A ponte possui cerca de vinte metros de comprimento, e nosso vampiro hippie está na metade do caminho. Constantine se posicionou atrás dele, enquanto Boston ficou acima, pousei na sua frente. A ponte não é muito larga, talvez só quatro metros, uma pequena ponte ligando uma parte da cidade a outra, com um canal vazio abaixo, aonde alguns sem teto estão tentando se proteger do frio.
"Renda-se, você está cercado." Digo para ele, segurando uma vampira em cima do meu ombro e minha espada na outra.
Ele pode se transformar em névoa ou qualquer outro animal voador, se ele estivesse cercado por humanos comuns, isso seria o bastante para escapar. Erro meu, se ele estivesse cercado por humanos comuns, não haveria por que dele escapar, mas não somos nada comuns.
"HiHiHiHiHiHI!" Riu nosso alvo de cabeça baixa, com seus longos cabelos loiros cobrindo seu rosto.
Não foi um sorriso convencido, foi um sorriso que um vilão depois que seu alvo cai numa armadilha.
"Cuidado!" Aviso meus aliados.
Dos dois lados da ponte, névoa cinza surgiu e tomou forma, vampiros, vários deles ao nosso redor.
Como falei antes, é um problema não conseguir diferenciar vampiros das pessoas vivas. Se uma pessoa estiver na minha frente, é fácil saber se ele é um vampiro ou não, só tenho que escutar seu coração ou respiração, mas se o vampiro estiver escondido fora do meu campo de visão, não há como encontrar eles com minha audição, por esse motivo, estamos cercados agora.
"********!" Xingou Constantine. Mesmo não aparentando estar muito preocupado em sua postura, fumando calmamente seu cigarro.
Toco gentilmente meu fone pedindo reforços.
"Então, você estava esperando." Digo para o hippie, tentando conseguir alguns segundos antes dos reforços chegarem.
"O Culto da Lua Vermelha de Sangue me mandou até essa cidade para lidar com alguns heróis, finalmente os encontrei, estava ficando impaciente." Respondeu ele, levantando seu rosto mostrando seus olhos vermelho sangue.
"Inferno, você não contou que esses cultistas loucos estariam envolvidos." Falou Constantine para mim.
"Você não perguntou." Respondo sorrindo.
"Eu sou William Kessler, é um prazer conhecê-los, vocês podem morrer agora!" Essa foi a ordem de ataque.
Os vampiros dos nossos lados avançaram numa velocidade assustadora contra nós. Esses não são vampiros recém-transformados, não, só pelos movimentos e postura deles percebo que eles têm mais costume em lutar e em usar seus poderes, eles são provavelmente um esquadrão da morte do Culto ou algo assim.
Não vai ser nada fácil.
Acima, vejo Boston mergulhando na direção de uma vampira a esquerda. Constantine fez algum feitiço, e suas mãos se acenderam com fortes chamas vermelhas que estão chegando até seus antebraços.
Eu, joguei a vampira que estava no meu ombro no chão, e tomei posição. Aquele que me atacou não foi outro se não o responsável por esse grupo.
Não tenho muito espaço para desviar ou conjurar qualquer feitiço, então fico na minha posição, vendo três vampiros se aproximam dos meus lados e pela frente, mas quando estou prestes a agir, sinto uma mana familiar e poderosa surgir nas minhas costas.
Uma mão bela e feminina passa por cima do meu ombro apontando para a William, o vampiro hippie.
"Oãɹıǝplɐɔ op ɐɥloq, oƃoɟ ǝp ɐɹnpɐɯıǝnb!" {Queimadura de fogo, bolha do caldeirão!}
Uma explosão poderosa de chamas vermelhas como o sopro de um dragão tomou toda minha visão a frente acertando William em cheio, as chamas também se expandiram para os dois lados da ponte acertando vários outros vampiros.
"Trink!"
Pouco depois, Zatanna ficou do meu lado estalando seus dedos, e todas a chamas na minha frente desaparecem, deixando apenas William na ponte. Metade do seu corpo está queimado, quase tão negro como carvão, mas as habilidades de cura dos vampiros são assustadoras, e já posso ver a carne crescendo e cobrindo a pele negra.
