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Chapter 10 - Essentia (Parte 2)

Depois de mais algum tempo de treino, Kieran estaria bastante incapacitado, cheio de hematomas, inchaços e algumas distorções, Gylf estava limpando seus punhos e tirando algumas faixas que cobriam seus dedos, se impressionando um pouco ao ver que estavam sangrando um pouco, ele sorria ao ver o garoto jogado no chão, quase desmaiando de cansaço, ele colocava seu casaco novamente e iria até Kieran.

"O que achou?" Perguntava o homem ao jovem, demonstrando um breve sorriso.

"O que eu achei? Acho que não deveria ser tão exigente pra apenas dois dias de treino... Estou nem sentindo meu corpo direito, haha." Kieran riria, mas parava quase que imediatamente por sentir a dor ao dar aquelas risadas.

"Tudo bem, o terceiro dia eu vou deixar você descansar, mas não espere eu pegar leve pra um garoto como você, tu também tem suas experiências de combate." Gylf se virava e observava a paisagem coberta de árvores e montanhas, ele percebia que o vento estava bastante incomum. "Estranho, pensei que nesta época não ia ter ventos irregulares, nem é Outono ainda..." Gylf se virava novamente, vendo que Kieran já tinha adormecido, ele suspirava e dava um pulo com bastante firmeza pro céu, o impulso gerada era grande, apesar dele ter simplesmente pulado, ele canalizaria sua Essentia em forma de eletricidade, alterando o peso de seu corpo em pura eletricidade, e usava um pouco do vento pra impulsionar ele pro lugar onde estava tendo o vento irregular, que era atrás de algumas montanhas, ele pousava em um solo da montanha, retornando a forma de seu corpo original, e ao ver mais abaixo, ele veria uma figura completamente negra balançando seus braços, parecia estar se divertindo bastante com a ação de mecher seus braços pra um lado, com um sorriso cobrindo a metade de seu rosto completamente obscuro.

"Um demônio aqui? Tem algo errado...um demônio não aparece assim do nada..." Gylf tentava analisar melhor o demônio, mas antes dele fazer qualquer outra coisa, o demônio sentia a presença de Gylf, mesmo ele escondendo, o sorriso do mesmo sumiria, retornando a ter seu rosto completamente escondido pela a escuridão ao redor de seu corpo, era um corpo fino e não tinha nenhum músculo, parecia ser apenas osso e pele, por ele não ter quase nenhum peso, imediatamente pulava e ficava na frente de Gylf, mas ele não o atacava, apenas ficando observando as ações de Gylf.

"Você... Não é um demônio normal... normalmente eles só atacariam de forma descontrolada qualquer ser vivo que tiver na frente deles..." Gylf estava suando frio, a aura do demônio era bastante forte, era como se ele quisesse mostrar sua Essentia de forma exagerada, o homem se afastava um pouco pra manter sua compostura defensiva.

"..." O demônio novamente, só observava as ações dele, de forma curiosa.

Gylf estava a uma distância segura do demônio, sentindo o peso da presença dele. A energia ao redor era densa, quase sufocante. Aquele demônio, apesar da aparência frágil, irradiava uma força diferente de qualquer coisa que Gylf já havia enfrentado. Mantendo sua postura calma, o guerreiro sábio deixou que sua Essentia fluísse lentamente, preparando-se para o que estava por vir.

Sem qualquer aviso, o demônio avançou. Seu movimento era rápido, quase impossível de acompanhar a olho nu. Ele balançou o braço direito em direção ao rosto de Gylf, com unhas afiadas cortando o ar. Gylf, antecipando o golpe, desviou para o lado, e um som agudo de ar cortado ecoou enquanto o golpe passava direto por onde ele estava.

"Ele é mais rápido do que pensei..." Gylf pensou, mas antes que pudesse reagir, o demônio atacou novamente, dessa vez com uma sequência de golpes. Braços finos e ágeis dançavam no ar, cortando em todas as direções.

Gylf estava em plena defesa. Cada golpe parecia milimétrico, com precisão mortal. Usando sua Essentia Arcana, Gylf invocava breves estalos de eletricidade para amplificar seus reflexos, esquivando-se por pouco de cada investida. Ele sabia que precisava estudar o inimigo antes de atacar.

