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Chapter 40 - Ascensão dos Vampiros (8/8)

Uma pequena parte das ruas da cidade de Gotham agora se tornou uma zona de guerra. Uma guerra aonde uma parte quer devorar a outra, enquanto a outra fazia de tudo para apenas permanecer viva.

A força policial, sobre o comando do comissário Gordon, montou uma barricada para conter o avanço dos vampiros que passaram da força de ataque sendo liderada por Batman. No início, eles não precisaram se preocupar muito, mas quando a batalha começou a ficar cada vez mais intensa na frente deles, os vampiros começaram a atacar a barricada.

Os policiais de Gotham já viram muita coisa, ser um policial já é uma profissão perigosa, mas ser um policial na cidade de Gotham, é um dos empregos mais perigosos do mundo de acordo as pesquisas, então esses policiais, já viram muitas coisas estranhas, mas nunca lutaram contra um vampiro antes.

E quando isso aconteceu, dois deles foram mordidos antes de poderem disparar, assustando todos os outros que ficaram congelados de medo. Foi então que Gordon se moveu, e de trás dos vampiros que estavam totalmente concentrados na sua comida, ele disparou duas vezes acertando suas cabeças.

Isso foi o acordar para os policiais, e todos eles finalmente apontaram suas armas e começaram o contra-ataque.

"Onde estão meus reforços, a SWAT?!" Gritou Gordon, abaixado atrás da porta aberta de uma viatura enquanto disparava com sua pistola.

Como os vampiros têm uma habilidade incrível de cura, e a mira dos policiais é media, muitos não acertaram o coração ou cabeça de longe, por isso, eles estão sofrendo muitas baixas não conseguindo matar os vampiros antes deles se aproximarem.

"Eles estão presos a duas quadras daqui, Chefe!" Respondeu uma oficial recarregando sua doze atrás de uma viatura.

Gordon não respondeu ou perguntou mais nada, ele se levantou mais uma vez após recarregar para atirar, sendo surpreendido com um lobo pulando em cima dele o derrubando no chão.

Gordon soltou a arma e segurou a cabeça o lobo o afastando do seu pescoço. Sentindo o cheiro de sangue da boca do lobo, Gordon gera seu corpo jogando-o para esquerda, e consegui pegar sua arma e a levantar, só para não ver mais o lobo a sua frente.

O lobo agora era um morcego, que possou no seu ombro.

"Shiff!"

A flecha passou a poucos centímetros do pescoço de Gordon acertando a pequena cabeça do morcego o destruindo.

"O que foi isso?" Perguntou ele olhando para sua esquerda, aonde Speedy tinha acabado de disparar em cima de um carro.

"De nada!" Gritou Speedy, pulando de cima do carro na direção da batalha a frente.

Ele não estava nada bem, sua roupa foi rasgada, seu corpo foi ferido e suas flechas estão quase acabando. Só pelo fato dele ter que recuar até a última linha de defesa mostra a dificuldade da luta a frente.

"Senhor, não vamos poder segurar muito tempo." Alertou a oficial mais próxima dele.

"Eu sei, oficial." Respondeu ele, olhando ao seu redor aproveitando o pequeno espaço de tempo antes do próximo ataque.

"Vamos recuar, formar uma nova linha de defesa na próxima rua." Decidiu ele.

"Mas senhor…"

A oficial entendeu que fazendo isso, outra rua cairia em caos, e muitos morreriam.

"Eu sei, mas não há nada o que podemos fazer sobre isso." Suspirou Gordon, sentindo o peso da idade e das suas decisões.

"É bom que sua carta na manga seja boa." Falou ele olhando para as chamas no fim da rua, o local aonde seu aliado mais improvável está.

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"TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!"

Raven sabe que sua missão é muito importante, e a cada segundo que ela gasta nessa luta, um civil é morto ou transformado, só que ela também sabe que se deixar o atirador fugir, um dos seus amigos pode cair.

O atirador é um caçador, e sua presa são os heróis, e se um deles cair, isso vai causar mais vítimas sem a proteção deles, já que são os heróis que estão evitando a completa destruição dessa parte da cidade.

