O silêncio dominava o local. Não é como se naquela hora da noite, precisaria de alguém falando, mas Aros se sentiu um pouco solitário. Lola estava deitada no gramado com um cobertor feito por ele, afinal depois de tanta coisa, ela precisava descansar e assimilar tudo, assim como o próprio garoto.
Ele estava sentado em um dos troncos que puxou da floresta. A sua mão estava uma folha, onde anotou todos os feitiços que ele poderia usar, sem exceção. Não era à toa que não estava segurando um papel, mas vários, parecia até um livro.
Aros não era muito familiarizado com isso, precisava entender o máximo que podia sobre a magia que ele tinha. Este papel foi juntado de informações que Alfred e o Aros Original deram para ele, se não decorasse tudo, tem chance de ele perder, mesmo sabendo o quão forte ele é.
"Caramba é muita coisa..."
Ele ainda analisava um feitiço, que era um tanto curioso. Aros olhou para os lados, para realmente confirmar que não havia ninguém. A garota na qual ele cuidava, Lola, ainda estava dormindo que nem pedra.
"Acho que eu posso testar."
Ele se levantou do tronco, se ajeitou e estendeu sua mão. Olhou com mais força para a folha, e depois de confirmar, suspirou.
"Paralização do tempo!"
Assim que recitou suas palavras — mesmo que não precisasse — um círculo mágico abriu de sua mão, e o resto se fez sozinho. Um grande estrondo feito somente em seus ouvidos, o fez prestar mais atenção. Uma grande bolha o engoliu, e sua visão agora estava negativa, estava apenas branco e preto.
"Então é assim que fica? Nada tem cor, está tudo preto e branco, como se estivesse negativa minha visão."
Aros assim que percebeu, olhou para o lado, e viu o seu verdadeiro teste. Antes de ativar a magia, ele havia jogado um graveto ao ar, mas depois da magia e a visão negativa, o graveto estava pairando ao ar, sem se quer mostrar que está caindo.
"Perfeito, então funciona mesmo."
Ele estava prestes a desativar o feitiço, quando...
"Não acredito."
Aros havia percebido uma coisa. Colocou a mão em seu queixo e estava com os olhos arregalados, enquanto não mexia um músculo se quer.
"Eu...Eu descobri um jeito de poder dormir mais... Se eu dormir dentro da Paralização do tempo, eu posso dormir por mais tempo, posso tirar uma soneca para sempre!"
Essa foi sua conclusão, e também, a única situação que encontrou onde pode usar esse feitiço.
Depois de sua belíssima conclusão, ele desativa o feitiço. Todas as cores voltaram ao normal, e Aros achava melhor assim. Depois de um pouco de esforço que fizera, ele novamente se sentou no tronco que havia arrastado. Olhou novamente para os papéis, e começou a ler mais sobre feitiços.
"Tem tantos, mas nunca vou usar todos... Na hora do desespero, qualquer um serve."
Decorar 115 feitiços, era impossível para Aros, não tinha como saber de tudo em tão pouco tempo. Mas ter uma visão por cima de tudo que podia fazer, já era o suficiente.
"Ei... Aros-sama."
"Hm?"
Aros se virou para a voz que o chamou. Ele se surpreendeu, era apenas Lola que ainda estava deitada.
"Você acha que Asura-san vai ficar bem?"
"Não tem como saber... Mas eu acredito que todos os curandeiros dando o seu melhor para que ela continua viva.
O silêncio dominou o clima. Aros não conseguiu formular uma resposta clara e que pudesse acalmá-la, isso porque por dentro, ele também estava ansioso. Foram poucas informações que Aros conseguiu receber, mas a que mais preocupava era de que Asura não tinha recobrado ainda, e seu estado era grave. Só está frase lhe causava pânico.
"Meu lorde!"
Uma voz ecoou em sua mente, usando a magia de comunicação. Uma voz feminina, porém, de uma mulher mais velha. Logo, Aros e Lola, que também estava ouvindo, concluíram que era Zerbst.
"Zerbst... Relate o que aconteceu."
"Claro meu lorde... Consegui chegar ao reino dos elfos, mas a notícias não são boas—"
Antes de ela se quer concluir, Aros colocou a mão em seu rosto.
"Lukia, a rainha-elfa foi encontrada inconsciente e ferida na floresta a frente do reino."
Aros suspirou.
"Já estou indo para aí."
"Hã? Como você vai... meu lorde?"
