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Chapter 19 - As Garras do Dragão

Léo, envolto em chamas de sua ascensão prematura, sabia que o tempo estava se esgotando. Sua vida pendia na balança, e o cavaleiro negro se aproximava, vestido em uma armadura que ocultava cada centímetro de seu corpo, parecendo mais lenda do que realidade. A espada mágica de características obsidiana do cavaleiro arranhava o chão da sala do trono do castelo abandonado, com raios negros crepitando em sua lâmina.

Ao lado de Léo estavam Alex e Cedric. Cedric tecia magia ao redor de Léo, fortalecendo seus músculos para suportar a tensão da ascensão. Alex, sua magia de cura tingida de ansiedade, lembrou a Léo da promessa que haviam feito. Ele assentiu com cansaço, reconhecendo o peso desse compromisso.

Com uma explosão de energia flamejante, Léo investiu contra o cavaleiro negro, impulsionado pela única asa de sua ascensão. Trilhas de fogo marcavam seu caminho. Mas o cavaleiro desviou facilmente do golpe diagonal de Léo, lançando-o contra as paredes rachadas da sala do trono.

Cedric agiu rapidamente, infundindo-se com magia de força. Sua espada encantada lançou um jato de lava em direção ao cavaleiro, acertando em cheio. No entanto, o cavaleiro permaneceu imperturbável.

Alex verificou o estado de Léo, que a instruiu a garantir a segurança dos habitantes de Brisighella. Eles precisavam chegar à guilda próxima em busca de ajuda. A contragosto, Alex dirigiu-se a Lucas, mas o arqueiro elfo negro, pronto para atirar, hesitou ao comando do homem mascarado.

— Eles não são nosso alvo.

A tensão na sala aumentou, e o destino pendia na balança enquanto a batalha prosseguia. O choque de magia e aço ecoava pelo castelo abandonado, deixando cicatrizes na pedra e na memória.

O cenário se desenrola com intensidade e magia, como se os próprios elementos segurassem a respiração. Cedric, com seus músculos fortalecidos, avança contra o cavaleiro negro. Seu soco, carregado de poder, parece imparável, mas o cavaleiro, resiliente após resistir ao jato de lava, salta e atinge o punho de Cedric. O impacto estilhaça os últimos fragmentos de vidro no castelo abandonado.

Cedric, lançado para longe, usa sua espada mágica para prender a lava ao pé do cavaleiro. Ambos são arrastados, mas o cavaleiro ancora-se no chão antes do impacto. Léo, desajeitado, investe com sua espada flamejante, mas o cavaleiro nega cada golpe com facilidade. Relâmpagos negros formam uma barreira eletromagnética, e Léo é eletrocutado, recuando ferido.

Pela primeira vez, o cavaleiro negro fala.

— Você pulou as etapas iniciais da ascensão. Este será seu último erro. — O trovão se forma, mas Cedric intervém, criando uma esfera de lava protetora ao redor de Léo. O trovão negro colide, destruindo tudo ao redor.

Cedric, firme, declara.

— A pré-ascensão dele é prematura. Ele não treinou as formas iniciais, mas a minha é real. — Com sua espada mágica de lava erguida, ele grita! — Pré-ascensão!

O cenário se desdobra em uma dança de fogo e eletricidade, onde a pré-ascensão de Cedric se manifesta em meio à batalha. Metade de seu corpo é envolto por uma armadura avermelhada, enquanto a outra metade brilha com uma aura do mesmo tom. Uma asa de pura lava brota de seu ombro, testemunhando sua verdadeira forma.

Cedric, com um gesto, cria um jato de lava que corta e queima tudo em seu caminho. Mas o cavaleiro negro, protegido por uma misteriosa armadura, resiste ao golpe. Cedric olha para o homem mascarado e seu grupo, observando-os à distância, ele decide atacar o homem da máscara de ferro. A vampira Wanda, ocupada com a cura de Bruno, começou a conjuram um feitiço de sangue para proteger a todos, porém ela é interrompida pelo mascarado, que a lembra de focar em sua tarefa.