Então ela tentou fazer isso o mais rápido que podia, o problema é que seu inimigo não é fácil de se lidar.

"TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!"

Ela acabou de se teleportar mais uma vez, apenas para se recebida por quatro disparos que vem do outro lado da rua, acima de uma caixa de água.

Ela puxou sua capa roxa cobrindo seu corpo, a capa está envolvida por sua energia, a defendendo dos disparos inimigos.

Quando ela abaixa a capa, o atirador já não está mais lá, ele está no outro telhado, fugindo.

Isso já se repetiu quatro vezes, ele atira, depois foge e atira de novo. Raven usa seu teleporte para tentar compensar a distância, mas o vampiro também tem seus truques. Atravessando paredes, virando um morcego ou névoa entrando pelos pequenos buracos nas construções e desaparecendo, só para ressurgir num ponto distante dela e voltar a atirar.

"Azarath Metrion Zinthos!" Raven fala suas palavras em voz baixa, não para usar seus poderes, e sim para a acalmar sua raiva, Raven está ficando sem paciência.

Raven então tenta algo diferente, voando para o alto, ganhando altitude.

"TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!""TUNNN!"

Mais uma rodada de tiros.

"Haaa!"

Ela conseguiu defender com seu manto, mas uma das balas ricocheteou nela e passou de raspão por sua bochecha.

Raven ignora esse pequeno ferimento, e abri seus braços, nas suas costas, o corvo surgi.

Orgulhoso, com a cabeça apontando para cima, o corvo tem seis metros de uma ponta da sua asa a outra.

Raven olha para baixo, diretamente para o vampiro fugindo, dessa altura, ele se parece uma pequena formiga pulando de um lado para outro.

O corvo bate suas asas, e suas penas caem na direção dele cortando o ar como balas.

As penas eram rápidas, mas o vampiro também, e assim que elas estavam quase o acertando, ele pulou para o telhado vizinho do seu escapando, pelo menos foi isso que ele pensou, já que as penas feitas de energia negra fizeram uma curva no ar mudando sua trajetória o perseguindo.

Mesmo de cima de tudo, Raven pode sentir a surpresa do vampiro. Mas ele é uma especialista, e logo se transformar em névoa entrando por de baixo de uma porta do telhado. Raven não se importou, as penas sobre o comando dela entraram diretamente pela porta a cortando como manteiga.

Essas penas estão sobre total controle dela, como extensão do seu poder, ela também pode sentir o que está ao redor delas por alguns metros, então não é um problema seguir alguém para dentro de um prédio. Ela só ficou no alto por que isso dá uma visão melhor do todo, a permitindo deduzir o próximo passo do inimigo.

"BLOM!"

Do alto, ela ainda conseguiu escutar a pequena explosão, o vampiro ficou sem saída nas escadas, então ele atravessou a parede saindo no telhado e as penas abriram um buraco nela logo depois.

Em espaço aberto, Raven ficou mais corajosa e separou as penas em dois grupos, um grupo atacou de frente e o outro passou por de trás de uma construção. E quando o vampiro desviou mais uma vez, havia o grupo que estava esperando logo na frente. O atirador não conseguiu se transforma em nada antes das penas passarem por todo seu corpo o cortando, e ele caiu rolando no telhado e não se levantou mais.

Raven controlou as penas as fazendo circular seu alvo, enquanto descia lentamente do alto se precavendo caso isso seja uma armadilha.

Ela não precisava.

O estado do seu alvo erra prova que ele não podia mais contra-atacar desse jeito.

O vampiro teve seu braço arrancando, e seu rifle foi perdido, seu corpo inteiro estava cortado, cortes fundos o bastante para ela ver os ossos dele.

Era uma mulher, usando antes uma roupa tática preta, com cabelos curtos pretos e olhos vermelhos, seu rosto antes deveria ser bonito, mas ele também foi cortado pelo ataque anterior.

Ela fez força se arrastando pelo chão deixando um rastro de sangue para trás, as feridas dela não estão se curando como normalmente para um vampiro, talvez por conta da energia dela. A vampira então chega a parede, e consegui se sentar encostada nela de frente para Raven.

