O grande mausoléu abaixo do castelo estava envolto em sombras, e o rugido do lobisomem reverberava pelas paredes de pedra. Seu pelo era espesso e eriçado, e suas garras afiadas como navalhas. Bruno, que antes fora um homem que usava roupas nobre, agora se transformara em uma criatura feroz e implacável.
Léo, Lucas e Alex estavam cercados, seus olhares se cruzando em busca de uma estratégia. Léo retirou três frascos de poção de mana de sua bolsa e os lançou para Alex e Lucas.
— Bebam! — disse ele. — vamos precisar de toda a mana possível.
Lucas, após beber a poção, ágil como um raio, desembainhou sua espada mágica e investiu contra o lobisomem. O choque das garras do monstro contra a lâmina da espada ecoou pelo mausoléu, fazendo os moradores do vilarejo de Brisighella, que haviam sido raptados, soltarem gritos de espanto.
Enquanto isso, Alex apontou sua espada gravitacional para o lobisomem. Com um gesto, ela ativou o poder de gravidade zero, fazendo com que Bruno flutuasse no ar. Léo viu a oportunidade e avançou, sua própria espada em chamas. Com um golpe certeiro, ele cravou a lâmina no braço direito do lobisomem, que urrou de dor.
Mas o monstro ainda tinha forças. Com seu outro braço, ele atacou Léo, arranhando-o profundamente. O cavaleiro rolou no chão, o sangue manchando sua armadura. A batalha estava longe de terminar, e o mausoléu parecia conter mais segredos e perigos do que eles jamais imaginaram.
Alex puxou Léo para o seu lado, preocupação estampada em seus olhos. Lucas, ofegante, voltou para verificar o estado de seu amigo. Léo, com o rosto contorcido de dor, as garras do lobisomem ainda marcando sua pele, assegurou a todos que se recuperaria.
— Lucas. — disse Léo com firmeza. — preciso que você leve os moradores de Brisighella para fora do castelo. Sua velocidade é nossa melhor chance.
Lucas hesitou, olhando para o amigo.
— Deve haver outro jeito. — insistiu.
Mas Léo o interrompeu.
— Eu sou o líder do grupo, amigo. Faça isso por mim.
Relutante, Lucas partiu como um raio, guiando os moradores para a segurança. Enquanto isso, Alex confrontou Léo.
— Você já levou muitos golpes. — alertou. — Deveria recuar.
Léo balançou a cabeça.
— Ainda não. — respondeu, apontando para o teto. — Antes que esse castelo desmorone, precisamos encontrar a sala do laboratório. É lá que a vampira realizava seus experimentos com os moradores. Precisamos de respostas.
Alex franziu o cenho.
— E você quer que eu vá procurar enquanto você, um trapo ensanguentado, luta sozinho contra esse lobisomem?
Léo sorriu, com determinação nos olhos.
— Eu tenho um plano. Confie em mim.
Alex olhou para o teto, como se buscasse forças.
— Assim que tudo isso for resolvido. — disse ela, encarando Léo, — você me deve uma.
Léo assentiu.
— Combinado. — O destino do vilarejo estava nas mãos desses bravos cavaleiros, e o mausoléu ecoava com o som de suas batalhas.
A sala do trono do castelo era grandiosa e sombria. As paredes eram adornadas com tapeçarias desbotadas, e o trono de pedra estava vazio, como se esperasse por um governante há muito perdido.
Cedric e a vampira continuavam sua batalha mortal. A luz fraca das tochas dançava sobre suas figuras, criando sombras distorcidas. A espada de lava de Cedric cortava o ar, enquanto a vampira se esquivava com agilidade sobrenatural.
O trono estava no centro do salão, e os dois combatentes giravam em torno dele, suas armas se chocando em uma dança frenética. A vampira usava seu próprio sangue como arma, criando lâminas afiadas que encontravam a armadura fortalecida de Cedric.
O chão de pedra que antes estava marcado com manchas de sangue, tinha virado uma piscina de lava, e o ar estava carregado com a energia da batalha. Cedric sentia a exaustão pesar em seus músculos, mas sua determinação não vacilava. Ele sabia que a vampira era uma ameaça que precisava ser eliminada.
Com um grito de fúria, Cedric investiu novamente. Sua espada encontrou a da vampira em um choque de faíscas, e ambos lutaram pelo controle. O trono de pedra parecia observar silenciosamente, como se guardasse segredos antigos.
A vampira sorriu, seus olhos vermelhos brilhando. Seu sangue fluía, alimentando suas lâminas. Cedric concentrou sua magia, canalizando-a para sua espada. Ele atacou com força renovada, determinado a pôr fim àquela luta.