Um relâmpago negro atinge Cedric, derrubando-o próximo ao trono destroçado de um esquecido rei, ele não tinha sido rápido o suficiente. Ignorando a dor, Cedric ordena a Léo que voe. O chão da sala do trono se transforma em lava, prendendo os pés do cavaleiro negro. Cedric e Léo investem, mas seus ataques colidem sem sucesso.

O cavaleiro, desafiador, ergue os braços, expondo seu peitoral. Um trovão colossal desce, ferindo apenas Léo e Cedric. Léo, prestes a se levantar, cospe sangue, e sua aura de pré-ascensão desvanece. O trovão persiste até que uma explosão elétrica irrompe, raios se espalhando em todas as direções.

Cedric, com seu braço esquerdo envolto em um escudo de lava, avança em direção a Léo, que jaz desacordado. O jovem cavaleiro sabia que precisava agir rapidamente para salvar o novato da Academia de Cavaleiros Perlasca. Seu corpo se aquece, derretendo o ambiente ao redor, enquanto cria um escudo mágico protetor para Léo.

A energia geotérmica, proveniente do calor interno do planeta, se concentra em um dos punhos de Cedric. Ele parte velozmente para cima do cavaleiro negro, cujo punho carrega eletricidade. O momento tenso culmina quando os dois punhos quase se encontram. Cedric desvia habilidosamente, permitindo que seu ombro seja atingido, mas acertando em cheio o peito do cavaleiro negro. A explosão resultante é avassaladora, marcando o confronto épico entre os dois guerreiros.

Cedric, com Léo nos braços, voa para fora do castelo em colapso. O pátio é seu refúgio momentâneo, mas a dor em seu ombro e o cansaço não o impedem de se levantar. Ele conjura sua espada mágica de lava e permanece na forma de pré-ascensão, determinado a enfrentar o cavaleiro negro.

Seus sonhos, como estudante de Rank sete na Academia de Cavaleiros Perlasca, são um fio de esperança. Cedric deseja se formar, ter seu nome reverenciado em Lumirian e se tornar um jogador profissional de tacos mágicos. Além disso, há a mulher por quem se apaixonou, após ele perder várias vezes para ela, um sentimento crescia em seu peito, e ele queria experimentar pelo menos uma vez na vida o amor.

Mas o cenário muda abruptamente. Um trovão ecoa dos escombros do castelo, e um raio colossal desce, envolvendo toda a estrutura. Cedric percebe a disparidade de poder. O cavaleiro negro emerge, irado e sedento por sangue, raios crepitando ao seu redor. O confronto final se aproxima, e Cedric enfrentará o inimigo com tudo o que tem.

O cenário é tenso e carregado de mistério. Quando o cavaleiro negro se lança contra Cedric, uma voz metálica ecoa, ordenando que ele pare. O cavaleiro, como se controlado por um feitiço, fica imóvel. Cedric, confuso, busca a origem da voz e encontra um homem com uma máscara de ferro flutuando no céu. Acompanhando-o estão Wanda, o elfo negro, e Bruno, que foi ressuscitado.

O homem mascarado e seu grupo pousam diante do cavaleiro negro. Ele elogia Cedric, surpreso com a habilidade dos alunos da Academia de Cavaleiros Perlasca. Com um riso irônico, o homem se recusa a revelar sua identidade. Contudo, antes que Cedric possa insistir, o solo treme e as rochas do castelo em ruínas começam a flutuar. O homem mascarado, sinistro, declara.

— Então ele finalmente apareceu.

O cenário é tenso e repleto de reviravoltas. Lucas aparece ao lado de Cedric, carregando Léo em seus ombros. No céu, um homem de armadura branca brilha intensamente: Lucius Perlasca, o atual diretor da Academia de Cavaleiros Perlasca. A seu lado, uma cavaleira desconhecida, com armadura cinza e cabelos rosados, observa a cena.