"Olhe isso, e nos chamam de monstros!" Foi a primeira coisa que ela falou após ver Raven.

Isso assustou Raven, a fazendo acordar sentindo o medo dela, não o medo da morte, mas medo dela.

Ela estava se divertindo com a caçada a pouco, e a poucos segundos, estava olhando para o estado lastimável da mulher com um grande sorriso no rosto e seus olhos brilhando em vermelho.

"Não!" Gritou ela se virando de costas para a mulher vampira colocando sua mão no seu rosto com vergonha.

"Eles não podem me ver assim, ele não pode me ver assim." Falou ela em voz baixa.

O sangue do seu pai acordou e tomou conta dela, algo que não aconteceu a um bom tempo, já que seus companheiros sempre estão por perto, mas agora sozinha, ela baixou a guarda.

"Não vire as costas para o inimigo, garotinha!" Avisou a mulher, ela puxou algo das suas costas, uma pistola.

"Bam!" "Bam!" "Bam!" "Bam!"

As balas acertaram a projeção de energia negra do corvo que apareceu sozinho protegendo sua mestra.

Vendo o corvo olhando diretamente para ela, a vampira apenas sorriu com os dentes manchados de sangue, levantou a arma e disparou mais algumas vezes enquanto o bico do corvo se aproximava e perfurava seu coração.

A luta acabou, e Raven se sentou no chão tentando meditar para controlar seus instintos.

"Azarath Metrion Zinthos!"

Ela não era útil da forma que estava, e podia perder o controle durante uma luta, e Raven nunca permitiria que seus amigos fossem machucados, ou que a vissem da forma que ela estava agora.

Como ela se odeia agora.

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Acima de tudo, Zatanna fazia o máximo para se desconectar dos eventos que estão acontecendo abaixo nas ruas, mas sua atenção acabava sendo atraída para isso, e o feitiço dela demorava alguns segundos a mais.

Para ela é fácil fazer magia, com apenas algumas palavras, ela pode fazer coisas realmente incríveis, mas um feitiço como esse, numa área tão grande, tem que ser feito com cuidado, erros em feitiços como esse são fatais para o mago, e para aqueles sendo alvo se feitos de forma errada. Por isso, esse tempo foi muito necessário.

"Ortemírep od arof arap sonamuh so sodot revom!" {Mover todos os humanos para fora do perímetro!}

Poucas palavras, mas um efeito assustador.

Foi como se uma granada de luz gigantesca tivesse sido explodida do corpo dela, e a luz branca se expandiu como um círculo cobrindo cem quilômetros de todos os lados com ela no centro, e depois desapareceu.

"Rias edop ortsnom muhnen ,arierrab reugre!" {Erguer barreira, nenhum monstro pode sair!}

O segundo feitiço veio logo em seguida, do corpo dela como ponto principal, sua energia azul se expandiu como uma bolha, e segundos depois, uma barreira de energia azul está agora isolando a zona aonde os vampiros foram presos, e os humanos foram retirados.

Dois feitiços de grande poder, um atrás do outro, isso foi um grande feito, um dos maiores que ela já fez.

"Agora vou deixar tudo com eles." Falou ela, com os olhos fechados mantendo sua posição.

Para a barreira de energia se manter, ela não pode sair dessa posição.

Tudo, agora como ela disse, está nas mãos dos heróis abaixo, retirados da categoria humana por ela no feitiço.

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Sei que pedi para John segurar os vampiros por algum tempo, mas na minha cabeça, esse tempo seria de apenas alguns minutos, não fiz essa avaliação por arrogância, sei muito bem que o feiticeiro na minha frente é um grande problema, estou querendo dizer que assim que alguns minutos passarem, vou até ele o ajudar, mesmo que eu tenha que virar minhas costas para meu inimigo, por que senão, John não pode aguentar.

"Você vai primeiro?" Pergunto para o feiticeiro na minha frente.