A sala do trono ecoava com o som das lâminas se encontrando, e o destino do castelo pendia na balança. Cedric sabia que não podia falhar. A vampira era implacável, mas ele também.
A sala do trono estava em caos. Wanda, a vampira, flutuava sobre o chão de lava criado pela espada de Cedric. Sua velocidade era impressionante, e seus golpes acertavam Cedric com precisão. No entanto, a defesa do cavaleiro era inabalável, como a de uma montanha.
Com um gesto, Wanda fez dezenas de monstros, que estavam ao redor do castelo, flutuarem ao seu redor. Eles se chocaram, formando uma massa vermelha de carne e sangue. Cedric assistia, atordoado, mas não podia baixar a guarda. A massa se condensou em uma esfera perfeita, e Wanda a fez explodir com um simples aceno.
Fragmentos afiados de sangue voaram em todas as direções. Cedric reagiu rapidamente, fortalecendo suas mãos e erguendo um escudo. Sua espada de lava criou um globo protetor de lava ao seu redor. A explosão foi ensurdecedora, e o castelo abandonado tremeu sob o impacto.
O chão do castelo tremia sob os pés de Lucas enquanto ele se apressava para proteger os moradores. Os Tauros, com seus chifres afiados, investiam com fúria, e os Trolls, brutamontes de pele cinzenta, brandiam clavas enormes.
Lucas empunhava sua espada trovão, a lâmina cintilando com eletricidade. Ele girava, desviando dos ataques e retalhando os monstros. O suor escorria por seu rosto, mas ele não podia baixar a guarda. Os moradores olhavam com gratidão e medo, eles depositavam suas vidas nas mãos do jovem cavaleiro.
Com um grito de determinação, Lucas investiu contra os inimigos. A espada trovão cortava o ar, faíscas voando a cada golpe. Ele não estava sozinho; a esperança do vilarejo estava com ele. O castelo abandonado ecoava com o som da batalha, e Lucas lutava como um herói em uma história antiga.
Enquanto isso, o coração de Alex batia forte enquanto ela avançava pelos corredores do castelo. A preocupação com Léo a impulsionava, e cada passo a levava mais fundo na escuridão. O ar era gélido, como se o próprio castelo sussurrasse segredos antigos.
As paredes de pedra pareciam fechar-se sobre ela, mas Alex não hesitava. Ela lembrava das palavras do morador de Brisighella, o homem que havia sido submetido a experimentos no laboratório. Ele dissera que o compartimento ficava em algum lugar ali, onde os corredores se entrelaçavam como veias emaranhadas.
Alex derrubou paredes, ignorando os estilhaços de pedra que voavam. O medo e a urgência a impulsionavam. Finalmente, ela chegou a um grande corredor. O ar congelante parecia mais intenso ali, como se o próprio ambiente resistisse à sua presença.
Ela prosseguiu, seguindo seu instinto. E então, diante de uma porta maciça, ela soube que havia encontrado o laboratório. As dobradiças rangiam quando ela a empurrou, revelando um espaço amplo e sombrio.
Prateleiras cobertas de poeira continham frascos e equipamentos. Tubos de vidro serpenteavam pelas paredes, contendo líquidos vermelhos. No centro da sala, uma mesa de pedra estava coberta de anotações e diagramas. Era ali que a vampira realizava seus experimentos nefastos.
Alex sentiu o peso da responsabilidade. Ela estava prestes a desvendar segredos que poderiam salvar ou condenar o vilarejo. Com determinação, ela avançou, pronta para enfrentar o desconhecido e encontrar as respostas que buscava.
A sala do laboratório estava mergulhada em sombras, e o fedor metálico do sangue impregnava o ar. Alex folheou os papéis, seus dedos trêmulos revelando as intenções sinistras de Bruno e Wanda. Experimentos com monstros, pedras de sangue como controle de um exército, mas a pergunta persistia, para quê?
Seus olhos se fixaram em desenhos nas folhas, uma pegada triangular de dragão com cinco garras afiadas. O botão ao lado da mesa de pedra parecia uma promessa de respostas. Com hesitação, Alex o pressionou. Uma parede se abriu, revelando uma sala secreta.
Uma tela mágica surgiu diante dela, e Alex leu os ingredientes para fabricar as pedras de sangue. Seu coração apertou. Entre os componentes, o mais terrível, corações de humanos. Ela olhou para a sala escondida, onde os experimentos macabros ocorriam.
Tontura e náusea a dominaram. Alex precisava processar a verdade horrível que agora enfrentava. O castelo, antes apenas um cenário sombrio, tornara-se um pesadelo real.
O ar úmido e viciado das catacumbas envolvia Léo enquanto ele corria, o coração martelando em seu peito. Os túneis estreitos e mal iluminados pareciam se fechar sobre ele, mas ele não hesitava. O fedor de mofo e decadência era sua aliada, obscurecendo seu rastro para o lobisomem.
