Quando Scott acordou, sombras tomavam forma, em meio à uma fosca luz amarelada. Alguém estava ali, passando as mãos em seu abdômen.
-My... Myrella? -Ele balbuciou.
As luz preencheu seus olhos. Ele viu Trixie em pé, ao seu lado.
-O quê? -Trixie perguntou. -Myrella? Então é verdade? Não sabia que você tinha sentimentos.
-Merda. -Ele tossiu, e tentou rir. -É. É verdade. Mas só você sabe disso. O Hector vai...
-O Hector vai te zoar. -Uma voz riu ao seu lado.
Scott se sentou. Ele percebeu que estava deitado em uma cama de hospital, usando um pijama. Hector estava na cama ao lado.
-E foi confirmado, campeão! -Hector gritou e riu. Ele então começou a tossir.
-Cara. -Scott chacoalhou a cabeça. -Primeiro, o quê você tá fazendo aqui, Trixie?
-Então... -Ela disse. -Eu posso acelerar a cura das pessoas. É um poder... Útil.
-Uau! -Jeff estava na porta da sala, sem camisa, o abdômen totalmente enfaixado. -Uma enfermeira nada estereotipada!
-O quê? -Os três ergueram as sobrancelhas.
-É brincadeira. Vocês conseguem vir comigo?
Scott tentou ficar em pé, mas seu corpo deu. Ele suspirou.
-Não. -Beleza. -Tragam!
Erine, Paul e Matt entraram na sala, levando duas cadeiras de rodas.
-O velhote conseguiu pedir alta para vocês. -Jeff riu.
-Vocês dois... -Erine começou a falar, irritada. -Será que dá para parar de entrar em perigo!?
-Dá. Mas não tem diversão. -Scott disse.
-Bem engraçadinho hoje. -Hector comentou.
-Matt, me ajuda a colocar os dois nas cadeiras! -Paul chamou. -É, galera. Isso vai doer.
Fora da sala, ouviram-se os grunhidos de Scott e de Hector.
Os meninos estavam com o tórax completamente enfaixado.
-Cara... -Hector resmungou. -A gente tá vivo.
-E isso não é bom? -Trixie perguntou.
-Do jeito que a gente apanhou ontem... -Scott resmungou também.
-Ontem? -Trixie perguntou.
-É. Hoje. Não sei. Quando é hoje?
-Vocês ficaram apagados por quase uma semana. -Erine contou. -Só hoje deram sinal de vida.
-Cara... -Hector ficou de queixo caído. -Minha mãe vai me matar.
-Que desgraça mesmo. -Scott praguejou. -Será que tem alguma notícia boa hoje?
-Sim. -Paul disse. -Todo mundo agora sabe que as confusões que você arrumou foram porquê a professora Grace ficou mexendo com a sua cabeça.
-Espera, o quê?
Paul pôs o dedo indicador acima da boca.
-Exatamente. Todo mundo agora entende que você estava em perigo.
-Cara... -Hector resmungou. -Acho que vocês não deviam passar a mão na cabeça dele assim.
-Também acho que não. -Scott disse. -Eu vou me aproveitar da bondade de vocês.
-É. Do jeito que a Grace aproveitou da sua. -Paul riu.
Matt passou a mão no cabelo de Scott, e deu um sorriso.
-Tudo bem, galera. -Erine riu. -Agora ficou tudo bem. Vocês dois vão conseguir andar até o fim de semana, e não vão poder terminar o treinamento antes disso.
-O velho vai matar a gente. -Scott disse.
O grupo chegou à sala de espera, lá, várias pessoas esperavam.
Zack, Max, David estavam lá, junto de seus pais. Os pais de Scott e Hector também estavam, assim como Erika e Gerard, Jeff, Giorgio, e alguns alunos, incluindo Nathan, Tristan, Ralf, Claire e Heather, cada qual com seus pais. Julian estava lá também.
-Cara. -Nathan chamou. -Vocês dois quase morreram. Por que não me chamaram?
-É, manos. -Ralf concordou. -Ela não ia ter chance contra todos nós.
