O salão de jantar do castelo abandonado estava mergulhado em sombras, com as janelas quebradas permitindo apenas raios de lua fracos e esmaecidos. O chão de pedra estava coberto de poeira e detritos, e o ar tinha um cheiro de mofo e abandono.
Alex, a cavaleira de cabelos roxos, era uma figura ágil e determinada. Ela empunhava sua espada com uma lâmina afiada e um cabo cravejado de pedras roxas preciosas. A magia gravitacional de sua espada permitia que ela saltasse com facilidade, e ela usou essa habilidade para se lançar em direção ao homem misterioso de terno branco.
O homem estava no segundo andar do salão, parado à beira do corrimão de uma escadaria em espiral. Seus olhos eram amarelos como os de um lobo, e suas mãos estavam transformadas em garras afiadas. Ele observou Alex se aproximando e sorriu de forma sinistra.
Com um movimento rápido, Alex aterrissou no segundo andar, sua espada pronta para cortar o homem. Mas antes que ela pudesse atacar, ele saltou com agilidade surpreendente, pegando-a pelo pescoço no ar. Sua mão peluda e garras afundaram na pele de Alex, e ele a arremessou com força no chão.
Léo, o companheiro de Alex, estava momentaneamente atordoado pelo vento causado pelo salto dela. Ele segurava sua espada flamejante, sua lâmina brilhando com fogo. Seus olhos se estreitaram ao ver Alex em apuros.
O homem misterioso se aproximou de Alex, inclinando-se sobre ela.
— Mais que falta de educação não se apresentar antes de atacar. — disse ele com um tom de escárnio. Então ele se apresentou. — Meu nome é Bruno Luponnaro.
O salão de jantar estava agora carregado de tensão. As paredes de pedra pareciam fechar-se sobre os três combatentes, e o destino de Alex e Léo estava nas mãos desse homem enigmático. A batalha estava prestes a começar, e o castelo abandonado testemunharia o confronto.
Léo, com os olhos fixos em Bruno, concentrou sua energia. A espada flamejante girou mais rápido em suas mãos, criando um vórtex de chamas que dançava ao seu redor. O calor intenso irradiava do redemoinho de fogo, e Léo lançou-o com precisão em direção ao homem misterioso.
As chamas rugiram enquanto a redemoinho de fogo voava pelo ar, deixando um rastro de faíscas e destruição. Bruno, por sua vez, saltou para o lado com agilidade, evitando o impacto direto das chamas. O vórtex de fogo atingiu uma das colunas de pedra do salão, fazendo-a estremecer e soltar fragmentos de pedra.
Bruno pousou graciosamente no chão, seus olhos amarelos fixos em Léo.
— Impressionante. — disse ele, com um sorriso sardônico. — Mas você ainda tem muito a aprender.
O castelo abandonado parecia vibrar com a energia da batalha. Alex, ainda se recuperando do ataque anterior, se levantou com determinação. Ela sabia que não podiam subestimar Bruno, cujas habilidades eram tão enigmáticas quanto seu nome.
O próximo movimento seria crucial. Léo e Alex trocaram um olhar rápido, compartilhando a determinação de derrotar o homem que se autodenominava Bruno Luponnaro.
O salão de jantar estava impregnado com a eletricidade da batalha iminente. Alex, com os olhos fixos em Bruno, compartilhou seu plano com Léo. A garota de cabelos roxos sabia que a chave para derrotar o enigmático Bruno Luponnaro estava na combinação de suas habilidades.
Léo assentiu, sua expressão determinada. Ele correu em direção a Bruno, sua espada flamejante girando em sua mão como um redemoinho de fogo. O calor emanava da lâmina, criando uma aura incandescente ao seu redor. Bruno, com suas garras afiadas, se preparou para o ataque.
As chamas da espada de Léo cortaram o ar, mas Bruno se esquivou com agilidade, movendo-se como um predador experiente. Seu terno branco ficou chamuscado, e ele rosnou em resposta.
— Seus moleques! — disse ele, sua voz carregada de desprezo.
Mas antes que Bruno pudesse terminar sua provocação, Alex entrou em ação. Ela apontou sua espada na direção dele, e algo extraordinário aconteceu. A gravidade parecia ter abandonado o corpo de Bruno. Ele flutuou no ar, desorientado, como se as leis da física tivessem sido suspensas.
Léo aproveitou a oportunidade. Com um salto poderoso, ele se lançou sobre Bruno. A espada flamejante brilhou intensamente, cortando o espaço entre eles. A lâmina encontrou seu alvo, e Bruno soltou um grito de dor. Sangue escuro jorrou, e ele caiu no chão.
O salão de jantar, que antes estava repleto de alívio e triunfo, transformou-se em um cenário de horror. O sangue derramado no chão, que parecia inofensivo, ganhou vida própria. De maneira sinistra e misteriosa, ele se contorceu, formando um espinho afiado que cortou de raspão a barriga de Léo.
