Todos os membros da equipe estão reunidos na sala do nosso apartamento temporário, Robin, está na frente de todos do lado da TV, os outros estão sentados no sofá, todos menos eu, que estou sentado no chão encostado na parede atrás do sofá.
Se passou uma hora desde o ataque, e com o sol já sobre nós, estávamos realizando uma reunião e relatório para Batman, que está do lado do sofá, ouvindo atentamente a informação que seu pupilo reunio.
"O nome dele era Jonathan Gunnarson, mais conhecido como Johnny, o Pistoleiro." Começou Robin, sem sua camisa, o seu peito estava envolvido por uma bandagem cobrindo seu ferimento já tratado.
A TV do lado dele, mostrava as imagens das câmeras de vigilância da casa, no ponto em que Jonathan entrou no nosso apartamento atravessando uma parede como um fantasma.
"Ele era um pequeno senhor do crime aqui em Gotham, envolvido com tráfico de drogas e recolhimento de taxas de proteção dos negócios de uma pequena rua."
"Isso não importa!" Interrompeu Roy.
"O que importa é como ele conseguiu nos achar." Continuou ele.
A preocupação dele é válida, esse apartamento foi escolhido pelo Robin numa grande lista de apartamentos vazios dos Wayne na cidade, mas o vampiro nós achou em poucas horas.
"Talvez a chefa da Starfire tenha nó traído." O comentário fez que todos ficarem em silêncio.
"Emily não faria isso!" Gritou Koriand'r, se levantando do sofá do lado da Ravena.
Wally, vendo a alien furiosa com ele, levantou as mãos num sinal de rendição.
"Eu senti os sentimentos de Emily durante nossa conversa, ela não senti nada mais do que nojo das ações da Mary." A empatia de Ravena com certeza é muito útil em momentos assim.
"Concordo, não acho que fomos traídos, já que Emily nunca soube aonde nós íamos ficar, e Koriand'r não avisou, avisou?" Perguntou Kaldur para ela, que balançou a cabeça em negação para depois se sentar.
"Ele não sabia quem nós somos, apenas seguiu o cheiro do nosso sangue." Os informo, foi a primeira coisa que falei desde o evento.
"Como você sabe disso?" Pergunta Robin.
Retiro minha espada das minhas costas e a coloco na frente do meu corpo, dela, uma energia branca sai do seu pomo sobre meu comando, a alma é invisível para todos, mas consigo a deixar visível para eles com um pensamento.
"O que é isso?" Perguntou Wally curioso se levantando do sofá, assim como os outros, menos Ravena, que está ainda calada sentada.
"A alma dele." Respondo.
E facilmente, a esfera de energia branca flutuando na minha frente toma uma forma quase transparente do homem loiro que nós atacou a pouco.
"Eu não sabia que você podia fazer isso." Falou Robin, um pouco assustado.
Mexer com almas faz com que aqueles que não tem nenhum contato com o mundo místico fiquem desconfortáveis.
Em nome de todos os deuses, eu tenho contado com esse mundo e mesmo assim não estou.
"A alma dele foi sugada pela espada depois..... de qualquer forma, eu não sabia que ela podia fazer isso." Respondo.
Conjurar a alma da espada, a deixar visível para aqueles que não são místicos e a fazer tomar a forma que ela tinha durante a vida são coisas novas para mim, nunca fiz isso antes ou li como se pode ser feito, mas desde que a espada sugou a alma do vampiro, sinto um controle anormal sobre ela, controle ao nível em que com um pensamento, posso espalhar essa alma por toda essa cidade, e isso é o máximo que uma pessoa pode fazer a uma alma, já que destruir uma e um feito de um ser nível arcanjo ou entidade cósmica.
"Ela não está completa." Fala Ravena pela primeira vez, ainda sem olhar para mim.
"Como morto-vivo, sua alma nunca pode ser completa." Concordo com ela, com o conhecimento que também foi obtido do controle sobre alma.
"Mais alguma informação?" Batman não ligou para esse evento, ou escolheu prosseguir por pena, de qualquer forma, agradeço a ele.
Retorno a alma para minha espada, não quero os deixar mais desconfortáveis.
