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Chapter 11 - Capítulo 11: "Os Illuminati"

A sala de reuniões dos Grigori era um lugar reservado apenas para as mentes mais brilhantes e os combatentes mais poderosos da ordem. Situada no coração do Vaticano, era adornada com vitrais que retratavam batalhas épicas contra demônios, enchendo o ambiente com uma atmosfera solene e pesada.

Nesta noite, a sala estava mais tensa do que nunca. Os cavaleiros e exorcistas do mais alto escalão haviam sido convocados, incluindo Keyon e sua equipe. Sentado ao lado de Mephisto, Keyon observava as figuras lendárias que preenchiam o salão.

No centro da mesa, de pé e imponente em sua armadura resplandecente, estava o lendário paladino Arthur Auguste Angel, o cavaleiro mais poderoso e uma figura quase mitológica entre os exorcistas. Sua presença fazia até os veteranos mais experientes se endireitarem em suas cadeiras.

Arthur começou sua fala com um tom firme e autoritário.

— Após meses de investigações, infiltrações e batalhas, conseguimos confirmar a identidade do inimigo que está por trás dos eventos recentes.

Ele fez uma pausa, deixando que o peso de suas palavras atingisse a todos.

— Eles se autodenominam Illuminati.

A reação foi imediata. Murmúrios e expressões de surpresa dominaram o salão. Apenas Mephisto manteve sua calma habitual, observando Arthur com um olhar intrigado.

— Os Illuminati? — Keyon murmurou para si mesmo, tentando recordar qualquer menção anterior a esse nome.

Arthur continuou:

— Não se trata de uma simples organização. Os Illuminati existem há séculos, operando nas sombras, manipulando eventos globais em busca de poder absoluto. Eles têm acesso a recursos ilimitados, uma rede de agentes altamente treinados e, mais preocupante, domínio sobre magias proibidas e tecnologia demoníaca avançada.

Ayla, ainda perplexa, levantou a voz:

— Mas qual é o objetivo deles? Por que agora?

Arthur respondeu com a serenidade de alguém que enfrentou o pior que o mundo poderia oferecer:

— Eles buscam o controle absoluto sobre os reinos celestiais, infernais e humanos. Estão tentando romper o equilíbrio que mantemos há séculos. E não medirão esforços para atingir seus objetivos, mesmo que isso signifique sacrificar milhões de vidas.

Ele entregou um pergaminho a Mephisto, que abriu e leu em silêncio. O sorriso habitual do demônio desapareceu, substituído por uma expressão sombria.

— Parece que temos mais problemas do que imaginávamos — murmurou Mephisto, entregando o pergaminho a Keyon.

No documento estavam descritos os últimos movimentos dos Illuminati: ataques coordenados a bases dos Grigori, sequestro de crianças com altas reservas de energia espiritual e experimentos envolvendo fusões entre humanos e demônios.

Mephisto levantou-se, sua voz cortante ecoando pela sala:

— Se os Illuminati estão de fato por trás de tudo isso, não podemos agir isoladamente. Precisamos unir forças.

Arthur assentiu.

— É por isso que estou aqui. Proponho uma aliança entre todos os cavaleiros e exorcistas do alto escalão. Se quisermos ter uma chance contra os Illuminati, devemos trabalhar como uma unidade coesa.

Keyon, que havia permanecido em silêncio até então, finalmente falou:

— Você acredita que temos espiões entre nós?

Arthur olhou diretamente para ele.

— É uma possibilidade que não podemos descartar. Os Illuminati são mestres da manipulação. É provável que já tenham infiltrados em nossas fileiras.

A declaração fez com que a tensão na sala aumentasse ainda mais.

Após algumas horas de discussões acaloradas, as responsabilidades foram divididas entre os presentes. Keyon e sua equipe foram designados para investigar uma base suspeita dos Illuminati em Praga.

— Acreditamos que esta base seja usada para experimentos envolvendo humanos e demônios. Sua missão é infiltrar-se, reunir informações e, se possível, destruir a instalação.

Arthur olhou diretamente para Keyon.

— Você e sua equipe demonstraram grande potencial na missão em Nordlingen. Agora, será o verdadeiro teste. Não falhe.

Keyon assentiu, sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros.

De volta aos alojamentos, a equipe discutia o que haviam aprendido. Ayla estava claramente abalada.

— Os Illuminati... Como combater algo que existe há séculos? — perguntou ela.

Keyon colocou a mão em seu ombro.

— Um passo de cada vez. Nós não vamos enfrentá-los sozinhos. Temos aliados, e mais importante, temos uns aos outros.

Kieran, que sempre tinha um tom cínico, riu:

— Isso é inspirador, chefe. Mas espero que você tenha um plano para quando estivermos cercados por demônios híbridos em Praga.

— Sempre tenho um plano — respondeu Keyon com um leve sorriso.

Enquanto a equipe se preparava para partir, Keyon sentiu que estavam à beira de algo monumental. Os Illuminati não eram apenas um inimigo poderoso — eles eram uma ameaça existencial, capaz de destruir tudo pelo que ele e os Grigori lutavam.

E no fundo, ele sabia que essa luta seria muito mais pessoal do que qualquer um poderia imaginar.