"Ele está me testando..." pensou Gylf. O demônio era calculista, não atacava como os demônios comuns que Gylf já enfrentara. Havia inteligência por trás dos olhos negros que o encaravam, como se estivesse experimentando e ajustando sua abordagem a cada segundo.

Finalmente, Gylf decidiu que era hora de revidar. Ele deu um passo para trás, ganhando distância por um instante, e concentrou sua Essentia. O ar ao seu redor começou a vibrar enquanto ele puxava energia das profundezas de seu ser. Uma tempestade elétrica envolveu seus punhos, e ele avançou com velocidade, atacando o demônio com um direto certeiro.

"Tempestade Arcana!"

O punho de Gylf atingiu o corpo do demônio, mas o impacto não foi como esperado. O demônio recuou levemente, absorvendo a maior parte da energia do golpe com um sorriso sombrio surgindo de volta em seu rosto. Antes que Gylf pudesse reagir, o demônio canalizou uma onda negra de Essentia de seu próprio corpo e, com um estalo, empurrou Gylf para trás.

Gylf foi arremessado contra as rochas da montanha com força, rachando a superfície ao seu redor. Ele tossiu, sentindo o gosto de sangue na boca, mas não teve tempo para descansar. O demônio estava em cima dele novamente, desta vez visando terminar o combate com um golpe mortal.

No último segundo, Gylf ativou sua Essentia Naturalis, conectando-se à terra ao seu redor. As rochas que haviam se partido começaram a se recompor e formar uma barreira protetora em volta dele. A proteção de pedra absorveu parte do impacto do ataque do demônio, mas mesmo assim, Gylf sentiu o poder esmagador que vinha daquele ser.

"Isso é... inumano." Ele murmurou, levantando-se lentamente de trás de sua barreira de pedra. Ele nunca havia enfrentado uma Essentia tão pura e devastadora como aquela.

Antes que o demônio pudesse atacar novamente, Gylf respirou fundo, estabilizando sua mente. "É hora de parar de brincar..." Ele concentrou suas energias em um movimento final. Sua Essentia Arcana e Naturalis começaram a se fundir, a eletricidade e a terra dançavam em harmonia ao seu redor. Com um rugido de determinação, ele avançou novamente, desta vez mais preparado.

"Raio da Tempestade Terrestre!" Ele gritou, socando o chão.

A terra abaixo deles tremeu, e uma explosão de energia elétrica misturada com rochas disparou em todas as direções, engolindo o demônio em um turbilhão de destruição. O impacto foi devastador, e o demônio foi arremessado longe, batendo contra uma parede de rocha com um estrondo.

O corpo escurecido do demônio estava agora coberto de fumaça e rachaduras. Gylf respirava com dificuldade, suando e sentindo a exaustão tomar conta. O demônio, no entanto, lentamente se levantou. Apesar do ataque devastador, ele parecia inabalável, seu sorriso macabro ainda estampado no rosto.

Gylf sentiu um calafrio percorrer sua espinha. "Ele não é algo que eu posso derrotar tão facilmente..."

Com um passo para trás, Gylf começou a considerar suas opções. O demônio não atacava novamente, apenas o encarava, como se estivesse avaliando. A situação estava se tornando mais perigosa a cada segundo. Gylf sabia que precisava de mais do que apenas força física ou maestria em Essentia para lidar com aquela criatura.

O demônio se levantou lentamente, sua figura escurecida e quebradiça ganhando mais definição à medida que a fumaça ao redor se dissipava. O sorriso macabro em seu rosto desapareceu, substituído por uma expressão de desprezo profundo. Seus olhos, antes vazios, brilharam com uma luz vermelha intensa enquanto ele falava pela primeira vez, sua voz profunda e reverberante.

"Então, você é o pequeno obstáculo no caminho..." Ele disse, esticando os dedos finos e ossudos, rachando as juntas. "Eu fui enviado por Vorgath, o Pai das Aberrações, para testar a força de alguém. Mas não pensei que um verme insignificante como você estivesse por perto, Gylf."

