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Chapter 2 - Capítulo 2: A Menina De Olhos Vermelhos

     Maxsuel corre pra dentro da floresta, cansado, ele para e se apoia numa árvore, então ele ver ao longe, garotos que pareciam ter entre 12 a 14 anos espancando uma garotinha, eles chamavam ela de demônio, como se ela tivesse feito algo ruim, eles não paravam de bater, ela estava sangrando muito, parecia quase morta, Max rapidamente se apronta e conjura pequenas faíscas elétricas, ele dá um leve choque nos garotos, era como encostar o dedo numa raquete elétrica, assustados saíram correndo, Max se aproxima da garota e ajoelha ao lado dela.

– Tudo bem? – perguntou Max

– S-sim... – ela tenta levantar, mas acaba vomitando sangue.

– Ei, não tente se esforçar... – Max tenta se aproximar, mas a garota recua –, eu não vou te machuca, calma...

– Não! Por favor... Saia... – Ela diz chutando pra impedir que Max chegue perto.

     Max estava se sentindo mal de ver ela assim, mas de repente, as feridas dela se curavam sozinhas, quando isso aconteceu, Max olhou melhor pra ela, ela tem uma pele pálida e olhos vermelhos que piscam levemente, alternando entre vermelho escuro e claro, ela tem cabelo longo ondulado, e usa um vestido com um laço, ela se levantou e saiu correndo.

– Ei, não fuja, eu só quero conversar! – grita Max.

     Já era tarde, a garota fugiu pra bem longe, Max apenas sentia um cheiro de cereja no ar. Voltando pra casa, Max conta o que aconteceu a sua mãe.

– Quantas vezes já não lhe disse pra não entrar na floresta? – Spring estava brava como sempre.

– Mas, mamãe, se eu não fizesse nada ela ia morrer...

– Não, não ia! Ela não ia morrer! – Spring diz com convicção.

– E o que te faz pensar isso? – retruca Max.

– Simples, ela é um demônio Ruby.

– Demônio o que? – Max fica confuso.

– Demônio Ruby, é a raça inimiga dos magos escarlates, essa raça é desprezível, eles são assassinos a sangue frio, praticam canibalismo, são completamente insanos e fazem de tudo pra atender esses desejos doentios, e não! Ela não ia morrer, demônios ruby's só podem morrer se você destruir o coração deles, tirando isso, qualquer dano causado será reparado em segundos. – diz Spring.

– Mas, mesmo assim, eu ainda tinha o dever de ajudá-la, ela não parecia má, ela nem tentou me atacar, ela apenas estava assustada e saiu correndo – diz Maxsuel.

     Spring fanziu a testa e suspira.

– Max, não chegue perto da floresta de novo, ok? É nem chegue perto de um demônio Ruby, sabe, eles tem uma habilidade cujo tudo que eles devoram, eles ganham poder, sabe, antigamente os humanos normais acreditavam que comer seus inimigos faziam você ganhar o poder e a força deles, os demônios Ruby tem essa habilidade, nós magos escarlates somos formados por 10% de magia, devorar um pedaço nosso transformaria um Ruby numa criatura de extremo poder, lembre-se que nós magos escarlates somos a raça mais forte do mundo, os Ruby's ficam atrás da gente, não dê sorte ao azar, não chegue perto da floresta! – Spring diz cruzando os braços.

– Tá bom... – Max diz com os dedos cruzados.

     Algumas semanas se passaram, Max completa seus 4 anos, ele acabou ganhando seu primeiro livro de magia de sua mãe, ele estava ansioso pra usar. Nesse meio tempo, Max sempre entrava na floresta sem se importar com o que tinha lá, ele era teiomoso, mas curioso, então ele achou um lugar que ele chamava de escape, era uma colina cujo tinha uma árvore, e abaixo um campo aberto, dava pra ver um pouco da mansão se subisse na árvore, Max treinava magia todo dia, mas ele sempre se sentia observado, e foi assim todos os dias, cada vez mais se sentia observado. Um dia, Max lendo o livro, sentia um desconforto vindo de cima, como se algo estivesse lá, ele lentamente olha pra cima e ver um par de olhos vermelhos brilhantes.

– O-olá...? – Ele diz.

     Nada é dito, aqueles olhos não paravam de observar ele o deixando desconfortável.

– Quem é você...? – Max anda pra trás, se afastando da árvore.

     Aquilo que estava na árvore pula e fica cara a cara com Max.

