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Chapter 7 - Despedidas e Novos Caminhos

O ar da manhã estava fresco, mas carregado de um silêncio que contrastava com o caos que havia envolvido Kieran dias antes. No vilarejo, onde as cicatrizes da batalha ainda estavam visíveis nas paredes das casas e nos rostos das pessoas, ele se mantinha isolado, sentado à beira de um riacho, envolto em bandagens que cobriam seu corpo machucado. Seus olhos, profundos e sombrios, fitavam o horizonte como se pudesse enxergar algo além das montanhas, algo que o chamava.

"Você não pode simplesmente ficar nesse vilarejo para sempre, você é a causa de tudo estar caíndo sobre este lugar, parta daqui de uma vez, você ainda tem trabalho pra fazer." A voz que via dos seus pensamentos ecoava na sua mente, parecia que estava bastante impaciente, e ele sabia que de certa forma, a voz estava certa.

O Bestiário pulsava em seu interior, como um coração batendo de forma irregular. Ele sabia o que isso significava. Cada pulso, cada batida, era um lembrete de que seu destino não estava naquele lugar tranquilo. Havia monstros além das fronteiras, criaturas cujas essências ele precisava absorver, poderes que ele deveria conquistar para enfrentar o futuro sombrio que o esperava. Ele suspirou, tentando ignorar a sensação crescente de que estava sendo guiado para algo muito maior do que ele mesmo.

No mesmo vilarejo, Leonhardt caminhava pelas ruas de pedra, com um peso no coração. Ele havia lutado ao lado de Kieran, visto o poder incompreensível que ele possuía, e isso o abalava profundamente. Não era apenas o poder de Kieran que o perturbava, mas também a dúvida crescente dentro de si mesmo. Ele havia seguido a trajetória que sua família, os Valerius, esperavam dele: o herói, o caçador de monstros, o Leão da Luz do Dia. Mas, enquanto observava os moradores tentando reconstruir suas vidas, ele questionava se realmente queria ser aquele herói que todos esperavam, ele lembrava de sua infância.

Desde pequeno, seu pai, dizia a todos que seu filho seria a geração mais forte; a "Sunday", o ápice de uma linhagem de guerreiros invencíveis. Ele não era apenas mais um caçador, era o futuro. A pressão sempre esteve lá, pesando sobre seus ombros, moldando cada aspecto de sua vida. Ser o melhor não era uma escolha; era uma obrigação.

Desde os seis anos, sua rotina era uma sequência incessante de treinos rigorosos, longas sessões de combate e estudos exaustivos sobre magia e estratégia. As palavras de seu pai ecoavam em sua mente a cada golpe que desferia, a cada centímetro que avançava nos exercícios.

"Você não é como os outros," seu pai dizia, com aquele olhar frio e firme que nunca mostrava aprovação, apenas expectativa. "Você é faz parte de uma nova geração, a mais forte de todos; a Sunday, o ápice. E eu, da Saturday, e com isso, você me superará. Superará todos."

A pressão de carregar essa promessa o isolava. Enquanto outras crianças riam e corriam pelos campos de treino, Leonhardt se sentia à parte. Ele observava de longe, seus olhos treinados em cada movimento, mas nunca se permitia sorrir ou brincar. Ele não tinha o direito de ser criança. Seu pai havia deixado isso claro.

A única pessoa que o fazia sentir um vislumbre de normalidade era Madrit, seu mordomo pessoal. Madrit era gentil, sempre o tratava com respeito e, mais importante, nunca o pressionava. Enquanto o pai de Leonhardt exigia que ele treinasse até o corpo não aguentar mais, Madrit trazia doces escondidos e o deixava descansar às vezes, falando com ele como um amigo, não como um guerreiro.

Leonhardt sempre sentiu uma profunda afeição por Madrit, o único que não parecia exigir que ele fosse perfeito o tempo todo. Quando o mundo parecia insuportável, Madrit estava lá, como uma âncora que o mantinha de pé. No entanto, para seu pai - Caelum Valerius, essa "fraqueza" era inaceitável.