O nome de Vorgath caiu como uma pedra sobre Gylf. Um frio percorreu sua espinha, mas ele manteve a compostura, concentrando-se no inimigo à sua frente. A menção ao Pai das Aberrações confirmava suas suspeitas—esse demônio não era qualquer criatura. Ele era um dos soldados especiais de Vorgath, criado e moldado para servir diretamente ao terrível deus dos monstros.

"Coitado deste velho aqui, não posso pegar nem uma semana de descanso, e pelo que parece, você parece ser mais do que aparenta..." Gylf murmurou, dando um sorriso de canto e preparando-se para o próximo movimento, mas a aura ao redor do demônio começou a mudar drasticamente.

Sem aviso, o demônio exalou uma Essentia muito mais poderosa, seu corpo começando a distorcer o espaço ao redor. As montanhas ao redor tremeram, e as árvores começaram a quebrar sob a pressão esmagadora da energia que irradiava dele. A simples presença do demônio agora parecia capaz de desmantelar a própria realidade ao redor deles.

"Acha que pode resistir a mim? Acha que alguém tão insignificante tem a audácia de ficar no caminho do plano de Vorgath?" O demônio rugiu, sua raiva agora palpável.

A força que emanava dele era descomunal. A pressão aumentava a cada segundo, criando fissuras no solo e estilhaçando pedras próximas. O ar ao redor de Gylf ficou pesado, e ele teve que canalizar sua Essentia apenas para se manter de pé. Cada músculo de seu corpo agora tremia sob o impacto da energia avassaladora que o envolvia.

"O que será que eles fizeram pra te deixar desse jeito...?" Gylf pensou, rangendo os dentes. O inimigo à sua frente era uma ameaça de proporções globais. Se ele não fosse detido aqui, o caos que poderia causar seria catastrófico.

Com uma respiração profunda, Gylf decidiu que não poderia mais se segurar. Ele tinha que lutar com tudo. "Se ele está aqui, o perigo é muito maior do que eu imaginava, aposto que ele está atrás do menino..."

Com um estalo no ar, a Essentia Arcana de Gylf entrou em ação. Relâmpagos se formaram ao redor de seu corpo, iluminando a área com flashes brilhantes, enquanto a Essentia Naturalis reforçava o chão sob seus pés. Ele estava determinado a lutar a sério agora, sabendo que qualquer erro poderia significar sua morte e a destruição do mundo.

O demônio avançou, o chão se partindo sob seus pés com cada movimento. Ele balançou seu braço, agora coberto por uma aura negra densa, mirando Gylf com uma fúria avassaladora. Gylf, prevendo o ataque, saltou para trás, invocando um escudo de pedra reforçado com eletricidade. Mas o impacto foi tão intenso que o escudo se despedaçou, e Gylf foi lançado para longe, batendo contra uma árvore.

"Ele está muito mais forte do que antes!" Gylf mal teve tempo para se levantar antes que o demônio atacasse novamente, dessa vez com uma combinação de golpes rápidos e mortais. A velocidade e a força aumentadas eram assustadoras, forçando Gylf a usar sua Essentia com precisão para bloquear e desviar.

Em um raro momento de abertura, Gylf concentrou todo o poder que podia reunir em seu próximo ataque. "Se eu não o deter agora, não haverá chance depois!!"

Ele invocou um gigantesco pilar de terra misturado com raios, lançando-o diretamente contra o demônio. O ataque perfurou o ar, a eletricidade zumbindo, e atingiu o demônio com toda a força, criando uma explosão devastadora.

Por um breve segundo, o campo de batalha ficou envolto em poeira e destroços. Gylf respirava pesadamente, esperando que o ataque tivesse sido suficiente.

Mas então, do meio da poeira, uma sombra se ergueu. O demônio, agora com a pele rachada e em carne viva, saiu da explosão, ainda de pé. Sua expressão estava tomada de pura fúria.

"Você vai pagar caro por me fazer usar tanta energia..." ele sussurrou, sua voz agora distorcida pelo poder que emanava.

Gylf agora sabia. Aquela criatura não era uma simples aberração. Era uma máquina de destruição, uma extensão direta da vontade de Vorgath. E ele estava enfrentando um poder capaz de causar uma catástrofe mundial.

