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Chapter 8 - Capítulo 07

Andréia on:

Vou abrindo os olhos aos poucos e olho onde eu estou e percebo estar em um quarto de hospital, olho ao meu lado e tem um homem lindo aqui no qual nunca vi antes, o olho por um tempo e sinto nele um cheiro de Terra molhada e chocolate, quase que de imediato eu sussurro as palavras que mais tive medo em toda minha vida.

- Meu.

Assim que sussurro essa palavra observo ele se mexer na poltrona e soltar um rosnado, não sei que o que ele vai fazer comigo então prefiro sair daqui o mais rápido possível, ''será que minhas roupas estão aqui?'' me perguntava tirando a agulha do meu braço esquerdo e desligando os aparelhos conectados ao meu peito me levanto de vagar ainda com muita dor consigo andar até o banheiro, observo e encontro minhas roupas penduradas atrás da porta me visto e saio sem fazer um ruído quando consigo sair do hospital vou até a floresta mais próxima me transformando sigo correndo até a casa da Ana.

Vendo a casa dela que fica no meio da floresta, me transformo e bato na porta esperando que ela esteja em casa, assim que ela abriu a porta e me viu me abraçou muito forte que eu soltei um gemido de dor e quase algumas lágrimas.

- Aii – Digo enquanto ela apertava a região da minha barriga sentindo uma leve dor de cabeça.

Ana – Desculpa amiga, - falou me olhando e começa a me avaliar verificando se estava tudo bem comigo. – Porque você demorou pra chegar? Porque ta sentindo tanto dor? Meu Deus, o que está fazendo aí fora que não entrou? – Ela solta tudo de uma vez me puxando levemente para dentro de casa.

- Calma Ana me deixa entrar direito e me sentar que eu te explico tudo, porque de pé não dá. – Digo a ela que me dá espaço para sentar e fecha a porta, me acomodo no sofá e peço um copo de água e um analgésico pra dor que me esqueci de pedir a um médico, tomo o remédio e ela se senta na minha frente em uma cadeira e coloca na mesa um pouco de comida bem saudável seria legal se eu gostasse, mas meu estômago gosta de besteira.

Ana – Agora pode começar porque já estou bastante curiosa e sei que vou ficar com muita raiva de você que pela sua cara de besta já fez besteira. – Afirma mais pra si mesma sobre seus sentimentos, pois não me afetou em nada.

- Chegamos naquela casa e falei que estava indo embora, minha mãe me puxou até uma salinha de limpeza no final do corredor e me bateu até perder a consciência para terminar com chave de ouro acordei hoje em um hospital com um homem ao meu lado dormindo na cadeira, me vesti fui até a floresta me transformei e estou aqui. – Digo tudo resumido pela minha fome que não está pouca e escondendo alguns detalhes.

Ana – Não acredito que além de chegar aqui na minha casa hoje toda arrebentada, me conta a história resumida e ainda mente olhando nos meus olhos sobre tudo que aconteceu na porra daquela casa até aparecer no hospital com um homem que supostamente não conhecia. – Diz brava levantando e quase gritando comigo.

- De início eu não sabia e não sei quem é esse homem, só sei que antes de desmaiar apareceu um homem na porta e não era meu pai só não consegui enxergar quem era, pois minha visão estava turva e desmaiei, quando acordei parecia ser o mesmo homem e... – Não sabia como dizer isso a ela, tenho certeza que ela vai gritar comigo, estou com medo. – Ele é meu companheiro. – Digo rápido e de uma vez.

Ana – Minha deusa me dá a paciência que preciso para não cometer um homicídio com esse ser sentada no meu sofá me olhando como se eu fosse idiota. – Pede com os braços pra cima e fechando os olhos com força, voltando seu olhar pra mim sentia toda sua indignação. – Meu amor, olhe bem nos meus olhos e me dê uma boa razão pra você ter fugido assim de seu companheiro e já aviso se não for um bom motivo se prepare pra morrer de fome, pois não sou obrigada a cozinhar pra UMA PESSOA QUE ABANDONA O COMPANHEIRO DESSA FORMA E SEM UMA EXPLICAÇÃO. – Começou mansinha, mas acabou explodindo comigo o que me fez encolher um pouco.

