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Chapter 12 - Aros Original!

"Então ele acabou com nosso exército?"

"Sim..."

O homem, com a taça de vinho na mão, estava furioso. Por conta disso, ele quebra a taça apenas apertando-a. O resultado disso não fora muito benéfico, afinal ele tinha se cortado com o vidro, e derrubado um pouco de vinho no lindo tapete no chão.

"COMO ELE PODE ACABAR COM 30.000 SOLDADOS? COMO?"

O homem gritava para sua secretária, apesar de não ter sido culpa dela, ela se mostrava um pouco decepcionada. Aquele ataque em um reino era para declarar guerra, ele tinha convicções que levaria a vitória sem muito esforço. O plano foi muito bem no começo, massacraram Lálario em apenas algumas horas.

Mas tudo piorou quando "ele" apareceu, o garoto prodígio de magia. Não era só o novo lorde de um reino, ele era o portador da magia rara, a magia de luz. A inocência do homem foi pensar que "ele" iria mandar seus próprios cavaleiros para guerra, mas aconteceu muito diferente e pior. "Ele" não chamou os seus cavaleiros, foi imprudente e foi sozinho para o campo de batalha. Lá, "ele" dizimou um exército de 30.000 soldados.

"Como aquele garoto... é tão forte?"

"Kisirel-sama, podemos mandar mais 15.000."

"Não os envie, nossa prioridade agora perdendo essa primeira rodada, é defender o reino. Com certeza Aros Silverstein virá nos atacar, assim como fez com nossos soldados..."

"Virá pessoalmente?"

"É claro, com um poder de dizimar um exército, ele pode acabar com tudo aqui a hora que quiser."

Aros Silverstein, esse era um nome temido por Kisirel agora. Essa pequena provocação pode levar a vida de seu povo, foi imprudente ter provocado uma guerra agora, ele foi de cabeça nisso, sem ao menos estudar o oponente.

...

"[Clone de Luz.]"

Recita Aros bem alto. Uma enorme fonte de luz sai de sua mão e vai em direção a terra que ali estava. A luz começa a tomar uma forma humana, até finalmente ficar com a aparência idêntica de Aros. Lola que estava ao seu lado, ainda traumatizada, olha aquele feitiço com medo.

"Transferir 'Aros Silverstein'."

Agora uma esfera amarela, radiante como o sol, solta de sua mão e vai em direção ao clone de Aros. Quando a esfera amarela entra dentro do clone, ele abaixa a cabeça e volta como se tivesse conectado algo nele.

"Finalmente deu meu corpo de volta, não é velhote?"

"Não tenho tempo para discutir isso agora, e esse não é seu corpo, esse é um clone."

Lola ignorou tudo que estava a sua mente, e estava olhando o clone que era idêntico a Aros, e ele estava conversando. A magia de clone podia ser algo bem difícil, apenas aqueles com magia rara podiam controlá-la, porém elas não podiam se comunicar, nem se quisessem. Mas Aros não fez o clone falar, apenas transferiu a alma do Aros Original para o clone.

"Sério? Você me deu um clone?"

"Sim, cala a boca e ouça: O Reino Carius atacou Lálario sem motivo, e quando estavam recuando eu aniquilei eles, mas agora eu quero que o reino deles também sofra, então estou te mandando para lá."

"Você acha que eu sou seu servo?"

"Vai ser, se não quiser eu posso simplesmente destruir sua alma e assim ficamos quites."

"Tsc... Tá, mas qual é o plano?"

"O clone tem apenas uma fração do meu poder, mas o suficiente para queimar um reino todinho, é isso que eu quero que você faça."

"Meu poder você quis dizer né? Mas tudo bem, eu curti a ideia..."

"Ótimo, eu mandei um sobrevivente deles avisar que eu declarei guerra, então não precisa sentir piedade."

"Você está frio agora não é velhote?"

"Vá."

O clone se vira e dá um sorriso, com todo o impulso que conseguia, deu um grande salto e começou a voar em direção ao reino Carius. Aros apenas fica com uma cara séria, emanando sua aura por toda a floresta, espantando os animais ferozes que havia nela.

Aros se virou, sua capa voou elegantemente. Como Lola estava o seguindo, apenas repetiu seus movimentos e foi atrás dele.

...

"Tem mais dois! Cássiria-dono!"

Um homem cavaleiro deu ordem para seus homens, a deixarem mais duas pessoas naquele lugar. Cássiria estava agachada vendo um de seus pacientes, seu cuidado era claro, ela mostrava todo tipo de preocupação a aquele humano — que nem mesmo é de sua raça. Na exclamação do homem, ela se levanta e vai em direção a eles.

"Coloquem aqui!" Ela apontou.

O cavaleiro anda em direção a Cássiria.