– Você! – os olhos de Max brilham.

– Obrigada... – sussurrou a garota.

– Ah... De nada... – Max diz.

– Você me salvou... Obrigada... – Ela diz.

– Eu já entendi... Mas eu só fiz o que qualquer um faria, aliás, eles estavam te maltratando... – diz Max agarrando o próprio braço.

– ninguém nunca foi legal comigo... Talvez por eu ser da raça desgraçada... – Ela diz abaixando a cabeça.

– Raça maldita? Tá falando dos ruby's? – Pergunta Max.

    Ela fica calada, ela parece ter vergonha de ser assim, ela se odeia.

– Me disseram que os Ruby's são agressivos... Mas você não parece – Max é interrompido por ela – olha aqui, eu não sou agressiva! – Ela diz em tom agressivo.

– Que controversa... – sussurra Max.

O QUE DISSE? – Ela grita.

- Nada! Nada não... – ele eleva as mãos a frente, tentando não aborrece-lá ainda mais.

     Max suspirou e riu um pouco.

– Sabe, naquele dia você nem deixou eu me apresentar, me chamou Maxsuel Fenhart, sou metade elfo e metade mago escarlate. – diz Max se curvando levemente.

– E-eu me chamo... Esther... Esther Blossom. – Ela diz com o rosto corado –, então... O que estava fazendo?

– Eu estava treinando magia, eu estava lendo um feitiço... Olha!

– Eu não se ler... – diz Esther.

– Sabe nem escrever? – Pergunta Max

     Esther abaixa a cabeça e segura as próprias mãos, ela se sente inútil, mesmo sendo mais velha, ela não sabia de nada.

– Quantos anos você tem, Esther? – Max perguntou – Eu tenho 4 anos.

– Eu tenho 6 anos... – Ela responde.

– Sabe, Esther... Você quer que eu te ensine a ler? – Max se oferece.

– Sério? – ela dar um leve sorriso, ela estava quase chorando, ninguém nunca foi tão legal com ela.

     Ele ensina, Esther não tem muito avanço, mas é por que ela nunca recebeu apoio e nunca estudou, Max usou do que estava disponível, ele usa o próprio livro dele pra ensinar ela, ele vai explicando letra por letra, palavra por palavra, sempre paciente, sempre atento nas dúvidas dela, e foi assim, mesmo Max sendo proibido de entrar na floresta ou falar com deminos ruby, ele ignorava a mãe e ia ali todo dia, sempre a ensinando Esther sempre era triste e cabisbaixa, mas sempre que Max chegava, ela se sentia feliz.

– Esther, me diz... E seus pais? – Max pergunta.

– Er... Eu... – Ela fuça nervosa mas fala –, meu pai era um humano e minha mãe é um ruby...

– Seu pai... Era?

– Minha mãe devorou ele assim que fizeram o ato, e apenas continuou a gravidez sozinha... – Max fica em choque, mas não pode deixar de pensar.

     Ela não sabe ler e nem escrever, mas sabe como funciona reprodução... Fazer o que, né? 

– Hein? – Ela pergunta.

– Nada, nada não, eu só estava pensando.

– Ok... – diz Esther.

– Você sempre é triste, por que?

– Como não sou agressiva, eles me consideram um defeito, um erro, ruby só pensam em matar, eu não quero isso... Eu sempre sou maltratada, tanto pelas outras raças por ser uma Ruby, e pelo minha própria raça por não agir como tal... Eu não sei o que fazer...

– Esther, você disse que seu pai era um humano, certo? E se o fato do seu pai ser um humano, você acabou nascendo sem a psicopatia dos ruby? Por isso você é diferente... – Max tenta dar um palpite.

– Quem sabe... Talvez eu só tenha nascido com defeito mesmo... Uma aberração...

– EI! NÃO DIGA ISSO! Você não é uma aberração, você é linda, eu sou seu amigo não sou? Eu vou ficar do seu lado sempre, então confie em mim.

– Somos amigos...? Você me considera uma amiga? – Esther pergunta.

– Sim, você é minha melhor amiga! – diz Max

     Esther começa a chorar, Max a consola e faz cafune nela, ele percebe o quão mentalmente instável ela é.

– Acabou nossos estudos por hoje, ok? Vamos brincar...

– Ok, vamos... – Ela diz.

     Max leva ela pra perto da cidade, ele ver Daniel ao longe, ele o chama de uma moita.