Estamos no mesmo lugar que antes, parados no pequeno corredor enquanto os vampiros estão entrando pela porta a esquerda, mas os quartos são muito pequenos para suportar o número deles, então a uma amontoação na frente da porta, por isso ele avançou e eu recuei, nos dando um pouco mais de espaço.

Ele se move primeiro.

Erguendo suas mãos brancas com longas unhas e as apontando para mim, um feixe de energia negra sai da sua mão mirando meu tronco.

Coloco o escudo na minha frente e defendo completamente o ataque dele. Sua energia é poderosa, mas não é o bastante para me empurrar. A cor dela também é um pouco desagradável, em vez de ser o preto brilhante da Ravena, o dele é um preto "sujo", não sei como descrever bem, mas não é nada agradável, talvez a algum tipo de veneno místico nessa energia, isso é comum em praticantes de magia negra.

Ele continua mantendo o fluxo da rajada eldritch dele, então resolvo contra-atacar. Uso o movimento das sombras para aparecer atrás dele golpeando com minha espada, mas para minha surpresa, não surjo atrás dele, em vez disso, apareço poucos centímetros atrás da posição em que eu estava antes e sou atingido no peito pela rajada eldritch.

"BLOMMMMMMMM!"

Sou arremessado na parede no fim do corredor e caio sentado no chão.

"Shifffff!"

No peito da minha armadura, a energia preta "suja" do feiticeiro vampiro, grudou como piche, e posso escutar claramente algo tentando corroer ela, como ácido.

"Isso me pegou de surpresa." Digo me levantando.

Ele deve ter manipulado minha escuridão e alterado o local aonde eu deveria aparecer.

Diferente de mim, ele é um feiticeiro mestre em magia negra.

Se ele pode manipular minhas magias sombrias, vou usar outro tipo.

"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}

Respiro fundo e inspiro uma abundante névoa negra que congela todo o corredor na minha frente. Dessa vez não me contenho, não há amigos na minha frente, só inimigos.

O vampiro faz exatamente o que pensei que ele faria, conjura um pentagrama negro como ele fez da primeira vez, que imediatamente começa a sugar meu feitiço.

"Επικαλούμαι το άτρωτο του ποταμού Styx!" {Eu invoco a invulnerabilidade do rio Estige!}

Uma camada de energia preta fina cobre meu corpo, e avanço contra meu próprio em alta velocidade atravessando-o em menos de um segundo.

Qual é a grande desvantagem de um feiticeiro comum?

Qualquer um vai responder seu corpo físico. Claro que alguns casos fogem a regra, mas como a maioria a segue, vou apostar nisso.

Aparecendo na frente dele com meu corpo completamente coberto de gelo, mas não sendo machucado por conta do feitiço que já acabou, balanço meu braço mirando o seu pescoço. O feiticeiro surpreso, inclina seu corpo para trás, e quando a lâmina estava quase entrando em contato com sua pele, ele se transforma em névoa.

Esquece que também estou lidando não apenas com um feiticeiro, mas também com um vampiro.

A nevoa passa pelo meu lado e se solidifica atrás de mim, ele com sua mão aberta e envolvida por sua energia tenta tocar minha cabeça.

Não posso deixar isso tocar minha pele, meu peitoral ainda está chiando por conta do contato anterior.

Abaixo meu corpo desviando e deu um giro de trezentos e sessenta contra-atacando, dessa vez mirando no corpo dele.

O feiticeiro também se virou segurando minha lâmina com suas mãos nuas protegidas apenas por sua energia.

Levanto meu escudo com a intenção de esmagar a gargante dele, mas o vampiro me empurra contra a parede. Seu dedo esticado aponta para minha testa.

"Slãpian!" Fala ele pela primeira vez com sua voz rouca e seca, como se ele não tivesse falado por anos.

Do dedo dele, um brilho prateado.

Senti então minha mente sendo atingida por algo, entendendo o que é, fecho meus olhos e abaixo minhas mãos escorregando lentamente pela parede.

Foi uma magia para me deixar inconsciente, mas o que ele não sabe, é que nem mesmo o feiticeiro mais poderoso da Terra pode atingir minha mente, por algum motivo.