"As coisas estão difícil aqui, não é? Principalmente para você que acabou de chegar."

"Tem razão, só passei por essa situação uma vez, mas eu nem sou maga de cura, apenas sei usar o básico."

O cavaleiro coloca a mão no ombro de Cássiria e dá um sorriso.

"Se Aros-sama confia em você, então todos nós aqui a respeitamos, é assim que Lalário funciona!"

Ele tranquilizou Cássiria, que por fora podia estar bem tranquila, mas por dentro ela estava desesperada. Muitos dos cidadãos estavam feridos, mesmo nenhum tendo o risco de perder a vida, os magos curandeiros que estavam fazendo seus trabalhos a pressas, ainda eram muito mais competentes do que Cássiria que curava em um nível baixo.

O que Aros faria?

Ela se perguntou várias vezes isso, mas não tinha como saber sobre, Cássiria conhecia Aros apenas a uns 5 dias, era realmente impossível saber o que ele estava pensando. Ela também lembrou da cena, quando Aros viu uma certa garota deitada na grama, gravemente ferida. Não tinha como esquecer aquela raiva transbordando dele, aquela aura gigantesca de fúria e desespero.

Cássiria sentiu seu coração pesar mais uma vez, ela olhou para trás e viu. Uma garota dos cabelos brancos, ela estava cercada de quatro magos curandeiros usando o máximo de suas magias.

"Aquela se machucou muito..." Diz o cavaleiro.

"Sim, ainda mais aquela é prioridade."

"Hã? Por quê?"

"Aros-sama olhou para ela, perguntou mais sobre ela e logo em seguida saiu em direção ao exército que nos atacou..."

"Ela é importante para Aros-sama?"

"Acho que sim, afinal só de ver ela, ele começou a exalar toda sua mana pelo local."

Cavaleiro suspirou.

"Bom, vamos esperar ele voltar para confirmar isso."

"Você acha que ele volta?" Diz Cássiria retrucando um pouco friamente.

O Cavaleiro percebeu essa insegurança de Cássiria, afinal eles tinham acabado de se conhecer e ele foi em direção a um exército de 30.000 soldados sozinho, se eles não o conhecessem, com certeza achariam que Aros morreria.

"Ele vai voltar... Com a magia dele, ele pode destruir um reino inteiro, soldados são até formigas em sua visão."

"E você acha que ela vai matar todos?"

O cavaleiro pensou. Hesitou em dizer as palavras, mas soltou.

"Provavelmente..."

Cássiria olhou para o cavaleiro, assustada e com lagrimas nos olhos.

"Hã!?"

"A 5 dias atrás, antes dele ir para o reino das elfas, ouvi dizer que ele tinha mudado da noite para o dia. Antes ele tinha uma postura de rei severo, mesmo sendo lorde daqui, eu não sei muito bem se ele tinha misericórdia sobre nós... Mas ouvi de alguns guardas, que ele protegeu uma garota em seu restaurante, e que estava sendo bonzinho. Obviamente não acreditei, mas quando o vi saindo naquela carruagem pelo portão principal, eu percebi... Ele nunca tinha acenado para a gente daquele jeito."

"Ele... Mudou?"

"Ah sim, você é a maior prova disso... Cof! Você e aquela pequena ali."

O cavaleiro também apontou para a garota raposa, que estava ao colo de Alfred, dormindo.

"Hã...?"

"O Aros que eu conhecia, nunca colocaria uma elfa ao lado dele... Muito menos traria uma garota demi-humana para cá..."

"Então ele era malvado?"

"Não sei se essa é a palavra certa... Eu o conhecia antes de virar lorde, e sei que ele sempre teve muito ódio de ambas as raças, por coisas que aconteceram..."

O cavaleiro foi abaixando sua voz pouco a pouco.

"Bom! Preciso voltar ao trabalho. Se eu tiver mais sobreviventes eu trago-os aqui, até mais tarde, Cássiria-dono."

O cavaleiro foi embora... Ou quase.

"Esqueci de uma coisa!"

Ele se aproximou novamente, chegou bem perto de Cássiria e sussurrou em seus ouvidos.

"Melhor você explicar para todos sobre aquela menina raposa..."

No mesmo instante que ele disse aquilo, Cássiria olhou em volta assim como ele, e ouviu alguns sussurros...

"Ei, Aros-sama saiu para o reino das elfas, trouxe uma nova pretendente e uma filha tão rápido!?"

"Pois é, acho que nosso lorde realmente é incrível."

Quando Cássiria foi se virar para dizer algo ao cavaleiro, talvez, desfazer o desentendido... ele tinha saído.

"I-I-I-Isso é um mal entendido e tanto!"

Ela murmurou para si mesma, tão vermelha quanto um pimentão.