"Você está se tornando fraco, Leonhardt," seu pai dissera um dia, quando encontrou Madrit permitindo que ele descansasse durante um treino. "Fraqueza não é algo que um Valerius pode se dar ao luxo de ter."

E assim, Madrit foi demitido. Sem cerimônia, sem despedidas. Apenas uma ausência súbita e dolorosa que deixou Leonhardt ainda mais sozinho. Em seu lugar, um novo mordomo foi designado, alguém tão rigoroso quanto seu pai, que o empurrava ainda mais longe nos treinos e cobrava a perfeição sem descanso.

Essa mudança, a perda de Madrit, quebrou algo dentro dele. Sua mente foi afundando em um vácuo de obediência cega. Leonhardt parou de questionar, parou de sentir. Ele treinou. E treinou. Até seu corpo e alma estarem tão rígidos quanto o ferro de sua armadura. Ele se tornou o caçador que seu pai sempre quis: preciso, implacável, eficiente. O Leão da Luz do Dia, sempre finalizando seus inimigos com perfeição, como uma máquina.

Mas havia algo errado. Mesmo enquanto acumulava vitórias e recebia os aplausos e reconhecimentos, a satisfação nunca chegava. Não havia alegria em sua força, apenas a pressão constante de ser o melhor. O isolamento era total. Ele não tinha amigos, não tinha ninguém além de seu título.

Essa mentalidade permaneceu até que ele conheceu um caçador como qualquer outro, Kieran. Onde de início, Leonhardt o viu como apenas mais um adversário, alguém a ser superado para apenas ser idolatrado com os olhos de inferioridade ao fazer o que ele sempre fazia, se gabar. No entanto, tudo mudou naquele dia, quando os dois enfrentaram uma horda de golens, criaturas imensamente poderosas, algo que Leonhardt fazia quase que diariamente, lutar e vencer como se fosse nada aquelas criaturas, era pra ser qualquer outro dia normal em que ele havia combatido antes.

Enquanto lutavam juntos, Leonhardt foi surpreendido por algo que ele nunca havia visto em si mesmo. Kieran, apesar de toda a escuridão e poder monstruoso que carregava, fez algo que Leonhardt jamais faria: ele arriscou sua vida para salvar uma criança indefesa no meio da batalha, em troca de justamente nada.

Leonhardt parou, o choque o atingindo como um golpe no peito. Os golens que eram tão insignificantes, e ainda assim, Kieran se lançou na sua rajada entre os monstros e a criança, com um ato de coragem e sacrifício que desafiava a lógica da batalha. Ele não lutava apenas por poder, por títulos ou glória – ele lutava por algo maior, algo que Leonhardt nunca havia entendido, "proteger".

Nesse instante, Leonhardt percebeu que algo nele estava quebrado. A maneira como ele enxergava o mundo, a forma como havia sido moldado por seu pai e pelo peso da linhagem Valerius, tudo parecia errado. A visão de Kieran, o sacrifício que para ele eraa completamente desnecéssario, o brilho nos olhos de uma criança que havia sido salva... tudo isso mudou algo dentro dele.

A partir daquele momento, Leonhardt começou a se questionar. Começou a se perguntar se ser o mais forte era realmente o que ele queria. Ser o "Sunday", o ápice de uma linhagem invencível, nunca havia sido uma escolha sua. E agora, pela primeira vez, ele sentia que tinha uma escolha.

Enquanto observava Kieran, após a batalha, algo havia se rompido em sua mente. Não era mais o caçador engomadinho que lutava apenas pelo título. Ele queria entender o que significava ser forte de verdade – não apenas o mais forte fisicamente, mas alguém que pudesse lutar por algo que realmente importasse.

E, naquele dia, enquanto os feridos eram resgatados e os monstros eram derrotados, Leonhardt decidiu que sua jornada, a partir dali, seria completamente diferente.