Enquanto fingia ter caído no sono escorregando lentamente pela parede, ele dá um passo para trás, confiante em sua vitória, então ataco.

"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}

Cuspo uma flecha de gelo mirando o coração dele, mas o desgraçado é ágil, e consegui levantar o braço o colocando no caminho, minha flecha consegui atravessar o pulso dele, mas não consegui acertar o coração.

"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}

Na parede nas costas dele, um portal de escuridão surgi, e dele, quatro braços esqueléticos agarram às duas mãos e pernas dele o puxando para parede.

Mais uma vez, ele escapa transformando seu corpo em névoa se movendo pela esquerda. Ressurgindo de novo, ele levanta as mãos e dispara outra rajada eldritch de sua energia suja em mim.

Levanto meu escudo me defendendo, mas como ainda estava me levantando, minha postura não estava correta, e um pouco da energia passa pelo escudo acertando minha bochecha esquerda. Ele avança, e para conseguir me proteger completamente, coloco um dos meus joelhos no chão me abaixando.

Sinto minha bochecha queimar, doí como um ******, mas tenho problemas maiores agora que isso.

"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}

Dos dois lados, nas paredes, dois esqueletos saem completos e atacam o feiticeiro que desiste de mim e acerta os dois com as mãos nuas os partindo ao meio. Duraram pouco, mas cumpriram seu propósito.

No momento que ele se virou para retornar seu ataque, já estou em pé, com minha espada se aproximando do meu escudo.

"TONNNN!"

A explosão de energia divina funcionou perfeitamente, e o feiticeiro deu uma cambalhota para trás, e enquanto eu avançava.

"HAAAAAAAAA!" Rugi ele de dor com sua voz única.

No ar, não tive muito espaço para acertar um golpe fatal, mas consegui decepar o braço ferido dele.

"HHSIS!"

Como nossas posições foram trocadas, agora estou de costas para os vampiros que estão se apertando para entrar do quarto, e dois deles não resistem e atacam.

Não tenho muito tempo para lidar com eles, então giro meu corpo e corto a cabeça dos dois num só movimento, mas o vampiro feiticeiro com apenas um braço aproveitou para me atacar. Arrisco usar o movimento das sombras sentindo que ele está próximo demais, e dessa vez dá certo, apareço atrás dele, que girou seu corpo e tentou me cegar com suas longas unhas envolvidas por sua energia.

Defendo com o escudo, e enfio a minha espada no seu pé esquerdo. Ele conseguiu se controlar, e quando removo minha lâmina, o vampiro aponta sua mão aberta para meu escudo.

"BLOMMMMMMM!"

Uma explosão, muito parecida com a que uso com meus poderes divinos, só com uma pura energia negra suja que me fez dar alguns passos para trás quebrando minha defesa.

O vampiro aproveitou isso e se abaixou, colocando sua única mão no chão, logo, nos meus pés, um pentagrama de energia negra surgiu comigo no centro. Sabendo muito bem que isso não era coisa boa, tento pular, teleportar e por fim enfiar minha espada no chão quebrando o círculo, mas nada dá certo, não consigo mover um dedo.

Presto mais atenção agora, e sinto que alvo está me prendendo e me puxando para o chão, e como estivesse esperando eu o sentir, tentáculos pretos de um polvo grosso como pernas surgem envolvendo todo meu corpo, todos eles conectados ao centro do pentagrama aos meus pés, saindo de um pequeno buraco negro.

O feiticeiro ainda abaixado, tirou sua mão do chão e a enfiou no seu ombro do nada, e sem demostrar dor, retirou seus dedos banhados de sangue e começou a escrever algo no chão com eles enquanto seu ombro se curava rapidamente.

"Não se preocupe criança, isso vai acabar rápido, a escuridão vai o acolher." Voltou ele a falar com usa voz estranha e nada agradável de cabeça baixa ainda escrevendo símbolos no chão.

"Επικαλούμαι τη δύναμη του Sisyphus!" {Eu invoco a força de Sísifo!}

Grito enquanto forço meus braços.

Nada acontece.

"O que diabos!" Grito em choque.

