O céu, distorcido e fraturado, começou a emanar uma aura peculiar, como-se estivesse prestes a abrir, prestes a revelar algo além do alcance humano.
No chão o silêncio era perturbador. As pessoas que não tinham sido atacadas olhavam para o céu, confusas e assustadas, esperando com desconfiança o que viria a acontecer.
Os olhos de todos se arregalaram enquanto testemunhavam algo que desafiava toda lógica e compreensão. Os raios vermelhos e dourados, que antes estilhaçavam e corriam pelo céu com força, agora se dissipavam lentamente, deixando o cenário limpo e claro. Em seu lugar, um ser de uma beleza transcendental flutuava serenamente.
O indivíduo que se revelava parecia imaculado, quase divino. Seus longos cabelos loiros, que desciam até os calcanhares, brilhavam suavemente sob a luz natural do sol, e sua pele branca sem imperfeições refletia uma pureza quase impossível. O manto dourado que cobria seu corpo reluzia, como se fosse tecido com a própria essência da luz celestial. E, sobre sua cabeça, uma auréola prateada flutuava com graça, irradiando uma presença pacífica e poderosa.
Apesar de não ter asas, tudo nele transmitia uma certeza esmagadora: aquilo era um anjo. Não havia como confundir sua majestade com qualquer outra coisa. Sua presença enchia o ar de um sentimento de reverência, fazendo com que as pessoas ao redor se sentissem pequenas e insignificantes diante daquela visão celestial.
O sorriso gentil do ser era quase hipnotizante, como se, só de olhar para ele, todas as preocupações e medos de todos fossem dissipados. Octávio, no entanto, não sentiu o mesmo que os outros, eo motivo disso, é que quando ele pós os olhos no anjo, isso apareceu para ele.
[!@Ho!#n!@!culo]
[Nível: !!@!@!]
[Status: !!!!@!@!@!]
"Humanos..." a voz ecoou novamente, gentil como uma brisa leve."Não temam. Estou aqui para leva-los para a segurança, estou aqui para leva-los para a nova era."
Assim que o ser terminou de falar, Uma grande espiral de energia prateada surgiu entre os destroços do chão, e com um gentil gesto de sua mão ele citou todos a se aproximarem com um sorriso no rosto.
" O destino de vocês os aguardam do outro lado!"
Após dizer isso ele se aproxima da espiral e desaparece em energia prateada, e como filhotes de pato assustados, os sobreviventes o seguiram para espiral, desaparecendo do mesmo jeito que ele havia anteriormente.
Octávio, sobre a carcaça de um veiculo observou tudo de longe, desde o desaparecimento do primeiro sobrevivente ao o ultimo, ele não iria seguir como os outros para dentro daquela estranha espiral, ele tinha muitas duvidas e suspeitas sobre aquele "anjo", que subitamente apareceu para eles no pior momento. E por mesmo que sua duvida possa o levar a cometer um erro, ele escolheu não ir para a espiral.
Após alguns minutos depois a espiral prateada sumiu, e no exato momento em que ela estava sumindo, uma repentina mudança na coloração da espiral ocorreu, de um sagrado prateado, para um Caótico Vermelho.
Assustado Octávio rapidamente se afasta da área da espiral.
Alguns minutos depois
Octávio chega as proximidades de sua casa, ou melhor, onde deveria estar sua casa. O local onde deveria existir, uma humilde moradia uma pessoa Solteira, a um enorme cratera para o subsolo, tão profunda que o fundo não é visível.
O peso dos últimos acontecimentos finalmente atingiu Octávio com força total. Ele, que antes acreditou que sobreviveu ao pior, agora se encontrava diante de uma revelação ainda mais devastadora. Onde sua casa deveria estar — um local que lhe dava uma sensação de segurança e familiaridade — só restava uma enorme cratera. Era como se sua vida inteira tivesse sido apagada do mapa.
Ele se aproximou cautelosamente da borda, mas o fundo da cratera era invisível, oculto nas sombras profundas. O vazio parecia chamar por ele, como se quisesse engoli-lo, e um frio percorreu sua espinha. Octávio recuou, sentindo suas pernas fraquejarem, e caiu de joelhos, o cansaço mental e emocional o sobrecarregando.
Sentindo-se impotente e consumido pelo esgotamento físico e emocional, Octávio finalmente cede. Suas forças restantes o abandonam, e a escuridão tomou conta de sua visão. Ele caiu no chão, inconsciente, seu corpo descansando na beira da cratera que havia se tornado o símbolo de sua perda e desolação.
.....
Retomando letargicamente a consciência Octávio se levanta com fraqueza enquanto se afasta da borda da cratera, olhando para a posição do sol ele descobre que se passaram 2 horas desde que perdeu a consciência, a dor e o cansaço ainda estão a pesar sobre seu corpo, mas felizmente, era suportável.
Com um sorriso auto-depreciativo em meu rosto, ele dá um ultimo olhar para as profundezas do vazio por alguns segundos antes de se virar, e sem rumo começar a andar.
Mas antes que ele pudesse se afastar alguns passas de onde ele chama de lar uma forte explosão ocorre, tão forte que sua onde de impacto o arremessou três metros para trás, o colidindo contra um poste de luz do outro lado da rua.
Octávio se levantou com dificuldade, o corpo ainda tremendo de dor pelo impacto. Seus músculos reclamavam a cada movimento, mas, surpreendentemente, ele não parecia ter sofrido nenhum dano sério além da dor. Isso era estranho, pois o impacto contra o poste de luz deveria tê-lo incapacitado. Ele se apoiou no poste, ofegante, tentando entender o que havia acontecido.
No entanto, sua mente não teve tempo de processar o mistério de sua resistência. Algo estava se aproximando rapidamente, e ele sentiu o perigo, e antes de ver a ameaça. Seus olhos, ainda ajustando-se à luz após o choque, finalmente focaram no que vinha em sua direção.
[Lagarto da Gruta]
[Nível: 5]
[Status: Faminto/Hostil]