-Ah ela ia. -Heather comentou. -Eu achei que ia morrer quando errei aquele soco.
-É. -Hector disse. -Só que... Ela sumiu. E cara, quanta gente aqui. Somos famosos agora?
-Sim. -A mãe de Hector respondeu. -Sua sorte, mocinho, é que você não pode ficar em pé, ou eu te daria uma surra tão bem dada, mas tão bem dada, que você ia pensar onze vezes antes de entrar em confusão!
-Também te amo, mamãe.
-Scott. -Sua mãe chamou. -O quê houve? Como isso tudo aconteceu?
-Não me lembro direito. -Scott baixou o olhar.
-O Scott ficou esquisito depois do dia que a Grace ajudou ele em um dos lapsos dele. -Claire disse.
-Ele não costumava ser babaca daquele jeito. -Heather disse. -Era óbvio que alguma coisa tava errada. Eu nunca gostei da Grace, aliás.
-Já do Scott... -Hector murmurou.
-Hector! -Sua mãe interrompeu.
-Você fala demais para alguém que não pode correr. -Heather falou.
-A minha pergunta é: -Marshall interrompeu. -Valeu a pena? Bancaram os heróis e aí olha só, terminaram como?
-A segurança de vocês devia ser prioridade da escola. -Cassidy disse. -Minha filha e o Tristan estiveram em perigo antes, e ninguém do colégio nem se preocupou em falar com ela.
-A Starla se preocupou. -Claire disse.
-E aí, mandaram ela para a merda. -David falou.
-David! Olha a boca! -Jesse gritou.
-E ele está mais que certo. -Julian disse. -Maurice e Elaine não podiam fazer muita coisa, já que o Ministério da Educação poderia demitir eles.
-Elaine... -Scott resmungou. -Ela...?
-É. -Jeff respondeu. -Aquele cheiro ruim... Era ela. Infelizmente ela se foi.
-O Ministério da Educação serve para quê mesmo? -Max reclamou.
-Para foder a vida das pessoas. -Erika respondeu. -A Grace entrou no colégio, se infiltrou e ainda por cima conseguiu destruir tudo. A única coisa que fizeram foi mandar uma cartinha de desculpas para quem teve problemas.
-Ah não, eles fizeram uma coisinha para amenizar. -Gerard Contou. -Três dias sem aula. Incrível.
-Filho. -Vanessa disse. -Por que ela atacou vocês?
-Não sei.
-Scott. -Sua mãe disse. -Por favor, filho. Me diga, tudo isso, foi alguma coisa que fizeram contra vocês, ou contra outras pessoas?
-Contra nós.
-Vocês dois têm bom coração. -Vanda disse. -Sempre ajudam os outros. O Tristan é a prova. Mas têm que nos contar o quê ela queria.
-Ela queria que a gente fosse com ela. -Scott disse.
-Para onde, querido?
-Scott... -Erika falou. -Eram eles...?
-Sim.
-Eles quem? -Natasha perguntou.
-Os caras que mataram o Joe. -Max contou. -Eles querem a gente desde o começo.
-Filhos da puta! -Marshall gritou.
-Eles mesmo. -Scott disse.
-Eu quero vocês bem longe dessa gente!
-A gente também quer distância. -Hector falou. -Mas eles vieram atrás de nós. Outra vez.
-Eles querem mesmo vocês. -Lucia falou. -Talvez a gente deva ir embora para outro lugar, Max.
-Não! -Max gritou.
-Se nos separarmos, eles vão nos pegar um por um. -Scott contou. -Foi assim que eles fizeram quando o Joe salvou a gente.
-Então... -Vanda disse.
-Então eles nos querem. -Zack disse. -Mãe, a gente precisa ficar mais tempo em Arcadia. Assim é mais difícil que eles façam algo para vocês!
-Não! -Lynn gritou. -Temos um trato!
-Temos. -Disse Giorgio. -Mas algo me diz que o Zack está certo. Darei férias de umas duas semanas para os meninos. As coisas estão piorando. Essa mulher... Ela venceu o Jeff em uma luta. Junto com um ex-herói, além de dois poderosíssimos alunos.