O cavaleiro soltou um grito de dor. Alex com seus olhos se arregalando de surpresa, foi arremessada contra a parede do castelo, ela tentou se levantar, mas a parede em ruínas desabou sobre ela. Poeira e pedras caíram, obscurecendo sua visão.
Enquanto isso, o sangue voltou à sua forma líquida e começou a se mover em direção ao corpo de Bruno. O homem derrotado estava caído no chão, mas agora algo mais estava acontecendo. A voz de uma mulher ecoou pelo corredor escuro do castelo, enviando arrepios pela espinha de Léo.
— Você já cansou de brincar com esses fedelhos? — A voz era fria e impiedosa.
Léo olhou na direção do corredor e viu uma figura se aproximando. E Bruno, ainda atordoado, começou a se levantar. Ele gemeu de dor quando o líquido vermelho começou a se fundir com sua pele, formando padrões intrincados. A mulher se aproximou, seus passos silenciosos.
Léo sentiu o peso da responsabilidade. Ele era o último defensor contra essa força desconhecida. Com a espada em mãos, ele se preparou para enfrentar a mulher misteriosa e salvar Alex, mesmo que isso significasse enfrentar um inimigo ainda mais poderoso.
O salão de jantar, agora em ruínas, testemunharia mais uma reviravolta nessa batalha. A luz e a sombra continuavam a dançar, e o destino dos três combatentes estava prestes a ser selado.
A mulher emergiu das sombras, sua presença tão intrigante quanto ameaçadora. Seu traje branco, justo e adornado com detalhes em vermelho, delineava suas curvas com precisão. A palidez de sua pele contrastava com a escuridão do salão, e seus cabelos longos e brancos caíam como fios de prata.
Mas eram seus olhos que prendiam a atenção de todos. Vermelhos como brasas ardentes, eles pareciam conter segredos ancestrais e uma intensidade sobrenatural. Ela não era uma mera mulher; era algo mais, algo além da compreensão humana.
Léo, ainda ferido e atordoado, ergueu sua espada em defesa. Alex, que havia se libertado dos escombros, observava com cautela. O castelo abandonado parecia conter mais mistérios do que eles jamais imaginaram.
A voz da mulher ecoou novamente, fria e impiedosa.
— Vocês são apenas peões em um jogo muito maior.
O salão de jantar, agora mergulhado em caos, testemunhou uma reviravolta inesperada. Léo, ferido e atordoado, foi brutalmente chutado por Bruno. O homem misterioso parecia ter se recuperado, com seu terno chamuscado e manchado de sangue, ele não poupou forças ao arremessar Léo contra a janela quebrada.
Os estilhaços de vidro voaram pelo ar, e o impacto fez com que os vidros restantes na janela se quebrassem. Léo atravessou a abertura e caiu no jardim abaixo do castelo. Flores e terra amorteceram sua queda, mas ele estava longe de estar ileso.
Enquanto isso, a mulher de manto vermelho observava a cena com indiferença. Seus olhos vermelhos pareciam penetrar a alma. Ela dirigiu seu olhar para Bruno, cuja expressão era uma mistura de triunfo e arrogância.
— Mais que patético, sua situação. — disse ela, sua voz gélida.
Bruno, por sua vez, não parecia abalado. Ele se ergueu, limpando o sangue de sua pele.
— Estava tudo sob controle. — respondeu ele com um sorriso enigmático. — Eu sabia que você iria aparecer para se divertir.
Alex, ainda se recuperando, se levantou com determinação. A mulher voltou sua atenção para ela.
— Parece que hoje teremos algumas espécimes raras para os experimentos. — declarou, como se estivesse prestes a desvendar segredos há muito ocultos.
O castelo abandonado, agora palco de uma batalha sobrenatural, aguardava o próximo movimento.
A atmosfera no salão de jantar oscilava entre tensão e desespero. A mulher misteriosa, com sua pele pálida e cabelos brancos como a neve, exalava uma aura sobrenatural. Seus olhos vermelhos, como brasas ardentes, fixaram-se em Alex e Léo que estava no jardim do castelo, e com um simples estalar de dedos, ela os fez flutuar em sua direção.
Alex, ainda atordoada, não hesitou em confrontá-la.
— Sua velha! — disparou, — O que um vampiro faz aqui no reino de Lumirian? Vocês foram proibidos de entrar desde o incidente da lua vermelha.
A linda mulher não pareceu abalada pelas palavras de Alex. Seus lábios carmesim se curvaram em um sorriso gélido.
— Meus propósitos vão além de sua compreensão. — respondeu ela. — Você será apenas um rato em meu laboratório. Sinta-se honrada por fazer parte de algo maior.
Enquanto isso, Léo, com a ferida sangrando, começou a ficar tonto. Seus olhos se fecharam, e ele desmaiou enquanto estava flutuando.
A mulher misteriosa virou-se, indiferente, e começou a caminhar pelos corredores do castelo. Alex, recuperando-se, lançou insultos em sua direção. Mas antes que pudesse reagir, Bruno, impaciente, socou a barriga de Alex com força, fazendo-a desmaiar também.