– psiu! Daniel, vem aqui! – diz Max tentando não chamar atenção.

     Daniel procura em todo os lados, de repente ele sente uma mão puxando ele pra dentro da moita.

– Tá ficando doido, fih? Tá querendo me dar um infarto? – diz Daniel.

– Eu tenho uma amiga pra brincar com a gente.

– Ela é bonita? – diz Daniel como se fosse um o cara mais bonito e gostoso do mundo.

– Ah, cala a boca! Esther... Pode aparecer!

    Esther sai de trás da árvore, parecia que Daniel ia dar um grito, mas Max rapidamente impediu.

– Você vai ficar em silêncio sobre ela, tá me ouvindo? – diz Max.

– Ok... Ok...

– Eu me chamo Esther Blossom... Prazer...! – Ela fala.

– Prazer, Esther! – Daniel cumprimenta ela.

– Max... Ela é um demônio ruby...

– E daí? Ela não está machucando ninguém, olha pra ela, inofensiva... Talvez... – Max diz.

– Tem certeza? Eu não quero ninguém voando no meu pescoço tentando arrancar um pedaço meu.

– Isso não vai acontecer – Max dar um tabefe em Daniel –, deixa de ser idiota, não devemos tratar as pessoas mal só por que ela faz parte de uma raça diferente.

– Ok, você está certo... Mas o que pretende fazer agora?

– Eu não sei, acho que vou continuar na minha rotina de sempre.

– Bem, te vejo depois, minha mãe está me chamando, até mais, Max, Esther... – Daniel se despede e vai pra casa.

     No dia seguinte, Max acorda animado como sempre, ele pega o livro dele e se dirige a porta.

– Pra onde vai? – Spring diz com desconfiança.

– Vou brincar com o Daniel... É.. É isso...

– Tem certeza? – Spring dar um olhar penetrante.

– Tenho...

     Max sai e corre pra vila, ele rapidamente pega a trilha e segue até ir para aquela colina, Esther já estava lá, ela estava sangrando um pouco, mas as feridas já estavam se regenerando.

– O que houve?

– Nada não... – Ela diz com tristeza.

– Me fale! Eu quero saber quem te machucou. – Max estava com raiva.

– Entrei numa vila hoje, os cidadãos me espancaram de diversas formas, eu não aguento mais...

– Me mostra onde eles estão, vou acabar com eles! – Max diz.

     Esther rir, e abraça ele.

– Não é necessário, você não tem poder pra isso, você acabaria morto naquela vila, eu só queria ser aceita sabe... Mas é um possível mudar o preconceito das pessoas sobre os ruby's, nem todos são tão maus, por mais que 99% seja...

– Eu não quero te ver sofrer mais... – Max diz.

– Eu sei... Mas está tudo bem... O que quer fazer hoje?

– Vamos estudar matemática, ok?

– Legal, minha favorita... – Ela sorrir.

     Depois de algumas horas, eles estavam praticando magia, Esther não tem tanto talento quanto Maxsuel, mas ela consegue usar algo, estava tudo indo bem, até que o treinamento é interrompido por uma vez de uma mulher, era a voz que Max mais conhecia.

– Que bonito, hein? – diz Spring.

– Mãe, o que faz aqui?

– Eu sabia que algo me cheirava estranho, você chegando mais tare que o normal, me desobedeceu duas vezes, nunca devesse entrar na floresta... E de não fazer amizade com essa... Coisa...

– Ela não é uma coisa! – Maxsuel grita.

– Ela é sim, é um demônio sujo, eu vou eliminar antes que cause algum problema, você devia saber muito bem que não devemos confiar nessa raça imunda!

– Mas ela é diferente, ela não é como eles! – Max diz.

     Quando os dois se deram conta, Esther já tinha sumido, ela fugiu pra bem longe, ela não queria morrer pra Spring.

– Mãe, qual é o seu problema?

– Vamos pra casa, agora Maxsuel! – Spring diz em tom de raivoso.

     Max tenta correr atrás de Esther, mas Spring congela seus pés, ela o coloca no colo e leva até em casa, mais tarde Max está na cama dele de castigo, ele estava preocupado com Esther, Max olha pela janela e então uma dor aguda atravessa sua cabeça, ele cai no chão com fortes dores de cabeça, o olho esquerdo dele não funciona, o olho dele não para de tremer, toda a visão do olho esquerdo é embaçada...

– O que está acontecendo comigo?