Chereads / A Saga das Espadas Mágicas: A Fênix Flamejante / Chapter 14 - A Floresta de Brisighella

Chapter 14 - A Floresta de Brisighella

O navio Vespucci deslizava suavemente pelas águas, levando os jovens cavaleiros em sua jornada. O sol dourado do entardecer banhava a cidade portuária de Romagna, e Léo, apoiado na amurada, contemplava as torres e muralhas que já haviam testemunhado tantas histórias.

Lucas, seu fiel amigo, se aproximou, os olhos também fixos na cidade.

— Léo, você se lembra da primeira vez que chegamos aqui? Quando tudo era novo e cheio de promessas?

Léo assentiu, a nostalgia apertando seu peito. Romagna era o lugar onde tudo começara para eles.

Enquanto conversavam, uma figura misteriosa surgiu no convés. Alex Seraphina, a aluna reprovada, exalava confiança. Seus cabelos roxos combinavam com a cor da espada que ela retirou da bainha. A lâmina brilhava intensamente, pulsando com energia mágica. Parecia capaz de desafiar a própria gravidade.

— Alex, o que você pretende fazer? — perguntou Léo, curioso. Ela o encarou com desdém. — Não devo satisfações a vocês. Sou uma equipe de um só membro.

Léo franziu o cenho, mas antes que pudesse responder, Alex já estava no ar, sua espada mágica a levando em direção a Romagna.

Os outros alunos no navio ficaram boquiabertos, observando Alex voar. Lucas, sempre entusiasmado, exclamou.

— Essa é a famosa espada gravitacional! Incrível!

Léo, por sua vez, não se deixou intimidar.

— Ela acha que vamos atrapalhá-la? Lucas, vamos mostrar a ela do que somos capazes nesta missão.

E assim, com a cidade de Romagna como pano de fundo, os três amigos se prepararam para provar que a verdadeira força estava na união e na determinação. A espada de Alex brilhava no céu, mas eles estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.

Lumina, a brilhante espadachim, e seu grupo se aproximaram de Léo e Lucas no porto de Romagna. Ela expressou gratidão e desejou boa sorte a ambos. Enquanto isso, Greg, com seu senso de humor peculiar, provocou Lucas, afirmando que conquistaria o mundo com sua espada. Léo olhou para Lucas, rindo, e disse.

— Esse seu amigo não bate muito bem da cabeça, né? — E Lucas riu concordando.

A cidade de Romagna se estendia à frente deles, suas muralhas altas e portões imponentes convidando os viajantes a entrar. Léo e Lucas caminharam pelas ruas de paralelepípedos, cumprimentando os habitantes que passavam. E então, como um vislumbre do passado, eles viram a senhora Isabella.

Isabella era uma figura conhecida, com cabelos prateados e olhos sábios. Ela os cumprimentou com um sorriso caloroso.

— Léo, Lucas! Vejo que estão de volta. Como posso ajudá-los desta vez? — Sua voz era suave, mas havia uma determinação em seus olhos.

Léo explicou sobre o Vilarejo de Brisighella e os desaparecimentos inexplicáveis. Isabella franziu o cenho, preocupada.

— Ah, sim. Brisighella é um lugar misterioso, cheio de lendas antigas. Dizem que as sombras dançam lá à noite.

Lucas, sempre otimista, bateu no ombro de Léo.

— Não se preocupe, Isabella. Vamos resolver esse mistério. Rápido é meu sobrenome, afinal! — Ele piscou para ela, e Isabella riu.

Léo desdobrou o mapa, revelando o x marcado.

— Aqui está nosso destino. O Vilarejo de Brisighella. Vamos descobrir o que está acontecendo e trazer os moradores de volta.

Com determinação renovada, os dois amigos seguiram em direção ao portão principal. O sol lançava sombras longas sobre o chão de pedra, e o vento sussurrava. A aventura os aguardava, e eles estavam prontos para enfrentar o desconhecido.

Os campos verdejantes de Lumirian se estendiam à frente de Léo e Lucas, o sol dourado aquecendo suas peles. A brisa suave acariciava seus rostos enquanto eles avançavam pelas estradas de terra. Léo, com a espada de aço presa à cintura, estava imerso em pensamentos estratégicos. Como poderia enfrentar os desafios sem esgotar sua mana?

Lucas, sempre otimista, percebeu a preocupação de Léo.

— Não se preocupe. — disse ele. — A academia nos forneceu espadas de metal comuns para economizarmos nossa energia mágica.

Léo concordou, puxando sua espada de aço da bainha.