Aros andou em direção a Lola, colocou a mão em seu ombro e ergueu a mão para o alto. Ao invés do círculo mágico aparecer em sua mão, ele apareceu embaixo dos dois. E em uma fração de segundo, eles começaram a ser engolidos por uma forte luz branca.
Assim que terminou, Aros e Lola estavam em outra floresta. A frente deles, os dois conseguiram avistar vários elfos, desesperados em frente a uma árvore. Lola ficou confusa, ela não sabia onde estava e como conseguiu chegar tão rápido em outro lugar. Só pode concluir que era alguma magia de Aros.
Zerbst estava flutuando aos céus, e assim que viu Aros decidiu pousar em frente a ele. Assim que tocou seus pés no chão, andou alguns passos e se agachou, venerando o garoto.
"Meu lorde, não imaginava que você podia usar este tipo de magia. Sinto muito minha imprudência em questioná-lo."
"Tudo bem... Apenas diga-me o que ocorreu."
"Sim."
Ela se levanta, ainda mantendo um respeito enorme para seu novo mestre. Aros sentiu nos elfos que estavam a frente da árvore, uma mana altíssima, que com certeza estava relacionada a alguma magia de cura muito forte.
"Eu encontrei a rainha-elfa inconsciente aqui nesta árvore."
Zerbst guiou os dois para a arvore a frente.
Os elfos ainda estavam em seus processos, muito ocupavam a visão do que estava acontecendo. Aros se aproxima de pouco a pouco, mas como já sabia o que havia ocorrido, só queria ver a gravidade da situação. Durante seu andar, ele olhou para o chão e os arredores. No gramado onde estavam pisando, havia manchas de sangue, além de buracos de que algo havia se colidido. Tudo que ele pode pensar era "Houve uma luta aqui."
Quando ele se aproximou mais, uma elfa, que estava bem séria, avistou Aros e andou em direção a ele.
"Lorde Aros Silverstein, é um prazer conhecê-lo, porém o senhor chegou em uma hora não muito boa..."
Aros não tinha reparado que está era a nova secretária de Lukia. Na verdade, ficou tão sério quanto ela. Seus olhos cinzentos começaram a receber uma luz branca, que estava piscando e se diminuindo, mostrando que ele estava tentando se controlar.
"Me relate o que aconteceu."
"Claro..."
A secretária que estava séria agora pouco, engoliu seco ao ver que Aros podia acabar com aquele lugar por fúria a qualquer momento.
"Lukia-sama parece que estava em uma batalha com alguém, nossos informantes disseram que viram um grupo de aventureiros saindo daqui, manchados de sangue, como se tivessem saído de uma batalha. Concluímos que foram eles os culpados."
"Posso ver como Lukia está?"
"C-Claro."
Aros se aproximou mais dos elfos curandeiros, todos eles o reconheceram na hora e se afastaram um pouco. Foi assim então que ele e Lola viram o estado de Lukia.
A boca e o nariz estavam com sangue, o lindo vestido branco que ela usava, estava com uma mancha de sangue. Os elfos curandeiros haviam dito que o estado não era fatal, e que ela não morreria, mas Aros sentiu dor enorme em seu peito. Lola que também viu, ficou ainda mais paralisada. Uma era que os ferimentos eram bem profundos, e também com a beleza da rainha-elfa.
Aros estava completamente fora de si naquele momento, sua mana começou a exalar pelo local, criando uma enorme rajada de vento continua que até os elfos curandeiros precisaram se segurar na árvore.
"Por que ela saiu do reino, para fora da barreira?"
A elfa secretária estava assustada com o poder de Aros se exalando.
"Ela afirmou que queria se encontrar com o senhor, Lorde Aros Silverstein."
Aros colocou a mão em seu rosto, após não acreditar nas palavras que a secretária estava falando. Em sua mente, estava circulando tudo que ocorreu desde que tinha voltado para Lálario. Não houve nada em que ele pode ficar feliz, nada que pudesse acalmá-lo um pouco, foi apenas desastre atrás de desastre. Agora outro fardo tinha chegado nos ocorridos, a quase morte de Lukia foi por conta dele, Aros se culpava profundamente.
"Seus informantes disseram as característica do grupo?"
A secretária engoliu seco.
"Eram demi-humanos, um grupo de três demi-humanos. Um deles usava espada, o outro uma lança e o último apenas estava de mão nuas."
"Tudo bem..."
Aros se virou para direção que estava Zerbst. Ele parou na frente dela e deu suas ordens.
"Fique aqui e proteja qualquer ataque direcionado ao reino dos elfos. Qualquer tentativa de invasão, ou ameaça a rainha-elfa, extermine imediatamente."
