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Chapter 4 - Casa Nova

STELLA arregalou os olhos enquanto Valeric começava a sair da mansão com ela jogada sobre o ombro. Ela entrou imediatamente em pânico e lutou para se libertar. "Me coloque no chão!"

Mas o homem não estava ouvindo. Era como se estivesse surdo.

Eles saíram, descendo a escadaria branca, em direção ao Rolls-Royce preto no qual ele havia chegado. Mas o sopro do ar passou veloz por eles, e bem na frente deles alguém parou com os braços abertos.

"Deixe-me ir com ela."

Os olhos de Valeric baixaram friamente em direção ao jovem de cabelos negros, que parecia ter vinte e poucos anos. Ele era esbelto e não muito alto — apenas um pouco mais alto do que Stella, mas encarava seu olhar com olhos avelã firmes.

"E quem é você?" ele perguntou.

"Alex!" Stella exclamou o nome do rapaz. Ela estava balançando fervorosamente a cabeça para ele, com medo de que Valeric pudesse machucá-lo.

Mas Alex não parecia muito assustado. "Não estou tentando impedir que você a leve. Ela é sua esposa. Mas quero que você me deixe ir junto."

"E por que eu faria isso?" Valeric arqueou uma sobrancelha. "Você é amante dela?" Seus olhos perfuravam o rapaz, e estava claro que, dependendo da resposta dele, Alex poderia sair dali morto ou vivo.

"De forma alguma! A jovem senhorita e eu não temos nada a ver," Alex gaguejou, lutando contra a dor pulsante em sua cabeça e pescoço. Ele de repente se sentiu sufocado.

"Então por quê? Responda-me."

"Ela precisa de alguém com ela." Ele respirou pesadamente, achando impossível ficar de pé diante do homem por mais tempo. "Eu sempre cuidei dela, e gostaria de continuar mesmo na sua casa. Acho — acho que isso tornará as coisas mais fáceis para ela."

"Você é um ômega?"

"Sim." Ele assentiu freneticamente.

Valeric pareceu um pouco relutante. Mas virou a cabeça para olhar para Stella, que o encarava. "Você quer isso?"

"Hã?" Stella ficou um pouco surpresa.

Ele franziu a testa para ela. "Você quer que ele venha junto ou não?"

Ela olhou para Alex e lentamente assentiu com a cabeça.

Valeric passou por Alex e abriu a porta do carro. Sentou-a no banco, entrou ao lado dela e fechou a porta.

"Entre."

Alex, para quem a ordem foi dirigida, apressou-se para tomar seu lugar ao lado do motorista na frente. O motorista virou o volante e saiu do terreno da família Ferguson, acelerando pela estrada.

A família toda assistia, e assim que o carro sumiu de vista, as duas irmãs, Madalena e Julieta, se olharam e irromperam em risadas.

"Papai, você acha que ela vai sobreviver?" Madalena perguntou.

"Sobreviver?" Julieta deu à irmã um olhar ridículo. "Você viu aquele homem? Ele é assustador quando está quieto, e quando fala, me faz tremer. Tudo parece frio ao redor dele." Ela tremeu violentamente.

"Eu estava com medo de que ele pudesse nos matar se algo desse errado."

Madalena deu de ombros e zombou. "Nada disso importa agora. Nos livramos dela, e se ela morrer lá, é problema dela. De qualquer forma, ela estará melhor morta."

"Ômegas como ela não deveriam existir." Juliette concordou com ela. "Talvez a vejamos no noticiário em breve,"

"Meninas!" Sr. Ferguson pigarreou e apontou para a porta. "Para dentro. Agora!"

"Sim, papai."

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O carro foi conduzido pelo portão e pelo caminho calçado até ser estacionado no estacionamento, ao lado de outros seis carros.

Stella desceu com as mãos apertando firmemente seu vestido de casamento e olhou para cima, para o prédio de vidro que parecia beijar o céu.

Então esta era a casa dele.

Ela se perguntou como ele conseguia dormir tranquilamente à noite com praticamente nada além de uma parede de vidro o separando da morte.

Seu corpo estremeceu involuntariamente de repente com a sensação abrupta da mão de alguém repousando em seu ombro. Ela pensou que era Valeric, mas era simplesmente Alex, que sustentava um sorriso caloroso.

Valeric olhou para eles do outro lado do carro com olhos frios e endireitou seu terno.

"Venha aqui," ele disse, estendendo a mão para ela.

Stella não se movia. Ela tinha muito medo, sabendo que uma vez que entrasse naquele prédio, não haveria mais volta. Seria o fim dela.

"Venha aqui," o homem repetiu. Desta vez, havia um pouco de aspereza em seu tom.

Seu corpo se moveu por conta própria, e no momento seguinte, sua grande mão estava segurando a dela. Ele a acompanhou até a porta de entrada e a conduziu para dentro.

Os olhos dela se levantaram, e ela parou.

O grande foyer banhado pela luz natural da meia-lua que entrava pelo teto de vidro com um grande candelabro fixo. Nas paredes brancas havia janelas de sacada cobertas por cortinas macias cor de creme que se derramavam pelo chão de mármore xadrez.

Bem no centro do foyer havia longas e largas escadas pretas que levavam até o segundo andar. A extensão por si só era exaustiva de se olhar, e Stella sentiu sua cabeça doer com o pensamento de subir cada degrau.

Ela balançou a cabeça e procedeu a caminhar em direção às escadas. Mas seu pulso foi agarrado, e seu corpo todo foi puxado para trás, batendo contra um peito sólido. Não havia mais espaço entre eles; estavam tão próximos, que ela sentiu o queixo dele quase repousar sobre seu ombro magro, seus lábios ao lado de seu ouvido.

"Você sabe para onde ir?" Valeric sussurrou.