O salão de jantar, agora em ruínas, presenciou o desenrolar de uma trama sombria e imprevisível.
Enquanto isso, a Floresta de Brisighella estava mergulhado em caos. Lucas, com sua espada trovão, enfrentava os Taurus que se aproximavam do vilarejo. Raios crepitavam no ar, lançados pela lâmina afiada, e os Taurus recebiam uma carga elétrica forte, caindo desacordados no chão.
Os Tauros, criaturas imponentes com chifres afiados e mãos poderosas, tentavam perfurar Lucas. Investiam com fúria, mas ele era ágil e esquivo. Com um chute certeiro, Lucas atingiu o queixo de um dos Tauros, fazendo-o recuar momentaneamente.
No ar, Lucas aproveitou os relâmpagos que emanavam de sua espada. A eletricidade o impulsionou, e ele cortou o Tauros ao meio com um golpe preciso. O sangue escuro jorrou, e o corpo da criatura caiu, dividido.
O cenário era uma dança frenética de lâminas, raios e fúria. O destino do vilarejo dependia da habilidade e coragem de Lucas, enquanto os Taurus continuavam a avançar, implacáveis.
Lucas, com sua espada trovão, enfrentava os Taurus que avançavam. Raios dançavam no ar, lançados pela sua espada mágica, e os Taurus caíam desacordados, temporariamente incapacitados.
Mas algo mais sinistro emergiu do coração da floresta. Um rugido ensurdecedor ecoou, e mãos gigantes romperam a escuridão. Um troll monstruoso surgiu, sua pele amarelada contrastando com o verde das árvores. Ele empunhava um porrete com espinhos, e uma pedra vermelha adornava sua testa.
Lucas percebeu que essa pedra era a chave. Os monstros eram controlados por essas gemas de sangue, e o troll não era exceção. Com um movimento devastador, o troll girou sua clava, destruindo tudo ao seu redor. Árvores tombaram, bloqueando a passagem de Lucas.
O troll saltou, investindo contra Lucas. O jovem guerreiro concentrou-se em sua espada.
— Vamos torrar esse grandalhão. — murmurou, e a lâmina respondeu. Um brilho intenso emanou dela, e um raio foi lançado para o céu, perfurando o troll. Ele caiu, mas tentou se levantar.
Então, um trovão poderoso ecoou. Um raio atingiu a cabeça do troll, deixando-o imóvel. Lucas observou, exausto.
— Espero que tenha acabado. — disse com um sorriso fraco. Sua mana estava esgotada, e ele mal conseguia se manter de pé.
Mas a floresta não estava vazia. Mais Tauros e Trolls, com pedras de sangue incrustadas em seus corpos, emergiram das sombras. Lucas olhou para o cenário caótico e murmurou.
— Isso só pode ser brincadeira.
Foi então que um vento forte bateu e Lucas sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando uma figura encapuzada surgiu do nada ao seu lado. O capuz sombrio ocultava o rosto do recém-chegado, e o silêncio que o envolvia era quase palpável. Por um momento, Lucas se perguntou se estava diante de um aliado ou de algo mais sinistro.
Então, com um gesto rápido, o jovem rapaz retirou o capuz. A luz da Lua revelou seus traços, olhos penetrantes, cabelos escuros e uma expressão que misturava mistério e confiança. Era Cedric Thrones, um dos lendários alunos da Academia de Cavaleiros Perlasca.
— Não precisa se preocupar, pequeno. — disse Cedric, sua voz firme e segura. — Cedric Thrones está aqui para resolver seus problemas.
Lucas arregalou os olhos. A presença de Cedric era como um raio de esperança em meio à escuridão. Ele estava prestes a testemunhar o poder e a habilidade do jovem cavaleiro, e o destino de Brisighella estava prestes a mudar.
Lucas mal conseguia acreditar. Cedric era uma lenda viva entre os aprendizes de cavaleiro, um aluno classificado como Rank sete na Academia de cavaleiros Perlasca. Além disso, sua habilidade com os Bastões Mágicos era lendária.
Sem perder tempo, Cedric saltou para a ação. Ele apareceu em cima de um dos Tauros, agarrando o monstro pelo chifre. Sua magia de fortalecimento amplificou sua força, e ele arremessou o Tauros contra os outros monstros. O impacto fez com que os Taurus caíssem como peças de dominó.
Cedric pousou no chão com graça, seus punhos cerrados.
— Tá na hora do show! — declarou, e sua energia pulsava. O vilarejo testemunhava agora uma batalha épica, com Cedric liderando a carga contra os monstros controlados pelas pedras de sangue.
Lucas, ainda se recuperando do choque, sentiu uma mistura de alívio e admiração. Com Cedric ao seu lado, talvez tivessem uma chance de salvar Brisighella. O destino estava nas mãos desses dois guerreiros, e o cenário estava prestes a mudar.