-Três. -Heather disse.
-Heather... -Scott chamou. -De onde você veio naquela hora?
-Eu escapei da sala no meio da confusão. Eu só lembro de estar correndo, todo mundo na sala estava... Estava com medo de algo.
-AH MERDA! -Scott berrou. -HECTOR, O OUTRO CARA!
-Quê outro cara?
-Cataclismo!
Hector franziu a sobrancelha.
-Cara...CARALHO EU ESQUECI DELE!
-Merda!
-O quê foi? -Jeff perguntou.
-Ele é perigoso? -Vanda perguntou.
-Sim. -Scott disse. -Ele faz a gente esquecer que viu ele.
-VERDADE! -Heather gritou.
-O cara da capa preta. -Gerard disse. -Era esse?
-Sim. -Scott respondeu.
-Significa que eles têm poder para vencer qualquer um de nós no momento. -Julian disse. -Scott, você disse que viu ele antes. O quê ele estava fazendo?
-Eu não sei. Ele estava observando a gente.
-Eles querem algo com a gente. -Hector disse. -Acho que a gente têm que acelerar o treinamento.
-Não! -Lynn gritou. -Meu filho vai sair disso, agora!
-Não! -Zack gritou.
-VAI SIM!
-Lynn. -O padrasto de Zack chamou. -Se ele ficar para trás assim, não vai aprender a se defender. Se essa gente pegar os meninos sozinhos, eles não vão conseguir se defender.
-E do jeito que esses garotos são... -Erine disse. -Só pegar um deles, e os outros quatro vão correndo salvar. E aí, os cinco vão direto para o perigo. Eu apoio o treino intensivo.
-Eu também. -Scott disse. -Se a gente não estiver pronto, eles vão pegar a gente.
-Isso é um fato. -Jeff disse.
-Entendam uma coisa, -Giorgio disse. -Não é mais um simples treino. Suas vidas estão em jogo. Seus filhos estão em perigo. Não sabemos o quê eles querem com as crianças, mas se forem pegos, não há quem possa salvá-los. Jeff é o cara mais poderoso aqui, ele nunca havia sido vencido antes. Mas isso, isso não foi uma derrota comum.
-Ela é um verdadeiro monstro. -Jeff disse. -Minhas costelas foram esmigalhadas. Graças à garota Trixie, eu pude me recuperar um pouquinho.
-Se eles são fortes, então as crianças ficam longe deles! -Lynn gritou.
-E aí, quando eles virem buscar a gente, quem vai defender a gente? Você? -Scott falou. -Vai chorar para eles também!?
-Scott! -Sua mãe gritou.
-O Scott tá certo. -Zack disse. -Mãe, a única coisa eu você faz é me dizer o quê você quer que eu faça, você não se importa com o quê eu quero. Você me trata como se eu fosse um ovo, como se...
-Chega, Zack. -Nathan pôs a mão no ombro dele.
-O Scott está certo. -Uma voz disse. -Todos aqui estamos em um perigo verdadeiro.
Era William, ele chegou na sala segurando uma sacola, olhando sério para todos.
-E por que as crianças quem devem proteger a gente? -Vanessa perguntou. -Eles cinco vão morrer indo atrás do perigo!
-Eles foram atrás do perigo? -William questionou. -O incidente em Abril não foi bem assim. Os cinco foram sequestrados. A professora não estava em outro colégio quando aconteceu. Não teve nenhum momento em que os cinco foram atrás. O inimigo está caçando eles. Exclusivamente as crianças.
-E aí, quando chegam, os garotos vão brigar. -Lucia disse. -É assim? O Max foi parar no hospital assim.
-E isso que faz de vocês incríveis. -William disse. -Vocês não fugiram, não tremeram. Não importa qual seja o perigo, vocês cinco lutaram. Enfrentaram de frente, bateram de volta com ainda mais força. Eu admiro vocês, e vejo que um dia vão ser os guardiões do nosso mundo. Algum de vocês elogiou a atitude dos meninos? Algum de vocês viu o quão corajosos eles são?