"Pelas memórias dele, Jonathan Gunnarson foi transformado por Mary, a Rainha do Sangue a poucos meses, ele também se tornou membro do Culto da Lua Vermelha de Sangue, suas ordens eram para esculpir uma base aqui na cidade, por isso Jonathan estava prestes a transforma vários membros de grande poder que vivem nessa parte da cidade, mas antes dele prosseguir com esse plano, ele sentiu o cheiro do nosso sangue, e como ele ainda é um vampiro novo, seus instintos o controlaram."
Ver as memórias dos fantasmas se tornou algo fácil depois do meu treinamento no submundo, então ver a memória da alma meio danificada também não foi um problema.
"A outros vampiros em Gotham?" Perguntou Batman em seguida.
"Muitos, mas a maioria deles não está sobre controle da Mary, apenas aqueles da gangue do Jonathan, que foram transformados por ele estão, dez no total."
"Temos que os atacar, antes que eles percam o controle e ataquem." Falou Roy, querendo começar uma briga por raiva, já que ele quase foi morto pelo seu líder.
"Não, temos que conseguir mais informações primeiro." Robin foi contra isso.
"Roy está certo." Os paro.
Todos sabem do meu relacionamento perturbado com Roy, então quando essas palavras saíram da minha boca, todos ficaram em silêncio, inclusive o próprio Roy.
"Jonathan foi transformado e treinado por Mary, então ele tinha controle sobre si mesmo e alguma habilidade também, mas seus subordinados só estão sendo contidos pela força dele, quando eles perceberem que seu líder não vai mais voltar, esse controle vai desaparecer." Explico para todos.
Jonathan podia não apenas atravessar paredes, como também se transformar em névoa, duas habilidades que todos os vampiros têm, só que é preciso alguns anos de prática para conseguir fazer isso, foi apenas por conta das instruções da Mary, que ele conseguiu acessar essas habilidades tão cedo.
"Eu vou lidar com isso." Batman bateu o martelo andando até a sacada do apartamento.
"E nós, vamos só ficar aqui sem fazer nada?" Perguntou Wally.
"Descansem." Respondeu Batman, pulando para fora do apartamento.
Depois de alguns momentos de silêncio, Robin ordenou.
"Vocês ouviram pessoal, todo mundo tente dormir um pouco."
"Como isso fosse possível!" Gritou Roy.
"Fique calmo Roy, Batman está certo, estamos muito cansados para sermos uteis, tanto fisicamente como mentalmente." A voz calma de Kaldur sempre ajuda.
Nos estou afim de conversa, nem dos olhares que eles estão me dando agora. Então me levanto e me teleporto para sacada, aonde faço isso de novo olhando para o telhado do prédio.
Como sempre, os telhados são o melhor lugar para se ir quando quer ficar sozinho, e como a porta desse está fechado, posso relaxar em paz, a não ser que algum dos meus amigos venham até aqui, mas sei que eles vão me deixar sozinho por alguns momentos, afinal, tirar uma vida não é um ato leve.
"Hmmmm!"
Aí está de novo, aquela sensação de algo apertando meu peito e a vontade imensa de deitar no chão e se deixar levar pela dor, o sentimento familiar que sempre tenho quando sei que fiz uma ação errada.
Sento no chão entrando na posição de lótus, acreditando que um pouco de meditação vai me ajudar a limpar minha mente disso tudo.
Sei muito bem que Jonathan Gunnarson foi um bandido, mandante e participante de vários crimes, desde assassinato a roubo, tenho acesso a todas as memórias dele, e vi todos os seus crimes.
Mas mesmo assim, uma vida foi tirada. Não estou num videogame ou filme, aonde o astro de ação mata centenas de inimigos tão facilmente quanto o aperto de um botão, não, essa é a realidade. Jonathan Gunnarson foi um ser que viveu trinta anos, um ser que foi removido da Terra por minha lâmina. E mesmo sendo um bastardo, àqueles que vão sentir falta dele. Sua prima, uma mulher inocente que trabalha numa biblioteca para conseguir pagar sua faculdade, ela é a única parente viva de Jonathan, e ele a tratava como uma princesa mantendo segredo dela dos seus negócios.