"Certo."
Ela novamente se agachou, venerando Aros.
Porém ele não ligou, apenas continuou seguindo em frente. Os elfos finalmente puderam fazer seu trabalho, mas ainda estavam tremendo de medo. Aros continuou andando até parar em certo ponto, Lola que estava seguindo-o, parou junto.
Ele suspirou, alto o bastante para todo mundo que estava ao local ouvir. Neste mesmo momento, Aros começou a flutuar com sua magia de voo. Lola que estava observando, mas junto, também começou a flutuar.
"Uoooou."
Ela esboçou uma reação bem diferente. Aros não ligou, apenas estava concentrado em achar o grupo de aventureiros e na magia que ele estava usando naquele momento.
...
"Caramba a gente arregaçou aquela velhona, não é?"
A jovem aventureira elogiava ela e seu grupo, com as mãos atrás da cabeça. Ela estava acompanhada de outros dois jovens, um que segurava uma lança e outro que apenas tinha suas mãos.
"Será que por poupar a vida dela, seremos repreendidos pelo lorde Boreas?"
Quem os questionou, era o garoto com a lança.
"Eu acho que não, como ele mesmo disse, era para a gente apenas segurar ela, e com ela inconsciente com certeza atrasamos bastante."
"tem razão..."
O grupo andava em uma estrada de terra, que ligava os dois reinos, Borogh e o reino dos elfos. Aquela estrada era muito utilizada por viajantes entre os dois reinos, as vezes também, por comerciantes. Mas naquele momento, não havia ninguém além do grupo.
Eles, Lufena, Liones e Calt, voltavam de uma missão que eles cogitaram impossível, porém foi mais fácil do que eles esperavam. A garota com orelhas de gato, estava contente de seu trabalho, ela sentia que era muito forte, agora que conseguia derrotar um governante. Os outros dois também pensavam o mesmo.
Lufena estava tão distraída, imaginando o que podia fazer com sua força toda, que não prestava atenção nos outros dois. E por isso, foi a chance deles conversarem um assunto delicado.
"Ei, Calt."
"Hã?"
Quem chamou o garoto de cabelos tigela, foi Liones. O tal menino que o chamara, era o mais forte em força física. Seus braços eram musculosos, tinha um físico bem adaptado ao seu corpo, para se exibir um pouquinho, ele não usava camiseta, junto uma faixa vermelha em sua cintura e calças largas.
"Calt, na festa que vamos receber, esta é sua chance de se declarar para Lufena."
"Hã!? Que?"
"Vamos, não existe hora melhor, se não fizer logo, alguém será o primeiro."
Calt ficou um pouco envergonhado, mas sabia que era verdade.
"P-P-Primeiro é? Q-Q-Quem liga?" Ele gaguejava bastante.
"Não entendo, você não que ser o primeiro a beijá-la na vida? Ou quem sabe tirar sua virgindade? Se não outro vai fazer."
Essas palavras foram o suficiente para Calt se sentir incomodado. Ele não queria que nenhum outro homem fizesse as coisas que Liones mencionou. Para ele, o próprio tinha que ser o primeiro. Assim que ele olhava para ela, se coração enchia de alegria.
"Tem razão, eu tenho que agir rápido."
Liones se empolgou com a firmeza do garoto, e deu um tapa em suas costas.
"É isso aí!"
O garoto já estava cheio de energia, pulou por uns segundo, apunhalando os punhos para cima em comemoração à sua atitude que tomaria logo em seguida. Mas essa felicidade teve que ser parada, por questões pessoais.
"Ei, Liones... Preciso ir ao banheiro!"
"Caraca nem é para dizer umas coisas dessas do nada, apenas vai ali atrás da árvore." Liones o reprendeu.
E foi isso que o garoto fez, com as mãos segurando suas partes intimas, ele foi atrás de uma árvore, onde tinha um tronco grande, o suficiente para que ninguém conseguisse o ver.
"Ei Lufena espera, o Calt ficou com vontade de ir ao banheiro."
A garota que andava tão animada, parou seu andar depois do grito de Liones. Ele andou mais um pouco para ficar próximo o suficiente de Lufena.
"Eu acho estranho..."
"O que?"
Liones tinha começado um assunto, agachado para descansar.
"Ninguém veio atrás da gente ainda... Impossível que eles já não viram o corpo da rainha-elfa."
"Hã, vir atrás da gente?"
"Quando se ataca um governante, seus lacaios são quase que obrigados a lutarem também... Neste momento, era para ter um monte de outros elfos atrás de nós."