- Eu não sabia se meus pais estavam com ele ou se ele era um segurança a mando do crápula e não sabia se ele ia me rejeitar então sai de lá e vim para cá sem pensar duas vezes. – Disse a olhando e vendo-a respirando fundo recuperando a calma.

Ana – Sabe pelo menos o nome dele? Ou o que ele faz na alcatéia? Para agir de forma tão impulsiva. – Nem sei mais identificar o que seus olhos expressam.

Antes que eu possa responder que não sei de absolutamente nada sobre ele nós acabamos escutando um uivo bem alto e forte parece que estava procurando alguém desesperadamente, ao ouvi-lo meu coração começou a bater forte e comecei a me contorcer de dor era muito forte pra mim aguentar.

Ana – Andréia, pelo amor da grande deusa não me diga que esse uivo é do Supremo e não piore minha situação junto com a sua dizendo que ele é seu companheiro de alma. – Pergunta tudo que eu não sabia responder e ela me pega no colo e me leva até meu quarto e me deita na cama.

- Obrigada, eu não sei quem ele é nem sei se é o supremo ou não, infelizmente não pensei em perguntar. – Digo e contorcendo na cama de dor.

Ana – Esse uivo pra chegar até aqui só pode ser o Supremo, até eu não estou aguentando a intensidade, mas o que será que ele está procurando pra soltar tanta dominância assim em um uivo tão forte? – Nisso ela tem razão, seja o que for que ele esteja procurando espero que ache logo, nunca senti tanta dor assim nem quando apanhava dos meus pais é mil vezes maior.

- Só espero que ache e pare com esse poder todo, dói demais Ana. – Digo chorando e ela me abraça.

Ana – Calma vai passar, vou pegar comida para você. – Me limitei a assentir com a cabeça a vendo sair.

Ela volta com a comida e só sai quando eu termino de comer, ela estava preocupada comigo e não saiu de perto de mim até me deu banho pois não conseguia levantar, duas semanas se passou e aquele poder continuava e foi aumentando cada dia mais, Ana já estava desesperada e não sabia o que fazer pois eu estava fraca e pálida demais para sobreviver por muito mais tempo.

Ana – Andréia não tem como você ficar assim mais tempo eu vou no supremo pedir pra que ele pare com isso é melhor eu tentar tudo que eu puder do que ver você morrer aqui parada. – Ela disse desesperada pegando sua bolsa e foi pegar a chave do carro ao lado da cama no criado mudo, quando ela se aproximou, eu segurei seu braço tentando a impedir de ir, mas eu estava muito fraca para dizer alguma coisa e a olhei com lágrimas nos olhos, e senti minha visão escurecer deixando ser tomada pelo oceano escuro que me tomava.

Ana on:

Quando conheci a Andréia a muitos anos atrás quando ainda éramos crianças sabia que tinha que a proteger de qualquer coisa que quisesse fazer mal a ela, somos inseparáveis e tive que trazer a Andréia para morar comigo pra ficar segura daqueles dois monstros que ela chama de família, mas quando ela chegou no dia seguinte estava diferente por causa dos machucados e eu ainda não acredito que ela abandonou o companheiro e nem sabe quem ele é ou esperou ele acordar para saber e simplesmente fugiu disso.

Depois de ouvir aquele uivo forte ela começou a se contorcer de dor e eu conseguia suportar, pois para mim não era tão forte já que ele procurava alguém que logicamente não sou eu, mas a Andréia como é mais fraca por ser uma ômega sentia uma dor imensa que parecia ser mais na região do peito e barriga, comecei a me desesperar depois de duas semanas com ela quase imóvel na cama e ela estava muito fraca, não conseguia falar nem comer direito só chorava e gemia de dor, o poder do supremo estava só aumentando ao passar de cada dia, eu tinha que fazer alguma coisa antes que ela morra, quando decidi sair para ir até o supremo fui pegar as chaves do carro e ela me olhou pude ver dor em seus olhos ela queria me impedir de sair de casa, em seguida ela desmaiou, comecei a chorar e verifiquei o pulso dela vendo que estava fraco muito fraco deixei ela lá e fui correndo no supremo só ele pode ajudar ela agora se ele não ajudar vai acabar matando ela.

