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Chapter 45 - Dois Anos Depois.

{Um transporte mensal das drogas confiscadas pelo Departamento de Polícia de Nova York, que estavam indo a caminho da destruição, foi atacado pelo supervilão conhecido como, Snowflame.}

Sentado num pequeno café próxima da Torre, olho para as imagens na TV presa na parede, nelas, uma mulher ruiva vestindo um terno feminino está apresentando as notícias.

{Cocaína!!} A imagem mudou, para um homem usando um uniforme branco como seu cabelo, o Snowflame, em cima de um caminhão tombado com dois sacos brancos em cada mão os levantando acima de sua cabeça, como se estivesse agradecendo a deus.

{Poucos segundos depois, Kírix e Aqualad, juntos atacaram e conseguiram derrotar Snowflame, sem muita dificuldade.} Continuou a voz da repórter narrando o que aconteceu.

Não posso evitar rir olhando para a imagem de Snowflame, no fim da luta, com um olho roxo e o nariz branco da pouca cocaína que ele conseguiu cheirar antes da nossa chegada.

DC é uma realidade louca, e nela a milhares de seres com poderes, alguns bem legais, outros bem idiotas, Snowflame entra na segunda categoria. Seu poder, é bem simples, super-força, super-resistência e a capacidade de gerar chamas. Poderes bem legais até, senão fosse o modo dele os ativar.

Snowflame, para ativar seus poderes, tem de cheirar cocaína, e quanto mais ele cheira, mais poderoso ele fica.

Ridículo, mas também perigoso, já que ele não parece poder ter overdose, isso quer dizer, que se ele tiver drogas o bastante, não a limite para o poder dele.

{Kírix e Aqualad, não ficaram para dar entrevistas depois disso.} A reporte acabou a reportagem, com minha imagem na tela.

Não mudei muito nesses dois anos depois da luta contra os vampiros em Gotham, apenas fiquei um pouco mais alto e deixei meu cabelo crescer um pouco, ele solto chega até meus ombros, gosto bastante de os pentear para trás, simples.

Pensando nesses dois anos, pego meu copo de café e tomo um gole.

Depois de tudo aqui, passei dois messes me sentindo um merda, foi só depois de uma sugestão que resolvi tirar seis messes de férias, apenas relaxando na praia ou viajando pelo mundo. Gostaria de dizer que foi uma época tranquila, mas quando você é um herói, não importa onde você for, vai haver alguma confusão em algum momento, então tive que lidar com alguns perigos durante minhas férias, mas nada tão grande quanto um Deus Vampiro bíblico.

O engraçado disso, é que essas férias fizeram que eu seja levado mais a sério pelo mundo, já que antes eu era apenas mais conhecido em apenas um país.

Depois dessas "férias" sozinho, voltei para Torre, e as coisas continuaram como sempre.

O trabalho de herói nunca acaba, mas não tivemos nenhum evento apocalítico durante isso.

"Desculpe a demora, encontrei uma amiga no caminho, acabamos conversando." Se desculpa Vanessa, se sentando na minha frente.

Estou no meu encontro semanal com minha irmã, num café próximo da faculdade em que ela estuda.

Vanessa, nesses dois anos, mudou muito, com seus olhos azuis e longos cabelos castanhos pintados chegando no seu ombro.

Resumindo, ela deixou de ser uma adolescente, e se transformou numa mulher confiante e autossuficiente.

Ela está indo muito bem também nessa nova cidade, claro que no início, ela teve algumas dificuldades por estar tão longe de casa sozinha, mas eu estava lá para ela, a levando todo feriado ou dia livre para a Torre, até mesmo durante minhas férias eu voltava de onde eu estivesse para ter esses dias com ela, e depois do primeiro ano, ela finalmente se enturmou muito bem aqui.

Após dois anos, a relação dela com Julia, sua mãe, foi finalmente cortada. A mulher, contra todos os avisos meus e da Diana, escolheu trabalhar com a Cale Pharmaceuticals, que está muito curiosa sobre toda a informação que ela tem da Diana.

Ela também tenta puxar sua filha para trabalhar com ela de tempos em tempos, a tentativa atual foi através de um estágio na sede dessa cidade. Claro que Vanessa, seguindo o que já disse para ela, ficou longe.

