3 dias se passaram desde então, todos chegaram mesmo na hora de começar o festival, a cidade é gigantesca, não é a toa que a capital era tão sonhada pra se viver, grandes casas, prédios rústicos e no centro da cidade o castelo do rei de Starblue, eles chegam numa pousada e se hospedam lá, no dia seguinte. Max acorda cedo e chama Daniel.
– Vamos logo, eu quero explorar a cidade. – diz Max animado.
– Calma, nem acordei direito – responde Daniel.
– Não é desculpa, agora vem! – Max vai na frente.
Max estava muito feliz de estar lá, mas algo incomoda ele, o fato de Esther não está ali, ele queria ela ali com ele, mas não foi dessa vez, infelizmente.
– Você parece bem cabisbaixo, o que aconteceu? – diz Daniel.
– Eu só estava pensando nela...
– Se anima, ela está bem. – Daniel diz.
– Eu só me preocupo, ela sabe se defender, mas ainda... Eu não quero vê-la mal. – Max diz.
– Aqui, vamos na feira, dizem que tem diversos objetos legais que vendem lá, que tal procurarmos um presente pra você dar pra ela?
– É uma boa ideia, vamos lá?
– Vamos!
Max olha em cada barraquinha, ele via o preço dos objetos, alguns custavam o olho da cara, como uma simples varinha poderia custar 5 moedas de ouro? Andando mais um pouquinho, Max acha lindo broche em formato de rosa, era lindo com detalhes em ouro.
– quanto custa? – pergunta Max.
– duas moedas de prata. – responde o comerciante.
Max amou esse broche e achou que seria o presente perfeito, simples, mas funcionava muito bem, Max compra e o broche é embalado numa pequena caixa que cabe na palma da mão, era branca com um lacinho vermelho a celando, Max coloca com todo cuidado dentro da cesta que ele carregava.
– Pronto, tenho o presente perfeito para dar a ela.
Um grito ecoou ali perto, Daniel e Max ouviram, ao virarem a esquina, tinha um bandido roubando uma senhorinha, o cara toma a bolsa e corre, a senhora cai de bunda no chão, Max se aproxima rapidamente e ajoelha do lado dela.
– Está tudo, senhora? – Max pergunta enquanto usa magia de cura, era uma magia de cura muito fraca, mas ajudava a não fazer a frágil idosa sentir mais dor.
– Tudo bem, meu pequeno... – A senhora responde com um sorriso e simpatia.
Daniel se aproxima.
– Onde aprendeu magia de cura? – pergunta Daniel.
– Aprendi recentemente, eu estava estudando e achei esse tipo de magia, demorei um pouco pra achar, mas consegui, a biblioteca da mansão é muito grande, e o livro que carrego é de mágoas ofensivas. – responde Max.
– Entendo, mas sem encantamento? – Daniel diz.
– Sou um Fenhart, é por isso, mas isso não vem ao caso, depois explico, ok? – diz Max.
– Ok
O ladrão tinha se distanciado um pouco, mas de repente o ladrão é surpreendido por por um vulto que apareceu em sua frente e como um raio, desferiu-lhe um soco no estômago, o rapaz cai de joelhos e vai ao chão.
O homem era forte, usava uma armadura leve, onde apenas cobria o peitoral, as pernas e os braços, o resto era um tipo de tecido de cor preto, um tecido bem grosso , mas o que mais chamava atenção era seu cabelo de cor azul escuro, poderia ser?
– Aqui, senhora! Sua bolsa. – diz o homem.
– Obrigada, bom moço! – A senhorinha sai lentamente.
Max olha para o homem, e dá sua direita, vindo de Daniel, um grito de felicidade e exaltação.
– Papai! – diz Daniel se aproximando de seu pai.
– Daniel, a quanto tempo, eu estava com tanta saudade filhão, desculpe não ter conseguido ir pra casa no se aniversário, eu não consegui sair da cidade, a onda de crimes está absurdamente alta ultimamente, me diz, como está sua mãe?
– Mamãe está ótima como sempre, ela está numa pousada aqui perto.
– Mais tarde irei vê-la – O homem ver Max e olha e o encara –, e você, quem é?
– Pai, esse é o Maxsuel, ele é meu melhor amigo! Ele é um mago escarlate.
Max dar um passo a frente e faz um leve cumprimento, se curvando levemente colocando a mão direta no peito.
– Meu nome é Maxsuel Fenhart! Prazer em conhecer. – diz o pequeno elfo.
Daniel sorri e coloca a mão sobre o ombro de Maxsuel.