"Eu tenho que acabar agora..." Gylf murmurou, firmando sua postura, apesar de sua voz estar trêmula e fraca, não deixaria de analisar o que poderia acontecer a seguir.

Gylf veria algo que mal teve tempo de reagir quando o demônio começou a emitir uma vibração ainda mais intensa. O corpo esquelético e distorcido do ser começou a mudar, suas formas grotescas sendo engolidas por uma luz sombria. A transformação era rápida, quase imperceptível a olho nu, mas a sensação que tomava o ar era inegável—uma energia densa, mais perigosa do que antes, envolvia o campo.

"O que... é isso?" Gylf murmurou, os olhos arregalados de incredulidade.

A luz se dissipou, revelando uma figura completamente diferente. O demônio, antes uma criatura de ossos e sombras, agora exibia uma forma humana perfeita. A pele suave, os músculos esculpidos, e o rosto—um rosto de uma beleza quase celestial. Os olhos, porém, ainda brilhavam com aquela luz vermelha sinistra, um lembrete de que a criatura à sua frente não era, de fato, humana.

"Surpreso?" A voz do demônio agora era suave, fria, mas carregava uma arrogância indiscutível. Ele passou as mãos pelo cabelo escuro e liso, ajeitando-o casualmente. "Esta é a verdadeira forma de um demônio. Não somos monstros deformados, mas a imagem perfeita... de vocês, humanos."

Gylf deu um passo para trás, sentindo uma onda de pavor. "Então é isso... Vocês se assemelham a nós... mas são a versão corrompida e amplificada da humanidade."

O demônio sorriu. "Corrompida? Não... somos a evolução. E você, Gylf, está prestes a ser eliminado por uma forma superior."

Antes que Gylf pudesse responder, o demônio avançou com uma velocidade sobre-humana, desaparecendo de vista e reaparecendo atrás dele num piscar de olhos. O punho do demônio colidiu com as costas de Gylf, lançando-o dezenas de metros à frente, arremessando-o contra uma rocha. O impacto foi brutal, e Gylf cuspindo o sangue da boca enquanto lutava para se levantar.

"Ele está muito além de qualquer coisa que eu tenha enfrentado..." Gylf pensou, respirando com dificuldade. "Isso já ultrapassou os limites humanos... não há mais lógica ou estratégia que funcione normalmente, certo... Você pediu por isso." Gylf dava uma longa suspirava enquanto retirava seu casaco, jogando de lado enquanto todo seu corpo emanava eletrecidade, soltando várias faíscas

"Agora lutarei pra sobreviver." Gylf dava um sorriso enquanto seus músculos reformavam conforme seu corpo sentia a eletricidade passar pelos suas carnes.

A luta recomeçou, com o demônio atacando com precisão implacável. Cada movimento era rápido e devastador, obrigando Gylf a gastar tudo o que tinha apenas para sobreviver. O demônio não apenas parecia humano; ele lutava com a graça e eficiência de alguém que havia transcendido os limites mortais.

"Você é fraco, Gylf. Não importa quanta Essentia você tenha acumulado, seu corpo mortal é uma limitação." O demônio disse entre ataques, suas mãos agora imbuídas de energia negra que corrompia o espaço ao redor. Ele atacou com um chute lateral, e Gylf mal teve tempo de se defender com uma barreira elemental, que se despedaçou imediatamente.

"Eu... não posso vencer assim," Gylf pensou, ofegante. Ele sabia que, se continuasse tentando lutar diretamente, seria apenas uma questão de tempo até ser destruído. "Preciso usar... o teletransporte forçado. Mas não posso errar... ou será o fim."

Ele recuou para ganhar tempo, seus olhos percorrendo o ambiente, buscando uma abertura. O demônio, porém, não deixava margem para respiro. Ele apareceu à frente de Gylf, os olhos brilhando com uma intensidade cruel.

"Pronto para desistir, velho?" O demônio zombou, estendendo a mão para Gylf, envolta em uma Essentia negra que parecia sugar a própria vida ao redor. "Eu só preciso de um movimento para acabar com isso."