Agora, por minha causa, ela está sozinha no mundo.
"Inferno!" Digo em voz baixa.
"Suas emoções não estão melhorando."
Abro meus olhos e vejo Ravena, flutuando do lado de fora do prédio.
"Desculpe por isso." Por conta dos poderes dela, minha dor deve ter sido nada fácil de digerir para alguém que sempre tem que se manter sobre controle.
"Está tudo bem, sei muito bem o que você está sentido agora." Falou ela sem levantar seu rosto coberto por seu capuz.
"Você viu as memórias dele não foi, ele não era um bom homem." Tenta ela me animar.
"Vi as memórias dele para tentar encontrar uma desculpa para o que fiz ser aceitável, mas isso não funcionou."
"Bom."
"Bom!?" Pergunto um pouco bravo.
"Se você tivesse aceitado tirar uma vida tão facilmente, isso com certeza teria sido muito pior, não seria?"
Ela está certa.
"Infelizmente, isso não ajuda muito no como me sinto agora."
"Ninguém pode te ajudar a encontrar sua própria paz de espírito, os outros só podem tentar te guiar." Ravena começa a se aproximar de mim.
"Já sinto suas emoções mais calmas, a meditação está ajudando?"
"Não, conversa com você está."
Ela para.
"Então vamos continuar assim." Decide ela então se aproximando e entrando na mesma posição que eu sentada na minha frente.
"Vai ficar pior não é?" Mais uma pergunta que sei muito bem a resposta.
"Não há como prender os vampiros ou como os curar, então todas as lutas a partir de agora podem ser até a morte." Respondeu ela seguramente.
Não há uma prisão sobrenatural gerida pelo governo, que eu saiba. A formas de banir seres para outras realidades, magos são muito bons nisso, mas banir centenas de vampiros não é um feito pequeno, a não ser que você seja o Doutor Destino. E como essa é a realidade, e não uma história em quadrinhos, não vai acontecer nenhuma situação ridícula onde o vilão morre em um acidente, negligencia ou por seus aliados para que o herói permaneça com as mãos limpas.
Pensando nas almas que minha espada vai absorver no futuro não posso deixar de pegar minha espada e a colocar no meu colo.
"O que você vai fazer com ele?" Pergunta ela, olhando para minha lâmina.
"Não sei, ainda não intendo o propósito da minha espada."
Com a alma na minha espada, tenho várias opções de como a usar, desde usar como sacrifício para realizar grandes feitos na magia, até criar um homúnculo imortal e leal a mim, as aplicações são infinitas quanto se usa uma alma como ingrediente, mesmo que ela não esteja completa. Só que eu não me perdoaria se usa-se uma alma para algo assim.
"Vou a levar para o submundo e a soltar, talvez seja para isso que esse encantamento tenha sido feito, para trazer as almas perdidas para seu lugar de direito."
Ravena me dá um aceno com a cabeça em aceitação.
"E a equipe, como eles estão se sentindo sobre isso?" Tomo coragem para perguntar, a opinião da equipe é a coisa que mais pesa na minha mente agora.
Ravena normalmente não conta o que os outros estão sentindo, é de acordo ela uma violação da privacidade, mas por sorte minha, ela fez uma exceção para mim.
"Roy não se importa muito, Koriand'r e Kaldur foram treinados por soldados, então eles entendem muito bem a situação. Dick não aprovou sua ação, mas entendeu que ela foi necessária para salvar sua vida após ver as imagens, agora ele está se culpando por o colocar nessa situação, Wally é o único que não o que você fez, mesmo que, no fundo, ele sabe que foi algo inevitável."
"E você, qual é sua opinião?" Pergunto a uma das pessoas que mais tem peso para mim.
"Eu não tenho nenhum direito de julgar você, não depois de tudo que fiz." Responde ela com clara tristeza na voz.
"Azarath Metrion Zinthos!"
Ravena passa a maior parte do tempo livre meditando para ter controle total de suas emoções, então é o que ela faz depois de me responder.
"Eu sempre quis pergunta alguma coisa, o que significam essas palavras?"
