Capítulo 317: O Confronto Final
O silêncio tomou conta do campo de batalha. Soldados de ambos os lados formaram um círculo ao redor de Adelmo e Velas, como se o destino tivesse dado uma pausa na guerra para que os dois líderes decidissem o resultado com suas próprias mãos. O céu cinzento parecia acompanhar o peso daquele momento, e um vento gelado percorreu as fileiras.
Adelmo ergueu sua espada, uma lâmina simples mas brilhante, forjada com o apoio de seus aliados. Ela simbolizava a união de diversos povos e crenças. Velas, por outro lado, brandia uma espada ornamentada e intimidadora, sua lâmina negra irradiando uma energia sombria.
"Você acha que pode me derrotar com palavras, Adelmo?" Velas zombou. "A força é a única linguagem que este mundo entende."
"Então permita que o mundo veja que a força não é absoluta," respondeu Adelmo. "Que ela se curva à justiça, à liberdade e à coragem de muitos que lutam juntos, não por medo, mas por esperança."
O duelo começou com uma explosão de movimentos. Velas atacou com uma fúria devastadora, cada golpe de sua espada reverberando no chão. Adelmo esquivava-se com precisão, usando não apenas sua habilidade, mas também sua mente. Ele não lutava para derrotar Velas apenas com força; ele precisava expor a fragilidade por trás do poder tirânico do inimigo.
Velas avançava com golpes pesados, mas seu estilo arrogante começava a mostrar brechas. Adelmo contra-atacava com velocidade e precisão, aproveitando cada erro de Velas. A batalha tornou-se uma dança perigosa, com faíscas voando a cada colisão de espadas.
"Você não entende, Adelmo!" gritou Velas, a frustração transparecendo. "Sem um líder forte, o mundo cai no caos. O conselho que você tanto preza será destruído por ambições e traições."
"Talvez," respondeu Adelmo, desviando de um golpe devastador. "Mas o caos do poder absoluto é ainda pior. Prefiro lutar por um futuro imperfeito, mas livre, do que aceitar a perfeição imposta pela tirania."
Enquanto trocavam golpes, os soldados ao redor assistiam, absorvendo cada palavra. A batalha entre os dois não era apenas física; era uma guerra de ideais que começava a penetrar os corações e mentes de todos.
Finalmente, Velas tentou um golpe decisivo, canalizando toda a energia sombria de sua espada em um único ataque. Mas Adelmo, com sua postura centrada e o apoio silencioso de todos ao seu redor, desviou com agilidade e desferiu um golpe direto, acertando a armadura de Velas e desarmando-o.
Velas caiu de joelhos, sua espada negra cravada no chão ao longe. Ele ergueu os olhos para Adelmo, que agora apontava sua lâmina para ele.
"Acabe logo com isso," rosnou Velas, derrotado.
Adelmo, porém, abaixou sua espada. "Não. Matar você não trará a paz. Mostrar misericórdia, sim. Porque a verdadeira vitória não é sobre você, Velas, mas sobre o medo que você representava. Hoje, todos verão que não precisamos de um tirano para sobreviver."
O campo de batalha ficou em silêncio novamente, mas desta vez, foi quebrado por murmúrios de aprovação. Soldados de ambos os lados começaram a baixar suas armas.
Capítulo 318: A Reconstrução
Velas foi levado como prisioneiro, mas Adelmo recusou-se a tratar o inimigo com crueldade. Ele ordenou que o tirano fosse julgado por um tribunal formado por representantes de todas as regiões que haviam sofrido sob seu regime.
Enquanto isso, os esforços de reconstrução começaram imediatamente. Asha liderou o planejamento das alianças, garantindo que todas as cidades pudessem contribuir e prosperar juntas. O conselho criado por Adelmo foi expandido, com mais vozes e perspectivas sendo incluídas.