Leonhardt parava de pensar em tudo em que aconteceu, ele coçava a cabeça enquanto soltava um suspiro, percebendo que pensar não iria mudar nada no que ele realmente é, ele olhava para o céu enquanto respirava fundo.

"Droga, isso realmente não está funcionando, eu preciso resolver isso de vez por todas..."

No fundo, Leonhardt sabia que precisava de respostas. Precisava encarar seu pai, e descobrir o que ele realmente desejava ser. Sua jornada, ao contrário da de Kieran, parecia estar levando-o de volta ao ponto de partida – sua terra natal, onde tudo havia começado. Mas ele não estava mais certo de que seguiria os mesmos passos de seu pai.

Enquanto Kieran e Leonhardt se preparavam para deixar o vilarejo, Dóris estava numa floresta, completamente nua. perdido em seus próprios pensamentos, que estavam repletos de dúvidas, mas também de uma chama crescente de determinação. Desde que recebeu o talismã, um presente que continha o poder de Hati e Sköll, ela sentia uma energia diferente dentro de si. À noite, os sonhos eram intensos, e ela via os lobos, correndo pelas estrelas, prontos para serem libertados. Algo grandioso a aguardava, e ela sabia que precisaria treinar em segredo, longe dos olhos da cidade em que ela estava, e principalmente de Myir, seu pai. 

Ela se sentia cada vez mais parte da natureza, apurando todos seus sentidos enquanto meditava numa cachoeira,ela sabia que aquilo não tinha mais volta, pois sabia que o treinamento que estava prestes a iniciar a afastaria dos caminhos tradicionais de qualquer guerreiro. As visões e a força dos lobos estavam crescendo em sua mente, levando-a a lugares desconhecidos. Ela seria uma caçadora, mas não uma que se limitasse aos monstros que assombravam os vilarejos, as cidade ou o mundo. Algo dentro dela ansiava por mais.

Na manhã da despedida, os dois jovens se encontraram, cada um à sua maneira, carregando os próprios fardos. Kieran olhou para Leonhardt, e por um momento, nenhum deles precisou falar. Eles sabiam que suas jornadas os levariam para direções opostas.

"O que você vai fazer agora?" disse Kieran, com uma voz mais firme do que ele mesmo sentia. Ele sabia que Leonhardt tinha um caminho difícil pela frente, um caminho que envolvia mais do que apenas batalhas físicas.

Leonhardt, com um sorriso amargo, assentiu. "Acho que eu aprendi algo com você, então estou voltando para a minha terra, tenho assuntos que tenho que resolver, eu extendi isso tempo o suficiente." Kieran olhava com um olhar curioso, mas sabia que era algo bem pessoal, então não queria o perturbar.

"Tudo bem, ver se não morre, Leonhardt." Kieran dava uma leve risada, e Leonhardt retríbuia o sorriso, vendo que apesar deles terem se conhecido à apenas alguns dias, sendo que na maioria do tempo, Kieran estava nocauteado, se recuperando daquela batalha terrível que o levou a quase morte, ele sabia que ele não era um caçador normal, mas ele não podia se sentir com medo, afinal, ele o salvou.

Eles trocaram um último aperto de mão, e Leonhardt partiria acenando por alguns instantes, suas pegadas desaparecendo no caminho de pedra rústicos na direção que levava à sua terra natal. Ele sabia que voltaria mudado, não importava quais fossem as respostas que encontrasse.

Kieran estava pronto para partir. O sol nascia no horizonte, lançando sombras longas pelo vilarejo enquanto ele ajeitava suas vestes, com o Bestiário preso firmemente ao seu lado. Seu corpo ainda estava marcado pela batalha, mas seu espírito estava firme. A estrada à sua frente era longa e cheia de incertezas, mas ele sabia que esse era apenas o começo de uma nova jornada.

Antes de dar seu primeiro passo em direção ao desconhecido, ele se virou para olhar o vilarejo uma última vez. Pequenos grupos de moradores estavam reunidos, observando de longe, em silêncio. Havia gratidão e admiração nos rostos deles, mas também uma sombra de tristeza, como se soubessem que algo grandioso e trágico havia acabado de se afastar de suas vidas.