Minha pergunta parece ter pego ela de surpresa pelo pequeno movimento do seu corpo que ela faz.
Sei que as palavras que ela sempre diz não são um feitiço, estão mais para um mantra, mas até agora nunca intende o significado dele.
Mais uma tentativa de mover minha mente para outra coisa que não seja o que fiz.
"Azarath Metrion Zinthos, é o centro das minhas emoções, palavras que me guiam para o que eu sou, e o que almejo ser."
"Você resumiu sua existência em apenas três palavras?"
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Ficamos no tralhado até anoitecer, como eu, Ravena não é totalmente humana, e mesmo não esbanjando isso, ela tem um físico muito superior aos humanos comuns, então ela pode facilmente ficar semanas sem dormir e se manter no pico de sua força. Então enquanto os outros estavam dormindo, conversamos.
Não foi uma conversa muito variada, já que ela não é de falar muito, mas percebi que ela se esforçou bastante para conversa comigo, e quando a conversa foi para o lado magico, ela como sempre ficou um pouco mais animada, principalmente quanto contei a ela minha ideia de alterar o feitiço dela, o soul-self usando minha manipulação de ectoplasma como base.
Então às quatro horas da tarde, todos acordaram finalmente descansados, e nós reunimos mais uma vez na mesa da cozinha, onde estamos almoçando agora, e como bons adolescentes, não há nada saudável na mesa a não ser o alface dos hamburguês.
"Acabei de receber uma atualização do Batman, os vampiros subordinados do Pistoleiro foram destruídos após atacar o bairro aonde eles mantém sua base, parece que outro caçador de vampiros ajudou o Batman durante a luta." Informa Robin.
"Temos mais um aliado?" Perguntou Kaldur.
Quem melhor para lidar com uma revolta de vampiros que um caçador.
"Não, o caçador em questão não é muito estável."
"O que o caçador de vampiros fez?" Perguntou Wally curioso, com dois pedaços de pizza em cada mão.
"Ela pensa que o Batman e nosso grupo são todos vampiros, e que os vilões que nós atacaram são lutadores da liberdade querendo destruir os monstros."
"Então ele é louco."
"Sim Wally, ele é louco, mas um louco poderoso com habilidades sobre-humanas."
"Tudo bem! Alguma nova ordem, ou vamos ficar aqui apenas esperando?" Roy estava ficando impaciente com a espera.
"Nenhuma ordem de ação foi dada, mas vamos nós mudar, esse apartamento tecnicamente não foi comprometido, mas é melhor fazer isso para não arriscar."
"Para aonde vamos?" Pergunto.
"Para outra casa segura não muito longe daqui."
A mudança foi fácil, já que não temos nada em mãos, e poucos minutos depois, pousamos nosso veículo num belo gramado na parte mais afastada de Gotham, em uma pequena casa de madeira antiga.
A casa parecia abandonada, mas após olhar o interior, você descobre que é apenas um disfarce, já que a casa tem muito conforto e está lotada de aparelhos de alta tecnologia, a até mesmo uma zona de treinamento no centro da floresta atrás da propriedade, e para la que vou após pôr as minhas coisas no quarto dos meninos, na frente quarto das meninas.
"Vamos treinar!" Gritou Koriand'r, jogando um bastão de metal para mim.
Assim que chego no local de treinamento, a vejo me esperando.
"Onde você encontrou isso?" Pergunto para ela pegando o bastão.
"Do cinto do Robin, parece ter muitas coisas nele."
"Você nem imagina." Digo sorrindo.
A área de treinamento é um quadrado de grama bem aparado no centro da floresta, tudo ao nosso redor são arvores de mais de dez metros de altura, tornando esse lugar perfeito para treinamento.
"Aqui vou eu!" Avisa Koriand'r, deslizando pelo chão com o bastão levantando.
Vim aqui para ficar sozinho de novo, mas treinar pode me animar um pouco.
O ataque dela começa como sempre, rápido e feroz, mas nunca sem habilidade.
Defendo os três primeiros golpes dela, até ver uma abertura e tento acertar seu ombro, Koriand'r desvia facilmente para esquerda e bate com o bastão na minha perna me derrubando no chão.