"Agora que você disse..."
"Nem andamos muito... Se viessem em uma carroça, eles estariam aqui no mínimo em 20 minutos."
Lufena colocou a mão em seu queixo, também se ponderando da questão.
O que Liones dizia era certo. Se alguém batesse em um abelha rainha, rapidamente todas as outras abelhas já estariam atrás de você, ou já estariam o picando o bastante para morrer. Mas até aquele momento, nada havia acontecido, tinha se passado já umas duas horas desde a batalha, e nada ocorreu. O Céu estava escuro já, mostrando que era tarde da noite, porém nada ocorreu.
"Pronto, estou aliviado."
O garoto que precisou fazer suas necessidade, estava de volta. Ele se virou para o tronco e pegou a lança que ele tinha deixado apoiada.
"Pronto... Vamos logo."
Os dois que estavam já preparados, começaram a andar, imaginando que Calt se apressaria para alcançá-los. Porém eles deram dois passos adiante, foram curtos, e uma explosão ocorreu na frente deles. Na força do impacto os dois cambalearam para trás.
Liones ainda estava meio atordoado, e quando a fumaça se dispersou, ele avistou a causa da explosão. Exatamente a frente deles, havia uma espada, mas ela não era normal. A espada tinha uma construção bela, impossível de qualquer ferreiro forjá-la, ela tinha um brilho intenso branco. Não, ela era toda feita de luz, não havia nada de estrutura com outros materiais, ela era apenas feita de luz.
"Que droga... Vieram tarde."
Lufena ainda estava um pouco tonta por conta do impacto da explosão.
Os dois se levantaram e sacaram suas armas, em direção na qual veio aquela espada. Mas não podiam acreditar no que estavam vendo. Eles olharam para cima e lá estava um brilho forte branco, flutuando nos céus.
"Magia de voo?" Se questionou Lufena.
"É o que parece..."
O brilho desceu e eles puderam ver mais um pouco de quem estava dentro. Eles avistaram uma capa azul que balançava por conta do vento da noite. Seus cabelos eram pretos e tinha um rosto jovial. Ao lado flutuando, também havia uma garota de cabelos rosados, apenas estava seguindo a mesma pose do jovem.
Os dois pousaram na estrada que o grupo estava andando. Eles puderam ver um pouco mais o rosto do garoto. Ele tinha uma pele clara, condizente com o forte brilho que emitia. Seus olhos eram acinzentados e as vezes piscava em um brilho branco forte.
"Parece que são eles, não é?" pergunta o garoto dos cabelos pretos.
"Acho que são, Aros-sama." responde a garota dos cabelos rosados.
O grupo se assustou com a aparência do rapaz. Ele tinha uma aura diferente, uma postura inigualável. Seu olhar penetrava até o mais fundo das almas dos jovens, os fazendo já sentirem medo.
"Quem é você? É algum guarda dos elfos?" Perguntou Liones já entrando em pose de combate.
"Parece que são eles mesmo." Confirma o garoto.
Todo o grupo ficou aflito. O garoto nunca falava com eles, como se nem pudesse ouvi-los, todos entraram em pose de combate, sem exceção, todos com suas armas.
Atrás do garoto de capa, surgiram círculos mágicos, uma infinidade deles. Mas logo desativaram, como se ele desistisse de lutar. Ele olhou para cima e disse:
"Sem nada estravagante, são só um grupo de jovens."
O grupo ficaram ainda mais irritados por ver que o garoto poupou suas forças. Lufena já estava com a espada apontada para a cabeça dele, olhando bem nos olhos acinzentados do garoto. E novamente ela se assustou, quando ele olhou friamente para ela.
"Agora... quem será que eu mato primeiro?" Um de seus olhos, começou a brilhar intensamente em branco, uma luz que ofuscava todos.
Calt que estava mais próximo do garoto, se irritou com sua frase como se já fosse mais forte que todo o grupo.
"Quem você pensa que é?"
Ele segurou sua lança com confiança, e partiu em uma investida para cima do garoto de capa. Mas Calt logo percebeu que não teria nenhuma chance contra o garoto. Pois o jovem virou seu olho muito rapidamente a Calt.
O jovem da capa apenas estendeu sua mão para Calt, e um círculo mágico abriu rapidamente. Um projétil de como um tirou, disparou em direção ao garoto da lança. E mesmo que tenha andando alguns metros, assim que o projétil atingiu sua cabeça, todo seu crânio foi despedaçado e o sangue foi espatifado na árvore, manchando o lindo tronco todo de vermelho escuro.