Alguns vampiros também conseguiram fugir do ataque inicial de Zatanna se transformando em névoa ou morcegos, que estão voltando as suas formas humanas atrás de William.
"Você queria matar ele!" "Você quase me matou!" Gritaram duas vozes ao mesmo tempo do nosso lado.
Constantine estava bem atrás de William, na linha de fogo, mas ele foi salvo por Kid Flash, que está formando dupla com a Zatanna.
Zatanna e eu olhamos para eles, Kid está em pé, com Constantine sentado no chão, ele não foi ferido, apenas suas calças e sapatos estão um pouco queimados, provando que mais um segundo no fogo, ele, com certeza, seria queimado.
"Ops!" Diz ela, sem nenhum sentimento de culpa em sua voz.
Não há nada mais assustador que uma mulher com raiva, a não ser, uma mulher com raiva superpoderosa.
"Isso machucou um pouco, faz mais de cinquenta anos que alguém me machuca tanto assim." Falou William, sinto um pouco de felicidade na voz dele.
"Posso fazer melhor, se você quiser." Respondeu ela, levantando sua mão de novo.
"Kid, leve ela para algum lugar seguro." Digo apontando para a vampira capturada no chão.
"Entendido!" Respondeu ele, correndo até a mulher e a levando para longe.
"Onde estávamos mesmo? antes de sermos interrompidos, a sim, matem-nos!" Ordenou William, de novo.
Quando os vampiros atrás dele avançaram, um deles tomou uma ação diferente dos outros, que já tinham passado por seu líder, esse vampiro em particular tentou enfiar suas longas unhas que cresceram do nada nas costas de William, mas o vampiro era antigo, e muito superior que o atacante, então ele se virou e segurou o pulso do vampiro que o atacou facilmente.
"O que isso significa!?" Gritou ele, agora realmente bravo.
"Foi mal por isso, mas eu estou do lado deles agora." Respondeu o Vampiro, com a voz do Boston.
Boston possuindo o vampiro tentou atacar com sua outra mão, mas Wiliam conseguiu facilmente parar ele mais uma vez, mas ele se esqueceu que agora está de costas para mim, e não perco essa oportunidade dando uma estocada mirando sua coluna.
Não quero o matar, um membro desse culto até agora bastante secreto é uma mina de ouro de informação, temos que o capturar vivo.
Só que eu também subestimei William, antes da minha lâmina tocar a carne dele, ele se transformou em névoa e minha espada atravessa o abdômen do vampiro possuído por Boston.
"HAAAAA!" Grita ele de dor.
"Desculpa."
Por conta da dor, Boston sai do corpo do vampiro, e nesse momento puxo minha espada para cima cortando da barriga até o coração, o vampiro se transforma em poeira aos meus pés.
Na minha frente, William volta a se materializar e suas longas unhas prontas para cortar meu pescoço, mas do lado dele, Kid Flash entra na luta empurrando William com seu corpo para fora da ponte.
"Cuidado!" Quando Kid parou na minha frente, um vampiro na forma de morcego veio acima dele querendo morder seu pescoço.
"BLOM!"
Uma bola de fogo acerta em cheio o vampiro, o explodindo.
"Obrigado!" Agradeceu a Kid para Zatanna, que assim como Constantine, tinha chamas nos seus braços e estava jogando bolas de fogo para esquerda e direita.
"Não deixe ele escapar!" Gritou Zatanna para mim.
Aceno para ela e pula da ponte. Em queda, olho para baixo e vejo William parando no canal vazio me esperando, os sem teto que estavam em baixo da ponte foram espertos e já correram para longe.
"Não vai fugir?" Pergunto para ele após pousar.
As chances de vitória dele são baixas agora que dois feiticeiros de alto nível e um velocista entraram na luta.
"O Culto da Lua Vermelha de Sangue não permite falhas." Explicou ele.
"Que pena para você." Pego meu escudo e coloco na frente do meu corpo acima da minha boca.
"Boston, você consegue parar ele por alguns segundos?" Pergunto com a voz baixa.
Meu novo amigo fantasma, também veio comigo e está flutuando alguns metros do meu lado.
[Minha possessão depende do nível de poder do alvo, esse cara é antigo e poderoso, alguns segundos são o meu limite.]
