A cafeteria nova tinha uma atmosfera acolhedora, mas Ganth não conseguia desviar sua mente das questões da empresa. O aroma do café fresco não conseguia competir com os números e as reuniões que se desenhavam em sua cabeça. Ele se sentou à mesa com Jhenny, que, embora visivelmente empolgada com a oportunidade de estar ali com ele, parecia perceber a distância mental que ele mantinha de tudo ao seu redor. A conversa seguiu em torno de relatórios, estratégias de marketing e mudanças no mercado, temas que, para ele, pareciam ser tudo o que importava no momento.
Jhenny, com seu sorriso charmoso e olhos curiosos, se recostou na cadeira, tentando acompanhar, mas logo a conversa começou a aborrecê-la. Ela observou Ganth por um momento, notando a forma como ele parecia focado demais no trabalho, quase como se o café fosse apenas mais uma parada entre uma reunião e outra. Ela suspirou suavemente e, com um toque nos braços de Ganth, disse, tentando mudar a dinâmica:
"Você é muito focado, sabia?" Ela riu levemente, como se estivesse começando a se cansar da seriedade dele. "Eu até gosto disso, mas… podemos dar uma pausa para o mundo dos negócios, Ganth?"
Ele olhou para ela, um pouco surpreso com a mudança de tom, mas sorriu. "Eu só… gosto do que faço. Me ocupa." Sua voz era tranquila, mas uma parte dele sabia que precisava se permitir fazer algo diferente, ao menos por um tempo.
Jhenny se inclinou para frente, pegando suavemente a mão dele e, com um brilho travesso nos olhos, puxou-o levemente para longe da mesa. "Então vamos fazer algo que você nunca imaginou fazer hoje."
Antes que ele pudesse questionar, ela o levou até um boliche nas proximidades. A pista era bem iluminada e a música animada preenchia o ambiente, mas Ganth ainda parecia desconfortável. Ele não sabia bem o que fazer com suas mãos ou com o tempo livre que estava se tornando mais uma obrigação do que um prazer.
"Eu sempre tive curiosidade de jogar boliche", Jhenny comentou com um sorriso. "Vou te ensinar, pode deixar."
Enquanto ela se posicionava ao lado dele, começava a explicar a forma correta de lançar a bola, e suas mãos se tocavam levemente. O jeito como ela se aproximava e o toque gentil em seus braços começaram a despertar algo que Ganth tentava ignorar. A princípio, ele se manteve concentrado na bola e na técnica, mas cada movimento dela parecia se tornar mais íntimo. Jhenny se aproximava dele, inclinando-se para ajudá-lo com a postura, seus corpos quase se tocando a cada gesto. Ele sentiu um calor crescente, mas sua mente se mantinha firme, resistindo a qualquer impulso de ceder à tentação.
"É assim que se faz," Jhenny disse com uma voz suave e insinuante, antes de fazer um movimento deliberadamente mais próximo de Ganth. "Agora, sua vez."
Ele atirou a bola, observando-a deslizar pela pista. Ela o elogiou pela forma, mas seus olhos estavam fixos nele de uma maneira que ele não conseguia ignorar. Cada vez mais, ela parecia encontrar desculpas para se aproximar, tocando-lhe o braço, deslizando a mão suavemente pelo ombro enquanto o orientava.
Ganth, embora ciente da química entre eles, se esforçou para manter a compostura. Ele sabia o que estava acontecendo, mas preferiu não reagir. Ela, por outro lado, parecia estar mais confortável com cada toque, cada olhar. O jogo prosseguia de forma descontraída, mas o desejo subjacente entre eles crescia em silêncio, como uma tempestade esperando para se desatar.
Quando o boliche finalmente terminou, Ganth se afastou por um momento, indo até a área de descanso. Ele acendeu um cigarro Black, o fumo criando uma nuvem ao seu redor enquanto ele tentava dar um espaço para seus pensamentos. Jhenny o observava de longe, seus olhos curiosos. Quando ela se aproximou, não foi surpresa para ele que ela zombasse, com um sorriso brincalhão nos lábios.
"Não parece o tipo de cara que fuma," disse ela, com um tom descontraído, "Sempre tão certinho, tão… controlado. E agora você está aqui, com um cigarro na mão."
Ele olhou para ela e deu uma risada leve. "Todos têm seu lado escuro, Jhenny. Eu sou só mais reservado com o meu."
Ela o encarou por um momento, e antes que ele pudesse dizer mais, ela pegou o cigarro de sua mão e colocou a ponta entre seus próprios lábios, soltando uma pequena nuvem de fumaça. "Eu gosto de experimentar o que as pessoas têm de melhor e de pior", ela disse, compartilhando o cigarro com ele, seus dedos tocando os dele ao fazer isso. "E você, Ganth, tem mais segredos do que parece."
Ele não respondeu, mas algo no tom de sua voz o fez hesitar. Era uma sensação nova para ele, algo que não conseguia descrever, mas que o deixou inquieto de uma forma peculiar. Enquanto compartilhavam o cigarro, ele pensou em como, de alguma forma, ela o fazia se sentir fora de sua zona de conforto, mas de uma maneira boa, excitante.
Ela o olhou nos olhos e disse, com um sorriso suave: "Você gasta com um cigarro e se diverte assim, mas me conta, o que mais você faria se tivesse tempo? O que mais você deixaria seu lado escuro revelar?"
Ganth olhou para o relógio e, com um suspiro, percebeu que as duas horas de almoço estavam chegando ao fim. "Essas foram as melhores horas de intervalo que já tive", disse ele, com um tom descontraído, mas com um fundo de verdade. "Mas já está na hora de voltar."
Ela sorriu, ainda com o cigarro na boca, e fez algo inesperado. Com um gesto suave, ela colocou a ponta do cigarro entre seus lábios, em um movimento quase provocante, dizendo: "Eu vou guardar o segredinho do senhor certinho. Quem sabe o que mais você está escondendo, Ganth."
Ele olhou para ela, o sorriso se expandindo em seus lábios enquanto ela se afastava, seu olhar fixo nele.
Ganth: "Pelo visto estou em um certo impasse aqui! Acho que vou ter que descobrir algum segredo seu também!"
Jhenny olhou para ele e sorriu levemente. "Eu sou uma mulher aberta! quer saber um segredo meu Sr. Ganth?" disse ela num olhar fixo nos olhos dele em um jeito peculiar e cativante.
Ganth a olhou e não exitou em perguntar. "Vamos, me conte Senhorita Jhenny, quais segredos você esconde?"
Jhenny sorriu de um jeito levado e logo falou o deixando quieto e surpreso enquanto logo ela foi indo embora na frente dele. "Sabe no boliche? Eu fingi não saber jogar só para ter sua atenção! A verdade e que meu pai era campeão disso e desde criança eu jogava! Mas foi bom ter um professor tão charmoso como você do meu ladinho!"