A vida de Clemente e Spring nunca foi tão boa, eles recentemente casaram após descobrir a gravidez de Spring, o casal estava muito apaixonado, eram um sonho se realizando, ela estava grávida de 9 meses, Spring é uma maga escarlate cujo características principal são seus olhos cianos, coisa que só os magos escarlate tem, nenhuma outra raça tem olhos dessa cor, ela tem cabelos brancos longos e uma franja, ela usa um vestido laranja curto normalmente, já Clemente e um elfo de tamanho médio, ele tem cabelo curto bagunçado de cor prateada, ele é sempre antesioso e mais calmo que ela. Alguns dias se passaram, Spring estava deitada na cama sentindo muita contração, ela estava sentindo dores insuportáveis.
– Clemente, vem aqui...
– Sim, meu amor? – diz o elfo preocupado.
Acho que vai nascer – diz a maga ofegando muito – chama uma parteira.
Clemente rapidamente sai do quarto e procura a parteira da vila, ao voltar pra casa, Spring já estava em trabalho de parto, depois de muita luta, finalmente o bebê nasceu, todos estavam contentes, alegres, finalmente o pequeno Maxsuel nasceu.
– Spring, olha como nosso bebê é fofo... – diz Clemente.
– Sim... Ele é... – Ela diz ofegante é cansada.
O bebê tem o olho esquerdo rosa e o outro ciano, o pequeno tem característica de um elfo e cabelos loiros.
– Ele é tão fofinho... Maxsuel... Meu filho... Spring, quer segurar? – o elfo diz contente.
Ao se virar pra ver Spring, ela estava adormecida por causa do parto, Clemente apenas cobre ela e beija sua testa, deixando sua amada descansar.
– Ele não chorou, não é mesmo? - diz Eliana, a parteira.
– Acho que é por que ele é um mago escarlate, magos escarlates já nascem com noção do mundo.
– Não sei, é estranho um bebê não chorar na hora que nasce – Eliana não parecia convencida pelo argumento de Clemente.
– Eu sei, os mais escarlates são estranhos, mas extremamente fortes, eu sei que Max se tornará muito forte, takvez supere sua mãe.
1 ano se passou, as coisas andaram meio paradas, mas Max vem se interessando pela magia mesmo sendo tão pequeno.
– Ele parece entender, Spring... Ele parece bem ficado no livro.
– Deve ser por que magos escarlate tem uma inteligência absurda, mas ele não sabe ler, talvez ele só goste das gravuras, mas quem sabe, talvez um dia ele queira ser um mago ou algo do tipo.
– Sei que será tão fabuloso quanto você!
– Oh, querido, você é tão fofo... – Spring diz e beija ele
– Ei, não pare, eu quero mais beijos!
– Por enquanto, apenas vá brincar com Maxsuel, ele parece querer atenção do papai. – diz Spring
– Tá bom... Mas tá me devendo beijos.
– Você é tão manhoso, querido. Mas tá bom, mais tarde podemos fazer coisas se for do seu agrado. – diz Spring dando uma piscadela.
– Está ótimo!
Clemente pega Max no colo e acaricia o topo de sua cabeça, então ele apenas sorrir, senta no sofá e brinca com o bebê.
Mais um ano se passou, Max já sabia falar, escrever, andar e até matemática básica.
– Papai, como usa magia?
– Pergubta a sua mãe, ela que é a especialista.
– Mas e você, papai? Não pode usar magia?
Clemente fica um pouco desconcertado, mas tenta explicar de forma simples.
– Não, meu filho. O papai não consegue usar magia por alguns fatores, então não consigo, quer dizer, eu até consigo, mas são apenas feitiços básicos, muito fracos mesmos, entende?
– Entendo
Maxsuel sai do quarto e vai até Spring, ele parecia bem animado e curioso.
– Mamãe... - ele diz puxando o vestido dela.
– Sim, querido?
– Como usa magia...?
– Oh, meu bebê, você está interessado em magia?
– Sim! - reponde Maxsuel ansioso.
– Vou te ensinar o básico, ok? Vamos lá fora.
Eles vão pro lado de fora, indo para o quintal da mansão, era onde estava o jardim e afins, Spring se direcionou a área mão aberta.
– Vamos lá? Então, pra usar magia você deve se concentrar, sinta o fluxo, a mana passando por suas veias, materialize o que deseja e então... TORPEDO!
Um jato de água que vai como um missel, acertando uma árvore e a destroçando, flores próximas foram arrancadas de seu local e folhas voavam pelo céu até cair de volta no chão, foi uma grande explosão.
– Agora tente.