"Vamos comer algo? Estou morrendo de fome." Digo-lhe.

"Você paga?" Pergunta ela, numa brincadeira.

"Sempre." Respondo, me levantando.

"O que você quer?"

"Torta de maça e um latte."

Aceno para ela e vou até o balcão.

A piada sobre o dinheiro, é bem, por que agora eu tenho um monte dele.

Só as pedras preciosas que eu trouxe da minha primeira viagem para o submundo, após a vender por meio do Robin, que ajudou imensamente tornando isso legal, foram vendidas por cerca de vinte mil dólares.

Que foram gastos durante minhas férias.

O maior gasto foi com besteiras, comida e alojamento, já que posso voar de um país para o outro.

Após ter pela primeira vez tanto dinheiro no bolso, você quer ter mais dinheiro no bolso, então entrei a segunda vez no submundo depois das férias.

Como sempre, não foi uma viagem fácil, o proposito dessa viagem não foi explorar, e sim coletar riquezas e estudar os rios para aprimorar meus feitiços.

Mesmo assim, fui atacado, mas isso posso contar outra hora.

Voltei para casa dois messes depois, tempo da Terra, com uma quantidade absurda de riquezas, que estou vendendo lentamente para não levantar suspeitas para mim.

Tenho agora na minha conta cerca de trezentos mil dólares.

Isso depois de compartilhar uma pequena parte com minha irmã, e ajudar algumas organizações de caridade.

Comparado aos ricos desse mundo, é um valor ridículo, mas para mim que nasci sem nada num orfanato, é o número mais belo do mundo.

Depois disso, evitei ir para o submundo por um tempo, mas depois conto sobre isso.

"Aqui." Digo, colocando um pedaço de torta e sua bebida na frente da Vanessa, e coloco o outro pedaço onde sento.

"Então, novidades?" Pergunto sentando, com total atenção na torta na minha frente.

"HummmmmmHUmmmmmmmm!" Falou ela.

"Engula primeiro." Riu para essa cena.

Ela engole o pedaço de torta, e depois toma um gole da sua bebida para me responder.

"Estamos pensando em viajar nas férias, ir numa série de shows na Inglaterra."

Quando ela diz nos, ela está falando sobre o namorado idiota dela, que ainda estou de olho, constantemente.

Sendo justo e verdadeiro, o cara é legal, não tem problemas com drogas, bebe pouco e possuiu uma boa família, mesmo assim, estou de olho.

"Isso parece legal, divirta-se." Digo para ela.

Depois de se enturmar, faz sentindo ela querer parar de ficar tanto tempo com seu irmão e seus amigos super-heróis.

"Eu vou, após tirar meu passaporte, a maldita burocracia é irritante." Falou ela, levando outro pedaço da torta a boca.

"Só se lembre de o levar com você." Lembro ela preocupado.

"Eu vou, eu vou!" Exclamou ela, levantando seu braço, na pulseira dela, a um enfeite pendurado, um pequeno crânio negro de olhos vermelhos.

"Fico mais tranquilo com você usando isso."

Esse crânio negro, foi algo feito por mim a pouco tempo, usando o pouco do metal do submundo que encontrei na minha busca por joias. Foi a primeira vez que criei um item magico, e só consegui ter sucesso com ajuda da Koriand'r, que derreteu o metal com seu poder, e da Ravena, auxiliando com seu conhecimento magico.

Com esse crânio, tenho certeza que Vanessa, não vai se machucar facilmente

Estou sendo superprotetor, na verdade, ela não é nenhuma donzela em perigo, após passar anos treinando comigo e Diana, e tendo alguns truques mágicos aprendidos com Zatanna, minha irmã pode se defender muito bem de situações normais, mas são as anormais que me preocupam.

"Você ainda continua superprotetor mesmo sendo o mais novo." Suspira ela, cansada do meu jeito.

"Van, quando uma pessoa não tem ninguém no início, você meio que fica paranoico em proteger aqueles que ganha depois." Explico o melhor que posso.