-O Joe viu. -Erika disse. -E eu vejo também. Eles são fortes e bravos. Mas ainda não estão prontos. Eu apoio o treinamento.
-Eu não! -Vanessa disse.
A mãe de Scott, de David e de Zack também.
-Eu não ligo. -Scott disse. -Não vou deixar minha vida nas mãos delas. Nem vocês deviam. A gente tá em perigo, e quem mais devia entender a gente quer esconder a gente.
-E aí você morre por causa dessa sua arrogância, e eu fico como!? -Sua mãe indagou.
-Eu prefiro morrer por causa da minha arrogância do quê me esconder em casa e esperar algum assassino aparecer lá e matar você, o pai e as crianças para me pegar.
-E também, -Julian disse. -Você disse na cara daquele esquisito que sabia que ele estava assistindo e quê não vai esquecer.
-Verdade. -Hector disse. -Agora a bosta já tá feita.
-Só resta a gente se recuperar e treinar. -Max disse. -Eu apoio o treino intensivo.
-Eu também. -Scott disse.
-Eu também. -David, Hector e Zack concordaram.
-E nós!? -Lynn gritou.
-Chorem. -Scott disse.
-Quieto, Scott. -Giorgio disse. -Perdão, Lynn. Eu te disse, as crianças estão em um perigo sério. Se você quiser proibir, você pode. Temos um contrato, e vamos preparar esses meninos.
-Eles precisam. -Marshall murmurou. -Velho, eu vou entregar meu filho a você, mas me prometa que vai defender ele com tudo que puder.
-Eu vou. Jeff provou que vamos defendê-los.
-Não consigo acenar para vocês. Minhas costelas estão todas quebradas. -Jeff riu.
-Mas gente. -Lynn disse. -Eu não sei...
-Mãe.
-Eu tenho medo.
-Mãe!
-Por favor, Zack! Eu não quero te perder!
-Então me deixa ir. Ou eu vou, nem que...
-Zack! -Hector gritou. -Calma.
-Estão de acordo?
-Sim. -Lynn disse. As mães logo concordaram com elas.
-Acredito também que eu deva levar outro de vocês para Arcádia. -Disse Giorgio. -Nathan, Erine, Paul... Preciso dos nomes de quem vai ser lutador e quem não vai.
-Nathan... -Nathasha disse. -Você quer?
Nathan olhou para os amigos.
-Quero...
-Oba! -Hector exclamou.
-Erika, o pagamento que você fez até o momento foi o suficiente. Não me pague mais. Agora, a situação é emergencial. Eu farei o treinamento de graça.
-Senhor... -Gerard disse. -Eu acho que não devia...
-Chega! -Erine gritou. -Por favor, acalmem-se. Viemos aqui porquê os dois aqui quase morreram! Ninguém aqui tem cinco anos, todo mundo sabe pensar. As crianças parecem estar usando mais a cabeça do quê vocês todos!
-Ela está certa. -William disse. -Meninos, duas semanas em casa. Na verdade, vamos ajudar vocês a se curar primeiro. E então...
-Então a gente vai estar pronto. -Hector disse. -Porquê eles vão voltar. Cedo ou tarde, eles vão.
-E quando acontecer... -Scott disse. -Vamos botar todos para correr.
-Vocês nerds... -Heather disse. -São totalmente loucos.
-Você não viu nada.
-Vocês ainda vão matar a gente nessas loucuras. -Vanessa disse.
-Mulher, eu quase morri de preocupação com eles. -Vanda contou. -Depois daquele maníaco perseguindo meu filho...
-Mas a gente venceu. -Hector se endireitou na cadeira de rodas e grunhiu de dor. -O quê importa é isso.
-Ótimo. -Vanessa disse. -É bom vencerem quando esses assassinos reaparecerem.
-Vamos vencer. -Hector prometeu. -Vocês mudaram de opinião bem rápido.