Maxsuel estende as mãos, se concentra ao máximo, ele aos poucos consegue suprimir mana entre suas mãos criando uma pequena bola de água, e quanto mais mana, mas a bola crescia, então Maxsuel perde o controle a bola explode na mão dele, encharcando ele é sua mãe.
– Oh, não... Não era pra... – Max diz desapontado.
– Não se preocupa com isso, a prática leva a perfeição, ninguém nasce sabendo, nem os magos escarlates, apenas pratique todo dia até que em algum momento você consegue.
6 meses se passaram, Max vem treinando todo dia, e se aprofundando nos estudos, por mais que só tenha 2 anos, ter o cérebro de um mago escarlate dá vantagem a ele, ele progride muito nos estudos, mas muito pouco na magia, ele parecia frustrado.
– Por que... Por que é tão difícil? – ele bate a própria cabeça na mesa de frustração - o que será que falta? Talvez eu não tenha a dedicação o suficiente...
Spring entra no quarto trazendo biscoitos, ela parecia bem feliz em vê-lo se empenhar tanto.
– Aqui, meu bebê, não se preocupe, de 3 aos 4 anos são o momento da vida que os magos escarlate começam a desenvolver magia, mas por enquanto, apenas coma seus biscoitos.
– Obrigado, mamãe...
Alguns meses se passam, Max completa seus 3 anos, ele já era bem inteligente, e progrediu na magia, apenas o suficiente pra ser considerado amador. Max estava lendo um livro sobre tipos de magia, no básico, existem alguns tipo, como: água, fogo, terra, ar, gelo, sombrio, trevas, luz, divina.
– Mamãe, eu tenho uma pergunta.
– Qual seria, meu bebê?
– Luz e divina ou trevas e sombrio são as mesmas coisas?
– Como assim, querido?
– Magia sombria e das trevas são a mesma coisa?
– Ah, entendi. A resposta é não, magia sombria é um elemento como o fogo, ar e afins, já magia das trevas seria algo maligno, satânico, magia das trevas é literalmente magia negra, entende?
– Magia negra? O que isso faz?
– Podemos dizer que machuca bem mais as pessoas, podendo causar infermidades e afins, é muito usado por bruxas, sabe?
– Bruxas? Tipo, a gente? – Max diz surpreso
– Não, meu bebê, nós somos magos, magos e bruxos são coisas completamente diferentes, entende? Enquanto magos usam magia limpa, para melhorar algo, defesa, ataque, podendo ter fins bons ou maus, já as bruxas apenas usam pra causar a discordia no mundo, ok? Não confunda os dois! – é nítido a chateação no rosto de Spring, não se deve comparar um mago com um bruxo, é uma ofensa, mas Spring sabia que não podia ficar com raiva de seu filho, ele não sabia disso.
– Desculpe, bebê... Me exaltei um pouco.
– Tudo bem, mamãe! Mas e a diferença entre magia de luz e divina?
– Essa é a mais fácil, a magia divina é usada por um ser divino, já diz no nome, ou seja, nós não conseguimos usar esse tipo de magia, mas a de luz conseguimos, pois é só um tipo, entende?
– Entendi...
4 semana se passaram, Max está no lado de gira da casa, ele estava disparando feitiços de água pra todo lado, ele estava animado por conseguir usar magia com mais facilidade, ele vira ora trás e leva um susto ao ver que Spring estava vendo tudo. Com o susto, Max acaba disparando o feitiço que sai mais poderoso do que devia e acaba destruindo a parede da sala.
– Meu Deus...
– Desculpa, mamãe... – ele percebe que fez merda.
– Max, você não pode usar magia mirando pra nossa casa! Tome cuidado, ok?
– Tudo bem...
Spring se aproxima da parede destruída e conjura um feitiço diferente do que ela jamais se tinha visto. Um espécie de relógio se formou na frente dela, era tipo um relogio dourado, Spring moveu o ponteiro grande no sentido anti-horário, voltando 5 minutos, então a parede se refez, aquela parede voltou no tempo.
– O...o que é isso? – Max pergunta intrigado e curioso.
– É um tipo de magia – Spring olha pra ele –se chama magia temporal, é um tipo proibido de magia pois manipula o tempo, no nosso mundo isso é considerado um tabu, nunca fale pra ninguem que seu usar magia temporais, ok?
– Mamãe...o que mais pode fazer usando isso? Existem outras magias temporais?
– Sim, existem, mas como eu disse, não deixe ninguém saber sobre as magias proibidas...
– Quais são os tipos de magia proibida? - Max já estava meio ansioso pra saber.
– Essas sérias, as temporais, ressurreição, cósmica e sísmico - ela fala em tom sério.
– E o que cada uma faz?