Na frente de todos, estava Layla, a garotinha que ele havia salvado durante a batalha. Seus olhos grandes estavam fixos em Kieran, e, apesar de sua expressão determinada, ele podia ver o leve tremor em seus lábios. Ela estava lidando da melhor maneira possível com a despedida.

"Tenha uma boa viagem, moço!" ela gritou, com a voz firme, mesmo enquanto lutava contra as lágrimas que ameaçavam escapar.

Kieran sentiu uma pontada no peito. Havia uma dor ali, não pela batalha que travara ou pelas cicatrizes em seu corpo, mas por aquela despedida tão pura e simples. Ele sabia o quanto significava para Layla e, de certa forma, para todos ali. Mas ele também sabia o que era necessário. Ele havia escolhido esse caminho para proteger o futuro.

Com a voz progressivamente mais baixa e sem forças, ele respondeu, tentando manter a compostura, enquanto seus pensamentos vagavam pelo passado e por tudo que ele havia perdido e feito. "Layla, você é uma garota forte. Proteja sua mãe e todos que se importam com você," ele disse, suas palavras entrecortadas por memórias dolorosas que voltavam à tona. "Assim, você poderá ter uma vida melhor do que eu já tive..."

Kieran estava prestes a se virar quando sentiu pequenos braços ao redor de sua cintura. Layla o abraçara, com força, apesar do corpo frágil dela. Ela levantou o rosto, um grande sorriso no rosto, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas que finalmente caíram. Aquele sorriso sincero, aquele gesto puro, fizeram o coração de Kieran acelerar.

"Você é o meu herói, e eu sempre vou te enxergar como um. Então, por favor, volte para esse vilarejo quando tudo acabar, e vamos viver todos felizes!" A voz de Layla era doce, cheia de esperança, cortando a escuridão que sempre rondava a alma de Kieran.

Ao ouvir essas palavras, algo mudou dentro de Kieran. Ele sempre havia pensado que sua jornada era de redenção e luta, um caminho solitário onde ele jamais encontraria paz. Mas, naquele momento, a ideia de um futuro diferente, um futuro onde ele pudesse voltar e encontrar aquele vilarejo novamente, encheu seu coração de uma esperança que ele não sabia que ainda tinha. Ele sorriu, um sorriso verdadeiro, algo que há muito não fazia, e gentilmente acariciou a cabeça de Layla.

"Eu prometo," ele disse, sua voz agora mais firme. "Um dia eu voltarei."

Com o coração aquecido e o futuro incerto, Kieran virou-se e partiu, deixando para trás o vilarejo que o acolhera, mas carregando com ele uma promessa e um novo propósito.

Enquanto isso...

Dóris estava sentada em posição de meditação ao lado de uma cachoeira, o som da água correndo preenchendo o ar ao seu redor. As gotas respingavam suavemente em sua pele enquanto ela respirava fundo, buscando clareza. Seu treinamento com o talismã estava progredindo, mas ela sabia que algo ainda estava fora de alcance, como se uma força maior estivesse além de sua compreensão. Os olhos dela se fecharam, concentrando-se no fluxo de energia dentro de si. O mundo ao redor começou a desaparecer lentamente, até que não havia mais som de água, nem o cheiro das árvores e da terra. Apenas o vazio.

De repente, uma sensação de ser sugada a dominou. Seu corpo espiritual foi puxado para um abismo escuro, um lugar onde o tempo e o espaço não faziam sentido. Era como se o próprio universo tivesse sido arrancado, deixando apenas um vazio profundo e frio.

Lá, em meio à escuridão, uma silhueta gigantesca começou a se formar. Dois olhos vermelhos brilhavam no escuro, e uma risada profunda e ressonante ecoou no ar vazio. Fenrir, o verdadeiro lobo primordial, emergiu diante dela, uma presença massiva e intimidadora. Ele riu com desdém, sua voz trovejando na escuridão como uma tempestade que não podia ser contida.