"É só o que preciso, espere o meu sinal."
"Com quem você está falando?" Perguntou ele.
"Eu tenho vozes na minha cabeça, não é nada de mais."
William olha para esquerda e direita procurando Boston, até seus olhos vermelhos perceberem algo.
"Entendo, há uma forma de vida invisível aqui, talvez um fantasma, bravo, quase ninguém espera algo assim."
Não estou surpreso por ele ter adivinhado, já sabemos que ele é antigo.
"Antes de começamos, pode responder uma pergunta?"
"Claro, vá em frente garoto."
"Qual é a do visual vampiro hippie?" Pergunto, realmente curioso.
"HaHaha, isso? Só estou pagando tributo a melhor época da sua raça, imagine, milhares de jovens altos e pacifistas pelo país todo, foi um bufe enorme, só de pensar nisso já fico com água na boca." Falou ele lambendo seus lábios.
"Tudo bem, então você é um louco!" Avanço com meu escudo na frente do meu corpo.
William agiu rápido se transformando num lobo branco, ele sai da minha frente pulando para esquerda e tenta morder meu braço. Girei meu corpo e acertei meu escudo na cabeça dele o mandando para longe, mas antes de se afastar muito, ele se transformou em névoa branca.
O próximo movimento dele foi uma surpresa, em vez de escapar e voltar a sua forma física, a nevoa me envolveu e tentou entrar pelo meu nariz e boca.
Prendo a respiração e cubro meu nariz, mas ele pensou rápido e se moveu na direção dos meus ouvidos. Com medo disso, me teleporto para o outro lado do canal.
De frente para a névoa, que vem na minha direção de novo, levanto minha espada e bato com o pomo no meu escudo.
"DONNNNNNN!" Minha explosão de energia divina se mostra bastante eficaz, forçando William a volta a sua forma física.
"Agora!" Dou o sinal.
Boston, que estava esperando esse tempo todo, mergulhou de cima e entrou no corpo do William, que estava a pouco rolando no chão.
Boston possuindo o corpo de William começa a se debater no chão, como se estivesse tendo uma convulsão, só tenho alguns segundos.
Uso o movimento das sombras aparecendo do lado dele, coloco meu pé em cima do seu peito o fazendo parar de se debater.
"Rápido!" Grita Boston.
"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}
Do meu pé, uma camada de gelo começa congelar o tronco de William.
"Pam!"
Foi um som vindo de longe, quase inaudível, mas não para mim, reconheço muito bem qual é esse som, mesmo ele sendo baixo, facilmente o reconheço devido à raridade e perigo dele.
Era o som de uma bala disparada de um rifle.
Então assim que o escutei, girei meu corpo e levantei meu escudo a tempo. A bala ricochetou no escudo.
"Kid Flash, temos um atirador no leste, em um dos prédios!" Aviso pelo comunicador para o único que no momento pode encontrar o atirador, que se for profissional, vai abandonar seu local sabendo que ele perdeu sua chance de acabar comigo.
{Estou indo!} Respondeu Kid.
"Não deveria virar as costas para um inimigo!" William atrás de mim se levantou, ele segurou meu braço e acima da minha cabeça a puxando para esquerda deixando meu pescoço amostra.
Penso rápido, e quando a cabeça dele se aproxima, dou uma cabeçada para trás acertando seu nariz e pulo rolando no chão para depois me levantar.
[Desculpe, não consegui aguentar.] Falou Boston, depois de ser expulso do corpo dele.
"Tudo bem, foi minha culpa e do cara que atirou em mim."
"Eu realmente quero saber o gosto do seu sangue, só o cheiro dele é magnifico."
"Desculpe companheiro, meu empregador ainda não me pagou."
Surpreendendo a todos, Constantine apareceu do lado de William, que se virou e o atacou.
"Amarrá-lo!" Com o dedo do meio, ele atira o que sobrou do cigarro que ele estava fumando acertando o corpo do vampiro.
Uma ação que parece sem sentido, mas no momento em que o cigarro toca ele.
"Zzzakk!"
