tempo, a coesão que dava força ao exército de Velas começou a desmoronar. Pequenas deserções surgiram aqui e ali, transformando-se rapidamente em tumultos internos. Adelmo havia plantado a semente da dúvida no coração do inimigo, e ela agora florescia em caos.
Do alto de uma colina, Asha observava o desenrolar dos acontecimentos, sua mente avaliando os próximos passos. "Adelmo," ela disse, voltando-se para ele, "o momento é agora. Se avançarmos com força controlada, podemos quebrar o espírito de Velas antes que ele consiga reagrupar suas tropas."
Adelmo concordou, seu semblante carregado de determinação. Ele se dirigiu ao grupo de líderes que lutava ao seu lado. "Esta é a nossa chance. Velas sempre confiou no medo para governar e no poder absoluto para vencer. Mas ele subestimou a força da união. Vamos mostrar a ele que ideias não podem ser esmagadas por espadas."
Ele então deu a ordem para que suas tropas realizassem uma ofensiva cuidadosamente planejada. Divididos em pequenos grupos, os soldados de Adelmo usaram o terreno e a desorganização do inimigo a seu favor. Enquanto isso, a elite estratégica de Adelmo avançava diretamente para o centro do exército de Velas, com um objetivo claro: confrontar o tirano diretamente.
No caos, Velas tentava reunir suas forças, gritando ordens e buscando restaurar a disciplina em suas fileiras. Mas o medo que ele usara para controlar seus soldados agora se voltava contra ele. Eles estavam aterrorizados não apenas pelos rumores, mas pela percepção crescente de que seu líder não era invencível.
Adelmo, liderando o avanço, finalmente avistou Velas no coração da confusão. Ele sabia que aquele momento seria decisivo. Não era apenas uma luta entre dois homens; era o confronto de dois ideais opostos. Ele caminhou em direção ao tirano, seu estandarte de liberdade erguido bem alto.
"Velas!" gritou Adelmo, sua voz ecoando no campo de batalha. "Chegou o momento de provar que suas palavras são mais do que medo. Enfrente-me, aqui e agora, diante de todos os que assistem. Se você realmente acredita na força absoluta, lute por ela com suas próprias mãos!"
Os soldados ao redor pararam, suas armas abaixadas por um momento, como se o próprio tempo tivesse suspendido a batalha. Velas, envolto em sua armadura dourada e com a fúria nos olhos, aceitou o desafio. "Você é tolo, Adelmo. Eu sou o único capaz de guiar este mundo. Você não passa de um sonhador. Agora, verá o que acontece com sonhos diante da realidade."
Enquanto os dois se preparavam para o duelo, Asha e os demais líderes do conselho mantinham suas forças atentas. Eles sabiam que, independentemente do resultado do confronto, a batalha maior ainda seria vencida no coração e na mente das pessoas.
O destino da guerra, e do futuro que ambos imaginavam para o mundo, estava prestes a ser decidido.