Os pedregulhos flutuantes do castelo começam a convergir na direção do homem mascarado e seu grupo. Porém, gigantescas correntes roxas emergem do solo, atingindo os pedregulhos. Lucius avança em velocidade supersônica, mas o cavaleiro negro intervém, revelando-se um adversário à altura.

A cavaleira de cabelos rosas, chamada Annie, se aproxima de Cedric. Ela oferece cuidados médicos a Léo e ordena que Cedric descanse. Ele insiste em lutar ao lado dela, mas Annie, como a segunda no Rank dos melhores alunos da academia, prioriza sua saúde. Cedric desfaz sua pré-ascensão, quase caindo, mas Lucas o ampara.

Enquanto isso, Lucius recua e questiona a identidade do grupo. O homem mascarado zomba da noção de paz, acusando todo o reino de corrupção. Lucius, irritado, saca sua espada mágica dos tremores, capaz de causar terremotos devastadores. O homem mascarado menospreza os cavaleiros, e correntes mágicas prendem Lucius, enlaçando suas pernas e braços com força surpreendente. Ele tentou se desvencilhar, mas as correntes apertaram ainda mais. No mesmo instante, uma dor aguda explodiu em sua cabeça, forçando-o a cerrar os dentes.

Sem que ninguém percebesse, seus olhos começaram a mudar, assumindo um tom roxo intenso. Lucius piscou rapidamente, tentando manter o controle, lutando contra a dor crescente que ameaçava dominá-lo. Mesmo com a força das correntes e a pressão insuportável em sua mente, ele se recusou a ceder. Com um esforço sobre-humano, Lucius focou sua mente, ignorando o tormento em sua cabeça e reprimindo a mudança em seus olhos, resistindo a dor.

O homem mascarado se apresenta como Fockz, líder das "Garras do Dragão". Ele busca restaurar o reino e recuperar algo roubado há séculos. Lucius, incrédulo, enfrenta uma ameaça que transcende sua compreensão.

Annie, concentrada em sua tarefa de curar Léo e Cedric, sente a pressão aumentar. Sua magia de cura é excepcional, rivalizando até com os curandeiros do castelo real. Enquanto as feridas dos dois jovens se fecham, ela pondera sobre o futuro incerto e a ameaça representada pelas "Garras do Dragão". O peso de suas habilidades recai sobre seus ombros.

A tensão atinge seu ápice. Lucius, o atual melhor cavaleiro do reino, confronta o homem mascarado, Fockz. O objetivo deste último era claro: mostrar a Lucius o início do fim e revelar o poder das "Garras do Dragão". Com um simples estalar de dedos, uma gigantesca explosão irrompe na direção da capital real, envolvendo-a em densa fumaça negra.

Lucius, alarmado, questiona Fockz sobre suas ações. Este, rindo, revela ter destruído o castelo real e, provavelmente, o rei e seus cavaleiros. A acusação de não proteger os civis pesa sobre Lucius, enquanto ele desencadeia fortes tremores na terra.

As "Garras do Dragão" desaparecem em um vórtex espacial, teleportando-se para longe. Lucius é libertado e, determinado, ordena que Lucas leve Léo e Cedric para Brisighella. Annie, a cavaleira de cabelos rosas, segue com Lucius em direção à capital real. O destino do reino está em jogo, e a batalha está prestes a se intensificar.

Annie, ao testemunhar a destruição do castelo real, fica visivelmente abalada. Seus olhos refletem choque e preocupação, e ela aperta o cabo de sua espada com firmeza. A responsabilidade de proteger o reino pesa sobre seus ombros, e ela sabe que a batalha está longe de terminar. Determinada, ela segue Lucius em direção à capital real, pronta para enfrentar o que quer que esteja por vir.

