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Chapter 4 - Capítulo 4: A Ira de Osíris

Com os poderes recém adquiridos de Oxú, Keyon e Cleo decidiram ir visitar uma das bases da Organização Sobrenatural Pan-Africana (OSPA), a entidade que regula os eventos místicos e monitora os movimentos dos seres sobrenaturais e a descida dos deuses desobedientes em todo continente africano. A cidade onde a base está localizada é conhecida como Ndola, um centro estratégico próximo às fronteiras entre Zâmbia e Congo.

Keyon pretendia consolidar alianças com a OSPA, garantindo que sua ascensão como Campione fosse reconhecida, enquanto Cleo, sendo uma cavaleira respeitada, buscava usar sua influência para mediar possíveis tensões entre o novo rei demônio e a organização.

No entanto, seus planos foram interrompidos de maneira abrupta.

Enquanto atravessavam a savana aberta, um estranho silêncio tomou conta do ambiente. Até os sons da natureza o vento, os insetos, o canto dos pássaros cessaram. Cleo imediatamente ficou em alerta, segurando sua lança com força, enquanto seus olhos procuravam sinais de perigo.

— Algo não está certo, meu rei, — ela disse, posicionando-se ao lado de Keyon.

Antes que ele pudesse responder, o chão sob eles tremeu, e uma sombra gigantesca emergiu do céu. Uma figura envolta em trevas e um brilho espectral surgiu à frente deles. Era Osíris, o deus egípcio da morte e do além. Ele era majestoso e ameaçador, pele da cor obsidiana polida, olhos brilhantes como estrelas distantes, e carregava um cajado de ouro adornado com símbolos de poder.

— Keyon...— sua voz ecoou como um sussurro funesto que parecia vir de todos os lados. — Você matou meu filho, Hórus. Um crime imperdoável.

Cleo ergueu sua lança, posicionando-se na frente de Keyon.

— deus aparecendo fora de seu domínio para buscar vingança? — ela disse, com o tom cheio de desdém. A que ponto vocês caíram.

Keyon, com um sorriso confiante, deu um passo à frente, movendo Cleo para o lado com um gesto suave.

— Osíris, — ele começou, com o tom calmo e firme de um rei, — seu filho morreu porque escolheu lutar comigo. Ele foi arrogante, e eu o derrubei. Não foi nada pessoal.

Osíris rugiu, e o céu acima deles escureceu, como se o deus estivesse convocando o próprio submundo.

— Mortal insolente! Sua vida terminará hoje!

Osíris foi o primeiro a atacar, erguendo seu cajado e invocando um exército de mortos-vivos que emergiram do solo. Guerreiros esqueletos e múmias avançaram contra Keyon e Cleo, suas armas reluzindo com uma energia sombria.

— Cleo, cuide dos lacaios dele. Eu cuidarei do deus. — Keyon ordenou, ativando o poder do vento de Hórus.

Cleo correu para enfrentar os mortos-vivos, sua lança brilhando com o espírito do leão. Ela lutava com uma graça feroz, destruindo os inimigos um a um enquanto Keyon avançava diretamente contra Osíris.

Osíris ergueu o cajado novamente, criando um campo de escuridão que tentava engolir Keyon. No entanto, o Campione respondeu com uma explosão de ventos furiosos, dissipando as trevas.

— É só isso que você tem, Osíris? Pensei que deuses fossem mais impressionantes. —provocou Keyon, enquanto girava sua lança e saltava para atacar.

Osíris defendeu o golpe com seu cajado, e o impacto criou uma onda de choque que derrubou árvores próximas.

— Você não entende o poder que está enfrentando, mortal! Eu sou o deus da morte!

— E eu sou um Campione! — respondeu Keyon, forçando o ataque com mais força.

Enquanto Keyon enfrentava Osíris diretamente, Cleo notou algo estranho. O campo de batalha parecia estar sendo drenado de vida as plantas murchavam, e os cadáveres dos mortos-vivos se regeneravam. Ela percebeu que isso era uma manifestação do domínio de Osíris.

— Se continuarmos assim, ele terá a vantagem, — pensou Cleo.

Com sua determinação habitual, ela mudou de estratégia. Limpando os últimos mortos-vivos, Cleo usou seu conhecimento místico para traçar runas no chão, preparando um ritual que enfraqueceria Osíris.

— Keyon, mantenha-o ocupado! Eu tenho um plano!

Keyon, confiando em Cleo, intensificou seus ataques. Ele usou o poder das tempestades de Oxú para criar uma barreira de água ao redor de Osíris, dificultando seus movimentos.

Assim que Cleo terminou o ritual, uma luz dourada explodiu das runas no chão. O campo de batalha foi purificado, cortando a conexão de Osíris com o submundo. O deus, agora enfraquecido, cambaleou para trás.

— O que você fez, mulher insignificante?! —rugiu Osíris.

— Dei ao meu rei a vantagem que ele precisava. — respondeu Cleo com um sorriso confiante.

Keyon aproveitou a oportunidade. Ele concentrou todos os seus poderes em sua lança, que começou a brilhar com uma energia misturando os ventos de Hórus e as águas de Oxú.

— Isso é por me desafiar, Osíris! — gritou Keyon, lançando a lança com força total.

A arma atravessou o peito do deus, e Osíris soltou um grito final antes de desaparecer em uma explosão de luz.

Quando a poeira baixou, Cleo aproximou-se de Keyon, que agora segurava sua lança novamente.

— Mais um deus derrubado, — disse ela, com um sorriso.

Keyon olhou para o céu, que começava a Ele sentiu uma nova onda de poder dentro de si – o domínio sobre a morte e o submundo agora fazia parte do seu arsenal.

— Não apenas mais um, Cleo. Com o poder de Osíris, estamos prontos para enfrentar qualquer coisa.

E com isso, os dois seguiram em direção a Ndola, prontos para enfrentar novos desafios e consolidar a posição de Keyon como o verdadeiro rei demônio da África.