"Eu sei, e realmente gosto dessa sensação de proteção, mas você tem que maneirar, principalmente com meu namorado, ele fica todo branco depois de cada encontro com você!" Essa não é a primeira vez que ela levanta essa questão.

"Homens são seres idiotas e estrupidos, por isso, tenho que o lembrar toda vez que o encontro, que ferir minha irmã leva a sérias consequências."

"Por favor, você é bonzinho demais, o que você faria? Jogar ele no submundo ou algo assim?" Zomba ela de mim.

Estava pensando mais em arrancar a alma dele do corpo, e a vender para um demônio da dimensão da dor.

Claro que não digo isso para ela, apenas riu e como minha torta, com gosto aceitável.

Assim como tudo, meu paladar ficou bastante exigente com o tempo, é um problema que não posso fazer nada para consertar, já que com meus sentidos ficando melhores a cada ano, agora posso sentir até mesmo os produtos químicos usados nos produtos.

Isso não é legal, as melhores comidas que um adolescente quer e gosta, são feitas com muitos produtos químicos, mas como tudo tem uma parte boa, não foram só meus sentidos que ficaram mais poderoso.

Isso também explicou porque a Diana, gasta tanto tempo viajando por fazendas no mundo todo para comprar comida.

Orgânico é sempre melhor.

"Chega de falar de mim, como vai à Torre?" Perguntou ela.

"Calma no momento, já que Koriand'r, viajou para um desfile em Paris."

Parece mentira, mas Koriand'r, está fazendo um sucesso incrível como modelo, ao ponto que ela tem agora uma fortuna maior que a minha, que ela usa praticamente para comprar todos os tipos de comida e objetos que ela considera interessante.

O engraçado, é que de acordo ela, a quantidade de comida que ela ingere todo dia, é o motivo de que todas suas companheiras modelos a odeiam. Isso não é culpa da Koriand'r, não se pode fazer nada se você nasce com nove estômagos.

Sim, depois que eu soube desse detalhe da biologia tamaraneana, tudo fez sentido.

"Roy, Robin e Aqualad, não estão na Torre, estão fazendo missões com seus tutores, Aqualad foi chamado para Atlântica e Kid Flash está correndo por aí." Continuou explicando a situação da Torre.

"E a Ravena?" Perguntou ela.

"Do mesmo jeito, ou talvez pior, se não é para ir numa missão, ela praticamente não sai do quarto." É minha vez de suspirar.

Um ano atrás, Ravena começou a ficar mais antissocial do que ela comumente já é. Ela ainda me ajuda se eu pedir, e conversa bastante com Koriand'r, mas fora isso, ela praticamente não sai de dentro da Torre.

Consegui força ela a me dizer o motivo, ela me contou que está sentindo a presença e influência do seu pai cada vez mais forte, e a meditação constante ajuda ela a lutar contra isso, o problema, é que a empatia dela está a desequilibrando, então evitar pessoas é a única solução.

Estou tentando encontrar formas de a isolar dos seus poderes, mas isso não é uma tarefa fácil.

"Hmm, vou a visitar nesse final de semana, deve ser difícil ter que ficar tanto tempo sozinha." Suspira ela, um pouco triste.

"Eu estou quase sempre lá, como ela está sozinha?"

"Você não conta." Fala rispidamente.

Continuamos nossa conversa bem animada até que nossa comida acabou, e estava quase na hora do meu próximo compromisso de hoje.

"Quer uma carona?" Pergunto-lhe, enquanto me levanto.

"Não, quero passar numa loja aqui próxima antes de voltar para os campos."

Vou até o caixa, pago com uma nota de cinquenta deixando o troco para a caridade.

Saímos juntos pela porta da frente, e andamos pela esquerda lentamente, até chegarmos a uma moto preta modelo yamaha YZF-R3, mais precisamente, a minha moto yamaha YZF-R3 preta.

Quando a comprei, Diana falou nada, já que ainda não tenho carteira de motorista, foi Steve Trevor que não gostou dessa violação da lei, mas seu argumento caio por terra quando levantei a pergunta.

Porque o Robin, um humano comum, pode dirigir um tanque ou aeronave pela cidade de Gotham e eu, um ser quase indestrutível, não posso dirigir uma simples moto?

