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Chapter 19 - Nos Hospitais

Poucos minutos depois…

─ Vejam, são aqueles dois irmãos! ─ Juninho observa pelos vidros traseiros, os irmãos Eldrich e Hadrin.

─ Alcançamos eles. ─ Cláudio ao ver o carro encostar-se ao lado da ambulância, em um sinal de trânsito.

─ São eles sim. ─ César muito tenso.

─ Pergunta aí Francisco, o que aconteceu. ─ Almir abaixa o vidro automático do carona.

─ FALA AMIGÃO, FOI ALGUM ACIDENTE? ─ pergunta gritando, devido à sirene e os carros estarem em movimento.

O motorista da ambulância desconfiado conversa com o enfermeiro, ele apenas desliga a sirene, mas não diz nada.

─ ESTÁVAMOS EM UMA FESTA TEM POUCO TEMPO ATRÁS. NOS CONHECEMOS OS DOIS RAPAZES QUE ESTÃO SENTADOS AÍ ATRÁS. ─ Francisco explica em voz alta.

─ FOI UM ACIDENTE NA ALTURA DO SHOPPING VIA BRASIL. UM DELES ESTÁ EM ESTADO GRAVE, OS OUTROS DOIS ESTÃO BEM. ─ motorista da ambulância.

─ ESTAMOS LEVANDO-OS AO GETÚLIO VARGAS. ─ diz o enfermeiro.

─ Avise a ele que vamos segui-los até o hospital. ─ Almir diz para seu amigo.

─ NOS VAMOS SEGUI-LOS.

─ OK. ─ o motorista da ambulância então fecha o vidro e liga novamente a sirene.

─ Vocês têm como avisar aos seus amigos, que vão para outro hospital? ─ Almir olhando pelo espelho retrovisor.

─ Eu ligo para o Felipe. ─ Juninho pega seu smartfone e liga para o seu amigo.

─ Avise que talvez eu dê uma passada lá para ver o Dimitri, já que é caminho da minha casa.

O relógio acaba de marcar 2h35, já no Hospital Estadual Getúlio Vargas, ao qual foi levado o mestre Josias.

─ Eu não vou poder ficar esperando, me mandem uma mensagem depois ok? Vou passar no Hospital Geral de Bonsucesso para ver como está Dimitri e de lá vou para casa.

─ Podem ficar tranquilos, nós sabemos se virar. ─ Cláudio os acompanha até a porta e depois junta-se aos seus amigos.

─ Como ele está doutor? ─ César muito ansioso, pergunta ao ver o médico vindo para a recepção.

─ Ele está bem fisicamente, mas em uma espécie de coma. O estranho é que ele não sofreu grandes traumas no acidente, nenhuma pancada na cabeça, mas mesmo assim, está desacordado. É como se ele estivesse dormindo apenas. Seus olhos se movem rápido demais, parece que está preso em um pesadelo, não é um estado de coma comum!

─ Doutor, o senhor parece surpreso. O caso pode ser grave? ─ Juninho.

─ Não temos como saber agora, pedi uma bateria de exames e ele ficará em observação. Conseguiram avisar a irmã, ela disse que está agilizando a transferência dele para um hospital particular e isso é muito bom para ele.

Aqueles dois homens que chegaram com o seu amigo, eles ficavam falando de monstro, mortos-vivos… Eles estavam bem nervosos, me pareceram drogados! Vocês os conhecem? ─ pergunta o medido e fica aguardando a resposta.

─ Não, só de vista mesmo. Onde eles estão? Nós não os vimos mais depois que eles falaram com o senhor. ─ Juninho.

─ Eu pedi para eles irem embora, ou ia chamar a polícia, estavam alterados demais falando um monte de besteiras. ─ balançando a cabeça lentamente com um leve sorriso no rosto. ─ Vocês sabem o que é isso? ─ o médico mostra uma imagem impressa no computador.

─ O senhor acredita que ele pode ficar muito tempo desacordado? ─ Cláudio olha a imagem.

─ Sem previsão. Aconselho a vocês a não esperarem aqui, a irmã dele está vindo para ficar com ele. Mantenham o contato, ela lhes passará informações.

─ Tudo bem. ─ Cláudio tira algumas fotos com o celular da imagem que o médico mostrou, e a devolve a ele.

─ Deixa eu voltar ao serviço, como sempre temos muitos pacientes e poucos médicos para atender a todos. ─ pegando a imagem, colocando na sua prancheta e saindo da recepção.

─ Que cara é essa César?! Vamos nos sentar um pouco, eu estou exausto e aqueles mortos-vivos eram bons de briga, me bateram bastante. ─ Juninho puxa o seu amigo pelo braço até as cadeiras da recepção.

─ Eu temia por coisa pior! Só espero que ele se recupere logo. ─ César sentando na cadeira ao lado dele.

─ Pessoal, eu perdi algo enquanto fui ao banheiro? ─ Samantha chegando e sentando ao lado deles.

─ Ele está em coma. ─ Juninho olhando Cláudio conversando com a atendente da recepção.

─ Você está bem César? ─ Samantha preocupada ao ver seu amigo olhando para a parede, como se estivesse em transe.

