Capítulo 314: O Caminho da Unidade
O campo de batalha estava se formando. Adelmo olhava para o horizonte, onde as fileiras de soldados de Velas se alinhavam como uma onda prestes a se quebrar. O ar estava pesado, carregado com a tensão de uma guerra iminente. Porém, ao contrário dos antigos líderes que se preparavam para a batalha como uma luta pelo poder, Adelmo sabia que aquela não seria uma simples guerra por domínio. Ela representava o embate entre a liberdade e a tirania, a velha ordem e a nova.
Asha estava ao seu lado, observando o movimento dos exércitos. Ela, com seu olhar estratégico, sabia que, mesmo com toda a força que ele havia reunido, a vitória não dependia apenas de números ou de força bruta. Ela olhou para ele e falou calmamente: "Adelmo, você sabe que não será fácil. Velas é um líder implacável, e ele tem muitos que o seguem por medo, não por lealdade. Para derrotá-lo, precisaremos mais do que um exército. Precisaremos de uma ideia."
Adelmo assentiu, seus olhos fixos no campo à sua frente. "Sim. A ideia de que o poder não deve ser concentrado em uma pessoa, mas sim compartilhado entre todos. Velas acredita que só com o poder absoluto ele pode garantir a segurança, mas ele está errado. Ele não vê o que estamos tentando construir aqui. A verdadeira segurança vem da liberdade."
"Precisamos que todos entendam isso, não apenas como um conceito, mas como uma verdade que vale a pena lutar. Não podemos apenas vencer a guerra; precisamos vencer a ideia de que a tirania é a única forma de governar."
Enquanto falavam, mensageiros começaram a chegar. As alianças estavam se solidificando. Diversos grupos que antes estavam espalhados ou desconfiados começaram a se unir sob o mesmo estandarte: a liberdade. O conselho que Adelmo havia criado estava mais forte do que nunca, e as cidades que haviam sido reconstruídas estavam enviando reforços, prontos para lutar contra a opressão de Velas.
"Reúna todos os nossos líderes", disse Adelmo, com firmeza. "É hora de mostrar que estamos juntos. A batalha será sangrenta, mas precisamos provar que a verdadeira força não está nas armas, mas na nossa união."
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Capítulo 315: A Primeira Ofensiva
Velas, ao contrário de Adelmo, era um líder que acreditava em sua força e em seu poder absoluto. Ele estava convencido de que o caos do novo mundo só poderia ser contido através do domínio de um único governante forte, e ele se via como aquele governante. A ideia de um conselho de líderes era algo que ele considerava ridículo, uma fraqueza. Para ele, a luta era simples: ou ele dominava o mundo, ou o mundo se tornaria um caos completo.
Na manhã seguinte, a batalha teve início. O exército de Velas avançou com ferocidade, suas tropas formadas com a precisão de um império pronto para esmagar qualquer resistência. A terra tremia com o impacto de seus passos pesados. Mas o exército de Adelmo não se intimidou. Eles estavam prontos para defender o que acreditavam: um futuro em que ninguém precisasse ser escravizado pela tirania de um líder absoluto.
As forças de Adelmo não se lançaram de forma desordenada. Como haviam praticado, formaram uma linha defensiva estratégica, utilizando o terreno a seu favor. Adelmo sabia que sua força estava na diversidade de seus aliados, nas habilidades únicas de cada um deles e na sua capacidade de se unir como um só corpo. Eles não lutavam por poder pessoal, mas pelo bem do coletivo.
"Avançar!", gritou Velas, sua voz ecoando pela planície.
Adelmo, em seu posto de comando, observava cada movimento com atenção. Ele não estava apenas liderando uma batalha física, mas também uma batalha de ideais. Ele precisava garantir que seus aliados entendessem a importância da batalha mental, tanto quanto da física. A vitória só viria quando todos acreditassem, de coração, que a verdadeira força não está em quem comanda, mas em quem luta por algo maior.
O choque entre os dois exércitos foi violento. A terra foi cortada pelas lâminas das espadas e pela magia que se desatava no ar. Criaturas de ambos os lados, invocadas por poderosos magos e feiticeiros, lutavam ferozmente, mas o que realmente dava a vantagem ao exército de Adelmo era a coesão, a ideia de unidade que ele havia criado.
"Avancem em formação!" ordenou Adelmo, enquanto suas tropas empurravam o inimigo para trás. "A liberdade não se conquista com o medo, mas com coragem! Lembrem-se do que estamos defendendo!"
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Capítulo 316: A Virada
O cerco durou horas, com os dois exércitos se enfrentando implacavelmente. Velas, com sua estratégia baseada na força e na destruição, parecia ter a vantagem inicial, mas Adelmo não estava apenas usando a força bruta. Ele conhecia o campo de batalha como poucos, sabia que a verdadeira vitória não estava apenas em derrotar os inimigos fisicamente, mas em desestabilizar a moral deles.
Enquanto a batalha avançava, Adelmo ordenou que seus mensageiros infiltrassem o campo inimigo. Eles haviam se disfarçado entre as tropas de Velas, espalhando rumores de que Velas estava, na verdade, sendo manipulado pelos próprios deuses que ele queria destruir. Que, ao contrário do que ele dizia, o poder absoluto que ele procurava era, na realidade, uma ilusão, um controle dos deuses sobre sua própria mente.
Conforme esses rumores se espalhavam, o exército de Velas começou a se fragmentar. Seus próprios soldados começaram a questionar a validade da guerra, a moralidade de lutar por um líder que eles temiam, mas não respeitavam verdadeiramente. Em questão de