– Muito prazer, Maxsuel! Me chamo Lance, sou um guarda real aqui de Iokazi.
– Sim, eu estou sabendo, Daniel me contou sobre isso, mas então, o que um guarda real faz exatamente?
– Ser um guarda real é sacrifício, se sacrificar para proteger os cidadãos do reino a qualquer custo, nem que leve minha vida, os guardas reais tem um extenso e cansativo treinamento até chegar a ser considerado um.
Max fica impressionado com a dedicação de Lance, Max já tinha respeito por ele, Maxsuel apenas sorrir e pergunta.
– Como se tornar um guarda real?
– É simples, quando completar 16 anos, você terá que se alistar, então você terá que passar por um rigoroso treinamento que dura 2 anos, aos 18 terá uns testes finais muito mais difíceis e se passar por todos, você virá um guarda real, mas sabe... Você pode ter tudo, mas tem algo que é fundamental, mesmo tendo bons atributos, se não thver isso, você não entra.
– E o que seria? – Max perguntou.
– Criatividade. – diz Lance.
– Como assim? – Max ainda estava confuso.
– Sendo guarda real, você irá viver momentos difíceis, momentos onde você terá poucos recursos e um problema enorme, saber lidar com isso é essencial, por isso que ser criativo é tão aclamado dentro da guarda real, entendido? – diz Lance.
– Entendido! – Ele afirma com a cabeça.
– Eu vou voltar ao trabalho, Daniel, não esquece de dizer a sua mãe que irei ir lá mais tarde, por favor...
– Pode deixar, papai! – Daniel leva a mão a cabeça, fazendo continência.
Voltando pra pousada, cada um vai proseru quarto, quer dizer, Daniel foi, mas quando Max ia entrar, ele ouviu gemidos de seus pais, ele entendeu o que estava acontecendo.
Acho que é melhor eu não atrapalhar... Devem está se divertindo...
Max saiu da pousada, ele vai na biblioteca que tinha a uma quadra da pousada.
Ele entra e procura artigo sobre biologia, sabendo mais sobre como funciona as células, ele poderia usar magia de curas mais eficiente, ele percebeu a correlação de magia e ciência, foi desse jeito que ele aprendeu magia de água, ele aprendeu que ele precisa de humidade pra fazer isso, quando estava na mansão, ele percebeu que quanto menos humidade, mais mana ele usa, então ele está usando essa lógica pra aprender outros feitiços.
Percebi algo, eu tenho dificuldade pra usar outras magias, vi que todos tem uma afinidade, a minha afinidade é o trovão, me sinto bem mais a vontade quando uso raios do que qualquer outra magia, como fosse bem mais difícil fazer uma bola de fogo do que fazer cair um raio, ou fazer chover.
Enquanto Max pensa, uma mulher se aproxima, ela usava um sobretudo vermelho bem longo, ela cobria o rosto com um capuz.
– Você conhece uma maga chamada Spring? – pergunta a mulher.
– Por que a pergunta? – perguntei primeiro, não podia dar informação a uma desconhecida que está procurando minha mãe.
– Digamos que eu e sua mãe somos antigas amigas, fale pra ela que eu quero falar com ela, ok? – diz a mulher.
– E qual é o seu nome? Como sabe que eu sou filho dela?
– Não existem outros meio elfo misto a um escarlate por aqui, você é único, é pelo que soube, Spring se casou com um elfo... É algo fácil de deduzir, e sobre meu nome, me chamou Sweetie, mas talvez ela me conheça mais como Capitã.
– Capitã? O que você quer? – diz Max.
– Algo ruim está vindo, e precisamos nos reunir, os sete precisam estar juntos mais uma vez, eu desfiz nosso grupo a muito tempo, mas preciso da ajuda deles de novo. – Ela diz.
– E quem seriam eles? – pergunta Max.
– você saberá, não esqueça de dizer a sua mãe, é muito importante, foco na missão que lhe passei. – ela some rapidamente se envolvendo em sobras, foi tão rápido que ninguém percebeu.
Mais tarde, Max volta pra casa, ele entra no quarto, Spring e Clemente estavam dormindo agarradinhos.
Que bonitinhos hihihi... Mas ainda assim, o que você esconde de nós a mamãe? O que morreu no passado? Você é muito boa em fingir que está tudo bem, não duvido que tenha algo sombrio em mente.
No dia seguinte, Max acorda um pouquinho mais tarde do que o normal, ele levanta e ver Spring na cozinha.
