Após a chocante morte da prefeita Regina, a polícia intensificou a vigilância em torno de Daniel, o artista local. Agora que ele havia sido temporariamente afastado das suspeitas, Lucas e Ana perceberam que sua presença constante podia ajudar a proteger Daniel de O Artista. "Se ele é um alvo, precisamos garantir que ele esteja seguro. A presença da polícia pode desencorajá-lo," disse Ana enquanto monitorava as redes sociais em busca de pistas.
Entretanto, a pressão sobre a equipe de investigação só aumentava. A morte de Regina havia gerado uma onda de indignação na cidade, e a população clamava por justiça. Lucas e Ana, determinados a capturar O Artista, decidiram armar uma armadilha para atraí-lo.
"Precisamos criar uma situação que o faça se expor," sugeriu Lucas. "Se conseguirmos simular uma reunião com um político corrupto, ele pode vir atrás de nós, acreditando que terá a chance de fazer sua 'arte'."
Ana assentiu, já pensando em como poderiam organizar tudo. "Podemos usar um dos deputados que estão na mira da investigação. Se ele for visto como uma presa fácil, O Artista pode morder a isca."
Enquanto isso, O Artista, sempre um passo à frente, tinha um informante dentro da delegacia que o mantinha informado sobre os movimentos da polícia. Esse informante, motivado por promessas de poder e uma visão distorcida de justiça, sussurrou segredos que permitiram a O Artista manter-se um passo à frente de seus perseguidores.
Quando a armadilha foi montada, com um deputado corrupto como isca, a equipe estava em estado de alerta. As câmeras de segurança foram instaladas ao redor do local da reunião, e um grupo de policiais disfarçados estava preparado para agir. Mas O Artista, ciente do plano, decidiu que não iria se expor. Em vez disso, ele optou por atacar a próxima figura corrupta que estava na lista da polícia: uma influente conselheira da cidade, conhecida por seus esquemas obscuros e alianças duvidosas.
Naquela noite, enquanto a equipe de investigação se concentrava na armadilha, O Artista se esgueirou pela cidade, seus passos silenciosos e determinados. Ele sabia que a conselheira estaria sozinha em seu escritório, revisando propostas de projetos que nunca veriam a luz do dia. Assim que chegou, ele a encontrou absorta em seus papéis, sem perceber o perigo que se aproximava.
"Você tem muito a responder," ele disse, sua voz baixa e carregada de intenção. A conselheira ergueu os olhos, seu rosto se tornando uma máscara de choque e terror.
"Quem é você? O que quer de mim?" ela gritou, mas suas palavras foram abafadas pela escuridão.
Com o mesmo cuidado que havia usado nas outras cenas, O Artista transformou a morte da conselheira em uma nova obra, uma representação grotesca da corrupção que ela personificava. Cada detalhe da cena era deliberado, uma mensagem clara de que a impunidade não seria tolerada.
Enquanto isso, Lucas e Ana, ao perceberem que a armadilha havia sido uma farsa, entraram em pânico. "Precisamos descobrir o que deu errado," Lucas disse, a frustração evidente em sua voz. "Se O Artista não veio, então ele deve estar atuando em outro lugar."
Quando receberam a notícia da morte da conselheira, a equipe ficou devastada. O Artista havia se movido rapidamente, mais uma vez escapando das garras da lei. "Ele está se tornando mais audacioso," Ana comentou, analisando a cena do crime. "E isso significa que ele está se sentindo forte. Precisamos descobrir quem é esse informante dentro da delegacia."
A pressão estava aumentando, e a cidade estava em alvoroço. O ciclo de corrupção e assassinatos parecia interminável, e Lucas e Ana sabiam que precisavam agir rapidamente. Cada movimento de O Artista era cuidadosamente calculado, e eles precisavam ser mais astutos para finalmente desmantelar sua rede de terror antes que mais vidas fossem perdidas.