"Não adianta seu tolo, a criatura das trevas suga sua magia, e se fortalece." Avisa ele, ainda com total atenção ao chão.

********!

Pare, respire, pense.

Lembro das palavras da Diana, para lidar com momentos assim.

Tenho alguns segundos no máximo antes dele fazer seu movimento, segundos para alguém com o pensamento acelerado como o meu são trunfos, então analiso o feitiço em que estou preso, como também o que ele está escrevendo no chão.

Juntando tudo que vi, esse feiticeiro é com um conjurador, ele se defendeu dos meus feitiços antes conjurando um portal para outra dimensão que engoliu meu feitiço. Esse polvo que está me prendendo também é um ser dessa dimensão. Ele não é forte o bastante para conjurar ele completamente, por que senão, eu já estaria morto, só os tentáculos desse bicho estão me parando completamente, ele deve estar no nível de um deus demônio ou algo próximo.

Então, por que não me ferir fatalmente logo?

Estou paralisado, não é preciso fazer outro feitiço tão trabalhado para lidar comigo.

Ele não me quer morto.

Isso é certeza, por isso, só sobra duas alternativas, ele quer me sacrificar, ou me controlar de alguma forma. Sacrificar um semideus é algo grande, alguns magos das trevas sacrificam virgens ou almas e ganham um grande aumento de poder, um ser quase divino como um semideus, vale a pena todo esse trabalho.

Reconheço algumas das letras e símbolos que ele escreveu no chão, dois deles, na verdade.

Ligação e servidão.

Como o parar, isso é fácil, um soco é o bastante, o problema é como me soltar.

Não consigo usar magia, e o movimento das sombras também não está funcionando.

Então o tempo acaba.

Ele se levantou e estendeu sua mão com suas unhas e dedos manchados de sangue.

"Agora, só falta um pouco do seu sangue delicioso sangue."

"Haa!" Deixo escapar um pequeno grito de dor quando ele passa sua unha pelo lado esquerdo do meu pescoço me cortando.

Ele afasta sua mão de mim, não vejo meu sangue, ele se misturou com o que estava já manchando sua unha.

Espere!

"Você não quer me controlar, você quer meu corpo!" Deduzo.

"HaHaha." Ri ele.

"Estou certo?" Pergunto, ofendido com a risada dele.

"Não, você não está." Falou ele, se abaixando e desenhando um pequeno círculo lentamente em volta das palavras que ele escreveu antes.

"Eu estava morrendo, imagine isso, após séculos prologando minha vida usando todos os meios, tive que me humilhar fingindo ser derrotado por aquela mulher, por sorte deu certo como o planejado, ela me transformou e eu consegui manter minha magia, o próximo passo seria roubar todos os poderes da Mary, mas isso mudou quando eu vi você, um ser quase divino nascido e amado pela escuridão, mas não sendo influenciado por ela."

O círculo ficou completo e começou a brilhar com uma forte luz negra.

"Então eu vou roubar tudo, sua juventude, seus dons divinos e suas memórias, vou absorver tudo, e dar mais um passo na direção ao abismo!"

Um mago negro louco de fato, e veja só minha má sorte, se eu não estivesse aqui, é provável que ele tivesse lidado com o nosso problema que é a Mary, mas que seja.

"Vamos começar!"

O feiticeiro mais uma vez ficou em pé, a luz do seu novo feitiço ficou mais forte, e as palavras começaram a se mover pelo chão girando até se transformarem num vórtice vermelho, e de dentro dele, uma fumaça da mesma cor começou a subir lentamente no ar.

Começo a me desesperar, tento lutar contra os tentáculos me prendendo e usar magia, qualquer magia, mas os tentáculos apertam com mais força ainda minha pele a cortando. Sangue, meu sangue começa a escorrer pelos meus braços.

O feiticeiro na minha frente então colocou a mão virada para baixo sobre a fumaça vermelha, que a envolveu parecendo bem viscosa.

"HAAAAAAAAAAAAAA!"