Então, comprei essa moto de segunda mão, já que sem documentos não posso comprar uma nova.

Pego meu capacete e sento na moto, colocando a chave na ignição.

"Até a próxima semana." Digo para minha irmã, que parou na lateral.

Ela me abraça, e faço o mesmo.

"Até a próxima semana, Dio." Diz ela feliz, para depois me dar um beijo na bochecha.

Coloco meu capacete preto e ligo a moto, levanto o pé dela e acelero lentamente em direção a rua. Olho pelo espelho, e vejo Vanessa, dando tchau para mim.

Posso me teleportar ou voar para qualquer lugar da cidade, mas dirigir uma moto em alta velocidade pelo corredor entre os carros tem uma certa sensação única, sensação única que me lembra bastante a de voar, e também fui avisado, voar para todo o lado chama bastante atenção, e desde a batalha em Gotham, minha fama cresceu, de apenas o ajudante da Mulher-Maravilha, para de um herói.

Então uso bastante a moto ou o carro para fazer minhas tarefas mundanas.

Após dez minutos, entro na esquerda num estacionamento pago, coloco meu cartão na máquina que liberam minha passagem, e estaciono no último andar dele.

É aqui que guardo minha moto, esse estacionamento não possui câmeras, mesmo sendo bastante seguro, então ele é perfeito para pousar depois de um voo e sair com minha moto. Coloco meu capacete em cima dela e tiro a chave a guardando no meu bolso, depois ando até a escada que leva ao telhado.

Não há carros aqui, quem usaria o estacionamento pago para deixar seus veículos no sol ou chuva?

No telhado, tenho certeza que estou sozinho e ninguém está me vigiando. Depois de um ano com meus sentidos constantemente abertos, finalmente consegui os controlar perfeitamente, filtrando os barulhos desnecessários e deixando apenas o importante, isso não é algo que se faça rapidamente, de acordo Diana, Superman conseguiu isso aos vinte, mas ele tem sentidos mais poderosos que nos dois.

Uma fina camada das sombras envolve meu corpo, camuflagem, e meus pés deixam o chão, ganhando altitude e velocidade gradualmente.

Fiz algumas mudanças no meu feitiço original de voo, deixei ele mais suave e aumentei a velocidade, a experiência de ter voos longos de um continente para o outro também aumentou minha habilidade, agora também posso fazer algo que sempre quis fazer desde que voei pela primeira vez.

"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Voando para cima sem parar em alta velocidade, quebro facilmente a barreira do som passando pela troposfera. Antes de ir mais longe, conjuro minha armadura que cobre meu corpo, não quero que minha camisa simples e jeans fiquem congelados por conta da baixa temperatura.

Também tiro o pequeno anel do meu dedo, uma versão melhorada do aparelho que altera um pouco a cor da minha pele e do cabelo. O seguro na mão, o ectoplasma cinza o envolve o fazendo desaparecer.

Sem o anel, minha pele, olhos e cabelo voltam para suas cores originais. Não houve muitas mudanças na minha aparência, exceto se o branco dos meus cabelos ficou mais forte, e meus olhos mais escuros.

Depois disso feito, passo a exosfera, e finalmente, a escuridão infinita do espaço me dá boas-vindas.

Giro meu corpo ficando de frente para o planeta, que se tornou apenas uma pequena e linda bola azul brilhante no espaço frio, como uma joia.

Apaixonei-me em ficar nessa posição desde que consegui na primeira vez, é uma sensação única e viciante ter tal vista para se mesmo, e a poder ver apenas com seu próprio poder.

Infelizmente, ainda não cheguei na velocidade para fazer voos voos interestelares, o mais longe que cheguei até agora foi a lua.

Aqui em cima não é tão vazio quanto pensei antes, a alguns satélites e estações espaciais de várias nações, e até mesmo confirmei que a Liga também tem sua estação espacial, não cheguei perto dela, com medo de acionar alguma defesa ou ser repreendido pelo Batman, que me deu um longo olhar quando nos vimos depois, uma mensagem para não abrir a boca sobre o que vi.