– Mamãe, tenho que te falar algo.
– Sim? Diga, meu amor. – Ela fala com carinho, aquela vizinha fina como se estivesse falando com um cachorro.
– Ontem eu estava na biblioteca, e uma tal de Sweetie falou comigo, disse que conhecia você. – diz Max.
– Querido, eu tenho muitos anos, muitas pessoas me conhecem e-
Ela é interrompida por Max, que fala abruptamente.
– Ela disse que você a chamava de capitã. – diz Max.
Spring na mesma hora gelou, ela ficou pálida como uma folha de papel, ela mudou tão bruscamente de atitude, era minha mãe? Ela nunca recuou ao ouvir uma simples palavra antes, algo estava errado.
– Eu vou sair por um tempinho, ok? Eu volto mais tarde, se seu pai perguntar, diz que fui ver a cidade. – Ela diz segurando firmimente Max pelos ombros.
– Vai aonde? – perguntou Max
Ela não falou nada, apenas pegou o chapeu de mago e saiu pela porta ignorando a pergunta de seu filho.
Maxsuel apenas decidiu respeitar e não ir atrás, ele vai até o quarto de Daniel, ele bate a porta, mas é Lance que atende.
– Maxsuel, meu chapa, está procurando Daniel?
– Sim, estou, ele está? – diz Max.
– Ele está sim, apenas tomando banho, vou mostrar a cidade pra ele e o que mudou, você quer vir junto? – pergunta Lance.
– Sério? Quero sim, obrigado pelo convite! – Max se curva levemente.
– Não precisa ser formal, eu sei que os Fenhart são família real, e tem suas formalidades, mas não precisa ser assim comigo, apenas seja você mesmo, ok? – diz Lance.
– Ok!
Maxsuel espera do lado de fora por uns minutos, até que finalmente Daniel sai junto de seu pai.
– Vamos lá, Maxsuel! Vamos atrás de uma gatinhas. – diz Daniel.
– Eu sou muito novo pra isso.
– Que nada, nunca é cedo pra namorar, meu pai disse que pegava 5 mulheres por semana, todo dia era u-
Lance segura a boca dele, ele dar uma risada sem graça como estivesse envergonhado.
– Sabe, eu já fiz muita coisa que nos me orgulho, mas quando conheci sua mãe, eu me endireitei, eu tentei fazer as coisas do jeito certo, venho trabalhando todo dia pra trazê-los aqui pra cidade, mas é difícil.
Dava pra ver o quão lance se importava com sua família, ele mudou a seguir um caminho certo apenas por sua amada, faz sentido ele não ter conseguido trazer sua família aqui pra cidade, por mais que os guardas ganhem bem, as casas são muito caras, podendo a chegar a mais de 100 moedas de ouro, isso era absurdo, além de que viver aqui é difícil, tendo um custo de vida caro, além disso, tem a violência, que vem crescendo muito aqui em Iokazi, Lance não quer que sua família sofra algum atentado, eu respeito esse cara, ele é alguém que buscou mudança e conseguiu, de um playboy a um pai de família, por mais que seja ausente, nunca deixou de ser fiel e amá-los.
O dia começou bem, Lance nos mostrou várias lojas interessantes, pontos turísticos, e a corrida de long horse, é claro. Como funciona? É simples, você monta no long horse, um cavalo cujo tem quase 5 metros e ele é feito de pedra e ferro derretido nos detalhes de suas juntas.
– Eu não vou me queimar de tocar, não é mesmo? – perguntei.
– Claro que não, Long horse são majuus totens, ou seja, apresentam um núcleo de cristal em seu interior e são feitos de pedra, esses majuus não atacam, são dóceis e usados para caça, locomoção e claro, a corrida. – diz Lance.
Subo no Long horse, então sem nenhuma ordem ele sai disparado, meu coração quase sai pela boca.
– Para! Para... Por favor... – me agarro ao cavalo como se fosse minha vida, como tudo dependesse disso, ele dar uma volta completa e então para bruscamente, sou arremessado pra frente, e vou de cara no poste que tinha ali pra iluminar o trajeto.
– Max, está tudo bem? – Lamce pergunta.
– Podemos brincar de outra coisa?
Lamce rir ao ver que Max estava bem, ele pega Max no colo e o leva, depois que Max volta pra si, ele o põem no chão, eles continuam andando pela cidade.
– Você é engraçado, sabia Max? – diz Lance.
– Eu? Sou nada. Sou apenas um muleque chato que só sabe estudar e ser inteligente... – diz Max.