Grito dando tudo de mim numa grande explosão de força ignorando a dor dos tentáculos me cortando mais fundo, mas nada acontece, e o feiticeiro dá um passo à frente, com sua mão levantada na altura da minha testa.

Centímetro por centímetro, vi a sua mão se aproximando em câmera lenta.

Acabou?

"BLOMMMMMMMMMMMMM!"

Sorte acontece.

O quarto aonde John entrou para lutar contra os vampiros do lado explode destruindo todos os vampiros na frente dele, a fumaça e poeira cobre todo o corredor. O feiticeiro surpreso, para de se mover e olhar para trás.

Da poeira, John cambaleia para fora do quarto, muito ferido. Todo o lado esquerdo dele está sangrando, até mesmo sua cabeça, suas roupas foram rasgadas, o braço esquerdo parece não funcionar.

"Último recurso, muito útil para situações assim." Vendo-me do outro lado do corredor, ele levantou seu braço bom segurando uma granada.

"Rápido!" Grito-lhe.

O feiticeiro levanta a mão e aponta para ele.

John retira o pino da granada com a boca, mas antes de a jogar, o feiticeiro o acerta no peito com uma rajada de energia negra o fazendo girar no ar e cair próximo às escadas.

"Tick!"

A granada caio no chão e rolou, o feiticeiro apontou para ela, e um pequeno portal negro aparece abaixo dela a fazendo desaparecer.

"TRANCK!"

Algo quebra abaixo de mim, foi a madeira do chão, ela explodiu quebrando o pentagrama sobre onde estou, e os tentáculos envolvendo meu corpo desaparecem como se fossem ilusões.

O feiticeiro está de costas para mim, senti algo errado e gira seu corpo, minha espada perfura seu coração.

"Não se preocupe, o abismo o espera!" Digo para ele, enquanto coloco minha mão atrás do seu pescoço e o puxo na minha direção, minha espada perfura todo seu corpo, e ele se transforma em poeira.

Sua alma, diferente das outras que minha espada comeu, tem um forte cor negra suja.

"TUMMM!"

Uma onda de mana passa por mim, as defesas da casa desapareceram quando ele morreu.

Olho para baixo, para o chão explodido do nada me salvando, o chão explodiu, nem mesmo a primeira granada de John conseguiu danificar essa casa com as defesas ativas, então o que diabos aconteceu?

Um assunto para outra hora.

Corro pelo corredor o mais rápido que posso, a granada acabou com os vampiros aqui em cima, o problema agora é John.

Movo o corpo dele o deixando reto para olhar bem suas feridas.

Muitas delas, ele tem cortes de unhas por todo seu corpo, o pior ferimento está na sua barriga, posso ver até mesmos seus órgãos, metade do seu corpo ficou queimado e ferido por conta da granada, e no centro do seu peito, aonde o feiticeiro o acertou, um círculo de carne sendo corroída.

Seu coração está falhando, lentamente.

"Aguenta aí velho, vou te salvar."

Coloco minha mão acima da boca dele, e meu ectoplasma cinza a envolve, e dela, uma gota vermelha de fogo liquido cai na boca dele.

Mesmo usando minha magia curativa, não vai ser o bastante para o salvar, já que ela ainda não chega próxima a uma gota real do rio Flegetonte, então estou usando uma real que peguei na minha viagem, agora só é esperar que seja o bastante.

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"Bam!bam!"

Constantine, no chão com as costas na parede da sala, disparou com a espingarda de cano duplo serrado que ele pegou no bar contra os dois vampiros que estavam quase em cima dele explodindo suas cabeças.

A situação não estava boa, ele foi ferido na lateral da sua barriga, está sangrando muito, e ele não é bom em feitiços de cura.

Do outro lado da sala, Mary, estava sobre Andrew Bennett, bebendo o sangue dele que está impotente no chão.

{Constantine, rápido!} Gritou Andrew, usando sua telepatia.

Segurando o corte do lado do seu corpo, Constantine faz força para se levantar, mas os vampiros ainda vivos não permitiriam sua senhora ser atrapalhada, e avança mais uma vez.

"TUMMM!"

