Eles continuavam a correr mais um pouco na trilha, desta vez já fazendo parte da floresta onde tem menos buracos e inclinações. Gylf mantinha o ritmo da liderança com a sua essentia passando pelo seu corpo, mas o efeito de adrenalina tava passando, então ele começaria a sentir um pouco da dor das suas fraturas, diminuindo o ritmo.
"No final das contas, tu não durou muito, não é, velhote?" Kieran finalmente voltaria a correr ao lado de Gylf, apesar de estar suando bastante, não aparentava estar cansado, enquanto Gylf, por estar machucado e usando sua essentia, estava ofegando bastante.
"Tu tem é sorte, quase fui morto ontem e ainda estou com decência de correr do seu lado, tu não pode pedir por um velho mais humilde que eu." Kieran fazia uma cara qause que de nojo, lembrando que no início, Gylf estava usando essentia para correr.
"Humildade é o meu ovo, você estava roubando assim que a corrida tinha começado seu velho ladrão." Gylf dava uma grande risada enquanto tossia na cara de Kieran, fazendo ele se assustar e diminuir o ritmo. "AÍ Ó, ROUBANDO DE NOVO!". Gylf ignoraria a gritaria de Kieran enquanto recuperava sua liderança, mesmo que seja só por um momento.
Enquanto os dois continuavam agiam como crianças na corrida, a figura estava observando eles, acompanhando pulando de àrvores pra àrvore.
"Não é possível que são eles que fizeram toda aquela destruição na floresta. Parecem crianças..." a figura suspirava, perdendo esperanças, mas não deixaria de segui eles, apesar de ver ambos naquela infatibilidade toda.
Com passar do tempo, ambos estavam colados um ao outro, ambos tentando se prejudicar pra ficar na frente, então Kieran fazia Gylf tropeçar colocando seu pé no caminho, Gylf bastante cansado e machucado, não teria tempo o suficiente pra desviar, então acabava caindo. "Hahaha! no final eu vou vencer, come poeira!" Kieran já comemorava antecipadamente, vendo o final da trlha, indicando que se ele passar daquele ponto, ele ganharia, Gylf teria muita dificuldade de se levantar já que sua essentia foi compremetida. "Merda!" Gylf gritava de angústia e dor enquanto via a sua derrota eminente, Kieran estava todo feliz enquanto chegava mais perto do final.
"GANHEI!-" Antes dele ultrapassar a linha, um pilar de pedra surgia na frente dele, fazendo Kieran bater de frente, por ele estar correndo bastante rápido, não teria tempo nem de amortecer a batida, seu nariz entortava e sangrava conforme ele caía lentamente no chão, deixando o rastro de sangue no pilar.
"Hah, bem feito, isso se chama karma!" Gylf chegava mancando, rindo de Kieran caído no chão. "Isso não vale...pare de roubar tanto assim fazendo esse pilar do nada..." Kieran falava aquilo enquanto se contorcia no chão com dor em seu nariz, mas Gylf estranharia com aquele comentário.
"Do que você tá falando? eu não sou experiente o suficiente pra criar um pilar de pedra do nada assim, eu sou mais masterizado em eletrecidade. Eu pensei que tu tinha só ficado cego por vitória e acabou se esbarrando nesse pilar." Kieran olhava pra ele e logo pro pilar, confuso.
"Se não foi você quem fez isso...quem fez?-" Antes de Gylf responder qualquer coisa uma figura feminina caía do céu exatamente em cima do pilar que tinha feito isso. "PARADOS AÍ, SEUS DESTRUIDORES DA NATUREZA!!!!" A mulher aterrisava assim que falava aquilo, destruindo completamente o pilar, jogando o Kieran mais pra longe com o impacto.
Kieran voou alguns metros para trás com o impacto, aterrissando com um baque pesado enquanto o som do pilar de pedra se desfazia em fragmentos ao redor dele. Ele gemeu de dor, segurando o nariz que já estava sangrando, agora ainda mais ferido. Gylf, surpreso com a aparição repentina, imediatamente adotou uma postura defensiva, mesmo com suas fraturas. Ele sabia que essa mulher não era qualquer um — sua presença exalava uma força imensa.
