Matt on:
Já está quase na hora do almoço e eu teria que visitar uma família que se mudou a poucos minutos para uma casa perto da divisa do estado e descobri recentemente do tipo agora, ser a família da minha secretária pessoal, ela disse que é seus pais e sua irmã mais nova, por causa disso vou levar meu irmão comigo junto com ela pra lá enquanto espero no carro já que será um assunto breve e rápido, meu irmão saberá lidar melhor com a situação.
Chamei os dois a minha sala para podermos seguir caminho até a casa dos pais de Angel, por incrível que pareça os dois nunca se conheceram e olha que essa empresa não parece ser grande demais para nem se quer um telefonema ser trocado entre eles até quando eu não estou, aproveito a oportunidade para fazer tal apresentação sem enrolação e seguir nosso destino para casa da mamãe. Ana acabou de chegar a minha sala estamos esperando meu irmão e beta como sempre atrasado.
Angel – Não seria mais rápido pedir a ele para nos encontrar lá em baixo? – Bate s saltos no chão aparentemente nervosa.
- Poderia Angel, mas acho que ele não está em sua sala, pode esperar só mais 5 minutos? – Pergunto tentando aliviar seu nervosismo considero Angel como uma grande amiga desde que a conheci tenho um carinho muito grande por ela.
Angel – Tudo bem Matt. - Bufa desviando seu olhar do meu. – Só sinto que algo de ruim está acontecendo a minha irmã em casa. – Alertou abaixando a cabeça.
- Fale um pouco dela quem sabe você não se distraia um pouco e falando nisso nunca me disse o nome dela. – Penso que ela nunca comentou sobre isso, só me disse o nome de seus pais que são a senhora Amélia que é brasileira e seu pai o senhor August que é americano.
Angel – O nome dela é Andréia, ela é uma Ômega bem doce e gentil por fora, mas por dentro é uma menina forte e corajosa, sempre admirei isso nela de suportar e carregar tudo sozinha, que tem uma capacidade incrível de impressionar as pessoas, como nossos pais não gostavam e ainda não gostam dela ensinei ela a lutar e o essencial para se defender, mas sei que ela jamais levantaria a mão pros nossos pais e nem mentiria pra eles. – Ela fala com admiração misturada com preocupação e tristeza.
Parei por um momento absorvendo todas aquelas palavras e ao ouvir seu nome meu lobo começou a ficar inquieto, quando ela disse se tratar de uma Ômega fiquei preocupado se ela já sofreu muito e tive minha certeza que sim quando ela disse que os próprios pais não gostavam dela, fiquei ansioso e preocupado para conhecê-la afinal uma Ômega precisa de mais cuidado já que é bem mais frágil se comparado aos lobos de autoridades maiores, está mais próximo dos humanos, o que diferenciam é que se transformam para lobos.
Saio de meus pensamentos com meu irmão entrando na sala de uma vez com um papel na mão vindo em minha direção, mas parando ao ver Angel ao meu lado, eles se encaram por uns minutos e de repente a sala que está silenciosa é preenchida por eles.
Angel – Meu.
Henry – Minha.
- Sobrei. – Ri olhando os dois que me olharam e começaram a rir concordando comigo e fecho a cara. – Cuide bem dela Henry ou se considere um homem bem machucado já que não posso te matar por ser meu beta e meu irmão. – O encaro sério e ele confirma com a cabeça.
Henry – Mas eu sou seu irmão, você não deveria estar falando isso pra ela? – Pergunta se fazendo de ofendido e indignado apontando na direção dela nos fazendo rir de sua cara.
- Ela é mina melhor amiga e mais importante que você, então o aviso foi pra você mesmo. – Sorrio para ele que me olha emburrado e a Angel rir da nossa pequena discussão infantil. – Agora o que é esse papel em sua mão? - O lembro de algo e ele me entrega aquela folha.
Henry – É de uma casa que foi comprada pelos Wolf, olhei e observei que não tem nenhuma informação de que esteja uma menina com eles, eles afirmaram no papel que iam morara só o senhor August e sua companheira, e que só tem uma filha mais velha que já mora aqui. – Diz me estendendo o papel que antes que eu pegue Angel se coloca em minha frente e puxa o papel de suas mãos e a observo ficar bastante irritada amassando aquele papel com toda sua raiva, o que ela sentia chega a ser palpável e um arrepio me sobe a espinha.
Angel – Se vocês não descerem agora e entrarem naquele carro cantando pneu, eu juro que vão se arrepender de me conhecer pelo resto da vida que vocês vão viver e vou sozinha. – Ameaça com uma voz que me fez ter um pouco de medo dela, ela estava irradiando raiva e seus olhos antes castanhos claros viraram castanho escuro quase preto.
Eu olhei para Henry que a olhava admirado e com medo de seu olhar assassino, concordamos rápido e descemos até a garagem entrando no carro, nenhum de nós dois queria falar nada, pois poderia ser a nossa última palavra antes dela arrancar nossa cabeça, percebi a raiva dela para com a demora e sem dizer nada ela pega a chaves de minha mão e me manda descer, indignado desço e ela entra no banco do motorista fumaçando de raiva, quando me sentei ela nem esperou eu fechar a porta e arrancou com o carro rumo à casa de seus pais.