É uma pena que semideuses não podem respirar no espaço, mas podemos prender a respiração por muito, muito tempo. Meu recorde foi de sete horas, mas isso não é muito viável numa luta, então estou trabalhando em um feitiço que me ajuda a corrigir esse defeito, se eu não conseguir, posso pedir alguma tecnologia do Robin.

Mesmo dessa altura, posso ver muito bem a cidade que devo ir, e como odeio me atrasar ou ficar esperando, mergulho com tudo, entrando na atmosfera da Terra como um cometa em chamas.

Essa temperatura não me incomoda, gosto bastante dela até.

Infelizmente, tenho que reduzir a velocidade para não destruir a cidade abaixo.

Starling City, uma cidade bem movimenta ao norte da Califórnia.

Essa cidade aonde Speedy e o Arqueiro Verde ficam, é um local bastante complicado, cheio de vilões de peso e também muitas lendas, uma delas e o Wildcat (Pantera), um dos membros originais da A Sociedade da Justiça da América.

Diana me falou muito dele, das suas histórias da Segunda Guerra Mundial.

Sempre quis o visitar, o cara é um dos melhores artistas marciais do mundo, ele treinou muitos outros heróis após se aposentar, Superman incluído. Só que não vou fazer essa visita hoje, meu destino é outro, e tenho hora marcada.

Viro à esquerda, e entro no The Glades, a "zona barra pesada" da cidade.

Quando Speedy me contou isso, e eu a vi pessoal, não pude evitar zombar dele, comparado a Gotham, essa "zona barra pesada" é ridícula, sério, que tipo de zona perigosa não tem pelo menos dez mortos por semana?

Viro de novo a esquerda, ficando de frente para um edifício bem comum, poucos sabem que ele é uma fachada, a Liga é dona do prédio inteiro, e o usa como esconderijo seguro, eles possuem vários desses espalhados pelo mundo, esse só começou a ser usado para outra coisa a pouco tempo.

Antes de entrar, confiro a hora com um simples feitiço comum, e satisfeito por estar dez minutos adiantado, continuou.

Minha armadura desaparece, não me importo em ser visto usando roupas civis sem o aparelho de camuflagem, não há como me reconhecer.

Entro pela janela aberta no último andar.

Antes de pôr os pés no chão, envolvo meu corpo com as sombras, apagando minha presença, flutuo alguns centímetros do solo até a primeira porta.

Levanto o braço para bater.

"Entre, Kírix!" Diz ela dentro.

"Hmmm!" Não posso deixar de demostrar um pouco de raiva antes de pôr meus pês no chão e girar a maçaneta abrindo a porta.

Essa sala foi preparada especialmente para isso, então ela é muito confortável, belos tapetes e cortinas, com uma iluminação bem calma, alguns quadros espalhados aqui e ali e no centro, duas poltronas bem confortáveis uma na frente da outra, separadas apenas pelo centro no meio da sala.

Ainda um pouco de mau humor, pulo na poltrona desocupada.

"Como você soube dessa vez? Sentiu meu cheiro por acaso?" Pergunto para a mulher de pernas cruzadas na minha frente.

"Instinto." Respondeu ela com um sorriso feliz.

"Sério?"

Faço esse jogo às vezes, começou do nada, mas depois do primeiro evento, comecei a tentar pegar essa mulher de surpresa, mas sem sucesso em nenhuma delas, teve até mesmo uma vez que me teleportei para dentro da sala nas costas dela.

Fui recebido por um chute no rosto assim que aparece na sala.

Perguntei depois do como ela me descobriu, ela falou que fiz muito barulho andando pelo corredor, até aceito isso, mas agora ela me fala que me descobriu usando apenas instinto, sem eu ter cometido qualquer erro? É um pouco irritante.

Bem, estamos falando aqui da Canário Negro, então faz sentido que os instintos dela sejam tão assustadores.

Como toda heroína nessa realidade, Canário tem uma beleza muito acima de qualquer humana comum, e a roupa só aumenta mais ainda essa beleza.

Ela estava usando sua roupa de trabalho, um espartilho de couro preto que cobre apenas seu tronco deixando seus seios bem em evidência, com um simples casaco preto por cima, no pescoço, uma gargantilha preta, nas pernas, uma meia-calça furada ligada até suas botas também pretas.