Foi como se William tivesse sido acertado por um raio, seu corpo foi jogado contra parede do outro lado do canal e ficou grudado nela, raios de energia amarela dançavam pelo corpo paralisado dele.
Como diabos ele fez isso?
"Você não estava lá em cima?" Pergunto para ele, não demonstrando surpresa pelo simples gesto de magia que desarmou facilmente meu alvo.
"Aqui está mais fácil, se eu fica-se lá em cima, teria que lutar contra um bando de vampiros enquanto desviava dos ataques da Zatanna, que de acordo ela, não tinham intenção de cair próximos a mim." Respondeu ele, pegando outro cigarro.
[Temos que ajudar os outros.] Nos lembrou Boston.
"Não precisa, ela já acabou." Digo olhando para esquerda.
Zatanna vem na nossa direção flutuando no ar.
"Tudo acabado na ponte." Diz ela, pousando do meu lado.
Kid Flash também chegou.
"O atirador fugiu, ele atravessou uma parede e desapareceu do outro lado." Falou ele.
Um sniper vampiro, essa é nova.
"Um assassino sobre o comando do nosso amigo aqui." Digo olhando para William, envolvido pela eletricidade que ainda está paralisando seu corpo por completo.
"Os outros estão chegando." Aviso.
"Kid, vai pegar a vampira, vamos realizar o ritual aqui mesmo." Diz Zatanna, e Kid corre voltando um segundo depois, colocando a vampira ainda desacordada no chão.
Nos cinco ficamos esperando os outros, olhando para nossos dois vampiros cativos.
"Então, quem vai fazer o feitiço?" Pergunto para os dois feiticeiros presentes, o que causou uma rodada de gritos para decidir quem é o mais adequado para isso.
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Com todos juntos, Zatanna pediu para colocarmos todos os vampiros capturados no chão juntos. Depois de uma rodada de feitiços para os deixar desacordados, ela começou a desenhar com giz branco no chão ao redor deles.
Reconheci algumas das runas escritas ao redor do círculo que fica dentro de um pentagrama. São dois círculos na verdade, um que os vampiros estão dentro, e o outro ao redor das runas.
Como uma boa professora, ela me chamou para observar de perto. De acordo ela, esse é um ritual para localizar parentes de sangue com algumas alterações, em vez de procurar o sangue, ela alterou o feitiço para localizar a ligação que todos os vampiros têm com seu mestre.
E quando foi que ela teve tempo para alterar um ritual desses?
Nas poucas horas de paz em que ela estava procurando vampiros pela cidade com o Kid. Sim, um talento assustador.
"Acabou?" Perguntou nosso vampiro aliado, e ex do nosso alvo atual.
O desenho no chão demorou apenas dez minutos, mas Andrew Bennett não é nada paciente, mesmo sendo muito, muito velho.
"Sim Bennett, acabou." Respondo, olhando mais uma vez para a arte desenhada no chão, gravando tudo.
Com minha memória perfeita, isso é uma tarefa fácil.
Zatanna com certeza fez tudo isso para me ensinar, já que com a habilidade da família dela, ela poderia facilmente seguir conexão apenas tocando um deles e falando o que quer de trás para frente.
A logomancia, a arte de realizar magia falando palavras de trás para frente, é um dos ramos mais difíceis de seguir nas artes místicas. Dificuldade que é recompensada com um grande atalho. Falando as palavras de trás para frente, e obedecendo às leis da magia, o usuário pode realizar qualquer ação mágica, sem precisar de feitiços complicados ou de desenhar pentagramas no chão.
"Eu vou ativar o feitiço." Zatanna ficou na frente do círculo.
"Oçitief o evita!" {Ative o feitiço!}
Do lado dela, pude ver claramente os seus olhos brilharem fortemente em branco. No chão, todo o pentagrama pintado começou a brilhar com a mesma cor, então, dos vampiros inconscientes no meio do círculo, uma nevoa branca saiu de suas bocas e entrou na dela. E tudo desaparece voltando ao normal.
"Então?" Perguntou o segundo mais impaciente da turma, Speedy.
"Tenho a localização de três vampiros diferentes, dois deles estão aqui na cidade, o outro está do outro lado do mundo." Respondeu ela se virando para todos.
"Devemos nos separar de novo?" Perguntou Robin para Batman.