Lucius e Annie avançaram pela cidade em pânico, envolta em densa fumaça. As ruas estavam repletas de pessoas correndo, gritando e buscando abrigo. O odor acre do incêndio e a visibilidade reduzida tornavam a situação ainda mais caótica.

Annie, com sua armadura cinza, mantinha-se ao lado de Lucius, cuja expressão era uma mistura de raiva e determinação. Eles passaram por prédios em chamas, escombros e destroços. O castelo real, outrora majestoso, agora estava em ruínas, suas torres desmoronadas e paredes carbonizadas.

O som de sirenes e o crepitar das chamas ecoavam pelas ruas estreitas. As pessoas clamavam por ajuda, mas Lucius e Annie tinham um objetivo claro: encontrar Fockz e as "Garras do Dragão". O reino estava em perigo, e eles eram os últimos defensores da esperança.

Lucius, com olhos determinados, ergueu sua voz acima do tumulto. Os cavaleiros da capital, desorientados e assustados, se agruparam em torno dele.

— Protejam os cidadãos! Guiem-nos para áreas seguras! — ordenou ele. Seu manto esvoaçava enquanto ele liderava o resgate.

Enquanto isso, Annie, a cavaleira de cabelos rosas, empunhava sua espada mágica. O ar ao seu redor se agitou, e ela canalizou sua magia. Com um movimento fluido, ela dispersou a fumaça densa, criando corredores de ar limpo para os cidadãos escaparem. Seus olhos refletiam a urgência da situação, e ela sabia que cada segundo contava.

Léo despertou na guilda de aventureiros em Brisighella, ainda fraco e atordoado. Tentou se levantar, mas Alex, a cavaleira de cabelos roxos, o interrompeu com um abraço. Ela repreendeu-o por usar a pré-ascensão sem preparo, ressaltando que teve sorte de não ter morrido. Lucas, observando a cena, brincou sobre o quanto Alex estava preocupada com Léo, mas Alex rapidamente o silenciou com um soco na cabeça.

Cedric apareceu, aliviado ao ver o grupo ileso. Léo, confuso, perguntou o que havia acontecido enquanto estava inconsciente. Cedric relatou todos os eventos, desde a aparição de Lucius até a explosão na capital real. Léo ficou atônito, sem palavras diante dos acontecimentos que moldariam o destino do reino.

Após a devastação da capital real, Lumirian nunca mais seria o mesmo. A explosão que reduziu o castelo a escombros e ceifou vidas deixou uma cicatriz profunda na alma do reino. As ruas outrora movimentadas agora estavam vazias, e a fumaça pairava como um lamento silencioso.

O povo clamava por respostas, e os cavaleiros, incluindo Lucius e Annie, enfrentavam uma tarefa monumental: reconstruir não apenas as estruturas físicas, mas também a confiança e a esperança. As "Garras do Dragão" haviam lançado uma sombra sobre Lumirian, revelando a corrupção enraizada e a fragilidade das instituições.

As guildas de aventureiros, os magos e os curandeiros uniram forças para ajudar os sobreviventes. Novas alianças se formaram, e segredos obscuros vieram à tona. O rei, se ainda vivo, estava desaparecido, e o trono permanecia vago.

Lumirian estava à beira de uma revolução. Os jovens cavaleiros, como Cedric, Lucas, Alex e Léo, agora carregavam o peso do futuro. Eles não eram apenas guerreiros, mas também arautos da mudança. A esperança, frágil como uma chama, ardia em seus corações.

Enquanto os escombros eram removidos e os feridos cuidados, Lumirian se preparava para uma nova era. A batalha contra as "Garras do Dragão" estava longe de terminar, mas a determinação daqueles que acreditavam na justiça e na redenção era inabalável.

E assim, com o sol nascendo sobre as ruínas da capital real, Lumirian se erguia novamente. Não como um reino perfeito, mas como um lugar onde a coragem, a amizade e a esperança poderiam superar até mesmo a mais profunda escuridão.