Ela tem olhos azuis como o céu, usa batom vermelho, somando tudo com seus longos cabelos tão louros quanto o ouro, o Canário Negro, quase me faz babar na primeira vez que nos vimos.

Só não deixe esse rostinho bonito enganar, essa mulher é uma meta-humana, seu grito pode dar um pouco de trabalho até mesmo para o Superman, e juntando isso com sua habilidade de combate nível mestre, essa mulher é mais mortal que o Arqueiro Verde.

Ela também tem um baita de um legado, filha da primeira Canário Negro, outra que participou da Sociedade da Justiça da América, por isso ela também foi treinada pelo Wildcat (Pantera).

"Vamos começar?" Pergunta ela, ainda sorrindo para mim.

"Claro." Digo, ainda na minha posição relaxada na poltrona.

"Já faz um mês Kírix, como vai à vida?" Ela sempre faz essa mesma pergunta.

Reuniões como essa são comuns agora. Elas começaram dois messes depois da guerra contra os vampiros, o motivo, foi que a Liga começou a ficar preocupada com o efeito da guerra contra os vampiros, já que foi a primeira vez que muitos de nós tiramos uma vida, e tal evento também não foi algo fácil de se viver.

Não vou mentir, no calor da batalha, eu não senti nada, o problema veio depois, mas acho não deixei isso em exposto para os outros, mas talvez o Batman tenha percebido.

Então, foi assim que começaram as consultas psicológicas com a Canário Negro.

No início, eu estava meio sensível com isso, participar de uma algo tão privada com um membro da Liga, que pode informado os outros dos meus pensamentos.

Minhas suspeitas não foram infundadas, achei quatro escutas do Batman na nossas primeira reunião, o que deixou a Canário, realmente furiosa, ela se levantou no mesmo momento e correu até a outra sala, aonde mesmo sem minha super-audição, pude escutar os gritos dela com o Batman.

Ela ganhou pontos comigo nesse dia.

Está sessões continuaram pelo menos uma vez por semana, foi ela também que empurrou a ideia de fazer uma viagem pelo mundo em mim. Depois disso, as sessões continuaram, só que de uma vez por semana, para uma vez por mês, se não houver nenhuma missão complicada.

Sobre meu psicológico, tenho muito orgulho de dizer que sou mais forte que qualquer membro do time, por que diferente deles, eu ainda posso ver as memórias das almas que minha espada sugou. Elas são um lembre-te constante do que fiz, mas para meu orgulho, tive força de vontade para não as ignorar, em vez disso, aprendi com elas.

Descobri que poder ver as memórias abre uma nova porta para mim, o conhecimento, por exemplo, a uma alma na minha espada que foi um programador profissional. Nunca tive muito contato com a programação nas minhas duas vidas, mas com ajuda das memórias, consegui aprender quase tudo que ele sabia.

Foi uma mina de ouro, mas o diamante nela, foram as memórias do mago negro vampiro de trezentos anos, memorias que me fizeram evoluir muito como feiticeiro, e que ainda estou digerindo.

"Estou bem Canario, nada de grande aconteceu esse mês, apenas coisas pequenas." Nunca falamos nossos nomes verdadeiros, mas sei por conta das minhas memórias, que o nome dela é, Dinah Laurel Lance.

"Então, a explosão na Torre não foi grande coisa?" Perguntou ela, debochando de mim.

Como ela é também a psicóloga do resto da equipe, claro que ela sabe sobre isso.

"Não foi uma explosão tão grande assim, e foi um acidente." Viro-me na poltrona um pouco desconfortável antes de responder, ainda me sinto um pouco envergonhado com isso.

"Explosão pequena? Quebrou todos os vidros de um dos lados da Torre." Provoca ela mais.

"Eu vou pagar…"

"Essa também é a segunda explosão, você por acaso está criando algum tipo de fetiche por explosões? Devo me preocupar?" Provocou ela ao máximo.

"Ah, por favor." Coloco minha mão no rosto de vergonha.

"HahaaaaHaaa!" Logico que ela ri agora.