– Rapaz, quem me dera, hein? Faria de tudo pra voltar na sua idade e me dedicar tanto como você, mas naquela época era difícil ter acesso a estudo, quero dizer... Ainda é muito difícil, sabe, depois que cresci, meu sonho era fazer um lugar onde as crianças poderiam socializar e aprender, se chamaria escola, lá é onde o desenvolvimento acadêmico é pessoal teriam seu foco, quem sabe um dia, hoje em dia, o conhecimento é pra poucos, só ricos podem ter acesso a livros, e o conhecimento é passado de pai pra filho, ou algum professor particular, eu queria que a educação fosse acessível a todos.
– Sabe, Lance, quando te vi pela primeira vez, achei que você ia ser um brutamonte, mas vejo que é um gatinho, onde não sabe como funciona o mundo e pensa que só receberá amor e carinho. – diz Max.
– Eu entendo sua comparação, eu sou um iludido mesmo, mas quem sabe... Um dia... Nunca devemos desistir de nossos sonhos e de quem somos e nossos motivos pra seguir.
– Você está certo!
– Quer ir num jogo de azar que tem aqui? – diz Lance.
– Que tipo de jogo? – pergunta Max.
– É simples, uma rinha, nos apostamos em Touros de pedra, e então, ganha se o que apostamos destruir os cornos do outro primeiro, ganha. – diz Lance.
– Não, obrigado! Eu não gosto nenhum pouquinho de Touro de pedra...
– O que aconteceu?
– Melhor não comentar, mas quase já fui esmagado por um. – Max diz.
– Isso foi contraditório, você diz que não é melhor comentar, mas conta mesmo assim, mas não se preocupe, eles estão presos no ringue, não tem riscos.
– Melhor não... – Max levanta as mãos em rendição.
Daniel que ouvia tudo e apenas ria, ele admirava Maxsuel, pra alguém de 4 anos, Max era um gênio incontestável, mesmo sendo um mago escarlate e tendo vantagem, ele conseguia ser ainda mais esperto.
– Sabe, Lance... Você é uma inspiração pra mim. – diz Max.
– Sério? Mas eu não fiz nada, eu sou apenas um homem fraco que ama seu trabalho.
– Que nada, você é muito forte, por mais que não ache, é eu admiro sua determinação, eu nunca tinha visto tanto em uma única pessoa, você é um incrível!
Lance fica um pouco surpreso, então ele apenas rir.
– Você é uma graça, mas fica feliz de saber que alguém se inspira em mim.
Lance se afasta um pouco, ele parecia bem contente, ele não sabia que era tão admirado por alguém que não seja seu próprio filho.
Maxsuel se dar conta que já está ficando tarde, ele se despede de Lance e Daniel. Mais tarde, Max estava no corredor da pousada, ele estava cansado por causa do dia, mas estava feliz, foi um dia divertido, ele fica um tempo no corredor, apenas olhando pela janela a cidade se iluminando a luz de velas, era bonito ao longe.
– Você ainda está aí? – diz Lance se aproximando e ficando ao lado de Max, ele estava com Daniel nos braços, que estava dormindo.
– Sim, a cidade é bonita a noite, eu sempre gosto de observar bem os lugares onde entro, tem beleza em cada detalhe, no meu ver.
– Entendo... Eu já vou tentandono meu quarto, quero dormir e passar mais u tempo com minha mulher antes de vocês partirem depois de amanhã, te vejo amanhã no festival, vai ter uma passeata dos gradas reais, tenta ficar na frente, vai que consegue me ver ou o contrário. – Lance se vira e entra no quarto, trancando a porta.
– Pode deixar. – Ele fala baixo.
Max entra no quarto, ele nota que sua mãe ainda não voltou, ele tenta na se preocupar com isso, mas ele ainda estava confuso com essa situação toda.
– Onde foi, sua mãe? – pergunta Clemente.
– Ela disse que ia conhecer a cidade, mas acho que não devemos nos preocupar, sabe como é a mamãe, cheia de surpresas... – Max diz.
– É verdade, Spring sempre é vehia de surpresas, mas então, senta aqui no colo do pai, me diz como foi o dia.
Max senta e começa a falar o quão divertido foi o dia, ele fala até a exaustão total, ele aos poucos acormece nos braços do pai.
– Boa noite, meu filho... – Clemente diz, colocando Max na cama com cuidado e o cobrindo com o lençol, ele dar um beijo na testa de Max e assopra a vela, Clemente sai do quarto, deixando Maxsuel repousar.