— É verdade. Mas Alex... Ela voa com aquela espada mágica. Deve ter uma reserva de mana impressionante.

Lucas assentiu.

— Dois anos na academia moldam uma cavaleira formidável. Alex estudou e dominou o controle da espada e do mana. Ela é poderosa, mesmo para sua idade.

Léo olhou para o horizonte, com determinação nos olhos. Ele fez uma promessa silenciosa a si mesmo, faria Alex reconhecê-lo como um cavaleiro igual a ela. Com o sol como testemunha, os dois amigos seguiram em frente, prontos para enfrentar o desconhecido e provar seu valor.

O sol se punha quando Léo e Lucas adentraram o Vilarejo de Brisighella. As casas de madeira, elegantemente construídas, pareciam testemunhas silenciosas de tempos mais alegres. No centro, uma praça vazia aguardava reuniões que agora não aconteciam mais. O prédio da guilda dos aventureiros se erguia imponente, suas paredes de pedra guardando segredos sombrios.

O ar estava carregado de melancolia, e o silêncio pesava sobre o vilarejo. Onde antes crianças brincavam e lojas fervilhavam com clientes, agora reinava o deserto. Lucas quebrou o silêncio.

— Mais do que uma atmosfera densa, Léo.

Eles seguiram até a guilda dos aventureiros de Lumirian. O interior era vasto, com mesas dispostas pelo salão. Lâmpadas pendiam do teto e das vigas, lançando luz sobre o chão de tábuas gastas. O prédio tinha dois andares, cada canto ecoando com histórias não contadas.

A Guilda de Aventureiros no vilarejo de Brisighella é um ponto central para os aventureiros que buscam missões e desafios. Localizada próxima à praça central, a guilda é um edifício robusto com paredes de pedra e um telhado de telhas vermelhas. Seu interior é acolhedor, com mesas de madeira e lâmpadas penduradas no teto.

Os quadros de missões pendurados na parede são o coração da guilda. Neles, estão listadas as tarefas disponíveis para os aventureiros. Cada missão é detalhada, indicando o tipo de ameaça, a localização e a recompensa oferecida. Os quadros variam em tamanho e estilo, alguns com bordas entalhadas e outros mais simples, mas todos têm uma aura de urgência e aventura.

Os aventureiros se reúnem em frente aos quadros, estudando as opções. Alguns são novatos, ansiosos por provar sua valentia, enquanto outros são veteranos, com cicatrizes e histórias para contar. As mãos percorrem as descrições, escolhendo a próxima jornada. Alguns quadros estão repletos de papéis, indicando missões populares, enquanto outros esperam por alguém corajoso o suficiente para aceitá-las.

Os quadros de missões são mais do que meros anúncios. Eles representam a esperança do vilarejo, a promessa de que os aventureiros enfrentarão os perigos e trarão segurança. Cada tarefa é uma oportunidade para provar seu valor, ganhar experiência e, talvez, desvendar os mistérios que assolam Brisighella.

Léo se aproximou da recepcionista que se chamava Clara, cujos olhos denunciavam nervosismo.

— Boa noite. — disse ele. — Somos alunos da Academia de Cavaleiros Perlasca e viemos a pedido da guilda para investigar os desaparecimentos no vilarejo.

Clara suspirou, apreensiva.

— O vilarejo está aterrorizado. Aventureiros foram enviados para a floresta de Brisighella, mas nunca retornaram. Jovens desaparecem lá, e os relatos falam de algo pior do que monstros. Mesmo os mais experientes não voltaram.

Ela segurou as mãos de Léo, olhando-o nos olhos.

— Por favor, ajude-nos. Salve nosso vilarejo.

Léo acariciou gentilmente sua cabeça, transmitindo confiança com um sorriso determinado.

— Não se preocupe, Clara. Vamos salvar o vilarejo e trazer a luz de volta a Brisighella. — Sua promessa ecoou no silêncio da guilda, e Clara assentiu ela olhou para Léo com gratidão, seus olhos expressando alívio, os dedos trêmulos apertando os de Léo.

Lucas observou a interação entre Léo e Clara com um misto de curiosidade e aprovação. Seus olhos acompanharam o gesto de Léo acariciando a cabeça da recepcionista, e ele sorriu. "Léo sabe como acalmar as pessoas", pensou Lucas. Ele confiava em seu amigo e sabia que estavam no caminho certo para desvendar o mistério de Brisighella.

Léo e Lucas avançaram em direção à floresta que circundava o vilarejo de Brisighella. O ar estava carregado de tensão, e uma neblina sinistra se formava entre as árvores. Os moradores, temerosos, fechavam suas janelas e portas, como se soubessem dos perigos que espreitavam.

