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Chapter 10 - capítulo 10 pista falsa?

Enquanto Lucas e Ana se aprofundavam na investigação, a pista que apontava para Daniel, o artista local, começou a se espalhar como um incêndio. Com sua fama de criador de obras provocativas e sua história repleta de controvérsias, muitos acreditavam que ele poderia ser O Artista.

Lucas decidiu que era essencial agir rapidamente. "Vamos conversar com Daniel. Precisamos entender sua relação com Miguel e se ele tem alguma conexão com os crimes."

Ana concordou. "Se ele é inocente, precisamos protegê-lo. Mas se houver algo mais, precisamos descobrir antes que ele se torne o próximo alvo."

A equipe de investigadores se dirigiu ao estúdio de Daniel, um espaço vibrante, repleto de telas cobertas de tinta e esculturas que desafiavam a lógica. A energia criativa do lugar contrastava com a tensão que pairava no ar.

Quando chegaram, encontraram Daniel em meio a uma de suas obras, com as mãos manchadas de tinta. Ele olhou para eles com uma expressão de surpresa, mas não de medo. "O que vocês querem?" perguntou, a curiosidade ofuscando o receio.

"Precisamos fazer algumas perguntas sobre a festa de caridade e sua relação com Miguel Andrade," Lucas respondeu, mantendo a voz firme, mas amigável. "Você esteve presente?"

"Sim, eu estava lá," Daniel respondeu, cruzando os braços. "Mas eu não sou O Artista. Não tenho nada a ver com isso."

Ana se aproximou, observando a expressão de Daniel. "Sabemos que você tem um estilo provocativo. Algumas de suas obras abordam temas de injustiça e desigualdade. O que você acha dos crimes que aconteceram na cidade?"

Daniel hesitou, como se ponderasse suas palavras. "A arte é uma forma de protesto, mas eu nunca faria algo tão extremo. A ideia de matar alguém... isso não é arte, é barbárie."

Lucas notou a intensidade nas palavras de Daniel. Ele parecia genuíno, mas a dúvida ainda pairava. "Temos informações que sugerem que você pode estar ligado a O Artista. Você conhece alguém que poderia ter essa conexão?"

Daniel balançou a cabeça, a frustração evidente. "Não, não que eu saiba. Minha arte é minha forma de expressar descontentamento, mas eu não sou um criminoso. O que aconteceu com Miguel é horrível."

Enquanto a conversa avançava, Lucas e Ana começaram a notar detalhes no estúdio que poderiam fornecer pistas. Pinturas que retratavam o caos urbano, esculturas que simbolizavam a luta contra injustiças sociais. Mas, por trás dessa fachada, havia uma insegurança palpável.

"Temos que verificar suas redes sociais e qualquer correspondência que você tenha tido com Miguel," Lucas afirmou, determinado. "Precisamos garantir que você esteja seguro."

Daniel parecia resignado. "Façam o que precisarem. Mas eu sou apenas um artista. O que quer que O Artista esteja fazendo, não tem nada a ver comigo."

Com a conversa encerrada, Lucas e Ana deixaram o estúdio, mas uma nova inquietação começou a crescer dentro deles. A possibilidade de Daniel ser uma pista falsa não era descartada, mas a conexão com o artista local ainda precisava ser explorada.

De volta à delegacia, eles analisaram o que aprenderam. "Se Daniel não é O Artista, quem mais poderia ser?" Ana questionou, enquanto revisavam o arquivo de evidências.

Lucas franziu a testa. "Precisamos olhar para aqueles que se sentem marginalizados ou que possam ter uma motivação para agir. O Artista pode estar se escondendo entre aqueles que buscam reconhecimento ou justiça."

Enquanto a investigação continuava, a cidade enfrentava uma crescente tensão. O medo e a incerteza tornavam-se palpáveis. Eles sabiam que, enquanto a equipe policial se concentrava em Daniel, O Artista poderia estar se movendo nas sombras, sempre um passo à frente. A pressão aumentava, e a necessidade de encontrar a verdade se tornava mais urgente do que nunca.