- Cacete! - Disse Zeke, espantado.

- Então... será que tem mais alguma que você notou de diferente? - Perguntou Mônica.

- "Dechovê"... eu... Ah, é! Quando eu tava procurando pelo assassino, eu meio que consegui achar ele pelo cheiro! - Respondeu Zeke.

- Pelo cheiro? - Perguntou Shion.

- É! Tinha um cheiro forte de sangue no local do crime! Ai, enquanto eu tava voltando pra casa, senti esse mesmo cheiro! O Jefferson tinha passado por ali e as roupas deles estavam sujas de sangue! Eu acabei rastreando ele, eu acho! - Explicou Zeke.

- Claro! Faz sentido! - Disse Mônica.

- Então... como eu fiz isso, Mônica? - Perguntou Zeke.

- Pera, antes de mais nada... Guri, você  é doente? Indo atrás daquele louco? - Perguntou Shion, alarmada.

- Olha, eu não sabia que ele tinha partes de inseto como eu? - Disse Zeke.

- Não foi isso que eu... - Disse Shion, antes de ser interrompida.

- Depois, Shion! Agora vamos focar nas habilidades do Zeke! - Disse Mônica, tentando apaziguar os ânimos.

- Tá... - Disse Shion.

- Então, esse faro apurado que você me descreveu também vêm das suas antenas! Como os insetos não possuem narizes como nós, eles usam antenas para sentir cheiros e também para identificar algumas substâncias! Sem falar que em comunidades, como as de formigas e abelhas, a comunicação é feita pelas antenas por meio de feromônios! - Explicou Mônica, o mais claro para que Zeke pudesse entender.

- Ah! - Disse Zeke, impressionado.

- Bom, acho que já temos dados o suficiente por hoje! Vamos continuar amanhã! - Disse Mônica.

- Beleza! Tô doida pra ir pra casa tomar um banho! - Disse Shion.

Zeke ficou quieto por alguns segundos,e logo depois soltou uma leve risadinha.

- Qual a graça, guri? - Perguntou Shion.

- Hã? Ah, nada não! É que todos os testes que eu fiz hoje pareciam muito com um tutorial, tá ligado? - Explicou Zeke.

- Tutorial? - Perguntou Mônica.

- É! Sabe nos games, quando você começa a jogar e o jogo te ensina tudo o que o seu personagem pode fazer? Poderes, movimentação, e tal? É tipo isso! - Disse Zeke.

- Ihh, é verdade! Cê tem razão! - Disse Shion.

- Ahh... sim, claro! - Disse Mônica, claramente não entendendo muito bem.

- Que foi? - Perguntou Zeke, confuso.

- Nada não, relaxa! É que a Mônica não manja nada de games! Pra ela você tá falando outra língua! He,he,he! - Disse Shion, brincalhona.

- Fica quieta, garota! - Disse Mônica, irritada.

- Ok,ok! Vou parar! Mudando de assunto... Zeke, eu tô indo pra casa! Quer uma carona pra sua casa? - Perguntou Shion.

- Shion, eu acho que não é uma boa idéia! Ele pode acabar se expondo! Afinal, Zeke ainda não controla tão bem suas habilidades! - Disse Mônica.

- É, mas a gente não pode deixar o menino preso aqui como um prisioneiro! Os pais dele devem tá preocupados! - Disse Shion, empática.

- Mas e se ele... - Tentou dizer Mônica, antes de ser interrompida.

- Oi! Eu ainda tô aqui! Posso falar? - Disse Zeke, timidamente.

- Ah, perdão! Claro que pode! - Disse Mônica.

- Eu vou ficar mais um pouco! Pelos até eu entender tudo que tá acontecendo comigo e como controlar melhor os meus poderes! E aqui é o lugar perfeito pra isso! - Disse Zeke,  ficando surpreso de como se expressara. Falou melhor do que em outras ocasiões.

- Tendi! Mas e os seus pais? - Perguntou Shion.

- Eu moro só com a minha mãe e ela tá numa viagem de negócios! Então tá de boa! - Disse Zeke.

- Ah! - Disse Shion.

- Certo, se é o que você quer! Tem umas roupas extras no armário! Vou pegar algo que sirva em você! - Disse Mônica.

- Tá, valeu! - Disse Zeke.

- Então eu já vou! Vejo vocês amanhã! - Disse Shion, enquanto saía do laboratório de Mônica.

- Tchau, Shion! - Disse Zeke.

Mônica, por sua vez, também sai do laboratório deixando o garoto sozinho. Toda aquela conversa o fez ficar com saudade de sua mãe. Ele queria que ela estivesse lá com ele, nem que fosse para dar um abraço nele. Por mais que não parecesse, toda aquela situação o estava deixando assustado. Ele tentava não deixar transparecer, mas aquilo estava muito duro para ele.

"Acho melhor eu mandar uma mensagem pra ela! Não falei com a minha mãe o dia todo!" - Pensou Zeke, enquanto pegava o celular.

Continua...

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