"Você realmente achou que me matou?" Fenrir zombou, a risada ecoando ainda mais forte. "Que ideia ingênua. aquele mera casca, que só carregava fragmentos insignificantes de meu poder e ainda teve a audácia de se nomear de Fenrir... eu sou o fim, Dóris. Aquele que devora o sol e a lua. Você, uma mera mortal, achou que poderia destruir o que já está destinado a existir?"

Dóris sentiu seu coração apertar, mas não recuou. Ela sabia que Fenrir era poderoso, talvez além do que poderia entender, mas não permitiria que o medo a dominasse. "Eu não acredito no destino como algo imutável," ela respondeu, sua voz firme apesar da tensão que sentia. "O mundo não precisa acabar em destruição e caos. O Ragnarok que você tanto deseja... ele não precisa acontecer."

Fenrir parou por um momento, observando-a com interesse renovado. "Oh? Você fala como se tivesse algum controle sobre isso. Acha que suas palavras podem mudar o destino?" Ele deu um passo à frente, suas garras rasgando o chão invisível da escuridão. "Eu quero o fim. Quero ver o mundo queimando, os deuses caindo, a ordem desmoronando em caos. Esse é o meu propósito, o destino para o qual fui criado."

Dóris manteve seu olhar firme no lobo colossal. "Talvez seja isso o que você deseja, mas não é o que o mundo precisa. Existem vidas, famílias, sonhos. Eu farei de tudo para impedir que você traga o caos que tanto deseja."

Fenrir a encarou, seus olhos brilhando de fúria e diversão ao mesmo tempo. "Você realmente acredita nisso, não é? Que uma guerreira insignificante como você poderia impedir o inevitável. Mas... sua determinação é admirável, se não ridícula." Ele deu uma risada alta, que fez a escuridão ao redor tremular. "Muito bem, Dóris. Vamos fazer um acordo."

Dóris estreitou os olhos, desconfiada. "Que tipo de acordo?"

"Eu lhe darei dois anos," disse Fenrir, sua voz carregada de um tom sombrio e ameaçador. "Dois anos para dominar não só a mim, mas também Hati e Sköll, meus irmãos nas sombras. Se conseguir, você poderá ter uma chance de impedir o que está por vir. Mas se falhar... não apenas você morrerá, mas eu trarei o caos para este mundo. O Ragnarok começará, e não haverá volta."

O desafio pairou no ar, e Dóris sabia que a proposta era arriscada. Fenrir não estava brincando. Ele queria ver o mundo desmoronar, e ela estava prestes a colocar sua vida em jogo para impedi-lo. No entanto, a determinação em seu coração era inabalável.

"Eu aceito," ela respondeu com firmeza. "Se eu tiver dois anos, farei o que for preciso para impedi-lo e salvar o mundo do seu destino."

Fenrir riu novamente, mais alto desta vez. "Ah, tão corajosa... tão tola. Dois anos, então. Vamos ver se você tem o que é necessário para domar o verdadeiro poder. Mas lembre-se, Dóris..." Seus olhos vermelhos brilharam intensamente enquanto ele começava a desaparecer na escuridão. "Eu estarei sempre esperando... e quando o tempo acabar, o mundo será meu."

Com uma última gargalhada trovejante, Fenrir desapareceu, deixando Dóris sozinha naquele vazio. Quando ela abriu os olhos, a cachoeira estava novamente ao seu redor, mas o peso da tarefa à frente agora pesava sobre seus ombros. Ela tinha dois anos. Dois anos para desafiar os deuses e monstros e, talvez, mudar o destino do mundo.

"Eu irei proteger a todos, não vou ser apenas uma garota protegida...Kieran, pai... vou proteger vocês, assim como o mundo." Os olhos de Dóris brilhavam de determinação, afirmando o punho enquanto olhava para o horizonte, onde o sol estava prestes a desaparecer.

Fim do Volume 1.