Audrey Hamilton, filha da senadora Hamilton, é flagrada com loira desconhecida.
Audrey é nova celebridade bissesual ou lésbica da atualidade, depois de sua amiga Emeraude Simmons, ou só estava curiosa sobre o corpo da "gata loira"?
A loira com Audrey Hamilton pode ser seu novo affair?! Todos ansiosos por mais informações.
— Não vai ler mais nada! — Audrey falou, irritada, andando pelo quarto, apressada. Emeraude apenas lhe observava sentada na cama. — Eu nem posso me divertir mais.
— Olha o chilique, madame. — Emeraude riu, ela já tinha quase rido tanto de Audrey que estava sentindo dores no abdômen. — Eu quem deveria estar irritada por você estar tomando meu posto de "celebridade LGBT".
— Fica quieta.
— Você já pensou o que sua mãe vai dizer? — Emeraude parou de rir e falou séria. — É ano de eleição.
— Acha que eu não sei! — Audrey se jogou de costas na cama. — Ela vai me comer viva...
*****
— Toc toc... — Ema brincou, olhando dentro do quarto de Audrey, com um sorriso.
— Ah... Oi, Ema. — A negra respondeu, deitada na cama com a cabeça para fora da mesma, olhando a polinésia. — O que faz aqui?
— Wow. — Ema arregalou os olhos, lá estava Audrey Hamilton sem graça, chata e irritante novamente. — Só achei que seria legal a gente sair, mas tudo bem se não estiver dispos...
— Você não viu as coisas que saíram na internet?
— Sobre o terremoto em algum lugar da Europa? — Ema questionou, um tanto quanto em dúvida.
— Não. — Audrey revirou os olhos. — Sobre nosso affair!
— Nosso affair? — a polinésia perguntou, de cenho franzido. — Temos um affair?
— Segundo a mídia temos!
— Certo. — Ema coçou a nuca. — Isso é ruim, pelo menos um pouco.
— Você me entende, me abrace! — Audrey brincou, sarcástica.
— Isso não foi sério? — apesar de ser inteligente, nem sempre Ema sabia o que Audrey queria dizer. Se era verdade ou não. — Certo. Não foi.
Audrey riu, achando fofa a confusão de Ema. Era sempre assim, estava irritada, mas bastava que a polinésia chegasse e derrubava qualquer que fosse as imperfeições da Hamilton.
— Você veio me chamar para sair?
— Sim, mas já entendi que não quer. — Audrey deixou Ema falar, não querendo interromper pois gostava de ver e ouvi-la falar.
— Eu saio com você.
— Sai? Mesmo com a carreira da sua mãe correndo o risco de ser...
— Por isso mesmo que eu vou. — Audrey rebateu. — Só vou me trocar, se quiser esperar aqui.
— Tudo bem. — Concordou, meio atordoada. Audrey correu para o closet e Ema sentou—se na cama da mesma, para e sussurrar: — Ela não se importa com a carreira da mãe...
*****
— Oi, Ayla. — Ema atendeu o Celular, assim que estacionou no parque de diversões.
— VIU SUAS FOTOS COM A AUDREY E AS MATÉRIAS QUE FIZERAM?!
— Não, não vi. — Retrucou, revirando os olhos. — Mas Audrey me contou.
— Esteve com Audrey hoje?! — Ayla estava surpresa. — Ela deve estar muito irritada ou preocupada.
— Estou com ela. — Olhou para Audrey que estava sorrindo, olhando para os brinquedos que faziam as pessoas gritarem. — Não me parece irritada ou preocupada, no momento.
— Ah... — Ayla murmurou, pensando no que falar em seguida. — E onde vocês estão?
— Por que quer saber? — Ema desconversou.
— Por que não quer responder?
— Por que acha isso?
— Porque está me respondendo com perguntas. — Ayla concluiu.
— Não estou.
— Ema, me dá seu celular! — Audrey estendeu uma das mãos para a polinésia, que lhe fez o que foi pedido. — Oi, Ayla... Tchau, Ayla!
— Deveria ter te entregado antes. — brincou, pegando o celular de volta. — Pronta para diversão?
— Pronta!
*****
— VOCÊ QUEBROU MEUS DEDOS, AUDREY! — Ema gritou, balançando a mão esquerda. Audrey bateu a porta nos dedos da polinésia, sem querer e a mesma estava fazendo um escândalo. — PORRA, COMO DÓI!
— Desculpa, desculpa. — Audrey falou desesperada, pegando no rosto de Ema com as duas mãos. — Por favor, desculpa... Não foi por querer.
— EU SEI, MAS DÓI! — falou o mais alto possível entre dentes, olhando nos olhos de Audrey.
— Eu sei, desculpa. — Audrey tirou as mãos do rosto polinésio. — Deixa eu ver. — Ema revirou os olhos, mas levantou a mão para que a negra visse. — Ah... — fez um bico e afinou a voz, em brincadeira. — Vou dar um beijo pra passar.
— Só se sua boca for anestésica! — Ema implicou, recebendo beijos leve nos dedos. — Ai!
— Iiih... Não é anestésica! — Audrey retrucou, brincando. Ema olhou para o lado, já estava se sentindo observada há algum tempo. — Desculpa por te decepcionar...
— Audrey, tem alguém tirando fotos de nós duas! — Ema falou, rápido, abrindo a porta da van.
— Ei, posso tirar uma foto perto da Máquina de Mistérios? — duas garotas chegaram e assustaram Ema e Audrey, que estavam próximas.
— Claro. — Ema respondeu, desconfiada, olhando para a garota morena de óculos.
— Hmm, vocês podem aparecer também? — a outra garota perguntou, fazendo Ema erguer uma das sobrancelhas.
— Claro. — Audrey respondeu.
*****
— Audrey, se você não quiser acabar com a carreira de sua mãe... Vai ter que dirigir... — Ema impôs, falando rápido. — A chave está na ignição!
— Eu não dirijo! — Audrey exclamou, batendo os pulsos no volante.
— Mas você tem carta! — insistiu. — Dirige ou vão tirar mais fotos nossas!
— Tudo bem! Tudo bem! — suspirou, olhando para Ema. — Eu consigo.
Ema não falou nada, apenas suspirou, observando Audrey girar a chave na ignição. Elas estavam tentando fugir mais uma vez de paparazzis.
Audrey ligou o motor com sucesso... Mas o sucesso foi só até tentar engatar a marcha ré.
— Use os ensinamentos de sua mãe... — Ema começou. — Sabe, empoderamento feminino! Você consegue!
— Empoderamento feminino? — riu irônica. — Quer saber de uma coisa? — Audrey desligou a van, suspirando frustrada. — Minha mãe praticamente nunca me ensinou nada.
— Sério? — Ema perguntou, surpresa.
— Fui criada pelos funcionários dela. — Audrey mordeu o lábio inferior, olhando para a noite que se iniciava no lado de fora da van. — Eles que me ajudaram com tudo... Adolescência, concelhos e até menstruação, acredita?!
— Meu Deus! Sinto muito. — Ema queria abraçá-la. — Não fazia ideia, vocês parecem tão próximas.
— Só parecemos. — Audrey foi sincera. — E sabe... Eu não me importo de ser vista com você, mesmo que pensem que temos alguma coisa. — Suspirou. — Até pensei que poderia prejudicá-la, mas agora não me importo mais se isso acontecer.