O objetivo desse treinamento, que já fizemos vários vezes antes, é derrubar inimigo, então a luta sempre para quando um de nós cai no chão, portanto fiquei um pouco surpreso quando vi o bastão vindo na direção da minha garganta.
"TROM!"
O chão explode quando ela o acerta, após eu ter saído da frente do golpe rolando para esquerda e levantando logo em seguida.
"O que foi isso!?" Pergunto um pouco irritado.
Ela me ignora, e voa na minha direção segurando o bastão com às duas mãos acima da cabeça, levanto o meu, e os dois se chocam.
"TRUMMMMMMMMMMMM!"
Sou empurrado até bater com as costas no tronco da árvore atrás de mim.
"Starfire, o que em nome dos deuses você está fazendo?" Pergunto de novo, dessa vez com minha paciência um pouco menor.
Koriand'r não me responde, apenas continua empurrando seu bastão com seu rosto sério.
"Trumm!"
O tronco das árvores nas minhas costas começa a protestar.
"Se você quer, que seja!" O que restou da minha paciência desapareceu.
Empurro ela e inclino meu corpo para esquerda a fazendo perde o equilibrou, aproveito isso para arrancar o bastão da mão dela.
Ela tenta se equilibrar de novo, mas acerto o corpo dela com meu ombro a fazendo cair no chão e rolar, quando ela ficou de joelhos, já tinha deixado os dois bastões de metal deslizar pelas minhas mãos, os segurando como um taco, bato no rosto dela com toda minha força mirando nos seus olhos.
"BLOM!"
Os bastões se quebram, e ela fecha os olhos por conta do golpe, dou um soco de baixo para cima atingindo o rosto dela.
"BLAMMMMMMMMM!
Koriand'r voa como um foguete destruindo as copas das árvores a nossa esquerda.
Foi um golpe forte, mas nada que ela não possa lidar, conheço muito bem os limites dela, como ela conhece os meus, esse entendimento veio de muitas e muitas horas de treinamento.
Como confirmação disso, vejo ela voltando com a intenção de me atingir com seu corpo.
Olho para os dois pedaços do bastão na minha mão e os jogo como facas na direção dela, Koriand'r desviar facilmente girando seu corpo no ar e me acerta em cheio.
"BLOMMMMMM!"
Meu corpo e arrastado pelo chão destruindo o gramado e levantando um monte de terra no processo. Quando ela para, sinto seu soco no meu rosto, ela não estava pegando leve.
Sentando em cima do meu corpo, ela me acerta de novo, mas na terceira vez, me teleporto para trás dela e tento dar nela um mata-leão.
Koriand'r pula acertando meu queixo antes deu conseguir a segurar perfeitamente, quando me afasto, ela pula, gira seu corpo no ar e acerta um chute no meu rosto.
Limpo o sangue dos meus lábios e cuspo o sangue na minha boca enquanto me levanto do chão.
Na minha frente, Koriand'r levanta às duas mãos, seus longos cabelos vermelhos que chegam até sua cintura se acendem em chamas vermelhas, assim como suas mãos que ficam cobertas por uma forte energia brilhante amarela.
Os cabelos são prova clara que ela está dando tudo agora, eles só se acendem quando isso acontece.
Só tive um segundo para conjurar meu escudo e o levantar antes dela disparar os seus starbolts em mim. O fluxo de energia amarela quase me empurra para longe, mas consigo no final me fixar no chão lutando contra a força me empurrando.
O starbolt se dividiu quanto entrou em choque contra meu escudo acertando as árvores ao nosso redor as colocando em chamas ou as derrubando. Para acabar com a luta antes que tudo queime, começo a avançar lentamente na direção dela.
Sinto meu escudo esquentando a cada passo que dou na direção dela, os starbolts não são nada menos que a energia do sol concentrada e disparada por ela, e a temperatura deles pode facilmente derreter metais comuns, mas os metais do submundo são muito mais resistentes.
Lentamente, fico alguns centímetros dela, que ainda está mantendo o fluxo do disparo.
Para não ser empurrado para trás pelo poder de fogo tentando atacar, dou um soco na parte de trás do meu escudo.
"TOMMM!"