Calt teve sua cabeça explodida em um único golpe do garoto de cabelos pretos. Até mesmo a garota que estava ao seu lado, colocou a mão em sua boca para conter a ânsia de vomito.
Lufena e Liones, ficaram um tempo imóveis, com os olhos arregalados, vendo seu companheiro de equipe com a cabeça explodida. Mas quem deixou sua raiva transbordar, foi o garoto de pele bronzeada.
"Seu desgraçadooooooooo!" Gritou.
Liones veio em uma rápida investida para cima do garoto da capa, que percebeu seus movimentos rapidamente. O garoto bronzeado deu um salto e girou sua cintura para disferir um poderoso chute, mas assim que iria atingir, o garoto da capa desvia para trás facilmente.
Assim que Liones e o garoto estava frente a frente, ele pensou em dar outro ataque, mas era tarde demais. Quando ele levantou o rosto, o garoto de capa disferiu um soco rápido na barriga de Liones, que ele pode ter não percebido tão rápido, mas abriu um rombo que todos seus órgãos estavam pendurados e a mostra.
"Ah..."
Ele cuspiu sangue, e sentiu sua força esvaziar. Suas pernas estavam sem forças e ele caiu ao chão, porém com sorte da gravidade e de seu equilíbrio aleatório, ele ficou apenas de joelhos. Seus olhos já não tinha pupilas, estavam apenas esclera.
"N-N-Não..."
Lufena não tinha avançado nenhum passo, nem se quer se mexeu. A ficha ainda não tinha caído, de um minuto para o outro, ela tinha perdido os seus dois companheiros de grupo. Mas essa era a realidade.
"Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!" Ela gritou, ecoando pela floresta agudamente.
Olhando novamente para o garoto de capa, ela se lembrou. O problema que ela não conseguia se lembrar no momento que feriu a rainha-elfa, ela sabai que tinha alguém que ela precisava tomar cuidado, mas se esqueceu. Mas naquele momento ela se lembrou, se lembrou que o nome daquele garoto era Aros Silverstein.
"Calt... Liones..."
Seus olhos encheram de lágrimas, mas sua raiva já era muito maior. Porém não conseguia ter a coragem suficiente para avançar nele, aqueles olhos estavam emitindo uma forte luz branca que ofuscava sua visão.
"Eu preciso criar uma estratégia..."
Lufena, segurou firme sua espada, deu de costas e começou a correr. Em sua mente, ela planejou que o tempo que ele levaria para correr atrás dela, daria chance para se recuperar do trauma do momento. Mas não foi bem isso que ocorreu.
"Você não pode fugir mais."
A voz apareceu em seus ouvidos. Aros Silverstein já estava atrás dela, muito mais rápido do que ela imaginou. O garoto pegou sua perna logo em seguida. Logo, Lufena já tinha desistido e sabia que era ali que sua vida iria acabar, eles foram completamente destruídos por um garoto de mesma idade.
Aros ergueu Lufena, apenas segurando sua perna, mostrando ser forte até em força física. E assim que atingiu uma certa distância, ele arremessou com tudo no chão. Por azar, a cabeça de Lufena foi a primeira parte do corpo a se colidir no chão, e assim que atingiu, sangue se espatifou no chão, manchando a terra da estrada de vermelho escuro.
Depois de largá-la no chão, percebeu que ela não se moveu mais, Aros tinha concluído o que tinha ido fazer. Ele sem piedade para os jovens, se virou e andou até a garota de cabelos rosados, que estava traumatizada com a visão.
"Vamos."
Ele chamou a garota, e ela o seguiu. Agora eles estavam andando pelo caminho que o grupo de aventureiros fazia, estavam indo em direção ao reino Borogh, onde o grupo de demi-humanos tinham vindo para atacar Lukia.
A garota estava seguindo Aros, depois de alguns metros adiante, ela decidiu olhar para trás. E ainda era uma visão inacreditável.
O grupo tinha sido todo massacrado.
O jovem de cabelos tigela, estava com seu corpo sem a cabeça, encostado na árvore, no tronco, ainda contia seus miolos e sangue. O garoto musculoso, com a pele bronzeada, estava com um rombo enorme em sua barriga, com seus órgãos a mostra. E a garota, que parecia ser a líder, estava detonada ao chão, com sangue espatifado ao redor de sua cabeça.
Foram apenas um grupo de demi-humanos aventureiros, que morreram por consequência de cumprir sua missão.