A mulher, agora à vista, era alta e imponente, com cabelos longos e esvoaçantes da cor de folhas no auge do outono, sua pele bronzeada era marcada por tatuagens antigas que pareciam pulsar com a energia da natureza ao seu redor. Seus olhos eram como os de uma tempestade prestes a desabar, e havia uma fúria contida neles. Vestia uma armadura leve feita de uma mistura de metal e raízes enredadas, que parecia se fundir com o ambiente à sua volta.
Ela olhou para os dois homens com desprezo, como se avaliasse dois garotos bagunceiros que acabaram de arruinar um jardim que levara séculos para cultivar.
"Vocês realmente têm a audácia de brincar e destruir impunemente na floresta, após o caos que causaram?" Sua voz era afiada, cortante como o vento nas alturas, carregada de uma autoridade inquestionável. "Quem vocês pensam que são para ignorar a harmonia da natureza dessa forma?"
Kieran, ainda grogue, tentou se levantar, piscando para afastar a dor. "Nós não destruímos nada! Estamos só... correndo."
Ela deu um passo à frente, a cada movimento seu, a vegetação parecia responder. Árvores inclinavam-se levemente, folhas farfalhavam, e até a terra sob seus pés vibrava com sua presença. "Ah, sim, claro. Apenas correndo. Ignorando completamente a devastação que deixaram para trás ontem à noite, certo? Causando fissuras no solo, destruindo árvores centenárias, assustando os espíritos da floresta... Tudo isso é apenas uma pequena corrida, na sua cabeça?"
Gylf, que estava observando com mais cuidado, franziu o cenho ao reconhecer quem estava diante deles. Ele respirou fundo, lutando contra a dor. "Eu sei quem você é... Você é uma das Quatro Grandes Protetoras da Terra... responsável pela Natureza. Você é... Arwen, a Guardiã das Florestas."
A mulher, Arwen, ergueu uma sobrancelha. "Finalmente alguém com um pouco de discernimento. Sim, sou uma das quatro guardiãs. E vocês dois, seja lá quem forem, quase trouxeram uma catástrofe à vida natural deste lugar com seus atos imprudentes."
Kieran finalmente conseguiu se equilibrar, o sangue ainda escorrendo de seu nariz. "Olha, eu sinto muito por qualquer coisa que tenhamos feito, mas não estávamos tentando destruir nada, sério! A coisa ficou meio fora de controle, mas não somos culpados disso tudo."
Arwen cruzou os braços, o olhar penetrante, como se sondasse suas almas. "Vocês homens são todos iguais... sempre prontos para destruir primeiro e se desculpar depois, sem nunca entenderem o real impacto de suas ações. Vocês não têm ideia de como a natureza é frágil, como cada árvore e cada criatura são interconectadas. Eu cuido desta floresta há mais tempo do que vocês podem imaginar. E não vou deixar que seus descuidos tragam mais desgraça."
A energia ao redor dela começou a aumentar, raízes do solo começaram a se levantar levemente, como se estivessem respondendo ao seu chamado. Gylf, ainda se esforçando para se manter firme, tentou apaziguar a situação. "Nós não viemos aqui para destruir... Só estávamos tentando escapar de uma situação complicada. Mas agora que você está aqui, talvez possamos explicar-"
"Explicar?" Arwen interrompeu, sua voz firme. "Eu já vi o suficiente. Não há nada que possam dizer que desfaça o que fizeram. Vocês vão ter que compensar por suas ações, e terão que fazê-lo agora."
Kieran deu um passo à frente, enxugando o sangue do nariz. "Olha, eu não vou ser acusado de algo que não fizemos. Respeito que você seja uma protetora da natureza, mas não somos os inimigos aqui."
Arwen inclinou a cabeça, um sorriso irônico surgindo em seus lábios. "A arrogância dos humanos nunca deixa de me surpreender. Mas não se preocupe, vocês terão a chance de provar seu valor... ou serão engolidos pela própria terra que desrespeitaram."