– Magia sismicas podem causas desastres naturais como terremoto, ressurreição traz a vida de volta aquele corpo morto, cósmicas podem destruir planetas ou sistemas inteiros e temporais mexem com o tempo-espaço, essas magias são muito perigosas, por isso são consideradas proibidas, entendeu?
– Sim... Eu vou pro meu quarto agora, até mais tarde, mamãe!
– Até, meu amor... Tome cuidado, ok?
Maxsuel apenas afirma com a cabeça e entra na mansão, ele sobe pro quarto dele.
No dia seguinte, Maxsuel acorda cedo e sai da mansão, ele parecia animado.
– Você parece animado hoje. - diz Spring no jardim.
– Parece? Eu posso sair da mansão? Tipo, ir no vilarejo? Eu quero conhecer as pessoas fora da mansão...
– Max... – Spring diz não gosta d muita ideia.
– Por favor... – Ele diz com um olhar de cachorro pidão.
– Tá bom... Só tome cuidado e de forma alguma entre na floresta, está me ouvindo? – Spring diz em tom autoritário.
– Por que? – pergunta Max.
– Por que são repletas de majuus, monstros horríveis que te querem morto, não entre, ok?
Tá bom, mamãe! – Max vai em direção a vila.
Maxsuel se aprontou e foi pro vilarejo, as demais crianças estavam brincando, Max apenas observa de longe, mas então se aproxima e pergunta.
– Olá, meu nome é Maxsuel Fenhart, posso me juntar a vocês?
As crianças recuam um pouco, nunca tinha visto alguém como Max, mas então um garoto de cabelos azuis desgrenhados se aproxima dele.
– É claro que pode se juntar a nós, meu nome é Daniel, prazer conhecê-lo, Max! Você é o filho da maga, não é?
– Sim, sim... Mas o que te fez pensar isso?
– Simples, você tem um olho ciano, cor de olho que só mago escarlate tem, sua mãe é a única maga escarlate na região, então você só podia ser filho dela. – explica Daniel.
– O que estão fazendo? – perguntou Max.
– Estamos brincando de esconde-esconde, quer brincar? – diz Daniel erguendo a mão.
– Quero! – diz Max
Eles brincam ali na vila, depois de algumas rodadas, Max tem uma ideia pra se esconder, ele entra na floresta, ele não vai muito longe e se esconde atrás de uma árvore, ele rir enquanto todos chamam ele não conseguindo o achar, ele olha de canto de olho pra onde estão seus amigos, até que Max ouve um rosnado, ele olha pra frente e estava lá, um Touro de pedra, um dos monstros mais resistentes que existem, o touro prepara pra avançar.
– S-socorro! Não... Não... – Max cai tropeça e cai no chão –, eu não quer morrer!
O touro dispara na direção de Maxsuel, mas de repente outro touro sai de dentro do mato e atropela o que ia passar por cima de Maxsuel, o touro atingido vendo que não poderia lutar, vai embora deixando Max em paz, o outro touro olha pra Max.
– V-você não vai me esmagar, não é mesmo? – diz Max quase chorando.
Uma névoa explode em volta desse touro de pedra, e uma silhueta de um homem se forma por baixo da fumaça, então o homem se aproxima e pega Max nos braços.
– Meu filho... O que faz aqui?
– Papai?
– Sim, sou eu, está tudo bem...? – Clemente abraça Max.
– Você sabe que não deve entrar na floresta, o que faz aqui...?
– Eu estava brincando de esconde-esconde com as crianças da vila...aí vim me esconder na floresta... Desculpe, papai... – Max diz com lágrimas nos olhos por causa do susto.
– Tudo bem, só não faz mais isso, se eu não estivesse passando na hora, você tinha sido esmagado.
– Eu sei, não irei mais entrar na floresta... – Max diz com voz chorosa.
Max ainda estava confuso, ele ainda se perguntava do por que seu pai ter virado outra coisa.
– Papai, como o senhor fez aquilo? Virar aquele bicho?
– Esse bicho se chama touro de pedra, é um dos monstros mais populares podemos dizer, ele é um dos tipos de monstros, ele é um totem. – diz Clemente.
– Como assim... Totem? – perguntou Max.
– Totens são qualquer monstro que seja feito de pedra, dentro dele há um núcleo feito de cristal, é o único jeito se matar um totem, mas está tudo bem agora, e sobre a transformação, isso é uma habilidade elfica. – diz Clemente.
– Como assim? – Pergunta Max.
– Quando nós elfos tocamos em algo, acabamos absorvendo um pouco do DNA desse indivíduo, então podemos usar uma habilidade chamada copcat, onde podemos ganhar as características, força, poder e até a voz dessa pessoa que nos transformamos, só não ganhamos suas memórias. – explica Clemente.
