— Funaki, larga de ser atrevida. — Ema chegou, falando. — Oh meu Deus, Isa?!
— Sim, mana, é ela!
— Você é maravilhosa! — Ema quase gritou, de tão animada.
Mas logo ficando vermelha, envergonhada quando olhou para Audrey que a olhava como se fosse um ET.
— Não sabia que era famosa!
— Nem eu, Audrey.
— Aqui em casa você é! — Funaki retrucou para a loira.
— Então, Ema...?
— Ah sim, senhorita Hamilton... Desculpa pelo surto. — Ema sorriu rapidamente para a garota, quase com ironia. — Vamos entrar?
— Nós vamos estudar na sua casa mesmo?
— Algum problema? — Ema perguntou, ficando vermelha.
"Essa mimada que não se atreva a falar da minha casa."
— Nenhum, eu acho — Audrey, sorriu. — Não quero te causar qualquer tipo de incômodo, é isso.
Isa olhou para Audrey, ela não era tão ruim assim, afinal.
— Não vai. — Ema retrucou. — Acho mais fácil a minha família te incomodar.
— Vinte três pessoas em uma casa causam um "pouco" de incômodo... — Funaki sorriu, presunçosa para Audrey.
A Griffin sabia que não devia esperar por Audrey lembrar-se dela, e que a mesma havia beijado-a de surpresa, mas vai que...
Seria uma bela ocasião parar puxar papo com a negra e tentar zoar ela por tudo que aconteceu enquanto estava drogada.
— Vinte três?
— Naah... Vinte três foi o nosso maior número... — Funaki respondeu, rindo. — Agora são só vinte e uma pessoas.
Ema riu vendo a cara de espanto de Audrey, afinal ela sempre viveu apenas com sua mãe e avó. Apesar de conhecer seu pai e suas duas irmãs, mas não conviver com eles diariamente.
— Uau, meninas! — Isa falou surpresa. — Vocês sabem o que é privacidade?
— Privacidade é quando você toma banho com mais duas ou três pessoas no banheiro?! — Funaki brincou, fazendo as duas outras arregalarem os olhos e sua irmã rir. — Foi brincadeira não chegamos a esse ponto... Apenas quando éramos crianças.
— Vamos entrar então. — Ema falou, cortando a brincadeira de sua irmã.
— Claro.
— Eu tenho que ir embora, meninas. — Isa sorriu simpática para as garotas.
— Ah! Mas já?!
— Sim, infelizmente. — respondeu. — Tenho algumas coisas para fazer.
— Mas você volta algum dia, não é?!
— Claro, Funaki.
— Não esqueça a minha camisa!
— Ok.
— Larga de ser pidona, parece filho de cego!
Isa riu enquanto caminhava pelo jardim dos Griffin.
— Isso é preconceito com os filhos de cegos, Ema! — Funaki defendeu. — Que feio.
— Mamãe que me ensinou essa frase idiota. — Retrucou. — Estou sendo preconceituosa mesmo, que horror.
Audrey teve que pigarrear para que as duas pararem a falação idiota.
As três entraram na casa. Funaki logo arrumou o que fazer. Ema e Audrey tentaram estudar ali mesmo, mas não foi uma boa ideia.
— Eu sei onde podemos estudar. — Audrey falou, e Ema quase pôde ver uma lâmpada acesa por cima da cabeça dela.
— Então partiu.
As duas saíram da casa e no quintal dos fundos avistaram a van de Ema e Funaki.
— Você tem uma van do Scooby Doo?!
— A van é da Mistério S.A. mas tudo bem... — Ema respondeu. — Pois é tenho.
— Você deve ser muito fã mesmo.
— Na verdade a van era do meu tio. — Ema respondeu, dando de ombros. — Ele morreu e deixou para Funaki e eu, no testamento.
— Ele morreu de quê? Resolvendo mistérios? — Audrey perguntou sarcástica e riu em seguida.
— Essa foi a melhor até agora. — Funaki apareceu atrás das duas. — Mas se você fizer uma piada da morte do nosso tio novamente, juro que dou na sua cara.
Audrey ficou assustada, Ema riu.
— A garota só te deu alguns selinhos, mana, não quer te comer!
— Selinhos?! Eu nunca nem vi ela na vid... Ah!
— Lembrou, não é?!
— Me desculpa, Funaki. — Audrey falou, sem graça e envergonhada. — Não sei o que deu em mim naquele dia.
— Drogas. — Ema concluiu.
— Alguém me drogou na festa?!
— Festa, nada disso... Foi no carro.
— Eu não me lembro de muita coisa depois de entrar no carro da namorada da Emeraude. — Audrey falou pensativa. — Foram elas?!
— Que esperta. — Ema murmurou.
— Vou matar as duas!
— Não vai não. — Ema logo denunciou. — Foi só a Emeraude a culpada.