Nesse momento, Gylf fechou os olhos e começou a sussurrar algo em uma língua antiga. O ar ao seu redor começou a vibrar, e o solo tremia com a força de sua Essentia sendo canalizada em um ritual complexo.

O demônio deu um passo atrás, desconfiado. "O que está fazendo?"

Gylf não respondeu, continuando a murmurar as palavras, suas mãos desenhando símbolos no ar, que se formavam em luzes brilhantes e arcanas. "Este é o meu último recurso. Teletransporte forçado... não importa o quão poderoso você seja, não pode escapar deste feitiço."

"Você acha que pode me mandar para longe? Que piada!" O demônio riu, avançando, mas algo o fez parar. Ele percebeu que, conforme Gylf desenhava os símbolos, o espaço ao redor deles estava mudando. A própria realidade parecia estar se distorcendo, como se estivesse sendo dobrada e reconfigurada.

"Isso... não é apenas teletransporte... você está tentando me apagar!" O demônio rugiu, sua expressão de confiança se transformando em fúria.

"Não. Eu estou te mandando para qualquer lugar do universo que não seja aqui," Gylf respondeu calmamente, as luzes ao redor crescendo em intensidade. "Lute o quanto quiser, mas ninguém escapa deste ritual. E quando você acordar, estará tão longe daqui que nunca mais verá a luz deste mundo."

O demônio gritou, sua Essentia explodindo em uma última tentativa de destruir Gylf antes que o ritual fosse completo. Mas já era tarde demais. Com um último sussurro, Gylf terminou o feitiço, e o demônio foi envolvido por um brilho cegante. Ele tentou resistir, mas seu corpo começou a se dissolver no espaço, sendo arrancado da realidade em uma explosão de luz.

"NÃOOOOO!!!!-" o grito sumiria junto com o demônio, sobrando apenas a cratera e alguns resquícios do ritual feito a sangue de Gylf.

A batalha terminou em um instante. O campo de batalha estava destruído, mas silencioso. Gylf caiu de joelhos, exausto. O teletransporte forçado havia drenado quase toda sua Essentia, mas ele sabia que tinha vencido.

"Ele se foi..." Gylf suspirou, olhando para o céu. "Mas se esse demônio é apenas um soldado de Vorgath... o que mais está por vir? Droga...acho que terei que treinar também se quiser sobreviver a partir de agora."

Ele suspirava, sabendo que aquele demônio era era apenas o começo, sabia que Vorgath iria se irritar com ele interferindo os planos de Vorgath daquele jeito, ele sorria novamente enquanto olhava pro céu, enquanto ficava ajoelhado no meio da cratera onde o teletransporte tinha sido realizado.

"Eu vou te pegar, seu merda...nem que eu morra no processo." As palavras saíriam da boca dele, apresentando uma determinação gigantesca.

Depois de algum tempo, Gylf caminhava de volta pela floresta, seu corpo mal conseguia sustentar-se. Cada passo fazia seus ossos rangerem, e as fraturas internas o castigavam com uma dor quase insuportável. Ele havia gasto quase toda a sua Essentia no teletransporte forçado, e a exaustão pesava sobre ele como uma sombra esmagadora.

A lua iluminava seu caminho enquanto ele finalmente alcançava o local onde Kieran ainda dormia, alheio à batalha intensa que havia acabado de acontecer. Gylf olhou para o jovem por um momento, vendo o garoto exausto, com o corpo ainda marcado pelos hematomas dos treinos.

Ele deu uma risada fraca, quase sussurrada.

"Heh... você não é o único que vai descansar no terceiro dia..." disse Gylf com um sorriso de canto.

Suas pernas finalmente cederam, e ele caiu de lado no chão, sentindo o impacto que ecoava por seu corpo já desgastado. Seus olhos se fecharam lentamente enquanto ele desmaiava ao lado de Kieran, incapaz de suportar mais a dor e o cansaço.

O silêncio da noite caiu sobre eles, apenas o som suave do vento entre as árvores preenchendo o ar. Dois guerreiros, um mentor e seu aprendiz, agora caídos lado a lado, ambos desgastados por suas próprias batalhas.