Chereads / Anna Uma Nova Chance Para O Amor / Chapter 20 - Capitulo XIX - O dia Seguinte...

Chapter 20 - Capitulo XIX - O dia Seguinte...

 

Acordei um pouco dolorida com a sensação de que fui atropelada por um trator. A dor percorria todo o meu corpo. Fechei os olhos novamente, suspirei fundo e lembrei com pesar dos acontecimentos da noite passada e senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Não havia o que fazer, precisava levantar e arrumar tudo, pois lembrava que havia muitas coisas fora do lugar e quebradas e ainda tinha a porta. Onde por Deus eu encontraria uma porta de vidro?

Sentei-me na cama ainda um pouco zonza... então me deparei com a imagem dele, como era bonito. Estava mal acomodado na poltrona, todo torto. Ele havia passando a noite ali, como prometeu. E para o meu espanto, quando olhei ao redor, tudo estava organizado, até uma porta nova de vidro. "Meu Deus! Quanto tempo eu dormi?" - pensei. Levantei sem fazer barulho e fui ao banheiro, precisava ir mesmo.

Ao retornar comecei a olhar em volta procurando meu celular. O que eu lembrava era que o derrubei no chão quando o escroto me puxou pelos cabelos na primeira vez. Com muito custo o achei. Estava sobre a mesinha no canto. Eu estava preocupada com a hora. Já era passado das três da tarde. Realmente eu dormi e com toda a certeza tinha calmante naquele chá. Fiquei por algum tempo parada, olhando para fora, sem coragem de abrir a porta. Estava com medo de sair. Até que um gemido me chamou a atenção.

- Bom dia. - Sorri.

- Bom dia, acordou faz tempo? Poderia ter me chamado?

- Não se preocupe, acordei apenas há alguns minutos.

- Conseguiu dormir?

- Sim, o seu chá fez milagres, me acalmou e relaxou todo o meu corpo. Obrigada!

- Não precisa agradecer foi um prazer cuidar de você.

- Ulisses, como vocês arrumaram tudo, e eu não acordei?

Ele riu, e era irresistível ver aquele sorriso. Ficou em pé, se espreguiçou e alongou-se como um gato e veio até mim com um sorriso no canto dos lábios e aquela piscadela. Acrescentou:

- Então somos silenciosos, e trabalhamos bem à noite.

Sorriu e foi em direção ao meu banheiro. Ele estava bem à vontade na minha casa. Percebi que havia mudando de roupa. Estava de bermuda de alfaiataria caqui e uma camiseta branca com as mangas puxadas até os cotovelos e os pés descalços. Havia me esquecido como é ter uma presença masculina em casa. Senti meu estômago roncar. "Estou com fome" - pensei.

Fui em direção ao espaço da minha pequena cozinha, abri meus armários. "um macarrão, rápido e prático". Nesse momento a porta do banheiro abriu e aquele homem gostoso surgiu.

- Ana. - Me chamou.

- Sim?

- Precisamos ir até a delegacia. O delegado precisa colher o seu depoimento.

- Sério que preciso reviver tudo?

- Sim. Ele, o seu amigo, vai responder um processo por tentativa de estupro e agressão física. Já demos o nosso depoimento, só falta o seu.

- Mas, posso comer primeiro? Estou com fome. - Reclamei.

- Claro! Ele jogou a cabeça para trás e riu alto. – Para falar a verdade, eu também não comi nada, desde o filé de ontem. E arrumar tudo aqui em tempo recorde, me abriu o apetite.

Enquanto me observava na organização das panelas e ingredientes sobre a bancada da cozinha.

- Hum, qual será o menu? - Sorriu zombeteiro.

- Comida de preguiçoso, macarrão com bacon, calabresa, creme de leite e queijo.

Nesse momento Ulisses acomodou-se na banqueta de frente a bancada com um copo de suco nas mãos e ficou observando aquela mulher.