Olhei aquela enorme empresa e sabia que ele estava lá, pois sentia seu poder mais alto ali concentrado no último andar daquele prédio, entrei e pedi o número do andar dele apesar de saber que seria o último já que sua posição aqui não é pequena, subi até o 40° andar e vi sua secretária já tentei ser educada eu juro que tentei, mas foi ela que não quis colaborar com a minha boa vontade de não acabar com ela.

- Boa tarde, pode me dizer se o senhor Matthew se encontra em sua sala agora? – Perguntei tentando o meu melhor sorriso, não tinha tempo pra discuti com a mulher de aparentemente 25 anos que me mediu dos pés a cabeça e me olhou com cara de nojo, deusa me ajuda a não perder minha paciência ou eu sou capaz de colocar esse prédio a baixo.

Secretária – Ele está sim, mas não ira poder recebê-la ele está muito ocupado para receber pessoas como você. – Sorri satisfeita voltando sua atenção ao computador.

- E que tipo de pessoa você acha que eu sou fofa? – Me inclino na sua mesa.

Secretária/ Oferecida – A da pior espécie, sabe eu sei que ele é gato e já deve ter ficado com você, mas agora você é passado porque ele é meu. – Não consigo conter o riso.

- Nossa você sabe de coisas que nem eu sei, você vê o passado? Porque eu posso ver o futuro e o seu não está muito bom se não fizer a escolha certa em dois minutos. – A encaro com raiva.

Secretária/Oferecida – Está me ameaçando? – Sorrio.

- Se encarar como uma ameaça espere para saber se estou falando sério, agora avise a ele que eu quero alguns minutos do seu precioso tempo e é urgente. – Ela bufa.

Secretária/Oferecida – Eu estou dizendo que ele não tem tempo para você. – Um minuto de silêncio para recuperar minha paciência ou pela morte dela nesse meio tempo.

- Por que não pergunta pra ver? – Digo já perdendo a paciência, um passo a mais para o homicídio.

Secretária/Oferecida – Por que não vai procurar alguém melhor pra importunar bem longe desse prédio e do Matt? – Rebateu minha pergunta com outra e com muita intimidade o chamando pelo apelido, que fofa, eu vou arrancar a cabeça dela fora, mas percebo que ela é humana de acordo com a lei eu não posso, deu sorte.

Decido não brigar com ela, pois tenho alguém com quem brigar dentro daquela sala, a olho com muita raiva e passo por ela indo direto para sala não querendo perder mais do meu precioso tempo e minha saliva com aquele ser, ela tenta me impedir, mas sou bem mais forte que ela e abro a porta com força recebendo o olhar descrente e raivoso do Supremo, mas não me deixo intimidar já que a minha raiva é muito maior que a dele nesse momento.

Matthew – O que está acontecendo aqui? – Pergunta olhando diretamente para a oferecida, mas passo na frente dela.

- Você cala a boca e se sente agora, e você. – Digo apontando para aquela coisa que está agarrada ao meu braço achando que pode me arrastar para fora. – Larga do meu braço se vire e vá para a sua mesa antes que eu arranque a sua cabeça fora como se fosse isopor. – Ela continuou agarrada me olhando com os olhos arregalados, deve me achar doida ou eu não falei a língua dela. – SAAII!! – Gritei para ela que me largou na hora com medo e assustada saindo correndo fechando a porta rapidamente, eu olhei para ele com raiva que emanava de mim e pensei comigo mesma.

''Hoje ninguém me segura se tiver que derrubar isso tudo, eu faço!''