"Dessa vez dois grupos." Confirmou ele.
"Tenham cuidado com o atirador, por conta da falta de batimentos, temperatura corporal e a habilidade de camuflagem, ele é um grande problema." Alerto todos.
Se não fosse pelos meus bons ouvidos, eu estaria morto estirado no chão agora, a maioria aqui não tem bons ouvidos como o meu.
"Os times serão divididos levando essa ameaça em consideração." Batman me tranquiliza.
"Qual é a localização?" Pergunta Aqualad em seguida.
Zatanna nos conta os lugares aonde Mary pode estar, e depois Batman separa o grupo em dois de seis membros, com o nosso tendo sete, contando Boston.
"Isso pode funcionar, com a Raven no grupo de vocês, o sniper vampiro não vai ser um problema." Digo depois de escutar a divisão do Batman.
O vampiro não pode ter temperatura normal de um humano, batimentos cardíacos ou respiração, mas ele tem emoções, e Raven é ótima em descobri as emoções negativas direcionadas a ela ou o gurpo.
"Mas, por que tenho que fazer dupla com ele de novo? Por que não trocamos?" Proponho, olhando para Constantine do meu lado, bebendo algo de um cantil de metal que ele tirou do nada.
Para evitar confusão, mais uma vez, Batman o deixou comigo, e ficou com a Zatanna no seu grupo.
Os grupos ficaram assim.
Grupo um: Eu, Constantine, Boston, Andrew, John Troughton, Starfire e Kid Flash.
Grupo dois: Robin, Batman, Aqualad, Raven, Speedy e Zatanna.
"Você não vai se livrar de mim tão fácil companheiro, estamos ligados um ao outro." Diz ele piscando para mim.
"Apenas cala a boca, e abra o portal!" Grito.
"Espera!" Gritou Starfire.
"O que vamos fazer com eles?" Perguntou ela apontando para os vampiros no centro do círculo.
Tinha me esquecido deles.
"As autoridades já estão vindo, eles vão cuidar deles." Respondeu Batman.
Matar vampiros durante uma luta não é um grande problema para mim, mas fazer o mesmo com eles amarrados e inconscientes não é algo que eu possa fazer. Então mesmo sabendo do provável futuro e tratamento que eles vão ter na prisão.
"Não todos, o hippie pode ter muitas informações sobre o culto." Se ele for levado, nunca mais podemos o ver de novo.
"Não temos tempo." Batman bateu o martelo.
Ele está certo, mas mesmo assim, é um desperdício.
"Constantine, abra logo o portal!" Grito mais uma vez para ele, que se move logo em seguida.
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"Eu conheço esse lugar." Falou Andrew, assim que chegamos ao nosso destino.
Dos dois alvos, o nosso é uma mansão abandonada nos limites de Gotham. Uma casa antiga com um andar e um porão em cima, o portão de ferro da entrada estava enferrujado e fechado por uma corrente e um cadeado.
"Mary e eu passamos alguns anos morando aqui quando Gotham não passava de nada mais que uma pequena cidade com uma centena de pessoas." Continuou ele, com um olhar triste no rosto.
"Legal, agora vamos matar sua ex." Constantine, sendo um mestre da delicadeza e empatia, tomou a frente e segurou o cadeado de ferro da porta, o cadeado em seguida ficou vermelho, e derreteu escorrendo pela mão dele caindo no chão.
"Espere." Paro ele, que já estava quase entrando.
"Kid, você poder dar uma olhada ao redor da casa?" Peço para ele.
"Me de alguns segundos." Respondeu ele, correndo em alta velocidade em seguida.
"Boston, dê uma olhada do alto por favor."
[Claro.]
"Posso ir com o fantasma? Nunca voei com um antes." Pediu Starfire animada como sempre.
"Claro."
Starfire se junta ao nosso amigo fantasma no ar.
"Eu vou entrar." Andrew, claro que falou isso.
"Andrew, por favor, ele está certo, não podemos simplesmente entrar na toca do inimigo." Seu amigo, finalmente foi útil e conseguiu parar Andrew.