Lucas, sempre com seu toque de humor, brincou.

— E agora, Romeu? O que faremos?

Léo ignorou a piada e respondeu.

— Vamos investigar. Alex provavelmente vai estar alguns passos a nossa frente, mas não podemos recuar. Ela vai precisar de nós.

Chegando à entrada da floresta, Léo usou sua magia para iluminar sua espada de aço. A luz cortou a escuridão, revelando trilhas estreitas e árvores retorcidas. Lucas fez o mesmo, e eles seguiram adiante, prontos para enfrentar o desconhecido. Afinal, os desaparecimentos ocorriam à noite, e eles não podiam baixar a guarda.

A neblina densa envolvia Léo e Lucas enquanto adentravam a floresta. Suas espadas de aço, agora iluminadas pela magia de luz, cortavam a escuridão. Foi então que um grito ecoou, agudo e desesperado, vindo do coração da mata.

Léo olhou para Lucas, com determinação nos olhos.

— Vai! — disse ele. Lucas sacou sua espada mágica da bainha e partiu como um raio em direção ao som. As árvores pareciam sussurrar segredos sombrios, e o ar estava impregnado de mistério.

O que aguardava Lucas na escuridão? O vilarejo dependia deles, e Léo estava pronto para seguir. A floresta escondeu seus segredos, mas os dois amigos estavam dispostos a enfrentá-los.

Lucas, com a agilidade de um verdadeiro cavaleiro, desferiu um golpe relâmpago com sua espada mágica. O Taurus, uma criatura imponente com pelos azuis e chifres duplos, soltou o menino desacordado. Lucas com sua velocidade conseguiu segurar o menino nos braços, determinado a proteger os inocentes e desvendar os mistérios da floresta.

O garoto estava pálido e frágil, mas sua respiração era estável. Lucas olhou ao redor, alerta para qualquer outra ameaça. O Taurus rugiu, ferido, mas não desistiria facilmente. Seus olhos vermelhos fixaram-se em Lucas, e o chão tremeu sob suas patas.

Lucas, com a agilidade de um verdadeiro cavaleiro, desferiu golpes precisos contra o Taurus. Ele conseguia perfurar a carne da criatura e desviar de seus ataques, mas a surpresa veio quando outro Taurus emergiu da neblina, atacando-o desprevenido. Lucas caiu, sentindo o impacto.

Então, do alto da floresta, uma espada flamejante apareceu. Léo a manuseava com destreza, avançando na direção dos monstros. A lâmina perfurou a cabeça de um dos Taurus, e Léo gritou!

— Em chamas!

O monstro começou a queimar de dentro para fora, sua forma distorcida e agonizante.

Lucas se levantou, agradecido pela ajuda de seu amigo e como um raio, atacou o segundo Taurus. Sua espada perfurou a criatura, e um relâmpago saiu do outro lado, fritando-a. Lucas estava exausto, e preocupado com o uso de sua mana.

Enquanto isso, Léo correu em direção ao garoto pálido que estava nas mãos dos Taurus.

— Precisamos levá-lo de volta à guilda para tratamento. — disse Léo. Mas antes que pudessem agir, mais Tauros emergiram da densa floresta. O cenário de terror estava longe de terminar.

Os Tauros emergiram da densa floresta, seus corpos maciços e peludos movendo-se com fúria. Suas presas afiadas e olhos vermelhos famintos indicavam que não havia espaço para negociação. Léo e Lucas trocaram olhares, a determinação refletida em seus rostos.

Léo pegou o garoto desacordado nos braços, enquanto Lucas se preparava para enfrentar os monstros. A espada flamejante de Léo brilhava como suas chamas, e Lucas invocou sua última reserva de energia. Os Tauros avançaram, rugindo, e os amigos se lançaram contra eles.

Foi então que a floresta tremeu com a força dos Tauros que começaram a flutuar. Léo e Lucas trocaram olhares perplexos, sem entender o que estava acontecendo. Os monstros foram arremessados para longe, colidindo com árvores e pedras, seus rugidos ecoando pela mata.

E então, uma voz conhecida cortou o ar tenso.

— Sentiram minha falta? — Alex emergiu das sombras, seus cabelos roxos brilhando à luz da lua. Ela segurava sua espada mágica, os olhos determinados. Léo ficou surpreso, mas também aliviado. Alex estava ali, e juntos, eles enfrentariam qualquer desafio que a floresta reservasse.