A explosão de energia divina sai na frente do meu escudo e interrompe o fluxo criando uma grande explosão que nós joga em direções contrarias, no ar, me teleporto aparecendo acima dela e seguro sua roupa.
Caímos no chão juntos. Em cima dela, saco minha espada e encosto a lâmina negra no seu pescoço.
"Chega dessa loucura!" Grito para ela, que finalmente para de se mexer, e a gentiliza nos olhos verdes dela aparecem de novo.
"Isso ajudou?" Perguntou ela no seu tom inocente.
"Ajudou o que, sua louca?" Pergunto em voz baixa, minha raiva já diminuiu um pouco, já que esse é o tom de voz que ela sempre usa quanto tem um problema cultural.
"Que dizer, os senhores da guerra Okaara sempre diziam que uma boa luta resolve os problemas de um guerreiro, então pensei que assim você se sentiria melhor."
Eu sabia.
Levanto-me e guardo meu escudo e espada, depois estendo minha mão para ela se levantar.
"Os senhores da guerra de Okaara parecem ser um bando de idiotas." A culpa é claramente deles.
"Mas, você realmente parece melhor agora."
Realmente estou, isso me vez parar de pensar e liberar um pouco da minha frustração, mas não posso deixar ela saber disso, se não, ela vai tentar fazer isso com todos os membros do grupo que se sintam tristes no futuro.
"Que bagunça!" Grito olhando para a floresta ao nosso redor em chamas.
"Oh, acho que exagerei um pouco."
"Acha!?" Grito apontando para a nossa esquerda, aonde as chamas estão mais fortes.
"Foi você quem escolheu defender com seu escudo, seria melhor ter apenas desviado."
Para a logica insana dessa mulher, escolho apenas ir embora.
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Depois de alguns feitiços, consegui apagar as chamas com ajuda dela, e nós dois voltamos para casa. Na entrada, vemos todos os membros da equipe, todos usando seus trajes prontos para algo.
"O que aconteceu?" Pergunto me aproximando.
"Acabamos de receber um alerta do Batman, a poucos segundos atrás, varias cidades pelo país inteiro foram atacadas por vampiros, todos no mesmo momento." Falou Robin, enquanto colocava seu cinto de utilidades.
"Um ataque coordenado, ainda mais de dia, eles pegaram todos de surpresa." Continuou Kaldur.
Eles não precisaram dizer mais nada, conjurei o resto da minha armadura.
"Vamos voando?"
Várias cidades estão sobre ataque, isso quer dizer que Batman foi forçado a dividir suas forças para lidar com a situação.
"Não temos tempo, Raven vai nós teleportar." Responde Robin.
"Para aonde vamos?" Pergunto enquanto Raven nos cobriu com suas sombras.
"Boston, O Caçador de Marte detectou outro ataque lá, os outros potnos já estão recebendo ajuda."
O corvo abriu suas assas mais uma vez, e estamos num beco bem iluminado, coisa rara de se ver, a maioria dos becos em que andei até agora nunca estão tão limpos ou iluminados como esse.
"Raven, Starfire, Speedy e Kírix, quero vocês no alto de olho em tudo, Kid Flash, Aqualad e eu vamos ficar no chão, não sabemos ao certo aonde o ataque está acontecendo, então fiquem em total alerta." Comandou Robin.
Raven, Starfire e eu voamos para o alto, enquanto Roy disparou sua flecha ligada a um cabo para subir até o telhado. As ordens de Robin foram perfeitas, nós três podemos voar, e Roy tem na sua máscara uma mira telescopia que não perde para a de um rifle de precisão, tecnologia de ponta.
No ar, nos separamos indo cada um para uma direção diferente, voando lentamente pela cidade, olhando tudo com meus sentidos sendo usados ao máximo.
Boston é uma das mais antigas cidades do país, ela é viva e cheia de movimento, com milhares de pessoas andando pelas ruas e com o mesmo numero de veículos se movendo pelas estradas, no oceano, um grande número de barcos e navios. Então por conta do grande número de barulhos, está difícil encontrar os vampiros.
Isso vai demorar.
{Eu os achei!} Gritou Roy pelo comunicador.