Eu fechei rapidamente a porta do carro em movimento e percebia a facilidade dela de dirigir, estava em alta velocidade e passava um carro atrás do outro, por impulso me virei para ela e comentei.
- Você sabe que isso vai sair do seu salário né?
Ela não falou nada apenas me olhou com mais raiva ainda me virei pra frente de novo me calando, tenho que me lembrar de nunca mais provocar ela irritada ou deixar ela assim, ela iria me torturar até eu completar 5 mil anos se eu chegar até lá.
Chegamos a uma casa bonita e ela parou com o carro derrapando na pista e parando direitinho o carro na calçada em frente a casa, saiu do carro correndo e entrou na casa, olhei pro meu irmão.
- A mulher é sua entre e resolva o problema com ela e a família. – Mandei e ele me olhou com uma cara de cachorro que caiu da mudança. – Não adianta me olhar assim ela é sua companheira, seu problema, se vira. – Disse olhando dentro da casa.
- Pelo menos para me apoiar entra lá dentro. – Pede e não resisto a minha curiosidade de ver Angel lidando com eles, entro na casa com ele me sentando no sofá vendo a confusão e torcendo internamente pela Angel enquanto Henry se colocava a seu lado, o homem que deduzi ser seu pai sorri ao vê- lá em sua frente enquanto ela o fuzilava com os olhos raivosos.
August – Filha, que bom em ver você aqui. – Disse tentando aproximar-se dela e lhe dar um abraço, mas a mesma recua e o olha com mais raiva ainda. - Como vai o serviço e como soube nosso endereço? Nos mudamos hoje, acabamos de chegar na verdade, não sabia que vinha então não preparamos nada. – Disse visivelmente mentindo se colocando a frente da escada para não permitir a mesma subir.
Angel – Não me enrola pai, onde está a Andréia e a minha mãe? – Disse indo até a escada e sendo barrada pelo mesmo.
August – Filha, elas estão descansando a viajem foi longa. – Esfrega uma mão na outro aparentemente nervoso. – Queriam estar dispostas para quando o Supremo vier aqui. – Só agora percebe nossa presença. – Quem são seus amigos filha? – pergunta olhando meu irmão que está segurando a cintura da Angel em sinal de proteção.
Henry – Permita me apresentar e apresentar meu irmão me chamo Henry Dilan Black sou o companheiro da Angel, beta e irmão do Supremo Alfa, e aquele é o meu irmão Matthew Dilan Black o Supremo Alfa e dono das empresas Black. – Diz enfatizando a parte que sou o Supremo Alfa.
August – Me perdoe supremo não sabia que era o senhor. – Me olha aparentemente com medo. – O senhor aceita algo ou precisa de algo? – Pergunta se curvando a mim e a meu irmão em sinal de respeito.
- Acho que sim, preciso que me ajude a tirar as dúvidas de Angel e saia de frente da escada, sinto seu nervosismo e seu medo de longe. – Digo me aproximando e sinto cheiro de morango com chocolate e também de sangue, quando vou em direção ao cheiro que vinham do andar de cima sou impedido de subir pelo August o que me deixou furioso por sua ousadia e o cheiro de sangue que não entendi o porquê, me deixou com ódio. – Melhor você sair da minha frente enquanto eu ainda estou pedindo antes que eu arranque sua cabeça. – Ameaço e sinto meus olhos mudando pra um vermelho intenso com uma voz bem grossa, meu lobo estava irado.
Henry – Matt pode ir que eu cuido dele. – Meu irmão fala se pondo ao meu lado de frente para ele.
Angel – Matt? – Me chama e me viro em sua direção. – Ajude a minha irmã e a traga pra mim, por favor. – Me limito a concordar com a cabeça subindo as escadas e seguindo o cheiro que vai ficando mais forte a medida que me aproximo de uma porta escondida na casa.
Chegando à frente daquela porta no corredor onde deduzir ser o quarto de material de limpeza coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo tentando me acalmar e meu lobo fica inquieto de novo, abri a porta e vi uma mulher alta com uma outra no chão quase inconsciente e percebi que lutava para manter-se acordada com consciência, assim que entro a mulher que estava prestes a chutar a outra no chão se vira para a porta e me olha com espanto em seus olhos se afastando um pouco da garota no chão, olho para ela no chão toda suja de sangue e a calma que adquiri a pouco foi se esvaído de mim em questão de segundos quando ela vira sua cabeça e me olha deixa duas lagrimas caírem, vai fechando aos poucos os olhos e posso perceber assim como sentir que sua respiração se torna muito fraca.
- Minha – É a única coisa que sai dos meus lábios e só consigo sentir uma raiva fora do normal por aquela mulher que agora está parecendo um gato com medo de água.
*Nota*
Espero que gostem desse capítulo comentem, me ajuda muito.
😘 beijos