─ Sim, só estava pensando um pouco. Não consigo entender como isto pode estar acontecendo! Preciso descobrir o que é este Portal da Última Sombra, e o que há do outro lado. ─ ele massageia as suas mãos, demonstrando seu nervosismo.

─ Precisamos ir andando, minha mãe deve estar me esperando com um cipó nas mãos! ─ Juninho levanta-se após olhar o relógio de parede, bem de frente para as cadeiras.

─ Nem me fale. A minha mãe me ligou há pouco, enquanto fui ao banheiro e brigou muito comigo, disse que essa foi a última vez que eu saio com vocês. ─ Samantha levantando-se também.

─ Nossos pais já estão acostumados com nossas reuniões noturnas, mas mãe é mãe não é mesmo? ─ Juninho.

─ Pessoal vamos rachar um táxi? ─ Cláudio se juntando a eles.

─ Por mim tudo bem, porém estou quebrado. Vou ter que ficar devendo a vocês! ─ Juninho puxa seus bolsos vazios para fora, enquanto olha para o chão.

─ Novidade o Juninho estar sem dinheiro! Ah há, há, há. ─ Samantha ri enquanto eles caminham para fora do hospital. ─ Eu pago a sua parte, seu bobo!

No outro hospital em Bonsucesso, o relógio da recepção já marca 2h55.

─ Vocês já podem vê-lo. Não sei como, mas o médico plantonista liberou vocês! Em silêncio e por cinco minutos apenas. Peguem os panfletos na recepção antes de ir embora, lá estão descritas as normas do hospital. Os pacientes da UTI não podem ser incomodados. ─ uma enfermeira carrancuda.

─ Hei vocês acordem, já podemos entrar para vê-lo. ─ o inspetor Almir que havia chegado há pouco tempo.

─ Opa! Eu acho que peguei no sono. ─ Patrícia se levanta, enquanto boceja.

─ Não diga! ─ Felipe caçoando dela.

─ O seu irmão baba muito dormindo. ─ Alan tenta acorda-lo. ─ E dorme como uma pedra também.

─ Não adianta. É melhor deixá-lo dormindo aqui. ─ Patrícia ajeitando o seu irmão.

─ Não se preocupe, eu ficarei tomando conta. ─ Francisco pega o seu celular do bolso e começa jogar.

─ Tudo bem. ─ Patrícia vai atrás dos outros, que já seguiam na frente.

Dimitri está deitado na cama, no soro, desolado e sonolento. A enfermeira abre a porta e o pessoal vai entrando…

─ Como você está? ─ o inspetor Almir pergunta e Dimitri olha para ele. ─ É que tem um monte de fãs seus aqui querendo vê-lo.

─ Vocês vieram? ─ Dimitri surpreso, ele sorri e balança a cabeça. ─ Vocês estão precisando dormir, urgentemente.

─ Sim, mas adoraríamos mesmo era descobrir quem fez isso a você! ─ Patrícia com a face bem seria.

─ Isso não importa. Diga-me… minha esposa, onde está?! ─ Dimitri senta na cama com dificuldades, Felipe e Alan ajeitam o travesseiro nas costas dele para ficar mais alto.

─ Infelizmente aquele monstro a levou com ele. ─ Almir.

─ Não, não pode ser! Ela corre grande perigo. Aquela coisa não disse o nome dela disse?! ─ de olhos arregalados.

─ Fique calmo, eu já a acionei a polícia e eles estão procurando por ela nesse momento.

─ O monstro disse que seu nome era Astaroth. ─ Felipe.

─ Preciso agir rápido. ─ ele salta da cama e retira o soro do braço.

─ Não faça isso mestre, ainda está muito fraco! ─ Alan segurando o braço dele, na hora em que ia caindo.

─ Chame a enfermeira. ─ Inspetor Almir segura o outro braço e o coloca de volta na cama com a ajuda de Alan. Patrícia sai do quarto.

─ Não, vocês não entendem com o que estamos lidando! ─ Dimitri está incontrolável tentando se soltar de todas as formas, mas Almir e Alan o seguram firme.

A enfermeira chefe entra no quarto com mais dois enfermeiros, que a ajudam a segurá-lo, ela aplica uma injeção e em poucos segundos Dimitri começa a ficar sonolento.

─ O que diabos vocês disseram a ele?! ─ a enfermeira dá bronca em todo mundo.

─ Vocês não sabem com… o que est… ─ o medicamento faz efeito e ele apaga.

─ Vamos pessoal, deixem ele descansar. Provavelmente ele irá para a enfermaria na parte da tarde, aí vocês poderão visita-lo. ─ o médico ao entrar pela porta, ele está com o braço direito apontando para a saída.

Eles seguem para a recepção do hospital, Patrícia acorda Joshua e todos saem.

─ Eu pedi a dois amigos meus taxistas para levá-los em casa, não se preocupem já está tudo pago. Só vejam os itinerários de vocês. ─ Almir se despede, entra em seu carro com o Francisco e vão embora.

─ Alan, você mora onde? ─ Patrícia.

─ Estou na mansão do Dimitri, fica no Recreio dos Bandeirantes.

─ Eu também moro no Recreio. ─ Felipe fica ao lado do Alan.

─ Então, vocês dois vão neste táxi. Eu e meu irmão vamos naquele. ─ eles se despedem e seguem os seus caminhos.