{Aonde?} Perguntou Robin.
Mas Speedy não respondeu, por sorte, consegui escutar sua voz e voei em alta velocidade até ele.
A alguns quilômetros de distância, consigo ver próximo da entrada do metro uma pilha de corpos, mais de cem corpos, um em cima do outro, e no topo dele, a uma fera de três metros de altura com o corpo todo peludo segurando o pescoço de uma mulher.
"Solte ela!" Gritou Speedy do outro lado da rua, sacando suas flechas e as disparando.
"HAAAAAAAAAAAAAAOAOAOAAA!" A fera rugiu de dor e raiva quando três flechas acertaram suas costas o fazendo soltar a refém.
Algo está errado.
Esse pensamento passa pela minha mente por algum motivo.
A fera peluda com corpo largo, muito parecida com um lobisomem, pulou na direção de Speedy, ele colocou mais duas flechas em seu arco e as lançou, mas o monstro tinha inteligencia, ele se transformou em névoa e às duas flechas passaram por ele.
Não foi nossa primeira dança com um vampiro, então Speedy pulou para esquerda quando viu o vampiro monstro se transforma em nevoa, ele fez o certo, já que o monstro reapareceu aonde ele estava.
"Não fique no meu caminho, criança!" Falou a fera, com sua voz rouca e brutal.
"Você vai pagar por isso, vampiro!" Gritou Speedy disparando.
O vampiro levantou seu braço se defendendo com ele.
"Estamos perto da entrada leste do metro!" Grito pelo meu comunicador enquanto dou um voo rasante.
{A caminho!} Gritou Robin em resposta.
"BLAAAAAaMMMMMM!"
Antes do vampiro conseguir chegar até Speedy, acerto o corpo dele de cima criando uma bela cratera no chão, antes de enfiar minha espada no peito dele e acabar logo com isso, o vampiro tenta me cortar com suas garras, pulo para trás escapando.
"Kírix!" Grita Speedy.
Olho para o lado, e vejo ele sendo atacado, atacado pela mulher que ele salvou a poucos segundos atrás.
Deitado no chão, a mulher estava em cima dele tetando morde seu pescoço, e ele tentando afastar ela com seu arco contra seu pescoço.
Me teleporto e seguro a mulher pelos cabelos a jogando na pinha de corpos do outro lado da rua.
"O que diabos está acontecendo!?" Gritou Speedy se levantando.
"Vocês atacaram o monstro errado crianças." Falou o vampiro monstro, agora com um forte sotaque britânico, após mudar de forma.
Ele agora é um homem de tamanho médio sem camisa com um corpo bem musculoso, cabelos e olhos negros, mas havia uma mecha branca na lateral do seu cabelo.
"HaHaHaHaHaHaHaHa!" Começou a mulher vampira a rir após levantar.
"Mamãe estava certo, isso é um banquete para nós." Falou a vampira.
"Nos!?" Pergunta o vampiro que nos atacou a pouco.
Então eles começaram a levantar, todos aqueles que estavam mortos.
Que erro terrível eu cometo por não ter percebido isso antes, essa parte da cidade estava cheia de corpos, mas não havia som de gritos ou sinal de pessoas correndo por suas vidas, tudo estava em silêncio, por que todos já estavam mortos, foi o que pensei, mas parece que eles não estavam mortos, só fingindo.
Os primeiros em pé são os que estavam empulhados no monte, os outros saíram das ruas e casas ao nosso redor, mais de trezentos vampiros começaram a nos cercar.
"Maldita seja a madrugada dos mortos." Brinca Speedy, pegando suas flechas com ponta de metal, mas elas são poucas.
"Isso pode levar meses." Falou o vampiro do nosso lado, por algum motivo ele é o menor dos nossos problemas.
"Trezentos vampiros, você com certeza os deixou bem furiosos." Digo para ele.
"A mãe deles e eu temos historia."
"Você pode me chamar de Kírix, ele é Speedy." Sei que parece idiota fazer isso agora, mas não quero lutar ao lado de alguém que não sei o nome.
"Eu sou Andrew Bennett, é um prazer conhecer vocês, procurem não morrer!"