Ele olhou para Claire, que deu uma piscadinha. Os dois riram.
-Muito bem, gente. -Tristan disse. -Eu vou visitar vocês aqui no hospital todo dia. Igual vocês fizeram comigo.
-Eu também! -Claire riu.
-Eu vou ter que vir aqui ser a médica de vocês. -Trixie resmungou.
-Trixie... -Hector ergueu a sobrancelha. -Falando nisso, você tá aqui por quê?
-Eu meio que quis vir quando aquilo tudo aconteceu. Já que eu podia ajudar...
-Ah...
-Uau. Ela tem coração. -Scott debochou.
-Olha quem fala, Romeu.
-Gente! -William riu. -Eu esqueci, tem um presentinho para vocês dois. Todos vocês receberam, mas estavam em Arcadia quando puderam pegar. Aqui.
Ele ergueu a sacola que segurava, com dois pacotes dentro. Ele entregou para Scott e para Hector.
-Como eu abro sem usar as mãos? -Scott questionou.
William riu, e então ergueu os pacotes. Ele rasgou e entregou, uma para cada um. Era uma camisa, preta com mangas azuis-escuras. Na frente, estava estampado, com letras com efeito elétrico, "Foi um Maximum conhecer você!".
Junto da camisa, estava um pôster de Maximum Overload. Nele, uma coisinha estava escrita: "Pelo seu incrível e excepcional trabalho. Para cada membro dos Mirai, meu eterno respeito. Assinado, Mil. 21 de Junho de 2013."
-Caraca... -Scott resmungou.
-Épico! -Hector exclamou.
-A minha veio com uma assinatura especial! -Max disse.
-Queria uma do Nightwatch... -Hector disse.
Ele deu um sorriso. Nathan riu.
-Queria uma do maior herói... -Disse David. -O David dos Mirai.
O grupo começou a rir.
-Muito bem, galera. -Disse Gerard. -Acho que tá na hora de ir embora. Scott e Hector provavelmente vão ser liberados amanhã.
-Quero ir embora. -Disse Scott.
-Quando estiver melhor. -Gerard disse. -Eu posso ver que vocês dois ainda estão com fraturas leves. É estranho, parece que a mulher teve a decência de pegar leve com vocês.
-Ainda bem. -Jeff disse e riu. -Eu ainda sou muito jovem para morrer.
-Quantos anos? -Julian perguntou
-36. E você?
-Haha, 36 também.
-Cara, a gente precisa sair pra beber. -Jeff disse. -A primeira rodada eu pago.
-Adorei. Quando sairmos do hospital?
-Com certeza!
-Ei! -Gerard disse. -Vocês só vão poder daqui uma semana. Se aguentarem, o churrasco é por minha conta.
-Você fala nossa língua, doutor. -Julian riu.
Gerard riu também.
Erine se abaixou perto de Hector e Scott.
-Gente, as meninas vão vir aqui amanhã. A Anne, a Karen e a Martha.
-Que bom. -Hector disse. Ele ergueu a sobrancelha. -Ei, e a menina que o Paul gosta?
-Ei! Verdade! -Erine olhou para ele. -Você não ia falar com ela?
-Eu falei. Ela... Me deu um fora.
-Ah.
Matt grunhiu e passou a mão na cabeça de Paul.
-É. Triste. Muito.
Scott começou a tossir, e sua caixa torácica doeu. Sua cabeça também. Ele pensou em Atlas outra vez. Como ela havia o usado e enganado. Como ele foi bom com ela, como se abriu, e simplesmente foi destruído daquele jeito.
Ele se lembrou de como ele tremeu quando o assassino atacou Joe e ele, e Joe acabou morto. 'Merda'. Ele pensou. Talvez, ele precisasse mesmo ficar forte. Ele precisava vencer. Paul e Matt levaram os dois de volta para as salas, enquanto suas mães os acompanharam. Scott deitou na cama, relaxou, e dormiu.
Era hora de relaxar um pouco, e descansar de verdade por um tempo.
-Os Canais do Tempo - Fim -