Inari abriu seus olhos e escutou um som familiar, vindo do terraço de sua casa, os sons dos sinos de vento que deixaram seu coração feliz.
Se espreguiçando, coçou sua barriguinha saliente enquanto pensava no que iria comer hoje.
"Hm, onde eu estou?" Ainda com sono, procurou o telefone, quase dormindo entre os lençóis da cama.
Assim que o achou debaixo do travesseiro, bocejou de preguiça, mas logo quando viu a hora ficou nervosa e preocupada.
"10h em ponto" Engoliu em seco enquanto se levantou com frio na espinha pelo horário, sua mãe lhe mataria se soubesse que se atrasou tanto.
Vestiu uma blusa velha longa que cobriu seu corpo e tentou andar lentamente pela casa sem despertar sua mãe.
— Unhm… Bonito em Inari. — Seu corpo tremeu, ela tinha andado poucos centímetros para fora do seu quarto e estava indo para o banheiro.
Virando-se rapidamente para a voz, viu sua mãe parada na porta do seu quarto.
— Posso explicar, mãe.
— Tente.
— Eu…
— Você?
Inari, percebendo que não tinha desculpas para ter acordado tarde, desistiu e suspirou olhando para o lado. Encarou sua mãe logo em seguida.
— Eu… Dormi tarde, mãe. — Sua mãe sorriu, enquanto balançou a cabeça de forma negativa.
— Imaginei que diria isso, mas para sua sorte, hoje é sábado.
Inari suspirou, aliviada, colocando a mão direita em seu peito. — Que susto, mãe.
— Isso é por dormir tarde, agora vá tomar um banho que eu te ajudo a pentear os cabelos.
— Hm… Por quê?
— Seus tios vêm nos visitar com sua avó.
— Vou precisar colocar o sutiã, não é?
— Exatamente…
Inari segurou seus seios com suas duas mãos, ela fez uma expressão de desgosto enquanto começou a reclamar.
— Eles cresceram no último verão.
— Percebi, você já está se tornando uma mulher.
— Odeio isso, estou em casa, queria ficar sem.
— Me perdoe, mas você sabe como é a família do seu pai.
— Sim, eu sei.
Inari desistiu da conversa sabendo que sua mãe não iria mudar de ideia e foi desapontada para o banheiro, chegando lá, trancou a porta e pegou seu celular que estava em suas mãos.