Ele sentiu então uma onda de mana passar por toda a casa, os feitiços foram desfeitos, o feiticeiro inimigo foi morto.

"BLOMMMMMMMM!"

Dois segundos depois, a porta da frente explode, e uma bela mulher de pele laranja com longos cabelos vermelhos agora em chamas, assim como seus olhos, levanta as duas mãos disparando contra os vampiros na sala.

Como mágica, todos os vampiros da sala são vaporizados pela Starfire, que não está nada feliz.

Os únicos vampiros vivos na sala agora são Mary e Andrew.

Constantine senti o vento passar por ele, e Mary que estava quase acabando com Andrew é acertada rolando pelo chão e Andrew desapareceu, ressurgindo do seu lado no chão, com o Kid Flash.

"Bem a tempo!" Falou ele para Constantine.

Constantine não ligou para ele, Andrew que tinha sua total atenção.

Agora parecendo uma múmia sem camisa, Andrew Bennett, o vampiro mais poderoso do mundo, teve quase todo o seu sangue drenado.

"Eu deveria ter acabado com isso mais rápido, mas não resisti." Fala Mary, se levantando do chão.

Ela mudou sua forma, voltando a usar um belo vestido vermelho com um decote generoso, mas seus olhos estão diferentes, mais vermelhos, o sangue de Andrew, com certeza a deixou mais forte.

"Starfire, ela é toda sua!" Grita Kid.

Starfire olha para Mary, pronta para disparar o starbolt e acabar com isso, Mary então se transforma em névoa e escapa pela parede atrás dela.

{Faça!} Gritou Andrew.

"Eu sei!" Também gritou, Constantine.

Abaixado do lado dele, Constantine conjura uma adaga vermelha do nada e a levanta acima da sua cabeça.

Do outro lado da sala, Mary ressurgi atrás de Starfire acertando um soco na sua cara a fazendo cair no chão.

Kid Flash, correu e pula tentando agarrar ela, mas seu corpo a atravessou e caio no chão.

"Ishtar, onorigiue…." Constantine começou a entoar seu feitiço, e a adaga começou a brilhar em vermelho.

"Constantine, o que você está fazendo!!" Gritou outra voz.

Das escadas, Kírix segurando John agora consciente, parou olhando diretamente para ele.

"Ganhando a guerra!" Respondeu ele, descendo a adaga e a cravando no coração de Andrew Bennett.

Todos pararam em total silêncio.

A energia vermelha na adaga começou a tomar conta do corpo de Andrew, que não teve forças nem mesmo para gritar, e depois se transformou em poeira.

"Essa adaga encantada vai usar a conexão dele com Mary, e a dela com os outros vampiros, todos eles vão morrer. Uma morte, para poupar outras milhares." Explicou ele se levantando, olhando para o rosto chocados de todos.

Esse foi o plano que ele sugeriu para Andrew, um sacrifício.

"HaHaHaHaHaHaHaHa!" Para supressa de todos.

Mary, que deveria estar mais assustada, começou a rir como uma louca pousando no chão.

"Espere, você deveria já estar morta!" Percebeu Constantine.

Mary parou de rir e voltou a olhar para Constantine.

"Seu tolo, você realmente pensou que eu queria matar Andrew só porque ele não estava do meu lado ou porque o vejo como uma ameaça?" Perguntou ela.

Constantine então sentiu, a poeira em que Andrew se transformou depois da sua morte começou a se mover ao seu redor, girando descontrolada.

"Eu não estava agindo levianamente Constantine, eu estava querendo vencer essa guerra, e você acabou de fazer isso para mim." Continuou ela.

A poeira começou a tomar forma, enquanto a escuridão não natural cobriu o sol acima deles.

"Nesse mundo de deuses e demônios, para os vampiros vencerem, temos que ter o poder para matar deuses e demônios, então porque não convocar nosso próprio deus para fazer isso?" Perguntou ela, voltando a rir como uma louca.

A poeira desapareceu, e agora um homem está na frente deles.

"O Primeiro!" Adivinhou Kírix.

E Constantine entendeu que ele acabou de fazer a maior ***** da sua vida.