Antes que Kieran ou Gylf pudessem responder, ela ergueu as mãos, e raízes gigantes começaram a se enrolar ao redor dos dois, prendendo-os no lugar. Kieran lutou contra as amarras, mas a força delas era imensa.
"Espere, nós-" Gylf começou, mas Arwen o interrompeu.
"Se querem provar que são dignos de andar pela minha floresta, vão ter que fazer mais do que palavras. A natureza exige ação. Preparem-se. Isso vai ser um teste que nenhum de vocês esquecerá, ou melhor dizendo, testes."
Kieran esfregava o nariz ainda dolorido do impacto, lançando um olhar de reprovação para Gylf. "Ela falou testes? A gente não tá em condições pra isso, não."
Gylf, visivelmente cansado, suspirou. "Sim, ela falou testes. E não, a gente realmente não está em condições, mas parece que não temos escolha."
Arwen os interrompeu com uma voz imponente: "Os testes que vocês enfrentarão serão divididos em três partes. Cada um deles representará um aspecto essencial da natureza. Apenas passando por todos vocês poderão restaurar o equilíbrio que quebraram."
Sem dar mais explicações, ela ergueu as mãos, e imediatamente o chão abaixo de Kieran e Gylf começou a tremer. Raízes brotaram rapidamente, se enroscando nas pernas dos dois e os prendendo firmemente no lugar.
"Ei, o que é isso?" Kieran tentou se soltar, mas as raízes apertavam cada vez mais, limitando seus movimentos. Ele olhou para Gylf, que também estava preso.
Gylf, agora incapaz de fazer piadas, tentou usar sua essentia, mas a energia natural ao seu redor parecia anulá-lo. "Parece que isso é parte dos testes..."
Arwen assentiu, confirmando. "O primeiro teste é sobre restauração. Vocês causaram destruição e agora terão de curar a floresta que machucaram. As raízes os prendem até que possam mostrar que sabem respeitar a vida. Usem a força e a sabedoria da própria natureza para reerguer o que destruíram."
Sem mais palavras, a guardiã se afastou, observando-os atentamente.
"Ótimo," murmurou Kieran, tentando se livrar das raízes, mas falhando. "Como vamos fazer isso? Não sou exatamente um jardineiro."
Gylf, ainda preso, respirou fundo, tentando manter a calma. "Precisamos de foco. A natureza é viva e, com a nossa essentia, podemos interagir com ela. Tente canalizar sua energia para o solo, peça à floresta que floresça novamente."
Kieran ergueu uma sobrancelha. "Você está falando sério? Pedir à floresta?"
"Sim," Gylf respondeu, com seriedade incomum. "A natureza responde quando você a respeita. Se não fizermos isso, essas raízes nunca vão nos soltar."
Kieran suspirou, fechando os olhos e tentando seguir as instruções. Ele sentia a energia fluir através de seu corpo, mas canalizá-la para o ambiente parecia muito mais complicado do que esperava. No entanto, aos poucos, pequenas plantas começaram a brotar ao redor dos dois, como se respondessem ao chamado.
Arwen observava com uma expressão neutra, mas levemente impressionada.
Gylf, agora começando a liberar mais energia, também conseguiu fazer com que as raízes das árvores ao redor se regenerassem, restaurando as áreas que haviam sido danificadas durante a corrida.
Após alguns minutos de esforço conjunto, as raízes que os prendiam começaram a soltar-se lentamente, permitindo que Kieran e Gylf se levantassem, exaustos, mas aliviados.
"Vocês passaram no primeiro teste," Arwen declarou, sua voz forte e firme. "Mas isso foi apenas o começo. Agora, vocês enfrentarão o teste da sabedoria. A natureza é complexa, e não basta força para entendê-la. Sigam-me."
Ela os guiou até uma clareira, onde havia pedras antigas com símbolos enigmáticos esculpidos. "Aqui, vocês enfrentarão enigmas que testam a sua inteligência e entendimento do mundo natural. Só poderão continuar se conseguirem resolver o mistério dessas pedras."
