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Chapter 18 - Minutos

~ ZEV ~

Ela levou um minuto inteiro para sair do apartamento. Um minuto que ele suou à espera. Um minuto inteiro com sua cabeça gritando que ele não podia deixá-la, que ela estava se despedaçando e ele precisava estar lá para mantê-la unida. Que ela não tinha ouvido ele dizer que estava prestes a mentir, e ela pensou que ele estava falando sério. E, por trás de tudo, o relógio tiquetaqueando, exigindo ser lembrado. Eles seriam encontrados. Seriam caçados. E Sasha seria ferida.

Ele estava prestes a descartar o autocontrole e a se afastar da parede na qual estava apoiado quando a porta se abriu com tanta força que bateu na parede e ela voou para fora, olhos ardendo e cabelos voando atrás dela como uma bandeira ao vento.

Ela era linda.

E aparentemente tinha evoluído para uma boca-suja completamente profana.

"Filho da puta!" ela gritou. Ele a observou boquiaberto. Então um lado da boca dela se torceu em um sorriso.

Respirando aliviado, ele agarrou a mão dela e a arrastou em direção à escada no lado oposto do prédio ao que eles tinham usado para subir.

Nenhum deles falou. Ele manteve seus próprios passos silenciosos para que qualquer um ouvindo pensasse que ela estava correndo atrás dele sozinha, que ela não o tinha encontrado. Mas ele segurava a mão dela como se fosse uma tábua de salvação, como se, se não o fizesse, ela simplesmente desapareceria. E ele rezou para qualquer deus que ouvisse os desalmados, agradecendo por ela não o ter abandonado.

They hit the door at the bottom running. He slammed through it with her right on his heels and was just looking back at her to make sure she'd come through okay when he caught sight of the man who'd plastered himself on this side of the wall and was launching at her.

Era instinto.

Ele girou num átimo, braços estendidos e corpo ainda em disparada, empurrando o cara de lado contra a parede. Sasha soltou um grito, então girou, tropeçando para longe deles, para trás, na direção do estacionamento.

Zev mudou de posição para garantir que estava entre eles, tateando atrás de si para encontrar ela, pronto para mandá-la correr novamente, assumindo que o homem estaria no chão por um tempo. Mas pela maneira como o cara caiu no chão com um grunhido e imediatamente voltou a se levantar, Zev soube.

Merda.

Ele era Quimera.

Caralho. Eles colocaram uma Quimera na caçada por Sasha?!

O homem estava já meio agachado, queixo baixo e observando-o. Mas quando ele encontrou o olhar cauteloso de Zev, suas narinas se alargaram e ele sentiu o cheiro de Sasha atrás dele.

O homem sorriu mostrando os dentes. "Você pode me entregá-la. Eu não vou machucá-la."

Zev deu um resmungo. Alguns de seus irmãos realmente precisavam passar mais tempo entre os humanos para aprender como não serem assustadores. "Ela não vai a lugar nenhum com você. Ela é minha."

O homem piscou. Por um segundo seu olhar se perdeu e a boca ficou mole.

"Merda!" Não era uma Quimera, era um Avatar.

Zev girou rapidamente. Não havia tempo para explicar. Ele pegou Sasha nos braços, correndo pelo estacionamento. Eles só teriam alguns segundos antes que o Avatar recobrasse a visão. E ele os sentiria imediatamente.

Sasha deu um grito quando ele a ergueu. Mas ela era inteligente o suficiente para perceber que ele estava correndo por um motivo, então ela se agarrou em seu pescoço para liberar um de seus braços.

Ele tinha apenas uma rampa em espiral para descer até o próximo nível, depois metade de um pavimento do estacionamento, mas o sentimento de tê-la envolta nele daquela maneira, o hálito dela contra sua pele, quase o eviscerou. Qualquer pensamento passageiro que ele tinha tido de colocá-la em segurança e deixá-la ali para mantê-la fora da bagunça que era a vida dele, fugiu.

Ele nunca mais a deixaria ir.

Eles chegaram ao carro antes do Avatar, mas Zev podia ouvi-lo se aproximando rapidamente, seus pés pisando silenciosamente apesar da corrida a todo vapor. Ele era quase tão silencioso quanto o próprio Zev. Merda. Eles estavam aprimorando essas abominações.

Zev deslizou para o lado do motorista do carro, soltando as pernas de Sasha para que ela pudesse ficar de pé ao mesmo tempo que ele abria a porta para acertar o Avatar e jogá-lo para trás.

"Entra no carro!" ele berrava, empurrando Sasha para dentro e fechando a porta atrás dela, virando-se bem a tempo de pegar o Avatar pulando para sua garganta.

Os dois rolaram para o cimento, Zev conseguindo girar a tempo de não ficar por baixo do filho da puta quando eles caíram.

Zev tinha lutado muitas vezes. Mais vezes do que podia contar. Ele até já havia lutado pela sua vida mais vezes do que qualquer homem deveria. Mas ele nunca tinha lutado pela vida de Sasha antes. Não corpo a corpo. 

O rosnado saiu de sua garganta, alimentado por uma fúria branca e ardente e um impulso de possuir, de proteger, mais avassalador do que ele tinha experimentado antes.

Ele iria acabar com essa coisa por tentar tocá-la.