A cidade estava em alvoroço após a notícia do assassinato de Eduardo Salgado. As manchetes estouravam em todos os jornais, e as redes sociais fervilhavam com especulações e teorias sobre quem poderia ser O Artista. Lucas Ferreira e Ana Souza sabiam que precisavam agir rapidamente para evitar que mais vidas fossem perdidas.
Na manhã seguinte, Lucas convocou uma reunião com a equipe de investigação. O ambiente na sala era carregado de tensão, e todos estavam cientes da gravidade da situação. Mapa da cidade, recortes de jornais e fotos de ambas as vítimas estavam espalhados por toda a mesa.
"Estamos lidando com um assassino que não apenas tira vidas, mas também cria um espetáculo em torno de cada crime," começou Lucas, sua voz firme. "O que precisamos entender é a mensagem por trás de suas pinturas. Cada uma delas é uma peça de um quebra-cabeça, e precisamos montá-lo rapidamente."
Ana se virou para a equipe. "Sabemos que O Artista escolhe suas vítimas com base em sua corrupção. Precisamos descobrir quem está na mira dele agora. Vamos analisar o histórico de políticos corruptos, seus escândalos e quem tem mais inimigos."
"Eu posso fazer isso," disse um dos policiais, um analista chamado Bruno. "Vou compilar uma lista de políticos que têm um histórico problemático e que poderiam ser alvos."
Enquanto isso, Lucas focou no papel que a arte desempenhava nos crimes. "Precisamos de um especialista em criminologia que entenda a mente de um artista. Se O Artista realmente é Daniel Costa, precisamos descobrir mais sobre seu passado e suas motivações."
Ana fez anotações rápidas. "Vou procurar por qualquer informação sobre Daniel que possa ter surgido nas últimas semanas. Se ele está de volta, pode haver testemunhas ou pistas que não foram consideradas."
A equipe se dispersou, cada um com um papel definido, mas todos movidos pela mesma urgência. A caçada por O Artista não era apenas uma missão para capturá-lo; era uma luta para proteger a cidade de mais tragédias.
Nos dias seguintes, Lucas e Ana se dedicaram a investigar. Eles reuniram informações sobre os políticos da lista, entrevistaram colaboradores e ex-assessores, e analisaram padrões de comportamento. A cada nova descoberta, a imagem de O Artista se tornava mais clara, mas também mais complexa. Ele não era apenas um assassino; era um crítico social que usava a arte como sua arma.
Uma noite, enquanto revisavam os dados em seu escritório, Ana recebeu uma ligação de Bruno. "Detetive, encontrei algo interessante. Um ex-artista que trabalhou com Daniel Costa anos atrás me contou que ele tinha um círculo de amigos muito próximo, mas também alguns inimigos notáveis. Um deles se destaca: Miguel Andrade, um político que sempre foi rival de Salgado."
"Se Miguel foi rival de Salgado, ele pode ser um potencial alvo," Lucas disse, enquanto se recostava na cadeira, pensativo. "Precisamos verificar se há alguma conexão entre eles que O Artista poderia explorar."
Ana pegou seu telefone e começou a procurar informações sobre Miguel. "Ele tem um histórico de corrupção também, e os escândalos envolvendo ele e Salgado são bem documentados. Isso pode ser o que O Artista está buscando."
Lucas franziu a testa. "Se Miguel é o próximo alvo, precisamos colocá-lo sob proteção imediatamente. Não podemos correr o risco de perder mais uma vida."
A equipe da polícia começou a trabalhar em um esquema de proteção para Miguel Andrade, mas a pressão estava aumentando. A mídia estava obcecada pelo caso, e as pessoas estavam começando a ficar nervosas. A cidade clamava por respostas, e a cada dia que passava, O Artista parecia estar sempre um passo à frente.
Enquanto isso, O Artista observava de longe. Ele sabia que a polícia estava se aproximando, mas isso só o motivava ainda mais. Ele estava em busca de uma nova tela, e Miguel Andrade era o próximo que capturaria em sua obra. A ideia de expor a corrupção do político o excitava, e ele começou a planejar a maneira como executaria sua próxima criação.
Com os olhos atentos e a mente afiada, Lucas e Ana estavam determinados a impedir que O Artista alcançasse seu objetivo. A caçada estava em pleno andamento, e cada segundo contava. A batalha entre a polícia e O Artista se intensificava, e a cidade estava prestes a se tornar o palco de um novo ato de brutalidade e arte.