Kieran bufou. "Ótimo, mais quebra-cabeças. Porque, claro, é isso que eu faço de melhor."
Gylf deu um leve sorriso, apesar de estar tão cansado quanto Kieran. "Vamos lá. Não deve ser tão difícil assim."
Arwen, porém, não esboçou nenhum traço de piedade. "O tempo é curto. Se vocês não resolverem o enigma, as árvores ao redor começarão a fechar-se sobre vocês."
As pedras estavam cobertas de símbolos que representavam os ciclos da vida — o crescimento de uma árvore, a passagem das estações, a influência do sol e da lua. Gylf começou a examinar os símbolos com mais cuidado, tentando decifrar suas conexões.
"Isso parece ser um ciclo natural," ele murmurou. "As árvores crescem com o sol, as folhas caem no outono, e a lua influencia as marés e o crescimento durante a noite. É como uma dança entre os elementos."
Kieran, apesar de impaciente, se aproximou. "Certo, e como resolvemos isso?"
"Precisamos alinhar os símbolos nas pedras," Gylf sugeriu. "Veja, os ciclos da vida, morte e renascimento. Se fizermos isso corretamente, isso deve restaurar o equilíbrio que a natureza procura."
Juntos, eles começaram a mover as pedras, ajustando os símbolos até que tudo se encaixasse. Quando a última pedra foi movida para seu lugar correto, as árvores ao redor brilharam com uma luz suave, e a clareira se iluminou, indicando que haviam passado no teste.
Arwen, agora com uma expressão mais relaxada, deu um leve aceno de cabeça. "Muito bem. Vocês provaram ter a sabedoria para entender os ciclos da vida."
Antes que pudessem comemorar, ela continuou: "Agora, o último teste — resistência. A natureza é implacável e poderosa. Vocês terão de mostrar que são capazes de sobreviver em suas condições mais extremas."
De repente, o vento começou a uivar, e a floresta ao redor deles ficou mais densa, como se estivesse viva e disposta a lutar contra eles enquanto Arwen observava de longe, pronta para ver se os dois seriam dignos de passar por seu julgamento final.
O vento que cortava a floresta parecia uma criatura viva, o ar se tornava mais pesado, e as árvores, antes imóveis, começaram a se contorcer, como se a própria natureza estivesse se rebelando contra Kieran e Gylf. As folhas giravam em redemoinhos violentos e os galhos se moviam rapidamente, tentando bloquear qualquer tentativa de fuga.
Kieran levantava os braços para proteger o rosto do vento feroz, enquanto Gylf, já exausto, lutava para manter sua postura ereta. "Que diabo... é como se a floresta estivesse viva!"
"Ela está," Arwen respondeu de longe, sua voz se mesclando ao vento. "Este é o teste final — a resistência. Vocês devem sobreviver às forças da natureza, sem atacar ou destruir. Se tentarem lutar contra ela, só se tornarão inimigos ainda maiores. Respeitem seu ritmo e, se forem dignos, ela permitirá que vocês passem."
Kieran cerrava os dentes, frustrado com a situação, mas não tinha outra escolha. "Então temos que resistir... mas não lutar?"
"Exato," Gylf dizia, com um tom grave. "Ela quer que a gente demonstre que sabe coexistir com a natureza, não controlá-la à força."
Enquanto galhos rasgavam o ar ao redor deles e o chão começava a tremer, criando obstáculos cada vez mais intensos, os dois se concentravam em desviar dos golpes naturais, tentando evitar qualquer reação violenta. Kieran usava sua agilidade para desviar das raízes e troncos que se moviam em sua direção, enquanto Gylf, mais cansado, tentava sentir o ritmo da floresta e ajustar seus passos para não entrar em conflito com os movimentos ao seu redor.
Por longos minutos, eles lutaram contra o cansaço, o vento, e os obstáculos crescentes. Cada árvore parecia querer empurrá-los para trás, cada raiz uma armadilha pronta para derrubá-los. Mas, por fim, após o que parecia uma eternidade, o vento começou a diminuir e as árvores lentamente voltaram ao seu estado natural. A floresta estava testando, e agora, satisfeita, parecia aceitá-los.