Léo apagou o fogo crepitante de sua espada, movendo-se como uma sombra. O rosnar e as garras do lobisomem ecoavam pelos túneis, uma ameaça constante. Ele sabia que precisava atrair o monstro para a armadilha que havia pensado assim que entrou nos túneis.
A poeira flutuava no ar, e o oxigênio era o combustível que Léo buscava. Quando sentiu a presença do lobisomem, ativou as lâminas flamejantes de sua espada. A ignição fez uma explosão irrompeu, o calor e a luz cegando-os por um instante. Léo tentou direcionar a força da explosão com sua espada, e um grande buraco se abriu nos túneis que começaram a desmoronar ao redor deles.
Léo correu, seus pulmões queimando. Ele saltou, caindo e rolando na poeira e destroços. Bruno, o lobisomem, emergiu dos escombros, muito ferido e furioso. Léo se virou no chão, ofegante, olhando para o céu.
O mausoléu parecia conter o fôlego de todos os presentes. Léo, ensanguentado e exausto, segurava sua espada com firmeza. O silêncio do coração da lâmina era perturbador, mas ele não tinha tempo para dúvidas.
O lobisomem avançou, suas garras afiadas rasgando o ar. Léo concentrou o calor e as chamas ao redor de seu corpo, improvisando uma armadura. O chão derretia sob seus pés, mas era uma barreira frágil contra a fúria do monstro.
Então, uma voz ecoou em sua mente. O coração da espada sussurrou sobre a pré-ascensão, uma última cartada. Uma fênix de fogo, a promessa de cura. Léo não hesitou. Ele queria ser mais do que um cavaleiro; queria ser uma lenda, assim como Perlasca e Elowen.
Com determinação, ele cravou a lâmina flamejante em seu próprio peito. O sangue jorrou, pintando o mausoléu de vermelho. O lobisomem riu, pensando que Léo havia se rendido. Mas o jovem cavaleiro sabia que estava prestes a se transformar. A dor e o sacrifício eram o preço da ascensão.
Léo estava imerso em uma batalha épica, seu corpo metamorfoseando em resposta aos eventos sobrenaturais. A espada flamejante, com lâmina incandescente, penetrou seu peito, mas uma fênix de chamas pousou em sua testa, concedendo-lhe cura parcial. Metade de seu corpo agora brilhava com uma armadura alaranjada de chamas vívidas, enquanto a outra metade permanecia humana.
Uma Asa de fogo brotou de sua costa, permitindo que ele flutuasse acima do solo. A espada flamejante ficou maior e gravada com inscrições antigas, materializou-se em sua mão. Com um único movimento, Léo partiu o lobisomem ao meio, abrindo um rasgo no chão do castelo. Ele emergiu da masmorra, voando desorientado.
Lá fora, Lucas, em meio à sua própria luta, observou o estrondo do golpe de Léo. O castelo começou a desmoronar, e Alex quebrou uma janela, escapando pelo ar. Léo, agora na pré-ascensão, foi em direção a sala do trono para enfrentar Wanda, decapitando-a com velocidade impressionante, pegando ela de surpresa. Porém, ao tentar reduzir a vampira a cinzas, uma tontura o atingiu, era o preço da pré-ascensão. O chão de lava desapareceu, e Cedric, ferido, admirou Léo, exclamando!
— O que diabos você fez? Ficou incrível!
O castelo abandonado estava em ruínas, e a batalha atingira um novo patamar. Wanda, com a cabeça em mãos, proferiu palavras de desdém. Mas uma voz áspera ecoou do teto destruído da sala do trono, interrompendo-a. Cedric olhou para cima, surpreso.
Três figuras surgiram, um elfo negro de olhos vermelhos e cabelos prateados, empunhando um arco encantado; um cavaleiro de armadura negra com uma espada sombria à cintura; e um homem no meio deles, ele parecia ser o líder, usava um grande manto velho, cobrindo seu corpo. Quando ele retirou o manto, revelou seu rosto, uma máscara de ferro cobriu sua cabeça por completo.
Correntes roxas saíram de sua mão, perfurando o castelo até encontrar os restos de Bruno, derrotado por Léo. O homem mascarado declarou que Bruno ainda seria útil. Ele usou as correntes para pegar Wanda e ordenou que ela curasse Bruno.
Enquanto isso, Alex chegou à sala do trono, deparando-se com Léo na pré-ascensão. Antes que ela pudesse falar, o cavaleiro negro pousou, desembainhando uma espada de magia negra. Raios sombrios irromperam, destruindo tudo ao redor. O homem mascarado ordenou.
— Aniquile todos eles.