Essa mulher sabe muito bem minha fraqueza, meus erros, fico bastante constrangido quando erros idiotas assim vem a tona.

"Vou ter que encontrar outro lugar para continuar meus estudos." Suspiro.

Um dos conhecimentos mais incríveis da mente do feiticeiro negro, foi a alquimia. Muito animado para a aprender, pedi para Batman, e o resto da equipe, um dos andares vazios da Torre, aonde montei um pequeno laboratório que explodiu dias depois. Ninguém ficou ferido, e paguei os danos com meu dinheiro, cerca de vinte mil dólares.

Depois de aprender minha lição, montei meu segundo laboratório do lado de fora da Torre.

Ele explodiu a quatro dias atrás, e a onda de choque destruiu os vidros de um lado da Torre, também vou pagar pelos danos, ou pelo menos tentar, já que os vidros da Torre não são vidros comuns.

"Pelo menos você teve sucesso?" Perguntou ela curiosa agora.

Não é segredo o que estou tentando criar usando alquimia e magia, então não tenho problema em dizer para ela.

"Funcionou por alguns segundos, até que tudo deu errado e a explosão aconteceu."

"Vai tentar de novo?"

"Não na ilha, já assustei meus amigos demais, estou atualmente procurando um bom local só meu, o problema é que legalmente, ainda não posso comprar nada, então estou pensando em ir até o Bewitched, para tentar comprar alguma residência enfeitiçada, mas estou com um pouco de medo de comprar um mansão mal assombrada ou algo assim."

Posso pedir ajuda do Batman ou Robin, eles podem fazer tudo isso online, mas estou a procura do local perfeito para mim, não um simples apartamento.

"Vivemos num mundo realmente louco, você não tem idade para comprar uma residência, mas pode ir num bar magico cheios de criaturas misticas." Suspira ela, a realidade magica é um pouco difícil para ela aceitar.

Fui mais algumas vezes para o Bewitched, já que ele é o lugar perfeito para conseguiu materiais, que estou precisando cada vez mais nos meus estudos. No bar, eu compro coisas raras ou ganho no jogo, quanto as demais coisas, peguei (roubei) de um armazém da A.R.G.U.S, eles não vão sentir falta, a vários e vários armazéns cheios de materiais mágicos confiscados que eles não sabem como os utilizar.

"Bem, agora que estamos relaxados, por que não começamos?" Pediu ela, agora mais seria.

Gosto das nossas conversas, mas a também a parte ruim delas.

"O nome dele era Erik, nascido em Gotham….."

Já fiz isso algumas vezes, e começo do início, fazendo um resumo da vida de uma das almas que estão na minha espada.

Canário já me perguntou por que não simplesmente solto essas almas no submundo e as deixo encontrar seus próprios caminhos. Fiquei muito tentando em fazer isso, mas é a mesma coisa que fugir do problema, o jogar para outro, por assim dizer.

Então faço dessa forma, leio as memórias e aprendo um pouco elas, por fim, as liberto no submundo, e elas seguem seu rumo sozinhas.

"Isso é tudo." Acabo meu relatório sobre o bombeiro Erik para ela.

"Você acabou mais uma, falta pouco para todas serem livres." Animou-me ela no fim.

"Sim."

Isso é uma mentira.

Não vou libertar a alma do feiticeiro negro, isso por dois motivos.

Primeiro, esse cara é podre, pelas minhas contas, ele sacrificou mais de vinte mulheres para aumentar seus poderes e ganhar mais alguns anos de vida, todas elas eram virgens, com idade entre oito e quatorze.

Segundo, a alma dele já tem dono, ele fez um pacto com o senhor da dimensão das trevas, assim podendo usar feitiços negros, como o buraco negro que sugava meus ataques, por isso que a cor da alma dele é negra, diferente das outras.

Se eu a soltar no submundo, ela vai ser sugada para a dimensão negra, e meus sentidos dizem que isso não é algo bom, então, vou manter essa alma por enquanto comigo, até encontrar outra solução.

Nos dois voltamos a conversa, até às dez da noite, horário em que a Canário sai pelas ruas, nos despedimos e começo a fazer o caminho de volta para casa muito mais relaxado, a terapia realmente faz muito bem para mim.