Kieran e Gylf estavam esgotados, ambos com a respiração ofegante e os corpos machucados pela batalha não-física. Arwen se aproximou, suas feições mais suaves agora, mas ainda com uma firmeza incontestável.
"Vocês passaram no teste de resistência. Sobreviveram às forças da Terra sem tentar destruí-las. Isso mostra que podem coexistir com a natureza, mesmo quando ela é feroz."
Gylf mal conseguia se manter em pé, enquanto Kieran, apesar de cansado, mantinha uma expressão de alívio e vitória. "Então, acabamos? Estamos livres?"
Arwen, no entanto, cruzou os braços e balançou a cabeça, seu olhar penetrante os fez engolir seco. "Embora vocês tenham passado nos testes, a destruição que causaram aqui ainda permanece. As árvores que caíram, as crateras que abriram, as vidas vegetais que vocês afetaram — isso não foi reparado completamente."
Gylf levantava uma sobrancelha, confuso e, ao mesmo tempo, exausto. "Nós restauramos algumas áreas, certo? Fizemos o que era pedido."
"Sim," Arwen concordou. "Mas a extensão da destruição causada por vocês — principalmente por você, Gylf, com sua essentia instável — vai muito além do que simples testes podem resolver. Vocês machucaram a floresta profundamente, e agora terão que trabalhar para remediar isso."
Kieran cruzou os braços, irritado. "Está dizendo que temos que fazer mais trabalho? Não bastou tudo o que já passamos?"
Arwen lançou um olhar severo para Kieran. "Passar nos testes mostra que vocês têm a capacidade de aprender e evoluir. Mas a destruição que causaram precisa ser desfeita não apenas com poder, mas com esforço e respeito pelo tempo da natureza. Vocês vão replantar cada árvore derrubada, preencher cada cratera, e reparar os danos que infligiram."
Gylf suspirou profundamente, colocando as mãos na cabeça, já percebendo o trabalho árduo que os aguardava. "Então é isso... vamos virar jardineiros."
Arwen deu um leve sorriso, algo que eles não esperavam ver. "De certa forma, sim. A natureza não pode simplesmente ser manipulada à vontade. Vocês a machucaram, e agora terão que restaurá-la."
Ela deu um passo à frente e apontou para as áreas ao redor onde a destruição ainda era evidente. Árvores quebradas, solo devastado, marcas de essentia nas raízes expostas. "Vocês terão que usar suas habilidades de forma cuidadosa e pacífica. Para cada árvore caída, vocês devem replantar. Para cada cratera, devem fechar o solo. Só quando a floresta estiver restaurada, estarão livres para continuar sua jornada."
Kieran olhava ao redor, observando o cenário de longe que estava devastado e soltava um longo suspiro. "Isso vai demorar uma eternidade..."
"Vai demorar o tempo necessário," Arwen respondeu friamente. "Mas a natureza tem sua própria forma de recompensar aqueles que a respeitam."
Gylf olhou para Kieran, que claramente estava irritado, e tentou acalmar a situação. "Bom... pelo menos não estamos mais correndo. Vai ser um trabalho longo, mas acho que podemos lidar com isso. Talvez até aprendamos algo no processo."
Kieran bufou, mas sabia que não tinha escolha. "Tudo bem, vamos acabar logo com isso."
E assim, sob o olhar atento de Arwen, os dois começaram a trabalhar. Eles usavam suas habilidades de forma muito mais cuidadosa, replantando as árvores e preenchendo as crateras deixadas para trás. Embora cansados e frustrados, começaram a perceber o equilíbrio da natureza, a maneira como tudo estava interligado e como cada ação causava uma reação em cadeia.
Arwen continuava a observá-los, desta vez com um olhar de aprovação. Ela sabia que, embora o caminho fosse árduo, eles estavam aprendendo uma lição valiosa — e ao final, talvez, fossem finalmente dignos de caminhar sobre aquele solo sagrado.
(continua...)