Não há nenhuma propriedade ao redor dessa casa, o que é a torna um belo lugar para se esconder, mas desde o seu primeiro ato, Mary deu a entender que se esconder não é muito seu estilo. Então ela escolheu esse lugar por dois motivos.
"Claro que é uma armadilha para você Andrew, então vamos com calma." Digo para eles.
"Para mim?" Perguntou ele.
"Claro que sim companheiro, por que mais ela escolheria se esconder no lugar onde você conhece." Constantine é rápido em pegar essas coisas, já que essa é a forma que ele pensa.
"Para Mary, você é a única coisa que está no caminho da vitória e do mundo ideal dela." Concordou John comigo.
Kid Flash foi o primeiro a voltar de sua busca.
"Tudo limpo, chefe."
"Não sou o chefe."
Ainda não quero ter o peso de liderar um bando de heróis, meu tempo não permiti isso.
[Tudo limpo no céu também.]
"O espírito está correto."
Boston retorna com Starfire logo atrás.
"Tudo bem, o plano é o seguinte."
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Entramos pelos portões num grupo de cinco, eu, Constantine, John, Boston e Andrew.
Estamos andando lentamente pelo caminho de pedras no chão, o único local aonde a vegetação selvagem que cresceu descontroladamente por falta de cuidado por anos não cresceu.
Assim que chegamos na metade do caminho, Boston que estava flutuando acima de nós avançou na frente e atravessou a parede do primeiro andar, aonde ele vai analisar a situação e tentar tomar controle de um inimigo mudando as chances ao nosso favor se necessário.
"Sinto cheiro de magia aqui." Fala Constantine do meu lado.
"Eu não sinto nada." Falo baixinho, após me concentrar um pouco.
"É um cheiro bem sutil, e antigo." Continuou ele.
"Pedimos a uma bruxa para colocar alguns feitiços de proteção ao redor da casa, já que queríamos ficar aqui por algum tempo." Explicou Andrew.
"Isso vai ser um problema?" Pergunto para Constantine.
Ele se abaixou e arrancou uma pequena planta do chão e a cheirou.
"Não, feitiços de proteção devem ser reforçados de tempos em tempos, os que foram postos aqui claramente não foram, desde que ela não tenha um feiticeiro do seu lado, tudo vai ficar bem."
"Ela tem?" Pergunto agora para Andrew.
"Não que eu saiba, mas não estamos próximos a muitos anos."
"Que ótimo."
Continuamos nosso caminho lentamente, até chegarmos à entrada da casa.
Uma entrada no estilo dos anos sessenta, feita de madeira com espaço para colocar um balanço e algumas cadeiras, mas o estado da casa é terrível, sua madeira está tão escura quanto carvão, e o cheiro de mofo é evidente até mesmo para aqueles sem super sentidos. A vários buracos nela também, e metade do seu teto desapareceu.
"Quem vai bater?" Perguntou Constantine.
"Eu vou na frente." Se ofereceu John.
Ele tinha deixado sua mochila militar que ele sempre leva consigo na entrada, mas antes, ele pegou dela um facão e uma estaca de madeira, ele está segurando um em cada mão agora.
Todos ficamos em alerta enquanto ele andava lentamente até a porta caindo aos pedaços.
John ficou de frente para ela e a empurrou com sua mão segurando a estaca enquanto movia seu corpo de lado, mostrando treinamento e experiência e lidar com situações assim. Com um rangido nada agradável porta estava aberta completamente, nos dando a visão de um pequeno corredor que deve levar até a sala, o local está muito bem iluminada.
Andrew toma a frente em seguida entrando do lado do seu amigo na casa, nós dois seguimos logo em seguida.
O interior da casa está em melhor estado do que o exterior, as luzes no teto foram consertadas, e o piso está mais sólido.
"Mary." Diz Andrew na nossa frente.
Havia um pequeno corredor antes de entrar na sala, e quando viramos à esquerda, lá estava ela, Mary, sentada numa poltrona no meio da sala, com uma taça de sangue nas mãos, vestindo um longo vestido vermelho da mesma cor do líquido da sua taça e dos seus lábios.
"Você está atrasado, meu amado." Cumprimentou ela.