– Entendo... Eu posso voltar a brincar?
– Está ficando tarde, e você tem que jantar agora, vai se despedir de seus amigos e amanhã vocês brincam mais, ok?
– Só mais um pouco, por favor... – Max diz tristemente, ele queria brincar mais.
– Ok, só mais um pouco... – diz Clemente.
Alguns minutos depois, Max se despede e segue seu pai até em casa, Clemente conta a Spring a história de mais cedo, ela não parece contente.
– Maxsuel! Eu te disse pra não entrar na floresta, você podia ter se machucado feio, você tem juízo? – diz Spring com as mãos na cintura, ela estava com raiva.
– Desculpe, mamãe... – Ele diz olhando pra baixo.
– Olha, quando eu falo algo, é por seu bem e sua segurança, foi muito arriscado, se seu pai não estivesse na hora, você teria morrido, pense antes de fazer, ok?
– Ok, mamãe... – Ele sobe pro quarto.
No dia seguinte, Max acorda tranquilamente, Spring entra e senta no lado dele.
– Sabe, meu bebê? Eu gritei muito com você ontem, eu só me preocupo como mãe, você não devia ter entrado na floresta. – diz Spring.
– Eu sei...desculpe...
– Tudo bem, vai brincar com seus amigos, eu sempre pensei que ia ser um recluso, mas é bom saber que tem amigos agora.
– Sim, eles são legais, principalmente o Daniel.
– Qualquer dia, traga ele aqui, quero conhecê-lo.
– Claro.
Spring abraça ele e o beija na testa. Ela sai do quarto e deixa Max sozinho, Max volta a estudar, de repente, um barulho na janela como se algo tivesse sido arremessado,Max abre a janela e ver Daniel.
– Max! Você não vem hoje?
– Não vai dar, eu lembrei que tenho que estudar hoje.
– Entendo... Quando vai poder vir de novo? – diz Daniel
– Amanhã irei, é por que hoje eu realmente tenho que terminar isso... – responde Max.
– Ok, te vejo amanhã então... – Daniel se vira e pergunta uma coisa –, Max, quantos anos você tem mesmo?
– Eu...? Eu tenho 3... por que?
– 3 anos? Eu tenho 6 e não agia como quando tinha sua idade... Você aje como uma pessoa de 10 a 12 anos... –diz Daniel.
– Oh, isso? É por que sou um mago escarlate, nossos cérebros são bem mais desenvolvidos que o de um humano normal, nós conseguimos fazer cálculos instantâneos, aprender coisas apenas observando, e claro, temos um amadurecimento mais rápido e maior compreensão do que está ao nosso redor, ou seja, eu ajo assim pois meu cérebro já é desenvolvido ao nível de uma criança de 10 a 12 anos, quando eu tiver 4 anos, vou ter a maturidade de alguém de 16 anos... Por aí, eu acho, interessante não? – explica Max.
– Uau, isso é incrível, eu adoraria ter uma super inteligência, deve ser incrível. – diz Daniel.
– É por isso que magos não chorão quando nascem, magos escarlate já nascem com alguma noção do mundo, eles sabem que não tem perigo algum ali, então não tem motivo pra chorar, e eu me lembro de quando nasci, magos escarlate se lembram de tudo e nunca esquecem, é uma benção e uma maldição, imagina ver uma cena traumatizante e nunca mais esquecer? – diz Max com uma pitada de humor em sua fala e rir.
– Realmente parece ruim nesse quesito, bem, eu já vou indo, até mais amigo! – Daniel vai pra casa.
1 dia se passou, Max sai de casa depois de pedir permissão, ele vai ansioso e cumprimenta as pessoas da vila, ele vai até a casa de Daniel.
– Alguém em casa? – Daniel abre a porta e diz – Maxsuel, meu amigo, vamos lá?
– Claro que sim, eu já estava com saudade, minha mãe é um doce, mas se eu desobedecer ela vira um dragão, ela brigou por sabe que entrei na floresta– Maxsuel diz rindo baixinho.
– Eu entendo, eu entendo muito bem! Eu também tenho uma onça como mãe – Daniel diz rindo.
Depois de um longo dia, Max voltava pra casa, até que ele ouve barulho vindo de uma trilha, existiam trilhas que levavam pra outras vilas, algumas perto e outras mais afastadas, uma série de gritos e batidas ecoavam, Max sabia que não devia ir, mas algo no fundo de seu coração implorava pra ele ir, então Max ignora a regra de não entrar na floresta e não sair do vilarejo, ele corre em direção ao barulho...