Toco meu comunicador no meu ouvido, um sinal para a outra equipe dizendo que encontrarmos o alvo e depois ignoro ela por alguns segundos, sei muito bem que antes da luta e da armadilha ser revelada, vamos ter uma curta conversa como de costume, então aproveito isso para olhar ao meu redor, procurando cada detalhe que possa me ajudar a descobrir como vai ser a armadilha dela.
A sala está vazia, só a lareira acessa e a poltrona, o resto foi retirado há muito tempo julgando pela camada de poeira no chão. Atrás da Mary, está a escada que leva para o andar de cima. Como sempre, não há mais nenhum batimento cardíaco no lugar, apenas os nossos, mas é claro que não estamos sozinhos, uma rainha não anda por aí sem sua proteção.
Eles podem vir de baixo ou do alto.
Boston está lá em cima, então estou um pouco mais seguro.
"O que você está querendo conseguir aqui, Mary?" Andrew sabe muito bem da armadilha aqui, e se aproxima lentamente dela.
"Já contei para você varias e varias vezes qual é o meu objetivo, Andrew, você só é estupido demais para o entender."
"Eu entendo sua visão destorcida do futuro perfeito, mas o que eu não intendo e por que você está fazendo tudo isso apenas para me matar."
"Quem sabe, talvez seja por que eu o odeio por não estar aqui do meu lado, aonde é seu lugar."
"Hmmm!" John sussurra.
"Vejam se não é o pequeno John Troughton, você envelheceu." Após chamar atenção para ele, Mary também perece ter o notado.
"É uma merda envelhecer, mas é muito melhor do que ser como você." Falou ele com nojo para ela.
"Ser como eu? Linda, poderosa e jovem para sempre, alguns de vocês mortais sempre encontram desculpas idiotas para não aceitar a imortalidade, enquanto a maioria implora por isso quando é oferecida." Ela não fica ofendida com olhar de nojo dele, em vez disso, parece achar graça.
"Vocês já acabaram?" Perguntou Constantine, acendendo um cigarro com seu dedo.
Constantine só fez isso por que ele odeia não ser o centro das atenções.
"John Constantine, o bruxo da Inglaterra, odiado por muitos."
"Esse sou eu."
"A uma grande recompensa na sua cabeça, recompensa que vou coletar daqui a pouco."
"Docinho, muitos tentaram, mas poucos voltaram com vida após falhar." Brinca ele.
"Vou ser a primeira a ter sucesso então."
Mary então se levanta, seu longo vestido ficou grudado na sua pele, e depois sumiu, ela se transformou na figura branca com linhas vermelhos pelo seu corpo com um longo cabelo vermelho, olhos brilhantes e orelhas pontudas, a mesma forma de combate que ela usou no metro.
"TRINNNNN!"
Ela joga fora a taça que estava na sua mão que se quebra bem acima da lareira.
"Está pronto para isso, meu amor?" Pergunta ela.
"Você vai perder Mary, alguns aqui são muito mais poderosos que você ou eu, e todos querem sua cabeça." Avisou ele.
Mary então olhou para mim.
"Sim, poderosos. Fiquei me perguntando o quão poderoso seria um vampiro semideus, talvez deveríamos descobrir."
Minha resposta foi simples, apenas tirei minha espada das minhas costas.
"Enquanto seus outros amigos, tanto aqueles que estão do lado de fora, como os que estão do outro lado da cidade, não se preocupe, eles estão bem ocupados no momento."
Do lado de fora também?
Isso não pode estar certo, posso não poder escutar os vampiros, mas se uma luta começou, eu com certeza, escutaria meus amigos ou a batalha.
Percebo algo então, e olho para a porta fechada atrás de nos.
"Você finalmente percebeu?" Perguntou Mary, com grande alegria na voz.
Não estou escutando meus amigos, como também não estou escutando o vento, ou qualquer coisa do lado de fora.
"Você isolou a casa, como?" Pergunto para ela, surpreso.
"Magia!" Quem respondeu foi Constantine.
"Péssima ideia Mary, nos trancar aqui com você."
"É mesmo uma péssima ideia, John?" Perguntou ela, com o mesmo tom de voz alegre.
As paredes ficaram escuras, como uma sombra que se manifestou do nada, e dela, olhos vermelhos começaram a surgir.